Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Hydesville - O Mensageiro

Acabamos de expor as várias manifestações, desconexas e irregulares, da força psíquica, nos casos que se apresentaram, e chegamos, por fim, ao episódio particular que, realmente, se achava em nível inferior ao dos anteriores, mas ocorrido em presença de pessoas práticas, que encontraram meios de o explorar completamente e de introduzir raciocínio e sistema naquilo que havia sido mero objeto de admiração sem propósito.  É verdade que as circunstâncias eram mesquinhas, os atores humildes, o lugar remoto, a comunicação sórdida, de vez que obediente a um motivo tão baixo quanto a vingança.  É verdade que, na vida diária deste mundo, se quisermos verificar se um fio telegráfico está funcionando, examinaremos se uma mensagem passa por ele;  mas a elevação ou a baixeza dessa mensagem será de consideração de segunda ordem.  Diz-se que a primeira mensagem que foi transmitida pelo cabo submarino era uma trivialidade, uma pergunta feita pelo engenheiro inspetor.  Não obstante, desde então o empregam reis e presidentes.  É assim que o humilde Espírito do mascate assassinado de Hydesville pode ter aberto uma passagem, através da qual se precipitaram os anjos.  Há bons e maus e inumeráveis intermediários no Outro Lado, como do lado de cá do véu.  A companhia que atraímos depende de nós mesmos e de nossos próprios motivos.
Hydesville é um vilarejo típico do Estado de Nova York, com uma população primitiva, certamente semi-educada, mas, provavelmente, como os demais pequenos centros de vida americanos, mais livres de preconceitos e mais receptivos das novas idéias do que qualquer outro povo da época.  Aquela povoação, situada à cerca de vinte milhas da nascente cidade de Rochester, consistia de um grupo de casas de madeira, de tipo muito humilde.  Foi numa dessas casas, residência que não satisfaria as exigências de um inspetor de conselho distrital britânico, que se iniciou o desenvolvimento que, atualmente, na opinião de muitos, é a coisa mais importante que deu a América para o bem-estar do mundo.  Era habitada por uma honesta família de fazendeiros, de nome Fox – um nome que, por curiosa coincidência, tinha sido registrado na história religiosa como o do apóstolo dos Quakers.  Além de pai e mãe, de religião metodista, havia duas filhas morando na casa ao tempo em que as manifestações atingiram tal ponto de intensidade que atraíram a atenção geral.  Eram as filhas Margaret, de catorze anos e Kate, de onze.  Havia vários outros filhos e filhas, que não residiam aí, uma das quais, Leah, que ensinava música em Rochester, deve ser citada nesta narrativa.
A casinha já gozava de má reputação.  Os fatos tinham sido coligidos e logo depois publicados. Parece que se ligam tanto a essas informações quanto é possível.  À vista da extrema importância de tudo quanto se liga ao assunto, alguns extratos de tais informações devem ser incertos;  mas para evitar um desvio da narrativa, a informação sobre este ponto foi relegada para o Apêndice.  Assim, passaremos imediatamente ao tempo da residência da família Fox, que alugou a casa a 11 de dezembro de 1847.  Só no ano seguinte foi que os ruídos notados pelos antigos inquilinos voltaram a ser ouvidos.  Consistiam de ruídos de arranhadura.  Tais ruídos pareceriam sons pouco naturais para serem produzidos por visitantes de fora, se quisessem advertir-nos de sua presença à porta da vida humana e desejassem que essa porta lhes fosse aberta.  Exatamente esses arranhões (todos desconhecidos desses fazendeiros iletrados), tinham ocorrido na Inglaterra em 1661, em cada de Mrs. Mompesson, em Tedworth.  Esses arranhões também são registrados por Melancthon, como tendo sido verificados em Oppenheim, na Alemanha, em 1520.  Também foram ouvidos em Epworth Vicarage, em 1716.  Aqui o foram uma vez mais e, por fim, tiveram a sorte de ver a porta abrir-se.
Parece que esses ruídos não incomodaram a família Fox até meados de março de 1848.  Dessa data em diante cresceram continuamente de intensidade.  Às vezes eram simples batidas; outras vezes soavam como o arrastar de móveis. As meninas ficavam tão alarmadas que se recusavam a dormir separadas e iam para o quarto dos pais.  Tão vibrantes eram os sons que as camas tremiam e se moviam.  Foram feitas todas as investigações possíveis: o marido esperava de um lado da porta e a mulher do outro, mas os arranhões ainda continuavam.  Logo se espalhou que a luz do dia era inimiga dos fenômenos, o que reforçou a idéia de fraude;  mas toda solução possível foi experimentada e falhou.  Finalmente, na noite de 31 de março houve uma irrupção de inexplicáveis sons muito altos e continuados.  Foi nessa noite que um dos grandes pontos da evolução psíquica foi alcançado, desde que foi nessa noite que a jovem Kate Fox desafiou a força invisível a repetir as batidas que ela dava com os dedos.  Aquele quarto rústico, com aquela gente ansiosa, expectante, em mangas de camisa, com os rostos alterados, num círculo iluminado por velas e suas grandes sombras se projetando nos cantos, bem podia ser assunto para um grande quadro histórico.  Procure-se por todos os palácios e chancelarias de 1848: onde será encontrada uma sala que se tenha notabilizado na história como aquele pequeno quarto de uma cabana?
