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Estudando o Espiritismo
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sábado, 20 de fevereiro de 2016
Os cátaros
http://www.acasadoespiritismo.com.br/esponline/oscataros/os%20cataros%20e%20a%20heresia%20catolica.htm
https://veredasespiritas.wordpress.com/2013/08/09/os-cataros-e-a-reencarnacao/
João Huss
João Huss
1369-1415
Sacerdote tcheco, João Huss (Jan Huss) nasceu em Husinec, Boêmia, em 1369 e desencarnou em Constância, em 6 de julho de 1415. Filho de camponeses, se formou em teologia e, dois anos após, em artes pela Universidade de Praga. Em 1401 assumiu a reitoria desta Universidade e, no ano seguinte, foi nomeado pároco da capela de Belém, em Praga.
Em 1410 foi excomungado em face de suas críticas ao clero, especialmente à venda das indulgências. Mas permaneceu em suas funções devido ao grande apoio do povo e do rei Venceslau, sendo festejado como herói nacional. Em 1412, novamente excomungado, teve que se afastar da capital.
Além de reformador religioso, Huss foi um defensor da nacionalidade tcheca. Como escritor, estabeleceu uma nova ortografia, reformando a língua tcheca, esforçando-se para banir as formas germânicas. Por isso, a boêmia considera-o fervoroso patriota e é venerado como um santo e mártir da fé.
"Huss, cuja obra teológica era mais transcrição de John Wycliffe, do que original, afirmava que a Igreja era composta de todos os predestinados - do passado, do presente e do futuro. Como Wycliffe, não aceitava a supremacia papal, mas apenas a pessoa de Cristo como chefe e cabeça da Igreja, considerando o Evangelho como única lei. Seu pensamento sobre a igreja era influenciado fortemente por Agostinho e tinha, a respeito do clero e sua relação com a propriedade, pontos de vista semelhantes aos dos valdenses (movimento dentro da Igreja Católica que pregava a rejeição das riquezas e das pretensões políticas)." (Enciclopédia Mirador Internacional).
Huss abriu caminho a Lutero (1483-1546), teólogo alemão, o maior vulto da reforma protestante.
https://es.wikipedia.org/wiki/Jan_Hus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Hus
João Huss na História do Espiritismo
Escreve: Wallace Leal V. Rodrigues
Em: Janeiro de 2011
Há na história do Espiritismo alguns fatos que desafiam a argúcia do pesquisador. Dia chegará, entretanto, que algum intelectual em melhores condições, pesquisará na própria França, fazendo luz sobre esses enigmas. Um deles reside nas reencarnações de Allan Kardec.
Todos sabem que foi Zéfiro, um dos espíritos-protetores do professor Rivail, quem lhe sugeriu a adoção do pseudônimo de Allan Kardec (1). Ele, Zéfiro, o conhecera na encarnação em que assim se chamara, decorrida nas Gálias, quando o professor Rivail fora um druida. A sugestão foi acatada, pois a entidade era uma das mais expeditas no assessoramento às sessões, das quais as perguntas do professor Rivail e as respostas e explicações dos espíritos superiores, deram nascimento ao conjunto de obras de onde nasceu o Espiritismo.
Mas, além dessa sugestão, sabe-se que muito mais o espírito Zéfiro narrou a Kardec. Esses papéis não foram publicados. Consta que parte deles veio ter ao Brasil, onde estão fechados em caixa-forte. Outros ficaram com o sr. Leymarie, — mais particularmente em sua livraria, em Paris. Depois foram levados, com alguns pertences de Kardec, — seu relógio de bolso etc. — para a Maison des Spirites, recentemente vendida. No correr do Congresso Espírita de 1925, — do qual vou me ocupar nesta tomada de vista, — talvez o mais importante da História do Espiritismo, sei (por haver encontrado na estante de Cairbar Schutel uma relação do que estava exposto) que esse relógio, outros objetos e papéis, ainda existiam e eram conservados. Depois veio a Segunda Grande Guerra, Paris foi ocupada pelos nazistas e as portas da Maison foram abertas a fim de que soldados ali se abrigassem.
O sr. Hubert Forestier, recentemente desencarnado, e que substituiu o grande Jean Meyer na direção da Revue Spirite e na administração da Maison, não era homem de muitas falas e não sucedeu a Kardec no sentido de contribuir o máximo possível para a difusão do Espiritismo, objetivo, aliás, que era o da Societé que chegava a auxiliar financiando o lançamento das obras básicas em línguas estrangeiras. Prova disto tenho eu como, por exemplo, as edições em tcheco e italiano.
Várias vezes tentei a aproximação mais íntima com Forestier. De certa feita chegou a negar a sua foto para publicação no Brasil e, a cada vez que eu mencionava o material deixado por Allan Kardec, sua resposta era lacônica e fria, logo seguida por um ponto-final.
A Maison fora pillé pelos alemães Compreende-se que os alemães tenham alimentado as lareiras da Maison, com os livros de sua biblioteca, mas é incrível que as preciosidades ali existentes tenham sido largadas para trás. Todavia, tudo isto fica para o pesquisador que chegar a Paris com tempo e dinheiro para as buscas necessárias. Toca-me agora tão apenas narrar o que ouvi e li acerca das reencarnações do Codificador admirável.
For exemplo, Zéfiro teria contado que, como Allan Kardec, o professor vivera ao tempo da invasão das Gálias por César. Era um sacerdote druida do culto ao carvalho. Desse culto nasceu a hóstia, que era feita das bolotas da árvore e ministradas aos fiéis. Por esse tempo também viveu Vercingetórix, o herói-maior da Gália, vencido por Júlio César mas que, ao tempo mesmo do professor Rivail, renasceu de um tronco gaulês como Wellington, que deveria tirar desforra sobre o antigo César, agora vestido de Napoleão Bonaparte.
Os espíritos do carvalho eram façanhudos e se manifestavam quando os fiéis se davam as mãos em torno do tronco da árvore. O vento em suas ramas, — coisa que muitas vezes aconteceu na Fazenda Santa Maria, perto de Sacramento, ao tempo de Eurípedes Barsanulfo, — soprava as vozes dos espíritos, quase todos belicosos. Até que um dia Zéfiro criou o culto pacífico do pinheiro, no qual as Entidades não apenas pregavam o bem e a paz, mas acendiam também luzes extraterrenas. Parece que, enciumado, o sacerdote do carvalho terminou por prender a Zéfiro e a sacrificá-lo na pedra-sagrada, abrindo-lhe o ventre e fazendo prognósticos quanto ao futuro, apalpando-lhe as vísceras ainda quentes.
O tempo passou e a roda-da-reencarnação se moveu inexorável. E, — sempre presente o carvalho, — o antigo sacerdote nasceu entre os bosques de carvalhos da Boêmia, no dia 6 de julho de 1369, em Husinetz, vivendo vida inquieta, — da qual vamos nos ocupar, — e terminando por morrer queimado pela Santa Igreja Católica, amarrado a um pau de carvalho, em uma fogueira onde ardia achas deste mesmo vegetal. Esta história pode ser levada mais longe, pois o Professor Rivail, ao desencarnar com o rompimento de um aneurisma, deixou-se cair exatamente sobre uma mesa de carvalho, com os pés em forma de tortilhões — e que só Deus sabe onde foi parar.
Aqui, entretanto, é hora de fazer um intermezzo.
De todos os homens que viveram ao tempo de Kardec, o principal é Léon Denis, que, embora tenha encontrado o professor Rivail duas ou três vezes — uma quando Kardec visitou sua cidade, Tours, onde pronunciou uma conferência sobre a obsessão em um jardim de casa particular, iluminado a lampião, pois que a polícia de Napoleão III não admitia aglomeramentos e fechou as portas do salão alugado para a noite; e outra quando visitou o professor em Paris. Léon Denis é, — pelo menos a nosso ver, — o principal porque, senhor de um estilo leve e muito comunicativo, ele levou ao povo a Doutrina Espírita, formando ao lado de homens que, em certa época, floresceram na França e se tornaram célebres pelo trabalho de levar ao povo as ciências ou o conhecimento, — como, por exemplo, Babinet (2) e mesmo Flammarion. Neste sentido, Denis é inimitável.
Pois muito bem: recentemente traduzimos o livro de Mademoiselle Claire Baumard, que foi sua secretária e amiga fiel nos anos de sua cegueira, isto é de 1918 até a sua morte. As revelações contidas em Léon Denis Intime e outras do próprio Denis, contêm informações imensamente curiosas. Até 1925, por exemplo, o espírito de Allan Kardec se comunicava nas sessões de Denis, em Tours, como se vai ler no livro que entregamos à Edicel Editora (3).
Em Le Génie Celtique et le Monde Invisible, ainda não lançado em português porque, na obra de Denis esse é um livro que interessa mais particularmente aos celtas, aos franceses etc. encontramos um grande número de comunicações de Kardec, quase sempre presente às reuniões do grupo de Tours (4). E a prova de que era realmente o professor Rivail, pode ser tida por este episódio: Denis fora convidado para ser o presidente do Congresso Espírita Internacional de 1925, como de resto o foi (5). Ora, em uma das sessões em Tours, logo após ter recebido o convite, apresentando-se o espírito de Kardec, Denis reclamou: estava velho, cego, enfermo; a viagem a Paris era muito cansativa e, também, cansativo seria o Congresso Espírita Internacional. Porque não convidaram Camille Flammarion? E lá veio a resposta de Kardec, rápida e seca: "Camille Flammarion não estará lá." Denis encheu-se de espanto: Mas como? Flammarion não participaria do Congresso? E o espírito de Kardec, sem dar mais explicações: "Camille Flammarion não estará lá!" E sucedeu que, realizando-se o Congresso de 6 a 13 de setembro de 1925, não pôde realmente ser assistido por Camille Flammarion, que desencarnara, inesperadamente, no Observatório de Juvissy, em julho.
Aí está uma prova provada. Entretanto não apenas Kardec comparecia às sessões de Tours. Também, e regularmente, o espírito de Jerônimo de Praga que era o guia espiritual de Denis. Ora, Jerônimo de Praga fora o grande e o melhor dos amigos de João Huss, o antigo Allan Kardec. Aqui temos dois personagens. Vamos achar um terceiro antes de continuar a exposição. Quem fora Denis? Dizia e escrevia ele que fora um monge com muito de guerreiro. E eu me atrevo a concluir que ele se referia a John Wycliffe. Os três, isto é, João Huss, Jerônimo de Praga e John Wycliffe foram, talvez, os mais importantes personagens da Reforma. Examinemos esse relacionamento.
Jerônimo de Praga era conterrâneo de João Huss e se dirigira à Inglaterra para completar seus estudos teológicos. Ali foi aluno de Wycliffe, o primeiro a denunciar os excessos, a cobiça e a vilania da Igreja Romana. Wycliffe comovia suas audiências, malhando e denunciando a opressão e a decomposição religiosa, conscientizando o povo e proclamando a necessidade de uma reforma. Ele convencia e exaltava os ânimos.
Quando Jerônimo regressou a Praga, levava consigo os escritos de Wycliffe e o fogo que o comunicara. Foi ao encontro de João Huss, reitor da Universidade de Praga e pregador altamente popular, com imensas plateias, na chamada Igreja de Belém. Jerônimo não encontrou Huss satisfeito com a Igreja, que explorava o povo ao ponto de vender lugares à direita ou à esquerda do trono de Deus, variando os preços conforme essa proximidade. Os dois amigos tiveram longas conversas e Huss leu os escritos de Wycliffe. Grande pregador, em breve Huss levantava o povo de seu país contra a tirania de Roma. Seria longo narrar os caminhos e descaminhos que levaram João Huss a um julgamento na cidade suíça de Constança. Sereno e tranquilo, enfrentou os seus julgadores. Jerônimo o acompanhara.
As autoridades eclesiásticas encontraram como condená-lo, embora fosse um dos homens mais puros e admiráveis do seu tempo. Huss foi levado à fogueira de lenha de carvalho, como já foi dito, e morreu; um mártir cristão, com o nome de Jesus nos lábios. Suas cinzas foram atiradas ao rio Reno. Tudo fora, por parte de Roma, uma intriga cavilosa e terrível.
Jerônimo viu estarrecido aquela fogueira humana e, tal como sucedeu a Pedro, não resistiu e pôs-se em fuga. Todavia, nas montanhas em torno de Constança, conseguiu vencer os seus temores. Ele também um excelente orador, em praça pública, denunciou os julgadores de João Huss, louvou a sua virtude e vituperou impiedosamente os desmandos da Igreja Romana. Foi preso e levado a julgamento. Negou-se a arredar de sua posição: centenas de pessoas assistiram às suas arremetidas firmes e corajosas contra o clero. Como João Huss, foi encarcerado e torturado. Tudo infrutífero. Sentindo que perdiam terreno, seus julgadores condenaram-no à morte. Foi queimado em praça pública e, igualmente, suas cinzas foram atiradas no rio Reno. Jerônimo de Praga e João Huss morreram em 1415. John Wycliffe já havia desencarnado, em 1384. Mas, para completar o quadro dessas almas afins, nesse mesmo ano de 1415 o Concilio de Constança ordenou que os ossos de Wycliffe, que fora enterrado no adro da igreja de Lutterworth, fossem exumados, levados à fogueira, reduzidos a cinzas e, em seguida, atiradas estas às águas do rio Swift.
O espaço de um artigo é pequeno demais para que se vá mais longe. O que existe aqui, entretanto, serve para mostrar como o progresso, da Humanidade caminha sobre o sacrifício de grupos de espíritos heroicos. Vemos por estas anotações breves, um flash que ilumina o passado distante de quase quinhentos anos, a bravura, em nome de Cristo, destes vultos singulares.
Ao colocar o ponto final neste artigo, nos lembramos das comovedoras cartas que Eurípedes Barsanulfo e Cairbar Schutel se entretrocavam, esses heroicos pioneiros do Espiritismo no Brasil, mutuamente se encorajando e trocando o calor da fraternidade verdadeira, enquanto enfrentavam momentos difíceis e dolorosos.
E só assim caminha a Humanidade, vencendo a matéria e cada vez mais ansiando pelo reinado do espírito.
NOTAS DO PENSE
(1) Ver o livro de Silvino Canuto Abreu, “O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária”, lançado pela editora do Lar da Família Universal (LFU).
(2) Jacques Babinet (1794-1872), físico, matemático e astrônomo francês, tornou-se publicamente espírita em 1869. Devido ao seu falecimento, não pôde escrever e pesquisar “os incríveis fenômenos” dos quais foi testemunha. (“Pioneiros do Espiritismo”, J. Malgras).
(3) Essa obra foi lançada também pela Casa Editora O Clarim, com o título “Léon Denis na Intimidade”.
(4) “O Gênio Céltico e o Mundo Invisível” foi traduzido por Cícero Pimentel e publicado em 1995 pela Edições CELD - Centro Espírita Léon Denis, do Rio de Janeiro-RJ.
(5) Léon Denis (1846-1927), atendendo aos pedidos de Jean Meyer, do espírito Allan Kardec e de seu guia Jerônimo de Praga, decide ir ao Congresso Espírita Internacional (1925), o terceiro realizado em Paris-França, pouco antes de desencarnar. Como presidente de honra, sua participação foi fundamental para garantir o perfil kardecista das resoluções do evento. Foi neste congresso que Léon Denis conheceu pessoalmente o célebre escritor e espírita Arthur Conan Doyle.
Fonte: “Anuário Espírita 1973” - IDE - ano X - nº 10, págs. 75 a 85. Órgão do Instituto de Difusão Espírita de Araras-SP.
Wallace Leal Valentin Rodrigues (1924-1988), escritor espírita capixaba, dramaturgo, cineasta e tradutor, foi um intelectual espírita de larga erudição, tradutor de várias obras de Allan Kardec, dentre outros autores. Em Matão-SP, assumiu a direção da Revista Internacional de Espiritismo, da Casa Editora O Clarim e do periódico O Clarim. Era colaborador da revista Planeta (Editora Três). Escreveu vários ensaios e romances espíritas. É autor dos livros A Esquina de Pedra, Remotos Cânticos de Belém e Katie King.
1369-1415
Sacerdote tcheco, João Huss (Jan Huss) nasceu em Husinec, Boêmia, em 1369 e desencarnou em Constância, em 6 de julho de 1415. Filho de camponeses, se formou em teologia e, dois anos após, em artes pela Universidade de Praga. Em 1401 assumiu a reitoria desta Universidade e, no ano seguinte, foi nomeado pároco da capela de Belém, em Praga.