Conquanto o desafio da mocinha tivesse sido feito em palavras brandas, foi imediatamente respondido.  Cada pedido era respondido por um golpe.  Posto que humildes os operadores de ambos os lados, a telegrafia espiritual estava funcionando.  Deixavam à paciência e à dedicação da raça humana determinar as alturas do emprego que dela faria no futuro.  Havia muitas forças inexplicadas no mundo; mas aqui estava uma força que pretendia ter às suas costas uma inteligência independente.  Isto era a suprema significação de um novo ponto de partida. 
Mrs. Fox ficou admirada daquele resultado e da posterior descoberta de que aquela força, ao que parecia, era capaz de ver e ouvir, pois quando Kate dobrava o dedo sem barulho, o arranhão respondia.  A mãe fez uma série de perguntas, cujas respostas, dadas em números, mostravam maior conhecimento de seus próprios negócios do que ela mesma o possuía, pois os arranhões insistiam em que ela tinha tido sete filhos, enquanto ela protestava que só tinha tido seis, até que veio à sua mente um que havia morrido em tenra idade.  Uma vizinha, Mrs. Redfield, foi chamada e sua distração se transformou em maravilha e, por fim, em pavor, quando teve respostas corretas a questões íntimas.
À medida que se espalhavam as notícias dessas maravilhas, os vizinhos chegavam em bandos, um dos quais levou as duas meninas, enquanto Mrs. Fox foi passar a noite em casa de Mrs. Redfield.  Em sua ausência os fenômenos continuaram exatamente como antes, o que afasta de uma vez por todas aquelas hipóteses de estalos de dedos e de deslocamentos de joelhos, tão freqüentemente admitidas por pessoas ignorantes da verdade dos fatos.
Tendo-se formado uma espécie de comissão de investigação, aquela gente, na maliciosa feição ianque, levou parte da noite de 31 de março num jogo de perguntas e respostas com a inteligência invisível.  Conforme sua própria declaração, ele era um Espírito;  tinha sido assassinado naquela casa;  indicou o nome do antigo inquilino que o matara;  tinha então – há cinco anos passados – trinta e um anos de idade;  fora assassinado por causa de dinheiro;  tinha sido enterrado numa adega, a dez pés de profundidade. Descendo à adega, golpes pesados e brutais soaram, aparentemente vindos de dentro da terra, enquanto o investigador estava no meio da peça.  Não houve sons em outras ocasiões.  Aquele era, pois, o lugar da sepultura!  Foi um vizinho, chamado Duesler, quem, pela primeira vez, usou o alfabeto para obter respostas por meio de arranhões nas letras.  Assim foi obtido o nome do morto – Charles B. Rosma.  A idéia de coordenar as mensagens só se desenvolveu quatro meses mais tarde, quando Isaac Post, um quaker de Rochester, tomou a direção.  Em poucas palavras, estes foram os acontecimentos de 31 de março, que se continuaram e se confirmaram na noite seguinte, quando não menos de duzentas pessoas se haviam reunido em volta da casa.  No dia 2 de abril foi constatado que os arranhões tanto se produziam de dia quanto de noite.
Eis a sinopse dos acontecimentos da noite de 31 de março de 1848, à pequena raiz da qual se desenvolveu uma árvore tão grande.  E como este volume pode ser chamado um monumento em sua memória, parece adequado que a história seja contada nas mesmas palavras das duas primeiras testemunhas adultas. Suas declarações foram feitas quatro dias após a ocorrência, e fazem parte daquela peça admirável de pesquisa psíquica, escrita pela comissão local, que será descrita e comentada posteriormente.