Em 1410 foi excomungado em face de suas críticas ao clero, especialmente à venda das indulgências. Mas permaneceu em suas funções devido ao grande apoio do povo e do rei Venceslau, sendo festejado como herói nacional. Em 1412, novamente excomungado, teve que se afastar da capital.
Além de reformador religioso, Huss foi um defensor da nacionalidade tcheca. Como escritor, estabeleceu uma nova ortografia, reformando a língua tcheca, esforçando-se para banir as formas germânicas. Por isso, a boêmia considera-o fervoroso patriota e é venerado como um santo e mártir da fé.
"Huss, cuja obra teológica era mais transcrição de John Wycliffe, do que original, afirmava que a Igreja era composta de todos os predestinados - do passado, do presente e do futuro. Como Wycliffe, não aceitava a supremacia papal, mas apenas a pessoa de Cristo como chefe e cabeça da Igreja, considerando o Evangelho como única lei. Seu pensamento sobre a igreja era influenciado fortemente por Agostinho e tinha, a respeito do clero e sua relação com a propriedade, pontos de vista semelhantes aos dos valdenses (movimento dentro da Igreja Católica que pregava a rejeição das riquezas e das pretensões políticas)." (Enciclopédia Mirador Internacional).
Huss abriu caminho a Lutero (1483-1546), teólogo alemão, o maior vulto da reforma protestante.
https://es.wikipedia.org/wiki/Jan_Hus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Hus
João Huss na História do Espiritismo
Escreve: Wallace Leal V. Rodrigues
Em: Janeiro de 2011
Há na história do Espiritismo alguns fatos que desafiam a argúcia do pesquisador. Dia chegará, entretanto, que algum intelectual em melhores condições, pesquisará na própria França, fazendo luz sobre esses enigmas. Um deles reside nas reencarnações de Allan Kardec.
Todos sabem que foi Zéfiro, um dos espíritos-protetores do professor Rivail, quem lhe sugeriu a adoção do pseudônimo de Allan Kardec (1). Ele, Zéfiro, o conhecera na encarnação em que assim se chamara, decorrida nas Gálias, quando o professor Rivail fora um druida. A sugestão foi acatada, pois a entidade era uma das mais expeditas no assessoramento às sessões, das quais as perguntas do professor Rivail e as respostas e explicações dos espíritos superiores, deram nascimento ao conjunto de obras de onde nasceu o Espiritismo.
Mas, além dessa sugestão, sabe-se que muito mais o espírito Zéfiro narrou a Kardec. Esses papéis não foram publicados. Consta que parte deles veio ter ao Brasil, onde estão fechados em caixa-forte. Outros ficaram com o sr. Leymarie, — mais particularmente em sua livraria, em Paris. Depois foram levados, com alguns pertences de Kardec, — seu relógio de bolso etc. — para a Maison des Spirites, recentemente vendida. No correr do Congresso Espírita de 1925, — do qual vou me ocupar nesta tomada de vista, — talvez o mais importante da História do Espiritismo, sei (por haver encontrado na estante de Cairbar Schutel uma relação do que estava exposto) que esse relógio, outros objetos e papéis, ainda existiam e eram conservados. Depois veio a Segunda Grande Guerra, Paris foi ocupada pelos nazistas e as portas da Maison foram abertas a fim de que soldados ali se abrigassem.
O sr. Hubert Forestier, recentemente desencarnado, e que substituiu o grande Jean Meyer na direção da Revue Spirite e na administração da Maison, não era homem de muitas falas e não sucedeu a Kardec no sentido de contribuir o máximo possível para a difusão do Espiritismo, objetivo, aliás, que era o da Societé que chegava a auxiliar financiando o lançamento das obras básicas em línguas estrangeiras. Prova disto tenho eu como, por exemplo, as edições em tcheco e italiano.
Várias vezes tentei a aproximação mais íntima com Forestier. De certa feita chegou a negar a sua foto para publicação no Brasil e, a cada vez que eu mencionava o material deixado por Allan Kardec, sua resposta era lacônica e fria, logo seguida por um ponto-final.
A Maison fora pillé pelos alemães Compreende-se que os alemães tenham alimentado as lareiras da Maison, com os livros de sua biblioteca, mas é incrível que as preciosidades ali existentes tenham sido largadas para trás. Todavia, tudo isto fica para o pesquisador que chegar a Paris com tempo e dinheiro para as buscas necessárias. Toca-me agora tão apenas narrar o que ouvi e li acerca das reencarnações do Codificador admirável.
For exemplo, Zéfiro teria contado que, como Allan Kardec, o professor vivera ao tempo da invasão das Gálias por César. Era um sacerdote druida do culto ao carvalho. Desse culto nasceu a hóstia, que era feita das bolotas da árvore e ministradas aos fiéis. Por esse tempo também viveu Vercingetórix, o herói-maior da Gália, vencido por Júlio César mas que, ao tempo mesmo do professor Rivail, renasceu de um tronco gaulês como Wellington, que deveria tirar desforra sobre o antigo César, agora vestido de Napoleão Bonaparte.
Os espíritos do carvalho eram façanhudos e se manifestavam quando os fiéis se davam as mãos em torno do tronco da árvore. O vento em suas ramas, — coisa que muitas vezes aconteceu na Fazenda Santa Maria, perto de Sacramento, ao tempo de Eurípedes Barsanulfo, — soprava as vozes dos espíritos, quase todos belicosos. Até que um dia Zéfiro criou o culto pacífico do pinheiro, no qual as Entidades não apenas pregavam o bem e a paz, mas acendiam também luzes extraterrenas. Parece que, enciumado, o sacerdote do carvalho terminou por prender a Zéfiro e a sacrificá-lo na pedra-sagrada, abrindo-lhe o ventre e fazendo prognósticos quanto ao futuro, apalpando-lhe as vísceras ainda quentes.
O tempo passou e a roda-da-reencarnação se moveu inexorável. E, — sempre presente o carvalho, — o antigo sacerdote nasceu entre os bosques de carvalhos da Boêmia, no dia 6 de julho de 1369, em Husinetz, vivendo vida inquieta, — da qual vamos nos ocupar, — e terminando por morrer queimado pela Santa Igreja Católica, amarrado a um pau de carvalho, em uma fogueira onde ardia achas deste mesmo vegetal. Esta história pode ser levada mais longe, pois o Professor Rivail, ao desencarnar com o rompimento de um aneurisma, deixou-se cair exatamente sobre uma mesa de carvalho, com os pés em forma de tortilhões — e que só Deus sabe onde foi parar.
Aqui, entretanto, é hora de fazer um intermezzo.
De todos os homens que viveram ao tempo de Kardec, o principal é Léon Denis, que, embora tenha encontrado o professor Rivail duas ou três vezes — uma quando Kardec visitou sua cidade, Tours, onde pronunciou uma conferência sobre a obsessão em um jardim de casa particular, iluminado a lampião, pois que a polícia de Napoleão III não admitia aglomeramentos e fechou as portas do salão alugado para a noite; e outra quando visitou o professor em Paris. Léon Denis é, — pelo menos a nosso ver, — o principal porque, senhor de um estilo leve e muito comunicativo, ele levou ao povo a Doutrina Espírita, formando ao lado de homens que, em certa época, floresceram na França e se tornaram célebres pelo trabalho de levar ao povo as ciências ou o conhecimento, — como, por exemplo, Babinet (2) e mesmo Flammarion. Neste sentido, Denis é inimitável.
Pois muito bem: recentemente traduzimos o livro de Mademoiselle Claire Baumard, que foi sua secretária e amiga fiel nos anos de sua cegueira, isto é de 1918 até a sua morte. As revelações contidas em Léon Denis Intime e outras do próprio Denis, contêm informações imensamente curiosas. Até 1925, por exemplo, o espírito de Allan Kardec se comunicava nas sessões de Denis, em Tours, como se vai ler no livro que entregamos à Edicel Editora (3).
Em Le Génie Celtique et le Monde Invisible, ainda não lançado em português porque, na obra de Denis esse é um livro que interessa mais particularmente aos celtas, aos franceses etc. encontramos um grande número de comunicações de Kardec, quase sempre presente às reuniões do grupo de Tours (4). E a prova de que era realmente o professor Rivail, pode ser tida por este episódio: Denis fora convidado para ser o presidente do Congresso Espírita Internacional de 1925, como de resto o foi (5). Ora, em uma das sessões em Tours, logo após ter recebido o convite, apresentando-se o espírito de Kardec, Denis reclamou: estava velho, cego, enfermo; a viagem a Paris era muito cansativa e, também, cansativo seria o Congresso Espírita Internacional. Porque não convidaram Camille Flammarion? E lá veio a resposta de Kardec, rápida e seca: "Camille Flammarion não estará lá." Denis encheu-se de espanto: Mas como? Flammarion não participaria do Congresso? E o espírito de Kardec, sem dar mais explicações: "Camille Flammarion não estará lá!" E sucedeu que, realizando-se o Congresso de 6 a 13 de setembro de 1925, não pôde realmente ser assistido por Camille Flammarion, que desencarnara, inesperadamente, no Observatório de Juvissy, em julho.
Aí está uma prova provada. Entretanto não apenas Kardec comparecia às sessões de Tours. Também, e regularmente, o espírito de Jerônimo de Praga que era o guia espiritual de Denis. Ora, Jerônimo de Praga fora o grande e o melhor dos amigos de João Huss, o antigo Allan Kardec. Aqui temos dois personagens. Vamos achar um terceiro antes de continuar a exposição. Quem fora Denis? Dizia e escrevia ele que fora um monge com muito de guerreiro. E eu me atrevo a concluir que ele se referia a John Wycliffe. Os três, isto é, João Huss, Jerônimo de Praga e John Wycliffe foram, talvez, os mais importantes personagens da Reforma. Examinemos esse relacionamento.
Jerônimo de Praga era conterrâneo de João Huss e se dirigira à Inglaterra para completar seus estudos teológicos. Ali foi aluno de Wycliffe, o primeiro a denunciar os excessos, a cobiça e a vilania da Igreja Romana. Wycliffe comovia suas audiências, malhando e denunciando a opressão e a decomposição religiosa, conscientizando o povo e proclamando a necessidade de uma reforma. Ele convencia e exaltava os ânimos.
Quando Jerônimo regressou a Praga, levava consigo os escritos de Wycliffe e o fogo que o comunicara. Foi ao encontro de João Huss, reitor da Universidade de Praga e pregador altamente popular, com imensas plateias, na chamada Igreja de Belém. Jerônimo não encontrou Huss satisfeito com a Igreja, que explorava o povo ao ponto de vender lugares à direita ou à esquerda do trono de Deus, variando os preços conforme essa proximidade. Os dois amigos tiveram longas conversas e Huss leu os escritos de Wycliffe. Grande pregador, em breve Huss levantava o povo de seu país contra a tirania de Roma. Seria longo narrar os caminhos e descaminhos que levaram João Huss a um julgamento na cidade suíça de Constança. Sereno e tranquilo, enfrentou os seus julgadores. Jerônimo o acompanhara.
As autoridades eclesiásticas encontraram como condená-lo, embora fosse um dos homens mais puros e admiráveis do seu tempo. Huss foi levado à fogueira de lenha de carvalho, como já foi dito, e morreu; um mártir cristão, com o nome de Jesus nos lábios. Suas cinzas foram atiradas ao rio Reno. Tudo fora, por parte de Roma, uma intriga cavilosa e terrível.
Jerônimo viu estarrecido aquela fogueira humana e, tal como sucedeu a Pedro, não resistiu e pôs-se em fuga. Todavia, nas montanhas em torno de Constança, conseguiu vencer os seus temores. Ele também um excelente orador, em praça pública, denunciou os julgadores de João Huss, louvou a sua virtude e vituperou impiedosamente os desmandos da Igreja Romana. Foi preso e levado a julgamento. Negou-se a arredar de sua posição: centenas de pessoas assistiram às suas arremetidas firmes e corajosas contra o clero. Como João Huss, foi encarcerado e torturado. Tudo infrutífero. Sentindo que perdiam terreno, seus julgadores condenaram-no à morte. Foi queimado em praça pública e, igualmente, suas cinzas foram atiradas no rio Reno. Jerônimo de Praga e João Huss morreram em 1415. John Wycliffe já havia desencarnado, em 1384. Mas, para completar o quadro dessas almas afins, nesse mesmo ano de 1415 o Concilio de Constança ordenou que os ossos de Wycliffe, que fora enterrado no adro da igreja de Lutterworth, fossem exumados, levados à fogueira, reduzidos a cinzas e, em seguida, atiradas estas às águas do rio Swift.
O espaço de um artigo é pequeno demais para que se vá mais longe. O que existe aqui, entretanto, serve para mostrar como o progresso, da Humanidade caminha sobre o sacrifício de grupos de espíritos heroicos. Vemos por estas anotações breves, um flash que ilumina o passado distante de quase quinhentos anos, a bravura, em nome de Cristo, destes vultos singulares.
Ao colocar o ponto final neste artigo, nos lembramos das comovedoras cartas que Eurípedes Barsanulfo e Cairbar Schutel se entretrocavam, esses heroicos pioneiros do Espiritismo no Brasil, mutuamente se encorajando e trocando o calor da fraternidade verdadeira, enquanto enfrentavam momentos difíceis e dolorosos.
E só assim caminha a Humanidade, vencendo a matéria e cada vez mais ansiando pelo reinado do espírito.
NOTAS DO PENSE
(1) Ver o livro de Silvino Canuto Abreu, “O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária”, lançado pela editora do Lar da Família Universal (LFU).
(2) Jacques Babinet (1794-1872), físico, matemático e astrônomo francês, tornou-se publicamente espírita em 1869. Devido ao seu falecimento, não pôde escrever e pesquisar “os incríveis fenômenos” dos quais foi testemunha. (“Pioneiros do Espiritismo”, J. Malgras).
(3) Essa obra foi lançada também pela Casa Editora O Clarim, com o título “Léon Denis na Intimidade”.
(4) “O Gênio Céltico e o Mundo Invisível” foi traduzido por Cícero Pimentel e publicado em 1995 pela Edições CELD - Centro Espírita Léon Denis, do Rio de Janeiro-RJ.
(5) Léon Denis (1846-1927), atendendo aos pedidos de Jean Meyer, do espírito Allan Kardec e de seu guia Jerônimo de Praga, decide ir ao Congresso Espírita Internacional (1925), o terceiro realizado em Paris-França, pouco antes de desencarnar. Como presidente de honra, sua participação foi fundamental para garantir o perfil kardecista das resoluções do evento. Foi neste congresso que Léon Denis conheceu pessoalmente o célebre escritor e espírita Arthur Conan Doyle.
Fonte: “Anuário Espírita 1973” - IDE - ano X - nº 10, págs. 75 a 85. Órgão do Instituto de Difusão Espírita de Araras-SP.
Wallace Leal Valentin Rodrigues (1924-1988), escritor espírita capixaba, dramaturgo, cineasta e tradutor, foi um intelectual espírita de larga erudição, tradutor de várias obras de Allan Kardec, dentre outros autores. Em Matão-SP, assumiu a direção da Revista Internacional de Espiritismo, da Casa Editora O Clarim e do periódico O Clarim. Era colaborador da revista Planeta (Editora Três). Escreveu vários ensaios e romances espíritas. É autor dos livros A Esquina de Pedra, Remotos Cânticos de Belém e Katie King.
ESDE - Textos Complementares
Aqui você acha nos arquivos do Blog textos complementares. Basta ir no mês e ano indicado.
Tomo 1
Módulo I – Introdução ao Estudo do Espiritismo
Rot. 1 – O contexto histórico do século XIX na Europa ............. Ago - 10
Rot. 2 – Espiritismo ou Doutrina Espírita: conceito e objeto ..... Ago - 10
Rot. 3 – Tríplice aspecto da Doutrina Espírita ............................. Ago - 10
Rot. 4 – Pontos principais da Doutrina Espírita .......................... Ago - 10
Módulo II – A Codificação Espírita
Rot. 1 – Fenômenos mediúnicos que antecederam a Codificação:
Hydesville e mesas girantes ............................................. Out - 10
Rot. 2 – Allan Kardec: o professor e o codificador ....................... Nov - 10
Rot. 3 – Metodologia e critérios utilizados na Codificação
Espírita .............................................................................. Nov e Dez - 10
Rot. 4 – Obras básicas .................................................................... Dez - 10
Rot. 4 – Obras básicas .................................................................... Dez - 10
Módulo III – Deus
Rot. 1 – Existência de Deus ........................................................... Dez - 10 e Jan - 11
Rot. 2 – Provas da existência de Deus ......................................... Dez - 10 e Jan - 11
Rot. 3 – Atributos da divindade .................................................. Mar - 11
Rot. 4 – A providência divina ...................................................... Abr - 11
Módulo IV – Existência e Sobrevivência do Espírito
Rot. 1 – Perispírito: conceito ....................................................... Mai - 11
Rot. 2 – Origem e natureza do Espírito ...................................... Mai - 11
Rot. 3 – Provas da existência e da sobrevivência do Espírito .... Jul -11
Rot. 4 – Progressão dos Espíritos ................................................ Ago - 11
Módulo V – Comunicabilidade dos Espíritos ............................