Eis o depoimento de Mrs. Fox:
Na noite da primeira perturbação, todos nos levantamos, acendemos uma vela e procuramos pela casa inteira, enquanto o barulho continuava e era ouvido quase no mesmo lugar.  “Conquanto não muito alto, produzia um certo movimento nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando deitadas.  Era um movimento em trêmulo, mais que um abalo súbito.  Podíamos perceber o abalo quando de pé no solo.  Nessa noite continuou até que dormimos.  Eu não dormi até quase meia-noite.  Os rumores eram ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou à espera, fora da porta, enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas vieram da porta que estava entre nós.  Ouvimos passos na copa, e descendo a escada;  não podíamos repousar, então concluí que a casa deveria estar assombrada por um Espírito infeliz e sem repouso.  Muitas vezes tinha ouvido falar desses casos, mas nunca tinha testemunhado qualquer coisa no gênero, que não levasse para o mesmo terreno.  Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848, resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos barulhos:  íamos ter uma noite de repouso.  Meu marido aqui estava em todas as ocasiões, ouviu os ruídos e ajudou a pesquisa.  Naquela noite fomos cedo para a cama – apenas escurecera.  Achava-me tão quebrada e falta de repouso que quase me sentia doente.  Meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro ruído naquela noite.  Eu apenas me havia deitado.  A coisa começou como de costume.  Eu o distinguia de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos.  As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos.  Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas: “Sr. Pé Rachado, faça o que eu faço”. Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas.  Quando ela parou, o som logo parou.  Então Margareth disse brincando: “Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro” e bateu palmas.  Então os ruídos se produziram como antes.  Ela teve medo de repetir o ensaio.  Então Kate disse, na sua simplicidade infantil: “Oh! Mamãe! Eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira”.  Então pensei em fazer um teste de que ninguém seria capaz de responder.  Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma pausa de um para o outro, a fim de os separar até o sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que havia morrido.  Então perguntei:  “É um ser humano que me responde tão corretamente?”  Não houve resposta.  Perguntei:  “É um Espírito?  Se for dê duas batidas”.  Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido.  Então eu disse:  “Se foi um Espírito assassinado dê duas batidas”. Estas foram dadas  instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei:  “Foi assassinado nesta casa?”  A resposta foi como a precedente. “A pessoa que o assassinou ainda vive?”  Resposta idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os seus despojos enterrados na adega;  que a sua família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera.  Então perguntei: “Continuará a bater se chamar os vizinhos para que também escutem?  A resposta afirmativa foi alta.  Meu marido foi chamar Mrs. Redfield, nossa vizinha mais próxima.  É uma senhora muito delicada.  As meninas estavam sentadas na cama, unidas uma à outra e tremendo de medo.  Penso que estava tão calma como estou agora.  Mrs. Redfield veio imediatamente – seriam cerca de sete e meia – pensando que faria rir às meninas.  Mas quando as viu pálidas de terror e quase sem fala, admirou-se e pensou que havia algo mais sério do que esperava.  Fiz algumas perguntas por ela e as respostas foram como antes.  Deram-lhe a idade exata.  Então ela chamou o marido e as mesmas perguntas foram feitas e respondidas.
Então, Mrs. Redfield chamou Mr. Duesler e a esposa e várias outras pessoas. Depois, Mr. Duesler chamou o casal Hyde e o casal Jewell.  Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas.  Em seguida, indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto por algum deles, mas não tive resposta.  Após isso, Mr.Duesler fez perguntas e obteve as respostas. Perguntou: “Foi assassinado?”  Resposta afirmativa.  “Seu assassino pode ser levado ao tribunal?”  Nenhuma resposta.  “Pode ser punido pela lei?”  Nenhuma resposta.  A seguir, disse:  “Se seu assassino não pode ser punido pela lei dê sinais”.  As batidas foram ouvidas claramente.  Pelo mesmo processo Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto de leste, há cinco anos passados, e que o assassínio fora cometido à meia-noite de uma terça-feira, por Mr............;  que fora morto por um golpe de faca de açougueiro na garganta; que o corpo tinha sido levado para a adega;  que só na noite seguinte é que havia sido enterrado;  tinha passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a dez pés abaixo do solo.  Também foi constatado que o móvel fora o dinheiro.  “Qual a quantia: cem dólares?” Nenhuma resposta.  “Duzentos?  Trezentos?”  etc...  Quando mencionou quinhentos dólares as batidas confirmaram.
Foram chamados muitos dos vizinhos que estavam pescando no ribeirão.  Eles ouviram as mesmas perguntas e respostas.  Alguns permaneceram em casa naquela noite.  Eu e as meninas saímos.  Meu marido ficou toda a noite com Mr.Redfield.  No sábado seguinte a casa ficou superlotada.  Durante o dia não se ouviram os sons;  mas ao anoitecer recomeçaram.  Diziam que mais de trezentas pessoas achavam-se presentes.  No domingo pela manhã os ruídos foram ouvidos o dia inteiro por todos quantos se achavam em casa.
Na noite de sábado, 1o. de abril, começaram a cavar na adega;  cavaram até dar na água;  então pararam.  Os sons não foram ouvidos nem na tarde nem na noite de domingo.  Stephen B.Smith e sua esposa, minha filha Marie, bem como meu filho David S.Fox e sua esposa dormiram no quarto aquela noite.
Nada mais ouvi desde então até ontem.  Antes de meio-dia, ontem, várias perguntas foram respondidas da maneira usual.  Hoje ouvi os sons várias vezes.
Não acredito em casas assombradas nem em aparições sobrenaturais. Lamento que tenha havido tanta curiosidade neste caso.  Isto nos causou muitos aborrecimentos.  Foi uma infelicidade morarmos aqui neste momento. Mas estou ansiosa para que a verdade seja conhecida e uma verificação correta seja procedida.  Ouvi as batidas novamente esta manhã, terça-feira, 4 de abril.  As meninas também ouviram.
Garanto que o depoimento acima me foi lido e que é a verdade;  e que, se fosse necessário, prestaria juramento de que é verdadeiro”.
(a)    Margaret Fox

11 de abril de 1848
Depoimento de John D. Fox
“Ouvi o depoimento acima, de minha esposa, Magaret Fox, li-o e por isso certifico que o mesmo é verdadeiro em todos os seus detalhes.  Ouvi as mesmas batidas das quais ela falou, em resposta a perguntas, conforme disse. Houve muitas outras perguntas, além daquelas, todas respondidas do mesmo modo.  Algumas foram repetidas muitas vezes e a resposta foi sempre a mesma.  Assim, jamais houve qualquer contradição.  Não sei de nenhuma causa a que atribuir aqueles ruídos caso tenham sido produzidos por meios naturais.  Procuramos em cada canto da casa, e por diversas vezes, para verificar, se possível, se alguma coisa ou alguém aí estivesse escondido e pudesse fazer aquele ruído; não nos foi possível achar coisa alguma que pudesse explicar o mistério.  Isto causou muito aborrecimento e ansiedade. Centenas de pessoas visitaram a casa, de modo que nos era impossível atender às nossas ocupações diárias.  Espero que, quer causados por meios naturais, quer sobrenaturais, em breve seja esclarecida a matéria.  A escavação na adega será continuada, assim que as águas secarem; então serão constatados os vestígios de um cadáver aí enterrado.  Então, se os houver, não terei dúvida de que a origem é sobrenatural”.
a)      John D.Fox

No verão de 1848 Mr. David Fox, auxiliado por Mr. Henry Bush, Mr. Lyman Granger, de Rochester, e outros, retomou a escavação da adega.  A uma profundidade de cinco pés encontraram uma tábua; cavando mais, acharam carvão e cal e, finalmente, cabelos e ossos humanos, que foram declarados por um médico que testemunhava como pertencentes a esqueleto humano.  Só cinqüenta e seis anos mais tarde foi feita uma descoberta que provou, acima de qualquer dúvida, que alguém realmente havia sido enterrado na adega da casa dos Fox.
Esta constatação aparece no “Boston Journal” – uma folha não espírita – de 23 de novembro de 1904, e está assim redigida:
“Rochester, N.Y., 22 de novembro de 1904: O esqueleto do homem que se supõe ter produzido as batidas, ouvidas inicialmente pelas irmãs Fox, em 1848, foi encontrado nas paredes da casa ocupada pelas irmãs e as exime de qualquer sombra de dúvida concernente à sua sinceridade na descoberta da comunicação dos Espíritos.  As irmãs Fox haviam declarado que tinham aprendido a comunicar-se com o Espírito de um homem, e que este lhes havia dito que tinha sido assassinado e enterrado na adega.  Repetidas escavações deixaram de localizar o corpo e, assim, oferecer prova positiva do que diziam. A descoberta foi feita por meninos de escola, que brincavam na adega da casa de Hydesville, conhecida como “A Casa Assombrada”, onde as irmãs Fox tinham ouvido as batidas.  William H. Hyde, respeitável cidadão de Clyde, e dono daquela casa, fez investigações e encontrou um esqueleto humano quase completo entre a terra e os escombros das paredes da adega, sem dúvida pertencente àquele mascate que, segundo se dizia, tinha sido assassinado no quarto de leste da casa e cujo corpo tinha sido enterrado na adega.  Mr. Hyde avisou aos parentes das irmãs Fox e a notícia da descoberta será mandada à Ordem Nacional dos Espíritas, muitos dos quais se lembram de ter feito peregrinações à “Casa Encantada”, como é chamada geralmente.  O achado dos ossos praticamente corrobora a declaração feita sob juramento por Margaret Fox, a 11 de abril de 1848”.
                                                      Arthur Conan Doyle
                                                  “A História do Espiritismo”.

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