Rot. 1 – Influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos,
e nos acontecimentos da vida ........................................ Set - 11
Rot. 2 – Mediunidade e médium ................................................ Out - 11
Rot. 3 – Mediunidade com Jesus ................................................. Out - 11
10
Módulo VI – Reencarnação .................................................................................
Rot. 1 – Fundamentos e finalidades da reencarnação .................................. Dez - 11
Rot. 2 – Provas da reencarnação .................................................................... Jan - 12
Rot. 3 – Retorno à vida corporal: o planejamento reencarnatório .............. Mar - 12
Rot. 4 – Retorno à vida corporal: união da alma ao corpo ........................... Abr e Mai - 12
Rot. 5 – Retorno à vida corporal: a infância .................................................. Mai e Jun - 12
Rot. 6 – O esquecimento do passado: justificativas da sua necessidade ....... Jun - 12
Módulo VII – Pluralidade dos Mundos Habitados .....................................
Rot. 1 – O fluido cósmico universal .............................................................. Jun - 12
Rot. 2 – Elementos gerais do universo: espírito e matéria ............................ Ago - 12
Rot. 3 – Formação dos mundos e dos seres vivos .......................................... Set - 12
Rot. 4 – Os reinos da natureza: mineral, vegetal, animal e hominal ........... Out - 12
Rot. 5 – Diferentes categorias de mundos habitados .................................... Out - 12
Rot. 6 – Encarnação nos diferentes mundos................................................. Out - 12
Rot. 7 – A Terra: mundo de expiação e provas .............................................. Nov - 12
Módulo VIII – Lei Divina ou Natural ..............................................................
Rot. 1 – Lei natural: definição e caracteres .................................................... Dez - 12
Rot. 2 – O bem e o mal ................................................................................... Fev - 13
Módulo IX – Lei de Adoração .............................................................................
Rot. 1 – Adoração: significado e objetivo ....................................................... Mar - 13
Rot. 2 – A prece: importância, eficácia e ação ............................................... Abr - 13
Rot. 3 – Evangelho no lar................................................................................ Abr - 13
Tomo 2
Módulo X – Lei de Liberdade ..........................................................
Rot. 1 – Liberdade de pensar e liberdade de consciência ................ Jun - 13
Rot. 2 – Livre-arbítrio e responsabilidade .................................... Ago - 13
Rot. 3 – Livre-arbítrio e fatalidade................................................ Ago - 13
Rot. 4 – O princípio de ação e reação........................................... Set - 13
Módulo XI – Lei do Progresso ........................................................
Rot. 1 – Progresso intelectual e progresso moral......................... Out - 13
Rot. 2 – Influência do Espiritismo no progresso
da Humanidade ............................................................... Nov - 13
Módulo XII – Lei de Sociedade e Lei do Trabalho ................
Rot. 1 – Necessidade da vida social............................................... Jan - 14
Rot. 2 – Vida em família e laços de parentesco ............................ Fev - 14
Rot. 3 – Necessidade do trabalho.................................................. Mar - 14
Rot. 4 – Limite do trabalho e do repouso..................................... Mai - 14
Módulo XIII – Lei de Destruição e Lei de Conservação ........
Rot. 1 – Destruição necessária e destruição abusiva .................... Jun - 14
Rot. 2 – Flagelos destruidores ..................................................... Jul - 14
Rot. 3 – Instinto e inteligência .................................................. Ago - 14
Rot. 4 – O necessário e o supérfluo ........................................... Set e out - 14
Módulo XIV – Lei de Igualdade ..................................................... Mai - 2017
Rot. 1 – Igualdade natural e desigualdade de aptidões ............. Mai - 2017
Rot. 2 – Desigualdades sociais. Igualdade de direitos do homem e da mulher.... Mai - 2017
Rot. 3 – Desigualdades das riquezas: as provas da riqueza e da pobreza ....
Módulo XV – Lei de Reprodução .............................................................................
Rot. 1 – Casamento e celibato................................................................................
Rot. 2 – Obstáculos à reprodução .........................................................................
Rot. 3 – O aborto ....................................................................................................
Módulo XVI – Lei de Justiça, Amor e Caridade ..................................................
Rot. 1 – Justiça e direitos naturais..........................................................................
Rot. 2 – Caridade e amor ao próximo ..................................................................
Módulo XVII – A Perfeição Moral .............................................................................
Rot. 1 – Os caracteres da perfeição moral .............................................................
Rot. 2 – Conhecimento de si mesmo ....................................................................
Rot. 3 – O homem de bem .....................................................................................
Módulo XVIII – Esperanças e Consolações............................................................
Rot. 1 – Penas e gozos terrestres ............................................................................
Rot. 2 – Penas e gozos futuros...............................................................................
Tomo 2
Módulo X – Lei de Liberdade ..........................................................
Rot. 1 – Liberdade de pensar e liberdade de consciência ................ Jun - 13
Rot. 2 – Livre-arbítrio e responsabilidade .................................... Ago - 13
Rot. 3 – Livre-arbítrio e fatalidade................................................ Ago - 13
Rot. 4 – O princípio de ação e reação........................................... Set - 13
Módulo XI – Lei do Progresso ........................................................
Rot. 1 – Progresso intelectual e progresso moral......................... Out - 13
Rot. 2 – Influência do Espiritismo no progresso
da Humanidade ............................................................... Nov - 13
Módulo XII – Lei de Sociedade e Lei do Trabalho ................
Rot. 1 – Necessidade da vida social............................................... Jan - 14
Rot. 2 – Vida em família e laços de parentesco ............................ Fev - 14
Rot. 3 – Necessidade do trabalho.................................................. Mar - 14
Rot. 4 – Limite do trabalho e do repouso..................................... Mai - 14
Módulo XIII – Lei de Destruição e Lei de Conservação ........
Rot. 1 – Destruição necessária e destruição abusiva .................... Jun - 14
Rot. 2 – Flagelos destruidores ..................................................... Jul - 14
Rot. 3 – Instinto e inteligência .................................................. Ago - 14
Rot. 4 – O necessário e o supérfluo ........................................... Set e out - 14
Módulo XIV – Lei de Igualdade ..................................................... Mai - 2017
Rot. 1 – Igualdade natural e desigualdade de aptidões ............. Mai - 2017
Rot. 2 – Desigualdades sociais. Igualdade de direitos do homem e da mulher.... Mai - 2017
Rot. 3 – Desigualdades das riquezas: as provas da riqueza e da pobreza ....
Módulo XV – Lei de Reprodução .............................................................................
Rot. 1 – Casamento e celibato................................................................................
Rot. 2 – Obstáculos à reprodução .........................................................................
Rot. 3 – O aborto ....................................................................................................
Módulo XVI – Lei de Justiça, Amor e Caridade ..................................................
Rot. 1 – Justiça e direitos naturais..........................................................................
Rot. 2 – Caridade e amor ao próximo ..................................................................
Módulo XVII – A Perfeição Moral .............................................................................
Rot. 1 – Os caracteres da perfeição moral .............................................................
Rot. 2 – Conhecimento de si mesmo ....................................................................
Rot. 3 – O homem de bem .....................................................................................
Módulo XVIII – Esperanças e Consolações............................................................
Rot. 1 – Penas e gozos terrestres ............................................................................
Rot. 2 – Penas e gozos futuros...............................................................................
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Desapego
Desapego
Em visita ao Nepal, um jovem turista americano foi visitar um monge budista. Ao entrar em seus aposentos, percebeu que não havia nada além de livros e velas.
- Onde estão suas coisas? - o jovem perguntou.
- Que coisas? - ele respondeu.
- Ora, sua mobília, roupas, equipamentos, sei lá, suas coisas.
- E onde estão as suas? - o monge perguntou.
O jovem olhou surpreso para ele. - Onde estão minhas coisas? Eu estou aqui de passagem!
- Eu também!!!!!!!!!! (Conto Oriental - Autor desconhecido)
Mensagens para Orkut - Dividers
Como não ter apego "às coisas" se vivemos num mundo consumista?
E o que dizer do apego emocional que nos aprisiona e nos arrasta ao sofrimento?
Sabemos que o desprendimento é necessário para a renovação interior e crescimento espiritual do ser.
No entanto, tal exercício exige de nós, virtudes a serem trabalhadas e defeitos a serem extintos, e nem sempre estamos preparados para mudanças.
Quando o apego é mais forte que a renúncia, começamos a "perder" nossas conquistas: empregos, amizades, amores...
É a vida nos convocando ao aprendizado do desapego.
Cultivar o desapego não significa amar menos ou não apreciar as coisas boas que a vida tem a nos oferecer, mas ter consciência da natureza transitória das coisas, anulando assim, na medida do possível, o sentimento de posse. Beijão ♥♥
Em visita ao Nepal, um jovem turista americano foi visitar um monge budista. Ao entrar em seus aposentos, percebeu que não havia nada além de livros e velas.
- Onde estão suas coisas? - o jovem perguntou.
- Que coisas? - ele respondeu.
- Ora, sua mobília, roupas, equipamentos, sei lá, suas coisas.
- E onde estão as suas? - o monge perguntou.
O jovem olhou surpreso para ele. - Onde estão minhas coisas? Eu estou aqui de passagem!
- Eu também!!!!!!!!!! (Conto Oriental - Autor desconhecido)
Mensagens para Orkut - Dividers
Como não ter apego "às coisas" se vivemos num mundo consumista?
E o que dizer do apego emocional que nos aprisiona e nos arrasta ao sofrimento?
Sabemos que o desprendimento é necessário para a renovação interior e crescimento espiritual do ser.
No entanto, tal exercício exige de nós, virtudes a serem trabalhadas e defeitos a serem extintos, e nem sempre estamos preparados para mudanças.
Quando o apego é mais forte que a renúncia, começamos a "perder" nossas conquistas: empregos, amizades, amores...
É a vida nos convocando ao aprendizado do desapego.
Cultivar o desapego não significa amar menos ou não apreciar as coisas boas que a vida tem a nos oferecer, mas ter consciência da natureza transitória das coisas, anulando assim, na medida do possível, o sentimento de posse. Beijão ♥♥
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Maledicência e preocupações
(Jiddu Krishnamurti, livro Comentários sobre o viver)
3 - Maledicência e preocupações
Que extraordinária semelhança entre a
maledicência e a preocupação! Tanto uma, como outra, são o produto da mente inquieta. A mente inquieta necessita de variedade de expressões e ações, precisa estar ocupada, ter sensações cada vez mais intensas, interesses passageiros, e a maledicência contém todos esses ingredientes de que a mente carece.
A maledicência é a verdadeira antítese do empenho ardoroso. Falar de outrem, caçoando ou ultrajando, é uma fuga de si mesmo, e a fuga é que é a causa da inquietação. A fuga, por sua própria natureza, é agitação.
O interesse nos assuntos alheios parece ocupar a maioria das pessoas, e isso se expressa no gosto com que leem toda a sorte de revistas e jornais, com suas colunas de mexericos, notícias de assassínios, divórcios, etc.
Assim como nos preocupamos com o que os outros pensam de nós, assim também temos muito interesse em saber de tudo o que lhes diz respeito; e nascem daí, as formas grosseiras e sutis de esnobismo e a subserviência à autoridade. E tornamo-nos, então, cada vez mais extrovertidos, e interiormente vazios.
E quanto mais extrovertidos, mais necessitamos de sensações e distrações, resultando daí uma mente sempre inquieta, incapaz de profunda investigação e descobrimento.
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/fofoca-e-maledicencia/#ixzz40FDk2Xat
3 - Maledicência e preocupações
Que extraordinária semelhança entre a
maledicência e a preocupação! Tanto uma, como outra, são o produto da mente inquieta. A mente inquieta necessita de variedade de expressões e ações, precisa estar ocupada, ter sensações cada vez mais intensas, interesses passageiros, e a maledicência contém todos esses ingredientes de que a mente carece.
A maledicência é a verdadeira antítese do empenho ardoroso. Falar de outrem, caçoando ou ultrajando, é uma fuga de si mesmo, e a fuga é que é a causa da inquietação. A fuga, por sua própria natureza, é agitação.
O interesse nos assuntos alheios parece ocupar a maioria das pessoas, e isso se expressa no gosto com que leem toda a sorte de revistas e jornais, com suas colunas de mexericos, notícias de assassínios, divórcios, etc.
Assim como nos preocupamos com o que os outros pensam de nós, assim também temos muito interesse em saber de tudo o que lhes diz respeito; e nascem daí, as formas grosseiras e sutis de esnobismo e a subserviência à autoridade. E tornamo-nos, então, cada vez mais extrovertidos, e interiormente vazios.
E quanto mais extrovertidos, mais necessitamos de sensações e distrações, resultando daí uma mente sempre inquieta, incapaz de profunda investigação e descobrimento.
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/fofoca-e-maledicencia/#ixzz40FDk2Xat
domingo, 14 de fevereiro de 2016
ESPOSA SURDA
ESPOSA SURDA (amei essa estorinha)
– Qual o problema de sua esposa ? Disse o médico.
– Surdez. Não ouve quase nada.
– Então o senhor vai fazer o seguinte: antes de trazê-la, faça um teste para facilitar o diagnóstico. Sem ela olhar, o senhor, a certa distância fala em tom normal, até que perceba a que distância ela consegue ouvi-lo.
E quando vier – diz o médico – dirá a que distância o senhor estava quando ela o ouviu. Está certo ?
– Certo, combinado então.
À noite, quando a mulher preparava o jantar, o marido decidiu fazer o teste.
Mediu a distância que estava em relação à mulher. E pensou: “Estou a 15 metros de distância. Vai ser agora”.
– Maria, o que temos para jantar ? – não ouviu nada. Então aproximou-se a 10 metros.
– Maria, o que temos para jantar ? – nada ainda. Então, aproximou-se mais 5 metros.
– Maria, o que temos para jantar ? – Silêncio ainda.
Por fim, encosta-se às costas da mulher e volta a perguntar:
– Maria! O que temos para jantar ?
– Frango, meu bem… É a quarta vez que te respondo!
Como percebem, muitas vezes achamos que o problema ocorre com os outros, quando na realidade o problema é nosso, só nosso… Achamos que Deus não ouve nossas orações mas quando nos aproximamos Dele percebemos que o erro sempre esteve em nós por não ouvirmos o que Ele diz.
E você a que distância está de Deus ?
– Qual o problema de sua esposa ? Disse o médico.
– Surdez. Não ouve quase nada.
– Então o senhor vai fazer o seguinte: antes de trazê-la, faça um teste para facilitar o diagnóstico. Sem ela olhar, o senhor, a certa distância fala em tom normal, até que perceba a que distância ela consegue ouvi-lo.
E quando vier – diz o médico – dirá a que distância o senhor estava quando ela o ouviu. Está certo ?
– Certo, combinado então.
À noite, quando a mulher preparava o jantar, o marido decidiu fazer o teste.
Mediu a distância que estava em relação à mulher. E pensou: “Estou a 15 metros de distância. Vai ser agora”.
– Maria, o que temos para jantar ? – não ouviu nada. Então aproximou-se a 10 metros.
– Maria, o que temos para jantar ? – nada ainda. Então, aproximou-se mais 5 metros.
– Maria, o que temos para jantar ? – Silêncio ainda.
Por fim, encosta-se às costas da mulher e volta a perguntar:
– Maria! O que temos para jantar ?
– Frango, meu bem… É a quarta vez que te respondo!
Como percebem, muitas vezes achamos que o problema ocorre com os outros, quando na realidade o problema é nosso, só nosso… Achamos que Deus não ouve nossas orações mas quando nos aproximamos Dele percebemos que o erro sempre esteve em nós por não ouvirmos o que Ele diz.
E você a que distância está de Deus ?
Falatórios
Falatórios
"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade."
Paulo. (II Timóteo, 2:16.)
Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.
A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir lhes os focos essenciais.
Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?
Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.
Raros meditam nisto.
Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.
A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.
Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?
Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.
Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.
Falatório é desperdício. E quando assim não seja, não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando Espíritos valorosos e comunidades inteiras.
Do cap. 73 do livro Vinha de Luz, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Essa página tem me assombrado durante as últimas semanas.
Hoje estou me desafiando duplamente.
Eu tenho que enfrentar essa página e fazer um acordo comigo mesmo, desafio 01, e quero fazer isso escrevendo no blog, mas sendo totalmente honesta, desafio 02.
Eu já havia lido essa página em algum momento da minha vida. Esse ano, em uma prece do dij de terça ou sábado, lemos novamente e aí me pegou em cheio.
Não sei se é porque tenho me absorvido demais no falatório ou porque amadureci moralmente para me doer tanto com isso. Prefiro acreditar no segundo.
Vamos ser honestos?
O falatório é quase uma ferramenta social do lado negro da força. Aquela fofoquinha, aquele veneninho que se troca quando acaba o assunto (tem até aqueles momentos que se juntam para trocar essas figurinhas) são bem evidentes, seja entre amigos, família, trabalho e até âmbito religioso.
Raro mesmo é ver quem se controla pra não cometer tal mal.
Nos últimos tempos, toda vez que eu incito uma roda de falatório, contribuo ou simplesmente estou no mesma conversa, a página do Vinha de Luz fica em pisca-alerta na minha consciência.
Não quero que pareça falso moralismo, mas desde que me reconheci e me assumi como uma agente do cristianismo, tento buscar com afinco ser espelho da palavra de Jesus. É uma missão difícil, mas tentando que se começa, certo?
Estou num processo de extirpar o hábito do falatório. Mas, qual é o primeiro passo? O que é falatório e o que é aceitável?
Eu já li na internet, há muito tempo, um texto sobre as três peneiras:
"Um homem, procurou sábio e disse-lhe: - Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando o sábio ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: - Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E o sábio sorrindo concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras."
É bizarramente simples e claro os três pontos de reflexão na hora de fazer um comentário sobre algo ou alguém. Difícil mesmo é seguir.
1) É verdade? 2) É caridoso da nossa parte? 3) Tem necessidade?
A primeira peneira é a mais fácil de obedecer, no meu caso. Se algo não é verdade, ou é uma meia verdade, eu faço um alerta ou simplesmente não reproduzo.
A segunda e terceira são minhas peneiras mais vazadas.
Jesus nos disse que é para amar nosso próximo como a nós mesmos, então, esse exercício de pensar se nós gostaríamos de sermos alvo dos comentários que estamos proferindo é um baita freio.
Eu tenho um pânico extremo de achar que estou sendo mal julgada ou que simplesmente estão comentando de mim sem poder me justificar ou defender. Então por que ainda insisto em fazer isso com os outros?
Existe uma porção de textos, de passagens espíritas que nos dá a instrução de ocultar da nossa percepção os defeitos do próximo, seja enaltecendo suas virtudes ou perdoando pela caridade as suas características imperfeitas.
Sobre a necessidade, é uma peneira que eu gosto de forjar bastante. Eu sempre penso: "ah! Só estou alertando!", "Ué, mas é verdade mesmo.", "Essa é minha opinião, só estou dando." Mas é um alerta válido? É algo que realmente vai ajudar se eu expor ou é mera tricotagem?
O que mais me arde é já ter consciência disso tudo e não praticar. Acho bem difícil não sabermos, no fundo, que tudo isso deve ser respeitado.
Qual é o limite que define o falatório? Tudo que comentamos a respeito de alguém é falatório e deve ser evitado?
Essas perguntas não são retóricas. Eu realmente não sei.
Na mesma conversa com Fê neném, ele falou que o limite dele é o falar destrutivamente. Quando ele percebe que a conversa tá indo num tom massacrante. Mas que comentar, trocar opinião a respeito de determinada atitude ou característica da personalidade do sujeito é aceitável.
Eu acho que isso tudo é uma linha muito tênue. Não quero dizer que vou ser alguém que não fala sobre os outros quando, na verdade, não sei o quanto isso é necessário para ser cristão de verdade.
Concordo um pouco com a linha de pensamento do Felipe. O grande mal é o como a gente fala, quando é uma fala distante das boas intenções e é simplesmente fofoca. O difícil é não cair pro outro lado, né?
Eu gostaria de verdade achar um caminho bom para seguir nesse sentido. Eu quero me despir dos velhos hábitos e mirar nos bons exemplos que me cercam: sejam os grandes espíritos da história ou aqueles ainda na fase de engrandecimento que me cercam nesse plano encarnados.
Quero pedir sinceras desculpas para os meus alvos de falatórios enterrando o hábito que antes os condenou.
Não fiz muito esforço para organizar melhor o texto porque o tema não está muito organizado na minha cabeça. Acho que todo mundo meio que sabe que se entregar nesse vício é prejudicial ao espírito e ao ambiente que nos inserimos. De hoje em diante (promessa de dedinho), não quero ser mais um fonte de más irradiações e contaminando a vibração das comunidades que faço parte.
Acho que seguindo assim, todo mundo sai ganhando.
"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade."
Paulo. (II Timóteo, 2:16.)
Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.
A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir lhes os focos essenciais.
Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?
Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.
Raros meditam nisto.
Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.
A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.
Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?
Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.
Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.
Falatório é desperdício. E quando assim não seja, não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando Espíritos valorosos e comunidades inteiras.
Do cap. 73 do livro Vinha de Luz, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Essa página tem me assombrado durante as últimas semanas.
Hoje estou me desafiando duplamente.
Eu tenho que enfrentar essa página e fazer um acordo comigo mesmo, desafio 01, e quero fazer isso escrevendo no blog, mas sendo totalmente honesta, desafio 02.
Eu já havia lido essa página em algum momento da minha vida. Esse ano, em uma prece do dij de terça ou sábado, lemos novamente e aí me pegou em cheio.
Não sei se é porque tenho me absorvido demais no falatório ou porque amadureci moralmente para me doer tanto com isso. Prefiro acreditar no segundo.
Vamos ser honestos?
O falatório é quase uma ferramenta social do lado negro da força. Aquela fofoquinha, aquele veneninho que se troca quando acaba o assunto (tem até aqueles momentos que se juntam para trocar essas figurinhas) são bem evidentes, seja entre amigos, família, trabalho e até âmbito religioso.
Raro mesmo é ver quem se controla pra não cometer tal mal.
Nos últimos tempos, toda vez que eu incito uma roda de falatório, contribuo ou simplesmente estou no mesma conversa, a página do Vinha de Luz fica em pisca-alerta na minha consciência.
Não quero que pareça falso moralismo, mas desde que me reconheci e me assumi como uma agente do cristianismo, tento buscar com afinco ser espelho da palavra de Jesus. É uma missão difícil, mas tentando que se começa, certo?
Estou num processo de extirpar o hábito do falatório. Mas, qual é o primeiro passo? O que é falatório e o que é aceitável?
Eu já li na internet, há muito tempo, um texto sobre as três peneiras:
"Um homem, procurou sábio e disse-lhe: - Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando o sábio ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: - Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E o sábio sorrindo concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras."
É bizarramente simples e claro os três pontos de reflexão na hora de fazer um comentário sobre algo ou alguém. Difícil mesmo é seguir.
1) É verdade? 2) É caridoso da nossa parte? 3) Tem necessidade?
A primeira peneira é a mais fácil de obedecer, no meu caso. Se algo não é verdade, ou é uma meia verdade, eu faço um alerta ou simplesmente não reproduzo.
A segunda e terceira são minhas peneiras mais vazadas.
Jesus nos disse que é para amar nosso próximo como a nós mesmos, então, esse exercício de pensar se nós gostaríamos de sermos alvo dos comentários que estamos proferindo é um baita freio.
Eu tenho um pânico extremo de achar que estou sendo mal julgada ou que simplesmente estão comentando de mim sem poder me justificar ou defender. Então por que ainda insisto em fazer isso com os outros?
Existe uma porção de textos, de passagens espíritas que nos dá a instrução de ocultar da nossa percepção os defeitos do próximo, seja enaltecendo suas virtudes ou perdoando pela caridade as suas características imperfeitas.
Sobre a necessidade, é uma peneira que eu gosto de forjar bastante. Eu sempre penso: "ah! Só estou alertando!", "Ué, mas é verdade mesmo.", "Essa é minha opinião, só estou dando." Mas é um alerta válido? É algo que realmente vai ajudar se eu expor ou é mera tricotagem?
O que mais me arde é já ter consciência disso tudo e não praticar. Acho bem difícil não sabermos, no fundo, que tudo isso deve ser respeitado.
Qual é o limite que define o falatório? Tudo que comentamos a respeito de alguém é falatório e deve ser evitado?
Essas perguntas não são retóricas. Eu realmente não sei.
Na mesma conversa com Fê neném, ele falou que o limite dele é o falar destrutivamente. Quando ele percebe que a conversa tá indo num tom massacrante. Mas que comentar, trocar opinião a respeito de determinada atitude ou característica da personalidade do sujeito é aceitável.
Eu acho que isso tudo é uma linha muito tênue. Não quero dizer que vou ser alguém que não fala sobre os outros quando, na verdade, não sei o quanto isso é necessário para ser cristão de verdade.
Concordo um pouco com a linha de pensamento do Felipe. O grande mal é o como a gente fala, quando é uma fala distante das boas intenções e é simplesmente fofoca. O difícil é não cair pro outro lado, né?
Eu gostaria de verdade achar um caminho bom para seguir nesse sentido. Eu quero me despir dos velhos hábitos e mirar nos bons exemplos que me cercam: sejam os grandes espíritos da história ou aqueles ainda na fase de engrandecimento que me cercam nesse plano encarnados.
Quero pedir sinceras desculpas para os meus alvos de falatórios enterrando o hábito que antes os condenou.
Não fiz muito esforço para organizar melhor o texto porque o tema não está muito organizado na minha cabeça. Acho que todo mundo meio que sabe que se entregar nesse vício é prejudicial ao espírito e ao ambiente que nos inserimos. De hoje em diante (promessa de dedinho), não quero ser mais um fonte de más irradiações e contaminando a vibração das comunidades que faço parte.
Acho que seguindo assim, todo mundo sai ganhando.
MALEDICÊNCIA
MALEDICÊNCIA
Espinho cruel a ferir indistintamente é a palavra de quem acusa; cáustico e corrosivo é o verbo na boca de quem relaciona defeitos; veneno perigosoé a expressão condenatória a vibrar nos lábios de quem malsina; lama pútrida, trescalando fétido, é a vibração sonora no aparelho vocal de quem censura; borralho escuro, ocultando a verdade, é a maledicência destrutiva.
A maledicência é culturade inutilidade em solo apodrecido. Maldizer significa destruir.
A verdade é como claro sol. A maledicência é nuvem escura. No entanto, é invariável a vitória da luz sobre a treva.
O maledicente é atormentado que se debate nas lavas da própria inferioridade. Tem a visão tomada e tudo vê através das pesadas lentes que carrega.
A palavra malsinante nasce discreta, muitas vezes, para incendiar-se perigosa, logo mais, culminando na calúnia devastadora.
Não há desejo de ajudar quando se censura. Ninguém ajuda condenando.
Não há Socorro se, a pretexto de auxílio, se exibem as feridas alheias à indiferença de quem escuta.
Quanto possível, extingue esse monstro da paz alheia e da tua serenidade, que tenta dominar-te a vida.
Caridade é bênção sublime a desdobrar-se em silencioso socorro.
Volta as armas da tua oração e vigilância contra a praga da maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região por onde prolifera.
Recusa a taça venenosa que a observação da impiedade coloca à tua frente.
Desculpa o erro dos outros.
E' muito mais fácil informar-se erradamente do que atingir-se o fulcro da observação exata.
As aparências não expressam realidades.
A forma oculta o conteúdo. Ninguém pode julgar pelo exterior.
Quando vier a tentação de acusar e apontar defeitos, lembra-te das próprias necessidades e limitações e, fazendo todo o bem possível ao teu alcance, avança na firme resolução de amar, e despertarás, além das sombras da carne por onde segues, num roteiro abençoado onde os corações felizes e livres buscam a Vida Verdadeira.
Joanna de Ângelis - Lampadário Espírita
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/fofoca-e-maledicencia/?PHPSESSID=cc42d3846a5a56172366aa2a36249301#ixzz40AXjIOcz
Espinho cruel a ferir indistintamente é a palavra de quem acusa; cáustico e corrosivo é o verbo na boca de quem relaciona defeitos; veneno perigosoé a expressão condenatória a vibrar nos lábios de quem malsina; lama pútrida, trescalando fétido, é a vibração sonora no aparelho vocal de quem censura; borralho escuro, ocultando a verdade, é a maledicência destrutiva.
A maledicência é culturade inutilidade em solo apodrecido. Maldizer significa destruir.
A verdade é como claro sol. A maledicência é nuvem escura. No entanto, é invariável a vitória da luz sobre a treva.
O maledicente é atormentado que se debate nas lavas da própria inferioridade. Tem a visão tomada e tudo vê através das pesadas lentes que carrega.
A palavra malsinante nasce discreta, muitas vezes, para incendiar-se perigosa, logo mais, culminando na calúnia devastadora.
Não há desejo de ajudar quando se censura. Ninguém ajuda condenando.
Não há Socorro se, a pretexto de auxílio, se exibem as feridas alheias à indiferença de quem escuta.
Quanto possível, extingue esse monstro da paz alheia e da tua serenidade, que tenta dominar-te a vida.
Caridade é bênção sublime a desdobrar-se em silencioso socorro.
Volta as armas da tua oração e vigilância contra a praga da maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região por onde prolifera.
Recusa a taça venenosa que a observação da impiedade coloca à tua frente.
Desculpa o erro dos outros.
E' muito mais fácil informar-se erradamente do que atingir-se o fulcro da observação exata.
As aparências não expressam realidades.
A forma oculta o conteúdo. Ninguém pode julgar pelo exterior.
Quando vier a tentação de acusar e apontar defeitos, lembra-te das próprias necessidades e limitações e, fazendo todo o bem possível ao teu alcance, avança na firme resolução de amar, e despertarás, além das sombras da carne por onde segues, num roteiro abençoado onde os corações felizes e livres buscam a Vida Verdadeira.
Joanna de Ângelis - Lampadário Espírita
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/fofoca-e-maledicencia/?PHPSESSID=cc42d3846a5a56172366aa2a36249301#ixzz40AXjIOcz
Maledicência - Slides
http://pt.slideshare.net/bonattinho/slide-malecidncia-preparada-pela-ulmara
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=8&ved=0ahUKEwjDuYy48PfKAhVHUJAKHS8fAVkQFghMMAc&url=http%3A%2F%2Fwww.gegr.org.br%2Fdownloads%2Fvicios_palestra4.pptx&usg=AFQjCNGW4l-o8Jpvu3A2-BrNkPalfn0eHg&sig2=KPzQgjmLlmVQGuFW_ZyIgg&bvm=bv.114195076,d.Y2I&cad=rja
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=8&ved=0ahUKEwjDuYy48PfKAhVHUJAKHS8fAVkQFghMMAc&url=http%3A%2F%2Fwww.gegr.org.br%2Fdownloads%2Fvicios_palestra4.pptx&usg=AFQjCNGW4l-o8Jpvu3A2-BrNkPalfn0eHg&sig2=KPzQgjmLlmVQGuFW_ZyIgg&bvm=bv.114195076,d.Y2I&cad=rja
Reflexões sobre a calúnia
Reflexões sobre a calúnia
Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.
* * *
Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...
Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
* * *
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.
Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.
Joanna de Angelis.
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,na manhã de 29 de outubro de 2010, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia
Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.
* * *
Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...
Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
* * *
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.
Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.
Joanna de Angelis.
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,na manhã de 29 de outubro de 2010, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia
Fofocas... é só fofocar?
O dicionário conceitua o termo "fofoca" como sendo sinônimo de bisbilhotice, intriga. Mas, na verdade, a sua conceituação torna-se mais ampla à medida que começamos a avaliar com profundidade as suas conseqüências nas relações humanas.
O hábito de fofocar - a fofoca nossa de cada dia - em princípio parece ser um hábito inofensivo e comum à maioria dos "mortais". Porém, se começarmos a analisá-la verificaremos que a extensão de seus estragos é bem maior do que imaginávamos.
Possuímos "dentro" de nós, energias antagônicas que nos acompanham na trajetória de muitas vivências. Estas energias não desaparecem com a morte do corpo, pelo contrário, seguem-nos como características do nosso caráter e da nossa personalidade.
Simplificando: a energia construtiva, a da elevação em todos os seus níveis, estimula-nos para o bem e para o crescimento pessoal e espiritual. A energia destrutiva e desequilibrada, a da paralização consciencial, estimula-nos para a agressividade em todos os seus níveis mais baixos.
No entanto, é importante o registro de que a energia agressiva e equilibrada faz parte do desenvolvimento pessoal no sentido da necessidade que temos de enfrentar desafios e situações especiais que a vida costuma oferecer. Digamos que a energia agressiva e controlada seja essencial à sobrevivência, à continuidade e à evolução da espécie humana no planeta Terra.
Contudo, o hábito ou o vício de fofocar nos mantém numa sintonia de paralisia consciencial, onde o desequilíbrio energético é direcionado para o fluir de nossa energia agressivo-destrutiva; portanto, também para as relações pessoais - familiares e sociais.
Por sua vez, a calúnia ou a infâmia já possuem um nível destrutivo superior na escala da maledicência cuja origem encontra-se em seu embrião: a fofoca. Enquanto que fofocar significa intrigar; caluniar consiste em difamar fazendo acusações falsas ou atribuindo a alguém algum fato relevante.
Na calúnia, portanto, há violência maior. O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, pois prefere apreciar as coisas boas da vida.
Por falar em vida... quantas delas foram ceifadas na guilhotina, na forca, nas masmorras ou nas fogueiras em nome da maldade humana? Quantas injustiças foram - e continuam sendo - cometidas em nome da intriga e da calúnia? São respostas que provavelmente estejam registradas no inconsciente coletivo ou nas nossas memórias cerebral e extracerebral.
O psicólogo Roque Theophilo, em seu artigo "A calúnia e a fofoca", aborda com muita lucidez este tema: "Fofoca é o mexerico, intriga, a bisbilhotice. É um mal que para muitos é divertimento sem importância, mas que é extremamente destrutivo. A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras. Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. O egoísmo é resultado da maldade, da indiferença para com o semelhante e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mais desalmadas mentiras com a idéia de prejudicar o semelhante.
Os homens não têm escrúpulos e por isso estão se destruindo, com mentiras, murmurações, mexericos e fofocas e em todas elas o "ingrediente" principal é a vida do próximo. Existe uma verdadeira indústria por trás da fofoca. Revistas, programas de televisão especializados em fofocas, jornais sensacionalistas que vendem isso, milhares e milhares de pessoas envolvidas na indústria milionária do mexerico. Tudo mentira, falso testemunho, afinal, o ditado não é este: "Quem conta um conto aumenta um ponto"?
E não pára por aí. Pior que estes são os que fazem isso todos os dias - de graça - por puro prazer, pendurados em janelas, nos bares, nas ruas, no trabalho. Aliás, se dedicassem em seus afazeres o mesmo tempo que gastam com mexericos, já seriam chefes. A murmuração e o mexerico nos são impostos pela carne. Qual de nós não fica com a "língua coçando" para passar para a frente uma notícia? No entanto, se vivemos com o nosso espírito em Deus, teremos um "filtro" que irá separar o que pode causar mal ao nosso semelhante".
Porque fomentar o ódio que nos escraviza, se podemos deixar fluir a energia da bondade que nos liberta?
No espiritismo, os trabalhos mediúnicos em conjunto com as equipes espirituais, têm nos mostrado o quanto sofrem estes irmãos desencarnados sintonizados na energia destrutiva do ódio e da vingança. Muitas vezes, um simples retorno a uma vivência anterior faz desabar aquela muralha de raiva e ressentimentos erguida contra determinada pessoa por ele obsediada. Fixado naquela energia deletéria, o espírito, diante de uma revivência de relação de amor com aquela pessoa em outra existência, sente-se desarmado, momento em que sua sintonia muda para a entrada de energias elevadas que o despertarão para a necessidade de aceitação do amor na relação com o outro e consigo mesmo.
O hábito da fofoca tem sido a ponta do iceberg de males maiores, sendo uma das chagas que provocam sofrimentos à humanidade, nada de positivo acrescentando à evolução do homem.
Lembrando o filósofo Sócrates, este dizia que toda informação suspeita de contaminação pela maledicência do pensamento ou da língua humana, deveriam passar pelos três filtros: primeiro, o filtro da verdade: Você têm certeza que este fato é, absolutamente, verdadeiro? Segundo, o filtro da bondade: O que você deseja informar, traz algum benefício a alguém? Você gostaria que dissessem o mesmo a seu respeito? Terceiro, o filtro da necessidade: Você acha mesmo, que há necessidade de informar o que pretende?
Jesus advertiu sobre a contaminação oriunda do mal que sai da boca humana. Quem provoca a disseminação da maledicência, invoca o distúrbio para si mesmo. Não esqueçamos que a palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundos, estabelece, por vezes, resultados gravíssimos durante séculos.
O contrário do exercício da "peçonha da língua", a prática da caridade, lembra-nos um texto do espírito Emmanuel psicografado por Chico Xavier e muito oportuno para o desfecho deste artigo, e cuja mensagem eleva-nos à nossa verdadeira natureza em consonância com a finalidade da reencarnação:
"Recorda a caridade a irradiar-se em bênçãos do excelso amor de Cristo, para que não te faltem compreensão e força no culto edificante à caridade humana.
À vista disso, no caminho, lembra-te sempre de que a caridade pura - a que vence feliz - é sempre o amor perfeito a esquecer todo o mal e a olvidar toda a sombra, para somente amar, redimir e auxiliar na contínua extensão do bem, a se concentrar em luz".
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
Visite meu Site, clique no link: www.flaviobastos.com
O hábito de fofocar - a fofoca nossa de cada dia - em princípio parece ser um hábito inofensivo e comum à maioria dos "mortais". Porém, se começarmos a analisá-la verificaremos que a extensão de seus estragos é bem maior do que imaginávamos.
Possuímos "dentro" de nós, energias antagônicas que nos acompanham na trajetória de muitas vivências. Estas energias não desaparecem com a morte do corpo, pelo contrário, seguem-nos como características do nosso caráter e da nossa personalidade.
Simplificando: a energia construtiva, a da elevação em todos os seus níveis, estimula-nos para o bem e para o crescimento pessoal e espiritual. A energia destrutiva e desequilibrada, a da paralização consciencial, estimula-nos para a agressividade em todos os seus níveis mais baixos.
No entanto, é importante o registro de que a energia agressiva e equilibrada faz parte do desenvolvimento pessoal no sentido da necessidade que temos de enfrentar desafios e situações especiais que a vida costuma oferecer. Digamos que a energia agressiva e controlada seja essencial à sobrevivência, à continuidade e à evolução da espécie humana no planeta Terra.
Contudo, o hábito ou o vício de fofocar nos mantém numa sintonia de paralisia consciencial, onde o desequilíbrio energético é direcionado para o fluir de nossa energia agressivo-destrutiva; portanto, também para as relações pessoais - familiares e sociais.
Por sua vez, a calúnia ou a infâmia já possuem um nível destrutivo superior na escala da maledicência cuja origem encontra-se em seu embrião: a fofoca. Enquanto que fofocar significa intrigar; caluniar consiste em difamar fazendo acusações falsas ou atribuindo a alguém algum fato relevante.
Na calúnia, portanto, há violência maior. O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, pois prefere apreciar as coisas boas da vida.
Por falar em vida... quantas delas foram ceifadas na guilhotina, na forca, nas masmorras ou nas fogueiras em nome da maldade humana? Quantas injustiças foram - e continuam sendo - cometidas em nome da intriga e da calúnia? São respostas que provavelmente estejam registradas no inconsciente coletivo ou nas nossas memórias cerebral e extracerebral.
O psicólogo Roque Theophilo, em seu artigo "A calúnia e a fofoca", aborda com muita lucidez este tema: "Fofoca é o mexerico, intriga, a bisbilhotice. É um mal que para muitos é divertimento sem importância, mas que é extremamente destrutivo. A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras. Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. O egoísmo é resultado da maldade, da indiferença para com o semelhante e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mais desalmadas mentiras com a idéia de prejudicar o semelhante.
Os homens não têm escrúpulos e por isso estão se destruindo, com mentiras, murmurações, mexericos e fofocas e em todas elas o "ingrediente" principal é a vida do próximo. Existe uma verdadeira indústria por trás da fofoca. Revistas, programas de televisão especializados em fofocas, jornais sensacionalistas que vendem isso, milhares e milhares de pessoas envolvidas na indústria milionária do mexerico. Tudo mentira, falso testemunho, afinal, o ditado não é este: "Quem conta um conto aumenta um ponto"?
E não pára por aí. Pior que estes são os que fazem isso todos os dias - de graça - por puro prazer, pendurados em janelas, nos bares, nas ruas, no trabalho. Aliás, se dedicassem em seus afazeres o mesmo tempo que gastam com mexericos, já seriam chefes. A murmuração e o mexerico nos são impostos pela carne. Qual de nós não fica com a "língua coçando" para passar para a frente uma notícia? No entanto, se vivemos com o nosso espírito em Deus, teremos um "filtro" que irá separar o que pode causar mal ao nosso semelhante".
Porque fomentar o ódio que nos escraviza, se podemos deixar fluir a energia da bondade que nos liberta?
No espiritismo, os trabalhos mediúnicos em conjunto com as equipes espirituais, têm nos mostrado o quanto sofrem estes irmãos desencarnados sintonizados na energia destrutiva do ódio e da vingança. Muitas vezes, um simples retorno a uma vivência anterior faz desabar aquela muralha de raiva e ressentimentos erguida contra determinada pessoa por ele obsediada. Fixado naquela energia deletéria, o espírito, diante de uma revivência de relação de amor com aquela pessoa em outra existência, sente-se desarmado, momento em que sua sintonia muda para a entrada de energias elevadas que o despertarão para a necessidade de aceitação do amor na relação com o outro e consigo mesmo.
O hábito da fofoca tem sido a ponta do iceberg de males maiores, sendo uma das chagas que provocam sofrimentos à humanidade, nada de positivo acrescentando à evolução do homem.
Lembrando o filósofo Sócrates, este dizia que toda informação suspeita de contaminação pela maledicência do pensamento ou da língua humana, deveriam passar pelos três filtros: primeiro, o filtro da verdade: Você têm certeza que este fato é, absolutamente, verdadeiro? Segundo, o filtro da bondade: O que você deseja informar, traz algum benefício a alguém? Você gostaria que dissessem o mesmo a seu respeito? Terceiro, o filtro da necessidade: Você acha mesmo, que há necessidade de informar o que pretende?
Jesus advertiu sobre a contaminação oriunda do mal que sai da boca humana. Quem provoca a disseminação da maledicência, invoca o distúrbio para si mesmo. Não esqueçamos que a palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundos, estabelece, por vezes, resultados gravíssimos durante séculos.
O contrário do exercício da "peçonha da língua", a prática da caridade, lembra-nos um texto do espírito Emmanuel psicografado por Chico Xavier e muito oportuno para o desfecho deste artigo, e cuja mensagem eleva-nos à nossa verdadeira natureza em consonância com a finalidade da reencarnação:
"Recorda a caridade a irradiar-se em bênçãos do excelso amor de Cristo, para que não te faltem compreensão e força no culto edificante à caridade humana.
À vista disso, no caminho, lembra-te sempre de que a caridade pura - a que vence feliz - é sempre o amor perfeito a esquecer todo o mal e a olvidar toda a sombra, para somente amar, redimir e auxiliar na contínua extensão do bem, a se concentrar em luz".
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
Visite meu Site, clique no link: www.flaviobastos.com
Fofoca e maledicência
O hábito da maledicência é bastante arraigado em nossa sociedade.
Chega a constituir exceção a criatura que jamais tece comentários maldosos sobre seus semelhantes.
Mesmo amigos, não raro, se permitem criticar os ausentes.
Quase todos os homens possuem fissuras morais.
Seria sinal de pouca inteligência não perceber essa realidade.
Não é possível ver o bem onde ele não existe.
Também não é conveniente ser incapaz de perceber vícios e mazelas que realmente existam.
Mas há uma considerável distância entre identificar um problema e divulgá-lo.
Encontrar prazer em denegrir o próximo constitui indício de grande mesquinharia.
Esse gênero de comentário é ainda mais condenável por ser feito de forma traiçoeira.
Freqüentemente quem critica o vizinho não tem coragem de fazê-lo frente-a-frente.
É uma grande covardia sorrir e demonstrar apreço por alguém e criticá-lo pelas costas.
Antes de tecer um comentário, é preciso ter certeza de que ele traduz uma verdade.
Sendo verdadeiro um fato, torna-se necessário verificar se há alguma utilidade em divulgá-lo.
A única justificativa para apontar as mazelas alheias é a prevenção de um mal relevante.
Se o problema apresentado por uma criatura apenas a ela prejudica, o silêncio é a única atitude digna.
Assim, antes de abrir a boca para denegrir a reputação de alguém, certifique-se da veracidade dos fatos.
Sendo verídica a ocorrência, analise qual o seu móvel.
Reflita se seu agir visa a evitar um mal considerável, ou é apenas prazer de maldizer. Na segunda hipótese, é melhor calar-se.
É relevante também indagar se você tem coragem de comentar a ocorrência na frente da pessoa criticada.
Se o fizer, dará oportunidade para defesa.
Certamente a pessoa, objeto do comentário, possui a própria versão dos fatos.
Por todas essas razões, e outras tantas, jamais seja covarde.
A covardia é uma característica muito baixa e lamentável.
O fraco sempre escolhe vítimas que não podem oferecer defesa.
Agride de preferência as pessoas frágeis.
Quando não tem coragem para atacar diretamente, utiliza subterfúgios.
Enlameia a honra alheia, faz calúnias, espalha insinuações maldosas aos quatro ventos.
O homem que é alvo do ataque de um covarde geralmente nem sabe o que lhe aconteceu.
Apenas se espanta ao deparar com sorrisos irônicos onde quer que vá.
Em ambientes em que era recebido calorosamente, agora só encontra frieza.
Percebe, perplexo, o afastamento de amigos e parentes.
As fisionomias outrora benevolentes tornam-se sisudas.
Raramente alguém lhe esclarece a razão do ocorrido.
Assim, ele é julgado e condenado sem possibilidade de defesa.
Analise seu proceder e verifique se, por leviandade, às vezes você não age de forma maldosa e covarde.
Pense nos prejuízos que suas palavras podem causar na vida dos outros.
Imagine se fosse você a vítima do comentário ferino.
Certamente gostaria que a generosidade fizesse calar os seus semelhantes.
Ou ao menos que eles fossem leais o suficiente para falar às claras com você.
É preciso eliminar o hábito da maledicência.
Trata-se de um comportamento eivado de covardia.
E sem dúvida o seu ideal de vida não é ser um covarde.
Pense nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita.
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/fofoca-e-maledicencia/?PHPSESSID=cc42d3846a5a56172366aa2a36249301#ixzz40AU5M3be
Chega a constituir exceção a criatura que jamais tece comentários maldosos sobre seus semelhantes.
Mesmo amigos, não raro, se permitem criticar os ausentes.
Quase todos os homens possuem fissuras morais.
Seria sinal de pouca inteligência não perceber essa realidade.
Não é possível ver o bem onde ele não existe.
Também não é conveniente ser incapaz de perceber vícios e mazelas que realmente existam.
Mas há uma considerável distância entre identificar um problema e divulgá-lo.
Encontrar prazer em denegrir o próximo constitui indício de grande mesquinharia.
Esse gênero de comentário é ainda mais condenável por ser feito de forma traiçoeira.
Freqüentemente quem critica o vizinho não tem coragem de fazê-lo frente-a-frente.
É uma grande covardia sorrir e demonstrar apreço por alguém e criticá-lo pelas costas.
Antes de tecer um comentário, é preciso ter certeza de que ele traduz uma verdade.
Sendo verdadeiro um fato, torna-se necessário verificar se há alguma utilidade em divulgá-lo.
A única justificativa para apontar as mazelas alheias é a prevenção de um mal relevante.
Se o problema apresentado por uma criatura apenas a ela prejudica, o silêncio é a única atitude digna.
Assim, antes de abrir a boca para denegrir a reputação de alguém, certifique-se da veracidade dos fatos.
Sendo verídica a ocorrência, analise qual o seu móvel.
Reflita se seu agir visa a evitar um mal considerável, ou é apenas prazer de maldizer. Na segunda hipótese, é melhor calar-se.
É relevante também indagar se você tem coragem de comentar a ocorrência na frente da pessoa criticada.
Se o fizer, dará oportunidade para defesa.
Certamente a pessoa, objeto do comentário, possui a própria versão dos fatos.
Por todas essas razões, e outras tantas, jamais seja covarde.
A covardia é uma característica muito baixa e lamentável.
O fraco sempre escolhe vítimas que não podem oferecer defesa.
Agride de preferência as pessoas frágeis.
Quando não tem coragem para atacar diretamente, utiliza subterfúgios.
Enlameia a honra alheia, faz calúnias, espalha insinuações maldosas aos quatro ventos.
O homem que é alvo do ataque de um covarde geralmente nem sabe o que lhe aconteceu.
Apenas se espanta ao deparar com sorrisos irônicos onde quer que vá.
Em ambientes em que era recebido calorosamente, agora só encontra frieza.
Percebe, perplexo, o afastamento de amigos e parentes.
As fisionomias outrora benevolentes tornam-se sisudas.
Raramente alguém lhe esclarece a razão do ocorrido.
Assim, ele é julgado e condenado sem possibilidade de defesa.
Analise seu proceder e verifique se, por leviandade, às vezes você não age de forma maldosa e covarde.
Pense nos prejuízos que suas palavras podem causar na vida dos outros.
Imagine se fosse você a vítima do comentário ferino.
Certamente gostaria que a generosidade fizesse calar os seus semelhantes.
Ou ao menos que eles fossem leais o suficiente para falar às claras com você.
É preciso eliminar o hábito da maledicência.
Trata-se de um comportamento eivado de covardia.
E sem dúvida o seu ideal de vida não é ser um covarde.
Pense nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita.
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/fofoca-e-maledicencia/?PHPSESSID=cc42d3846a5a56172366aa2a36249301#ixzz40AU5M3be
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Zika Vírus e o Aborto
Zika Vírus e o Aborto
AME - Brasil
Os que defendem a legalização do aborto encontraram na associação do aumento da microcefalia com o surto de zika vírus uma oportunidade para retomar a discussão da liberação do aborto no Brasil.
Recentemente foi noticiado que grupo liderado pela Débora Diniz, do instituto de bioética Anis, prepara uma ação no STF para a liberação do aborto em casos de microcefalia. É o mesmo grupo que propôs a ação para interrupção da gravidez de anencéfalos, acatada pelo STF em 2012.
A bióloga e feminista Ilana Löwy, numa entrevista para a Revista ÉPOCA, vê no surto de zika vírus uma oportunidade para se debater o direito de decisão da mulher de ter ou não o bebê, como aconteceu com a epidemia de rubéola no Reino Unido. Interessante é que a Rubéola hoje em dia é uma doença totalmente controlável e passível de prevenção através da vacinação, deixando de ser um risco epidêmico, usado como justificativa para a liberação do aborto na Europa.
Os argumentos utilizados se baseiam na liberdade da mulher poder escolher o que é melhor para si, esquecendo que existe uma vida a qual se está negando o primeiro e mais fundamental dos direitos humanos, o direito à vida.
Cabe ressaltar que os fundamentos utilizados para liberar o aborto dos fetos anencéfalos não se aplicam nesses casos.
O diagnóstico da microcefalia é tardio, em torno da 28ª semana, diferentemente da anencefalia, que é feito a partir da 12ª semana de gestação.
As lesões da microcefalia geralmente aparecem na ultrassonografia depois da 24ª e não são incompatíveis com vida, como nos casos de anencefalia.
Além disso, o diagnóstico ecográfico de lesão neurológica não é 100% seguro, já que depende da análise de um profissional passível de equívocos. Existem inúmeros relatos de erros em fetos com diagnóstico de mal-formações neurológicas e que nasceram perfeitamente normais.
No entanto, os que argumentam em favor do aborto querem transformar o diagnóstico de microcefalia em atestado de morte para todas as crianças das mães que contraíram o zika vírus e que optarem pela interrupção da gravidez, mesmo com possibilidades de nascerem normais ou com poucas sequelas neurológicas.
Com o avanço da medicina fetal e da genética médica, hoje é possível a detecção, ainda no útero, de várias anomalias fetais. Diversas técnicas como ultrassom morfológico, ultrassom de terceira dimensão, a biópsia de vilos coriais, a amniocentese, a cordocentese, o desenvolvimento da técnica citogenética molecular permitem o diagnóstico intrauterino de várias doenças. O diagnóstico permite iniciar o tratamento antes do nascimento, como cirurgias intrauterinas para correções de más-formações, assim como a preparação psicológica dos pais para o enfrentamento das graves anomalias.
Querer selecionar apenas as crianças saudáveis com direito à vida é retomar a prática da eugenia feita na Grécia antiga e pelo nazismo, abrindo um precedente para a liberação do aborto em outros casos de microcefalia como as causadas por hipóxia neonatal, desnutrição grave na gestação, fenilcetonúria materna, rubéola congênita na gravidez, toxoplasmose congênita na gravidez, infecção congênita por citomegalovírus ou em doenças genéticas como Síndrome de Down, Síndrome de Cornelia de Lange, Síndrome Cri du Chat, Síndrome de Rubinstein – Taybi, Síndrome de Seckel, Síndrome de Smith-Lemli–Opitz e Síndrome de Edwards.
Nesses casos pessoas como Ana Carolina Dias Cáceres, moradora de Campo Grande (MS), hoje com 24 anos e formada em jornalismo, e tantas outras crianças em situações parecidas, não teriam direito à vida.
Ao saber da iniciativa de alguns em defender o aborto de fetos com microcefalia, Ana Cáceres veio a público dar seu depoimento a BBC do Brasil em defesa dos portadores de microcefalia.
Nos casos microcefalia não se pode falar na opção de abortamento, pois não se trata de patologia letal que inviabilize a vida extrauterina. Embora as limitações que possam surgir, a expectativa de vida das crianças com microcefalia não são diferentes das outras crianças, exigindo, no entanto, estimulação e cuidados especiais para melhorar a sua qualidade de vida.
A discussão do aborto em casos de microcefalia retrata bem o momento pós-moderno em que vivemos, o que Bauman, um dos maiores pensadores da atualidade, chama de modernidade líquida. Na modernidade líquida os indivíduos não possuem mais padrões de referência, nem códigos sociais e culturais que lhes possibilitem, ao mesmo tempo, construir sua vida e se inserir dentro das condições de classe e cidadão.
A modernidade líquida trouxe descentramento do homem, do sujeito, produzindo identidades híbridas, locais e globais, efêmeras sobre tudo. É a cultura do efêmero, da destruição criativa, “tudo que é sólido desmancha no ar” na imagem trazida por Berman.
Para a maioria dos autores, a pós-modernidade é marcada como a época das incertezas, das fragmentações, do narcisismo, da troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção, do imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição da ética pela estética, da apatia, do consumo de sensações e do fim dos grandes discursos.
A educação recebida dos pais e das escolas, os valores morais que orientam as boas relações sociais, o fortalecimento da família e a busca do bem comum está perdendo espaço para novas formas de comportamento regidas pelas leis do mercado, do consumo e do espetáculo.
Existe uma crise de valores com perda de referenciais importantes em detrimento de uma vida superficial e de um discurso liberal.
Na sociedade pós-moderna predomina o ter acima do ser, o prazer pelo prazer, o prazer acima de tudo, a permissividade que justifica que tudo é bom desde que me sinta bem, o relativismo no qual não há nada absoluto, nada totalmente bom ou mau e as verdades são oscilantes, o consumismo, se vive para consumir, e o niilismo caracterizado pela subjetividade, a paixão pelo nada, numa indiferença assustadora.
Renata Araújo descreve muito bem o sujeito pós-moderno:
“A pós-modernidade nos apresenta um sujeito imediatista, fragmentado, narcisista, desiludido, ansioso, hedonista, deprimido, embora também informatizado, buscando independência, autonomia e defesa de seus direitos. Mas, a supervalorização e autonomia geram um individualismo, um egocentrismo, uma ênfase na subjetividade, sendo o outro apenas para a consecução de seus objetivos pessoais.” (ARAÚJO, p. 1 e 2)
Vive-se numa época de grande competitividade e de pouca solidariedade. Em nome dessa nova ideologia, os indivíduos se permitem agir passando por cima de valores fundamentais.
A coisificação da vida e o predomínio dos interesses pessoais em detrimento do coletivo são bem característicos dessa fase em que vivemos.
Entretanto, aprendemos com a genética que a diversidade é a nossa maior riqueza coletiva. E o feto anômalo, mesmo o portador de grave deficiência, como é o caso da microcefalia, faz parte dessa diversidade. Deve ser, portanto, preservado e respeitado.
Necessário se faz proteger também a gestante, dando a ela apoio em sua gravidez e proporcionando tratamento ao seu futuro filho.
Reconhecemos que a mulher que gera um feto deficiente precisa de ajuda psicológica por longo tempo; constatamos, porém, que, na prática, esse direito não lhe é assegurado.
O aborto provocado é um procedimento traumático com repercussões gravíssimas para a saúde mental da mulher e que geralmente aparecem tardiamente.
O aborto produz um luto incluso devido à negação da ocorrência de uma morte real, mas esse aspecto é totalmente desconsiderado.
As mulheres sofrem uma perda e suas necessidades emocionais são relegadas ou escondidas. Elas não conseguem vivenciar o seu luto e lidar com a culpa. Esse processo vai gerar profundas marcas e favorecer o surgimento da Síndrome pós-aborto (PAS).
Psiquiatras e psicólogos especializados em atender mulheres que abortaram alertam para o aumento dos transtornos emocionais causados pelo aborto provocado. Eles afirmam que os efeitos psicológicos do aborto são extremamente variados e não são determinados pela educação recebida ou pelo credo religioso. Esclarecem que a reação psicológica ao aborto espontâneo e ao aborto involuntário é diferente, está relacionada com as características de cada um desses dois eventos. O aborto espontâneo é um evento imprevisto e involuntário, enquanto o aborto provocado interrompendo o desenvolvimento do embrião ou do feto e extraindo-o do útero materno contempla a responsabilidade consciente da mãe. As mulheres que se submeteram ao aborto afirmam que a culpa não é gerada de fora para dentro, infundida nelas por outras pessoas ou pela religião, ao contrário, ela surge e cresce em seu mundo íntimo a partir do ato abortivo.
Os problemas emocionais gerados pelo aborto são tão graves, que em muitos países onde ele é legalizado, foram criadas, pelas próprias mulheres vitimadas pelo aborto, associações como a Women Exploited by Abortion (Mulheres Exploradas pelo Aborto) nos EUA, e a Asociación de Víctimas del Aborto (Associação de Vítimas do Aborto) na Espanha, que orientam e alertam sobre as consequências prejudiciais do aborto.
O aborto não é definitivamente uma "solução fácil" como afirmam muitos, mas um grave problema, um ato agressivo que terá repercussões contínuas na vida da mulher.
As consequências danosas provocadas pelo aborto à saúde mental nos países onde ele foi legalizado é tão grave como a depressão profunda, que o Royal College of Psychiatrists (associação dos psiquiatras britânicos e irlandeses), alertaram que a mulher deve ser comunicada para os graves riscos emocionas que se submete caso opte pela interrupção da gravidez.
Portanto, aborto nunca será uma solução, sempre um lado ou ambos serão prejudicados. Não é dando a mulher autonomia para matar seu filho dentro de seu ventre que resolveremos os problemas sociais. Isto não passa de demagogia. É necessário investir na educação das massas para prevenção da gravidez indesejada, mas jamais matar uma criança inocente. Os fins não podem justificar os meios.
A sociedade que apela para o aborto declara-se falida em suas bases educacionais, porque dá guarida à violência no que ela tem de pior, que é a pena de morte para inocentes. Compromete, portanto, o seu projeto mais sagrado que é o da construção da paz.
A Associação Médico-Espírita do Brasil reitera seu posicionamento contra qualquer forma de violência a uma nova vida que não põe em risco a vida materna e que surge aguardando o auxílio de braços fortes e sensíveis que lhe ampare em sua fragilidade.
Concitamos a todos os colegas das AMEs para continuarmos firmes em defesa da vida e da paz.
AME-Brasil
REFERÊNCIAS
1) ARAÚJO, Renata Castro Branco. O Sofrimento Psíquico na Pós-Modernidade: Uma Discussão Acerca dos Sintomas Atuais na Clínica Psicológica. Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação em Psicologia Clínica. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0311.pdf Acessado em 09/02/2016.
2) BAUMAN, Zygmunt. Ética Pós-moderna. São Paulo: Paulus Ed., 1997.
3) BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
4) BAUMAN, Zygmunt. Tempos Líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
5) BAUMAN, Zygmunt. Cegueira Moral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2014
6) BERMAN, Marshall. Tudo que é Sólido Desmancha no Ar. São Paulo: Schwarce ed., 1986.
7) CÁCERES, Ana Carolina Dias 'Existo porque minha mãe não optou pelo aborto', diz jornalista com microcefalia. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/02/1735812-existo-porque-minha-mae-nao-optou-pelo-aborto-diz-jornalista-com-microcefalia.shtml Acessado em 09/02/2016.
8) LÖWI, Ilana. A rubéola levou à legalização do aborto no Reino Unido. O zika fará o mesmo no Brasil? Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/02/rubeola-levou-legalizacao-do-aborto-no-reino-unido-o-zika-fara-o-mesmo-no-brasil.html Acessado em 09/02/2016.
9) RAZZO, Francisco. Um novo nome para uma velha fantasia. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/um-novo-nome-para-uma-velha-fantasia-86ax9r1xg929hkv6wv2iff9io Acessado em 09/02\/2016.
AME - Brasil
Os que defendem a legalização do aborto encontraram na associação do aumento da microcefalia com o surto de zika vírus uma oportunidade para retomar a discussão da liberação do aborto no Brasil.
Recentemente foi noticiado que grupo liderado pela Débora Diniz, do instituto de bioética Anis, prepara uma ação no STF para a liberação do aborto em casos de microcefalia. É o mesmo grupo que propôs a ação para interrupção da gravidez de anencéfalos, acatada pelo STF em 2012.
A bióloga e feminista Ilana Löwy, numa entrevista para a Revista ÉPOCA, vê no surto de zika vírus uma oportunidade para se debater o direito de decisão da mulher de ter ou não o bebê, como aconteceu com a epidemia de rubéola no Reino Unido. Interessante é que a Rubéola hoje em dia é uma doença totalmente controlável e passível de prevenção através da vacinação, deixando de ser um risco epidêmico, usado como justificativa para a liberação do aborto na Europa.
Os argumentos utilizados se baseiam na liberdade da mulher poder escolher o que é melhor para si, esquecendo que existe uma vida a qual se está negando o primeiro e mais fundamental dos direitos humanos, o direito à vida.
Cabe ressaltar que os fundamentos utilizados para liberar o aborto dos fetos anencéfalos não se aplicam nesses casos.
O diagnóstico da microcefalia é tardio, em torno da 28ª semana, diferentemente da anencefalia, que é feito a partir da 12ª semana de gestação.
As lesões da microcefalia geralmente aparecem na ultrassonografia depois da 24ª e não são incompatíveis com vida, como nos casos de anencefalia.
Além disso, o diagnóstico ecográfico de lesão neurológica não é 100% seguro, já que depende da análise de um profissional passível de equívocos. Existem inúmeros relatos de erros em fetos com diagnóstico de mal-formações neurológicas e que nasceram perfeitamente normais.
No entanto, os que argumentam em favor do aborto querem transformar o diagnóstico de microcefalia em atestado de morte para todas as crianças das mães que contraíram o zika vírus e que optarem pela interrupção da gravidez, mesmo com possibilidades de nascerem normais ou com poucas sequelas neurológicas.
Com o avanço da medicina fetal e da genética médica, hoje é possível a detecção, ainda no útero, de várias anomalias fetais. Diversas técnicas como ultrassom morfológico, ultrassom de terceira dimensão, a biópsia de vilos coriais, a amniocentese, a cordocentese, o desenvolvimento da técnica citogenética molecular permitem o diagnóstico intrauterino de várias doenças. O diagnóstico permite iniciar o tratamento antes do nascimento, como cirurgias intrauterinas para correções de más-formações, assim como a preparação psicológica dos pais para o enfrentamento das graves anomalias.
Querer selecionar apenas as crianças saudáveis com direito à vida é retomar a prática da eugenia feita na Grécia antiga e pelo nazismo, abrindo um precedente para a liberação do aborto em outros casos de microcefalia como as causadas por hipóxia neonatal, desnutrição grave na gestação, fenilcetonúria materna, rubéola congênita na gravidez, toxoplasmose congênita na gravidez, infecção congênita por citomegalovírus ou em doenças genéticas como Síndrome de Down, Síndrome de Cornelia de Lange, Síndrome Cri du Chat, Síndrome de Rubinstein – Taybi, Síndrome de Seckel, Síndrome de Smith-Lemli–Opitz e Síndrome de Edwards.
Nesses casos pessoas como Ana Carolina Dias Cáceres, moradora de Campo Grande (MS), hoje com 24 anos e formada em jornalismo, e tantas outras crianças em situações parecidas, não teriam direito à vida.
Ao saber da iniciativa de alguns em defender o aborto de fetos com microcefalia, Ana Cáceres veio a público dar seu depoimento a BBC do Brasil em defesa dos portadores de microcefalia.
Nos casos microcefalia não se pode falar na opção de abortamento, pois não se trata de patologia letal que inviabilize a vida extrauterina. Embora as limitações que possam surgir, a expectativa de vida das crianças com microcefalia não são diferentes das outras crianças, exigindo, no entanto, estimulação e cuidados especiais para melhorar a sua qualidade de vida.
A discussão do aborto em casos de microcefalia retrata bem o momento pós-moderno em que vivemos, o que Bauman, um dos maiores pensadores da atualidade, chama de modernidade líquida. Na modernidade líquida os indivíduos não possuem mais padrões de referência, nem códigos sociais e culturais que lhes possibilitem, ao mesmo tempo, construir sua vida e se inserir dentro das condições de classe e cidadão.
A modernidade líquida trouxe descentramento do homem, do sujeito, produzindo identidades híbridas, locais e globais, efêmeras sobre tudo. É a cultura do efêmero, da destruição criativa, “tudo que é sólido desmancha no ar” na imagem trazida por Berman.
Para a maioria dos autores, a pós-modernidade é marcada como a época das incertezas, das fragmentações, do narcisismo, da troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção, do imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição da ética pela estética, da apatia, do consumo de sensações e do fim dos grandes discursos.
A educação recebida dos pais e das escolas, os valores morais que orientam as boas relações sociais, o fortalecimento da família e a busca do bem comum está perdendo espaço para novas formas de comportamento regidas pelas leis do mercado, do consumo e do espetáculo.
Existe uma crise de valores com perda de referenciais importantes em detrimento de uma vida superficial e de um discurso liberal.
Na sociedade pós-moderna predomina o ter acima do ser, o prazer pelo prazer, o prazer acima de tudo, a permissividade que justifica que tudo é bom desde que me sinta bem, o relativismo no qual não há nada absoluto, nada totalmente bom ou mau e as verdades são oscilantes, o consumismo, se vive para consumir, e o niilismo caracterizado pela subjetividade, a paixão pelo nada, numa indiferença assustadora.
Renata Araújo descreve muito bem o sujeito pós-moderno:
“A pós-modernidade nos apresenta um sujeito imediatista, fragmentado, narcisista, desiludido, ansioso, hedonista, deprimido, embora também informatizado, buscando independência, autonomia e defesa de seus direitos. Mas, a supervalorização e autonomia geram um individualismo, um egocentrismo, uma ênfase na subjetividade, sendo o outro apenas para a consecução de seus objetivos pessoais.” (ARAÚJO, p. 1 e 2)
Vive-se numa época de grande competitividade e de pouca solidariedade. Em nome dessa nova ideologia, os indivíduos se permitem agir passando por cima de valores fundamentais.
A coisificação da vida e o predomínio dos interesses pessoais em detrimento do coletivo são bem característicos dessa fase em que vivemos.
Entretanto, aprendemos com a genética que a diversidade é a nossa maior riqueza coletiva. E o feto anômalo, mesmo o portador de grave deficiência, como é o caso da microcefalia, faz parte dessa diversidade. Deve ser, portanto, preservado e respeitado.
Necessário se faz proteger também a gestante, dando a ela apoio em sua gravidez e proporcionando tratamento ao seu futuro filho.
Reconhecemos que a mulher que gera um feto deficiente precisa de ajuda psicológica por longo tempo; constatamos, porém, que, na prática, esse direito não lhe é assegurado.
O aborto provocado é um procedimento traumático com repercussões gravíssimas para a saúde mental da mulher e que geralmente aparecem tardiamente.
O aborto produz um luto incluso devido à negação da ocorrência de uma morte real, mas esse aspecto é totalmente desconsiderado.
As mulheres sofrem uma perda e suas necessidades emocionais são relegadas ou escondidas. Elas não conseguem vivenciar o seu luto e lidar com a culpa. Esse processo vai gerar profundas marcas e favorecer o surgimento da Síndrome pós-aborto (PAS).
Psiquiatras e psicólogos especializados em atender mulheres que abortaram alertam para o aumento dos transtornos emocionais causados pelo aborto provocado. Eles afirmam que os efeitos psicológicos do aborto são extremamente variados e não são determinados pela educação recebida ou pelo credo religioso. Esclarecem que a reação psicológica ao aborto espontâneo e ao aborto involuntário é diferente, está relacionada com as características de cada um desses dois eventos. O aborto espontâneo é um evento imprevisto e involuntário, enquanto o aborto provocado interrompendo o desenvolvimento do embrião ou do feto e extraindo-o do útero materno contempla a responsabilidade consciente da mãe. As mulheres que se submeteram ao aborto afirmam que a culpa não é gerada de fora para dentro, infundida nelas por outras pessoas ou pela religião, ao contrário, ela surge e cresce em seu mundo íntimo a partir do ato abortivo.
Os problemas emocionais gerados pelo aborto são tão graves, que em muitos países onde ele é legalizado, foram criadas, pelas próprias mulheres vitimadas pelo aborto, associações como a Women Exploited by Abortion (Mulheres Exploradas pelo Aborto) nos EUA, e a Asociación de Víctimas del Aborto (Associação de Vítimas do Aborto) na Espanha, que orientam e alertam sobre as consequências prejudiciais do aborto.
O aborto não é definitivamente uma "solução fácil" como afirmam muitos, mas um grave problema, um ato agressivo que terá repercussões contínuas na vida da mulher.
As consequências danosas provocadas pelo aborto à saúde mental nos países onde ele foi legalizado é tão grave como a depressão profunda, que o Royal College of Psychiatrists (associação dos psiquiatras britânicos e irlandeses), alertaram que a mulher deve ser comunicada para os graves riscos emocionas que se submete caso opte pela interrupção da gravidez.
Portanto, aborto nunca será uma solução, sempre um lado ou ambos serão prejudicados. Não é dando a mulher autonomia para matar seu filho dentro de seu ventre que resolveremos os problemas sociais. Isto não passa de demagogia. É necessário investir na educação das massas para prevenção da gravidez indesejada, mas jamais matar uma criança inocente. Os fins não podem justificar os meios.
A sociedade que apela para o aborto declara-se falida em suas bases educacionais, porque dá guarida à violência no que ela tem de pior, que é a pena de morte para inocentes. Compromete, portanto, o seu projeto mais sagrado que é o da construção da paz.
A Associação Médico-Espírita do Brasil reitera seu posicionamento contra qualquer forma de violência a uma nova vida que não põe em risco a vida materna e que surge aguardando o auxílio de braços fortes e sensíveis que lhe ampare em sua fragilidade.
Concitamos a todos os colegas das AMEs para continuarmos firmes em defesa da vida e da paz.
AME-Brasil
REFERÊNCIAS
1) ARAÚJO, Renata Castro Branco. O Sofrimento Psíquico na Pós-Modernidade: Uma Discussão Acerca dos Sintomas Atuais na Clínica Psicológica. Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação em Psicologia Clínica. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0311.pdf Acessado em 09/02/2016.
2) BAUMAN, Zygmunt. Ética Pós-moderna. São Paulo: Paulus Ed., 1997.
3) BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
4) BAUMAN, Zygmunt. Tempos Líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
5) BAUMAN, Zygmunt. Cegueira Moral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2014
6) BERMAN, Marshall. Tudo que é Sólido Desmancha no Ar. São Paulo: Schwarce ed., 1986.
7) CÁCERES, Ana Carolina Dias 'Existo porque minha mãe não optou pelo aborto', diz jornalista com microcefalia. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/02/1735812-existo-porque-minha-mae-nao-optou-pelo-aborto-diz-jornalista-com-microcefalia.shtml Acessado em 09/02/2016.
8) LÖWI, Ilana. A rubéola levou à legalização do aborto no Reino Unido. O zika fará o mesmo no Brasil? Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/02/rubeola-levou-legalizacao-do-aborto-no-reino-unido-o-zika-fara-o-mesmo-no-brasil.html Acessado em 09/02/2016.
9) RAZZO, Francisco. Um novo nome para uma velha fantasia. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/um-novo-nome-para-uma-velha-fantasia-86ax9r1xg929hkv6wv2iff9io Acessado em 09/02\/2016.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Fatos e livros - Deolindo Amorim e Elzio Ferreira
Do livro CONVITE À REFLEXÃO, ditado pelo espírito Deolindo Amorim ao médium Elzio Ferreira de Souza. Capítulo I, “Fatos e livros”:
1. Os escritores espíritas devem ter o cuidado, ao referirem-se a fatos históricos, de colherem material em fontes fidedignas, evitando repetirem apenas as descrições dos fatos na versão e valorização feitas por um grupo ou por pessoas interessadas em fixá-las como expressões da verdade.
2. Não é possível escrever sobre a história de um movimento sem realizar-se uma pesquisa aprofundada.
3. Escrever sobre história exige do pesquisador isenção de ânimo, sem o que acabará escrevendo sua “história”.
4. Os livros se tornam mais ou menos valiosos de acordo com a faixa de leitor a que se dirigem: há um grande engano de escritores, médiuns e editores quando julgam que eles se destinam a qualquer leitor, sem considerar o conhecimento de cada um.
O exemplo da literatura infantil deveria ser seguido: o escritor de livros para crianças procura conformar a narração a uma determinada faixa etária de modo que possa ser entendido. Existem faixas de idade mental que não podem ser desconsideradas.
5. A melhoria da qualidade dos livros encontra-se na dependência do preparo dos leitores.
Quantos estejam interessados em uma seleção da literatura espírita, para que não se lhes desfaça a qualidade, devem não somente cuidar disto na ponta da publicação, evitando dar à luz obras que são apenas exercícios mediúnicos ou do próprio escritor, mas também na outra referente ao leitor, isto é, devem trabalhar para que o adepto se torne um conhecedor do Espiritismo, ajudando a capacitá–lo na arte de pensar e discernir.
6. As obras espíritas não devem ser submetidas a qualquer espécie de censura, salvo a do próprio leitor.
Quando alguém se entende como o único capacitado a selecionar e a julgar do valor de um livro, apenas está decretando por antecipação a incapacidade do leitor. O movimento doutrinário não se pode firmar em bases tão frágeis como os ombros dos censores. O leitor espírita deve reivindicar sua própria maioridade.
7. Ao invés de perder-se tempo com condenações, todo o esforço deve ser dirigido a preparar novas gerações no conhecimento da Doutrina e a ajudar aqueles que desejem conhecê-la através de um estudo sério em que as obras de Allan Kardec possam ser dissecadas sem quaisquer prejuízos.
Enquanto providências como essas não forem tomadas, continuaremos a assistir a preferência dos leitores por romances que os deliciam com suas amenidades, mas que nem sempre ensinam, que lhes criam ilusões e não os acordam para a realidade, dando uma falsa idéia do mundo espiritual, o que pode ocorrer pelo despreparo do médium para apropriar-se das idéias do Espírito ou deste para transmitir aquilo que vê. Embora existam romances históricos, em que se procura reconstituir o ambiente e os fatos de uma época, nem todos o fazem, e muitos reproduzem apenas a imaginação de seus autores.
Finalmente, seja-me permitido dizer que todas estas dificuldades não depõem contra o Espiritismo, muito pelo contrário, advertem que não se trata de uma Doutrina cuja aprendizagem possa fazer-se em poucos dias, nem com a leitura de romances, mas necessita de estudos sérios e de aplicação, coisas que não são nenhuma novidade, pois constituem advertências do mestre Allan Kardec.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
NILSON DE SOUZA PEREIRA
No dia 21 de novembro de 2013, às 4h40min, na cidade de Salvador, Bahia, retornou a pátria espiritual NILSON DE SOUZA PEREIRA, incansável trabalhador da seara espírita, com inúmeras tarefas no bem. Sempre pensou no bem-estar das suas crianças, milhares que passaram pela Mansão do Caminho, obra assistencial fundada por ele e por Divaldo Pereira Franco.
De origem humilde, nasceu em 26 de outubro de 1924, no subúrbio ferroviário de Plataforma, em Salvador, sendo seus pais José Leocádio Pereira e Marieta de Souza Pereira. Foi bancário, telegrafista da Marinha e funcionário dos Correios e Telégrafos, onde se aposentou.
Sempre sereno, seguro, com um sorriso amigo para quem dele se aproximasse, granjeou amigos em todos os lugares. Tratava as pessoas com carinho imenso, deixando um rastro de amizade e tranquilidade por onde passava. Sempre tinha uma palavra amiga, uma observação carinhosa, um olhar terno.
Nilson e Divaldo, sob inspiração da mentora Joanna de Ângelis, fundaram inicialmente o Centro Espírita Caminho da Redenção, no dia 7 de setembro de 1947 e em 15 de agosto de 1952 a Mansão do Caminho, que teve o seu primeiro endereço na Rua Barão do Cotegipe, 124 no Bairro Calçada - Salvador. E, em 1955, os dois Trabalhadores do Bem, com a ajuda de muitos amigos (encarnados e desencarnados), compraram o terreno de 78.000m², no Bairro Pau da Lima - Salvador, onde está instalada essa grande obra de amor ao próximo, de fraternidade e de caridade aos que passam por situações adversas, e que ali encontram a esperança e a oportunidade de uma existência digna e feliz.
Tio Nilson, como era carinhosamente chamado, era um administrador nato que ajudou a erguer a Mansão do Caminho. Divaldo Franco na sua tarefa evangelizadora, viajando pelo Brasil e pelo Mundo e Nilson de Souza Pereira, na retaguarda, dando o apoio ao amigo inseparável na obra que os dois criaram.
Sempre trabalhador, após a sua aposentadoria, dedicou-se exclusivamente à Mansão do Caminho e ao Centro Espírita Caminho da Redenção, onde era encontrado em atividade constante. Fosse na gráfica ou na coordenação de trabalhos no Centro Espírita, sempre com muita alegria e um sorriso amigo.
Nas reuniões mediúnicas, no trabalho de diálogo com os Espíritos que se comunicavam, sua voz terna e cheia de amor os encaminhava para os mentores no trabalho de elucidação e atendimento fraterno.
Para seus interlocutores sempre tinha uma história para contar, dos tempos do pioneirismo da construção da Mansão do Caminho, naquele local muito afastado da cidade de Salvador. Falava do seu tempo de telegrafista da Marinha, quando, na época da Segunda Guerra Mundial, ficava vigilante, no litoral da Bahia, informando os navios que passavam na Costa. Das dificuldades encontradas e do cansaço que muitas vezes chegava antes do fim do dia, na construção da Mansão do Caminho. Mas, sempre terminava a narrativa com um sorriso maroto. Como quem sabia que nada o demoveria da sua tarefa.
Em 30 de dezembro de 2005, Nilson recebeu o título de Embaixador da Paz no mundo pela Ambassade Universelle pour la Paix, em Genebra, capital da Organização Mundial da Paz, braço da ONU, Suíça, concedido pelos relevantes serviços prestados à Humanidade, se constituindo no 206º Embaixador da Paz.
No entanto, seu maior troféu foi, com certeza, o sorriso amigo que recebia das crianças atendidas na Mansão. Esse, seguramente, lhe dava maior satisfação, pois era o reconhecimento pelo trabalho executado. Mãos que agradeciam a ajuda recebida, personagens da vida que recebiam o fruto do seu esforço, retirando-os da miséria absoluta.
Quantas crianças foram atendidas e tiveram suas vidas preservadas não só pelo alimento físico, pelas roupas que cobriam seus corpos, mas pelo amor que lhes aquecia os corações e o sorriso que afastava a tristeza dos seus olhinhos infantis. Não há reconhecimento maior do que o sorriso de uma mãe agradecida ao ver seu filho atendido nas suas mais simples necessidades.
Os milhares de sorrisos de reconhecimento, foram levados pelo Tio Nilson no seu retorno à Pátria Espiritual. Ficamos imaginando a recepção que esse Espírito valoroso recebeu no seu retorno. A satisfação dos Mentores Espirituais, que lhe avalizaram a reencarnação, ao verem seu protegido ter cumprido sua missão neste planeta de provas e expiações, com tanta distinção.
Foram oitenta e nove anos de uma vida profícua, sobretudo pela exemplificação daquilo que nos mostra a Doutrina Espírita nos seus postulados iluminativos e consoladores. Fica o legado do trabalho desse amigo e companheiro para as futuras gerações que continuarão sendo atendidas pelos trabalhos assistenciais da Mansão do Caminho.
Tio Nilson, muito obrigado por ter convivido conosco e leve, em seu coração, nossa eterna gratidão pelo seu exemplo de vida.
Marco Antonio Negrão
Em 22.4.2014.
EVIDENCIAS DEL MUNDO ESPIRITUAL: TESTIMONIOS DOCUMENTALES
https://grupoespiritaisladelapalma.wordpress.com/2013/11/17/evidencias-del-mundo-espiritual-testimonios-documentales/#more-1279
EVIDENCIAS DEL MUNDO ESPIRITUAL: TESTIMONIOS DOCUMENTALES
Por: Oscar M. García Rodríguez
Introducción
En su diccionario, la Real Academia Española de la Lengua define el términoevidencia como “la certeza clara y manifiesta de una cosa, de tal forma que no se pueda dudar de ella ni negarla”. El mismo diccionario define la palabradocumento como “todo aquello que sirve para comprobar o ilustrar algo”, ytestimonio como la “atestación o aseveración de una cosa”, o también como la “prueba de la verdad de una cosa”.
De esta forma, cuando hablamos de “testimonios documentales del mundo espiritual”, queremos significar todo aquello que patentice, ilustre o compruebe la realidad del mundo espiritual de manera clara e indubitable.
Nos podemos preguntar, ¿posee la humanidad tales tipos de testimonios documentales. La respuesta es taxativa: SÍ y numerosísimos.
En cierta ocasión, durante una entrevista, le preguntaron al ingeniero brasileño Hernani Guimarães Andrade si podía considerarse probada científicamente la dimensión espiritual humana y su sobrevivencia a la muerte. La respuesta del reputado investigador espírita fue que si bien desde el punto de vista científico ortodoxo no podría hablarse de que dicha tesis estuviese probada, el cúmulo de evidencias a su favor era de tal envergadura que, tomadas en conjunto, tenían tanto valor como una prueba.
Y así es, la humanidad dispone hoy en día de un gigantesco arsenal constituido por una abundantísima y variadísima gama de evidencias que apuntan sin dudar, todas, en una misma dirección: la de la confirmación de la naturaleza espiritual del hombre y su sobrevivencia a la muerte. Sólo la ignorancia, el desmedido prejuicio, el cerrado dogmatismo, el interés, el miedo o la mala fe, pueden explicar que a estas alturas la realidad trascendente de la vida y su manifestación en variados planos, sea sistemáticamente negada por un importante sector de la humanidad.
Con la presente exposición pretendemos poner sobre la mesa, como si dijéramos, una selección significativa de experiencias, desde el punto de vista cualitativo, que aportan sólidos argumentos en forma de evidencias documentales a favor de la tesis trascendente. Cada caso presentado representará a otros incontables del mismo género, pues como todos pueden comprender es absolutamente imposible exponer en el espacio limitado de un artículo, aunque sea extenso, una representación mayoritaria de ese piélago de evidencias.
Sin embargo, la correcta valoración de cualquier testimonio documental no depende exclusivamente de la naturaleza y la categoría del documento en sí, sino también, en buena medida, de las condiciones del observador o investigador. Lo que queremos decir queda meridianamente reflejado en esta frase que se atribuye a Ignacio de Loyola: “Para aquellos que creen, ninguna prueba es necesaria. Para aquellos que no creen, ninguna prueba es suficiente”.
Pero los espiritistas no podemos ser ni creyentes ni descreyentes, porque ambas posturas suponen prejuicios y estos son un velo que impide ver la verdad. Los espiritistas precisamos ser estudiosos, pues nuestra certidumbre no se asienta en la fe ciega sino en la convicción apoyada en hechos patentes y en la racionalidad, lógica, coherencia filosófica y altura moral de las enseñanzas de los espíritus.
Es muy difícil valorar un testimonio documental si no se tiene un conocimiento profundo del asunto al que dicho documento se refiere. He leído y escuchado miles de opiniones, reflexiones, juicios y comentarios valorativos realizados por personas que desconocen los estudios espiritistas, referidos a las evidencias que se aportan para la aseveración de sus tesis fundamentales y resultan penosos. Sé, pues, que por mucho que se vea, se oiga o se vivencie, antes de todo ello la mente debe estar dispuesta y en condiciones de receptividad propicias, es decir, abierta a nuevos conocimientos; si no es así, nuestra mente tiene infinidad de salidas de escape que nos impedirán apreciar y valorar eso que de variadas formas ha llegado hasta nosotros.
Sin ojos adecuados para percibir su influencia, la luz no será percibida, en otros casos deslumbrará y hasta podría llegar a cegarnos si sobrepasa cierta intensidad. Comer obligadamente sin hambre, nos producirá una indigestión o un rechazo automático del organismo.
No tenemos otra intención con esta exposición, que la de llamar la atención de todos ustedes hacia el estudio de un cierto número de testimonios documentales que son importantísimas evidencias de la realidad espiritual, pues es el estudio, junto a la experiencia personal en el momento adecuado, lo único capaz de llevar a una persona honesta y deseosa de conocer, al convencimiento pleno de esa realidad trascendente. Luego, inevitablemente sobrevendrá, como consecuencia, una íntima reorganización de los valores vitales y la transformación personal subsiguiente. El alumbramiento de un mundo diferente, un mundo mejor, al que tantos seres humanos aspiramos, sólo será posible mediante el trabajo constructivo derivado de la unión espontánea y solidaria de las masas de hombres y mujeres autotransformados.
La creencia en la inmortalidad del alma se pierde en la noche de los tiempos
Si la existencia del mundo espiritual es una realidad, no podría haber quedado oculta y habrá tenido que manifestarse de alguna manera desde siempre. En este sentido, la paleontología, la arqueología, la antropología, la etnología y la historia, son ciencias y disciplinas de las que nos podemos valer para intentar descubrir en el pasado de la humanidad las huellas o algún tipo de traza documental, que nos permita aseverar que la realidad del espíritu se ha manifestado desde las más tempranas edades, arraigando en el corazón y las mentes de todas las razas y pueblos.
Así, en los restos paleontológicos y arqueológicos, las pinturas rupestres, los grabados, los viejos códices, libros y papiros; en las leyendas, mitología, tradiciones y costumbres, en la cultura oral, en los cuentos, en el mundo de las creencias religiosas, en la literatura antigua, etc., se encuentra el rastro dejado por las sempiternas manifestaciones del espíritu. Vamos a Intentar ilustrar esta idea mediante una mirada retrospectiva al pasado de la humanidad.
Lo primero que constatamos es que hay una constante en casi todas las culturas a través de la historia, desde los tiempos más remotos, en relación con su actitud con respecto a la muerte: la creencia en la inmortalidad del alma y la consiguiente costumbre de guardar a sus muertos en recintos especiales. Siempre ha llamado la atención de los antropólogos al estudiar las comunidades y culturas desde las edades prehistóricas, el especial cuidado que ponían en sus sepulturas, lo que se observa ya en los restos dejados por los cazadores de la edad de piedra. Todo ellos permite concluir que pensaban que sus muertos tenían necesidades más allá de la tumba, de ahí la presencia junto al cadáver de víveres, armas y otros elementos, utensilios u “adornos” funerarios, objetos depositados con la intención de que sirviesen a las necesidades del difunto en la “nueva existencia” que comenzaba. El historiador griego Heródoto atestigua en sus relatos que estas concepciones y prácticas eran comunes entre todos los pueblos de Europa, del Asia Menor y Central, así como del norte de África. Otro tanto es posible afirmar con respecto a otros pueblos y regiones del orbe planetario.
Desde la antigüedad al ser humano se le atribuía una naturaleza mixta, ya que además del cuerpo físico o material se creía que existía un “doble inmaterial” que abandonaba el cuerpo cuando se producía la muerte e iba a habitar una región especial, el inframundo. La creencia en el alma constituye, pues, el más antiguo y universal fundamento de las filosofías y de ella ha emanado toda la variedad de creencias mágicas, míticas y religiosas que la mente humana ha elaborado.
Las dos formas de culto más importantes procedente de la infancia de las sociedades humanas han sido el culto a la naturaleza y el culto a los muertos. Mediante prácticas rituales que utilizaban como medio de expresión el canto, la música y las danzas – asociadas muchas veces con la ingesta de plantas alucinógenas – se procuraba la invocación de los seres espirituales para obtener de ellos favores o protección.
Estudios comparativos de las creencias presentes entre los pueblos antiguos como los realizados por el antropólogo norteamericano Andrew Lang, que recoge en su obra “La formación de la religión”, relativos a las manifestaciones paranormales, han permitido constatar que ellas estaban completamente arraigadas en aquellas sociedades en razón de suceder y de presenciarlas de manera continua. Lang observa que son los mismos fenómenos que han ocurrido entre los pueblos civilizados hasta nuestros días, entre los que se incluyen: transmisiones del pensamiento, visiones a distancia, trances, apariciones, curaciones, etc.
Veamos a continuación como la idea de la inmortalidad del alma y, por tanto, la de la existencia de planos de existencia sutiles e invisibles, es decir, espirituales, está presente entre algunos de los pueblos y civilizaciones más importantes del pasado.
La India
Los Vedas son una colección de himnos escritos en lengua sánscrita que constituyen la base de las religiones hindúes recopilados y ordenados por el sabio brahmán Vyasa en el siglo XIV, pero que remontan su origen a por los menos a 5.000 años antes de nuestra era. En ellos se habla de un dios único – Dyaus – con tres manifestaciones – Brahma,Vishnu y Shiva – que no destruyen su unidad. Nos hablan que entre Dios y los hombres existe un espacio poblado de seres intermediarios, los Devas y los Asuras, entidades benéficas y maléficas respectivamente; de los Pitris o espíritus de los antepasados que se manifiestan a los hombres de diversas maneras; así como también se habla de los Rishis seres sabios de altísima sensibilidad, intermediarios ante los espíritus.
En los Vedas el alma es inmortal y reencarna sucesivamente en cuerpos diferentes hasta alcanzar la perfección.
También en la India Krishna, el gran reformador moral y religioso, hace 5.000 años enseñaba que “el cuerpo es la envoltura del alma, que ha hecho de él su morada. Es una cosa finita, pero el alma que lo habita es invisible, imponderable y eterna. La suerte del alma después de la muerte constituye el misterio de los renacimientos. Todo renacimiento, feliz o desgraciado, es la consecuencia de las obras practicadas en las vidas anteriores. Mucho tiempo antes de que se despojen de su envoltura carnal, las almas que sólo han practicado el bien adquieren la facultad de conversar con las almas que les han precedido en la vida espiritual”.
Persia
La religión de la antigua persa se vio muy influida por la cultura Vedanta de la India. Creían en un Dios supremo del cual emanaban dos principios secundarios, Ormuz, autor de la luz y del bien, y Ahriman, autor de las tinieblas y fuente de todo mal. La lucha entre Ormuz y Ahriman nace de la caída de éste y se resuelve en su redención.
Zoroastro, principal líder espiritual de los pueblos persas y autor del Avesta (palabra viva o ley) enseñaba la transmigración de las almas y su recompensa o castigo según sus actos. En sus meditaciones entraba en éxtasis lo que le facilitaba la comunicación con los espíritus, realizando curaciones entre las multitudes que se agolpaban a su paso mediante su palabra y la imposición de manos.
Egipto
Heródoto dice que los egipcios fueron los primeros que crearon una “doctrina de la inmortalidad del alma. Creían que la muerte no significaba la cesación de la vida, sino un cambio de estado o tránsito hacia otra vida. Concebían al ser humano integrado esencialmente por tres entidades: el cuerpo físico, el alma o Ba y un doble de naturaleza etérea o Ka, al cual el egiptólogo francés Gastón Maspero (1846-1916) describe como “un segundo ejemplar del cuerpo en una materia menos densa que la corporal, una proyección coloreada pero aérea del individuo que le reproducía exactamente en todas sus partes”. Además hablan del SHEUT o sombra de la persona, que representan por una figura humana completamente negra.
La unificación del KA y el BA en vista de un regreso a la existencia es designada con el nombre de AKH.
“El libro egipcio de los muertos” o “Libro de las moradas”, representa el viaje del alma después de la muerte.
En los misterios de Isis, Osiris y Horus, la comunicación con los espíritus hacía parte de sus prácticas iniciáticas
En el Tíbet encontramos el llamado Libro Tibetano de los Muertos, uno de los más importantes legados de la cultura tibetana, un clásico de la sabiduría budista y del pensamiento religioso.
Compuesto en el siglo VIII d. de C., su intención es la de preparar al alma para las adversidades y transformaciones que va a tener en el más allá. Su profundo mensaje es que el arte de morir es tan importante como el de vivir. Extrae su contenido de las tradiciones espirituales tibetanas, mostrándonos el funcionamiento de la mente en sus diversas….. que aparecen más claramente en la conciencia del difunto. Reconociendo dichas manifestaciones podremos alcanzar el estado de iluminación, tanto en esta existencia como en la venidera.
China
Desde remotas épocas los chinos concebían todo lo existente dentro de un esquema dualista que se expresaba en toda la realidad en la dinámica de los contrarios, el Yin y el Yang.
La creencia en los espíritus estaba muy extendida, comunicándose con ellos por medio de las mesas. Igualmente creían en la inmoralidad del alma y en la multiplicidad de vidas.
Japón
De Japón nos viene la vieja religión sintoísta; en ella se habla de los Kami, concepto con el que se designa a ciertas entidades sobrenaturales que tienen poder creador y también destructor, que se manifiestan en la naturaleza, los animales y los seres humanos, causando tanto terror como veneración. La idea de los Kami aparece ya en las primitivas crónicas de Japón. Son muchísimos, algunos celestiales y otros mundanos, pero todos capaces de establecer contacto con los seres humanos. En el sintoísmo, se asegura que los kami se manifiestan a los hombres a través de los sueños, en forma de extraños seres que aparecen súbitamente en los bosques, mediante rituales y también con la intervención de un médium.
Escandinavos
En la mitología escandinava, tras la muerte los héroes en combate van a un paraíso llamado Valhalla. Se sitúa en el palacio de Odín, en Asgard, donde los héroes fallecidos son bienvenidos por la diosa Bragi y conducidos por las valquirias.
Los que no consiguen méritos suficientes para ascender a Valhalla, terminan en el Niflheim, el reino de la oscuridad y de las tinieblas, gobernado por la diosa Hela o en otros sitios designados.
Grecia
Según la mitología griega, el término Hades designaba originalmente al dios del inframundo, al dios del reino de los muertos, pero finalmente el nombre llegó también a designar la propia morada de los muertos.
El Hades era el sitio obligado al cual iban todos los humanos cuando morían, y lo localizaban en el fondo de la tierra. A este espacio se iba a través del río Aqueronte y en la barcaza del viejo Caronte, que recibía a las almas de los muertos.
El Hades tenía varias secciones, por así decirlo. Allí estaban los Campos Elíseos o Llanuras Eliseanas, el lugar sagrado donde las almas de los hombres virtuosos y los guerreros heroicos llevaban una existencia dichosa y feliz, en medio de paisajes verdes y floridos. Los que residían en los Campos Elíseos tenían la oportunidad de regresar al mundo de los vivos.
Existía, aún más abajo, un sitio llamado Tártaro, donde padecían las almas de los malvados.
Resulta pertinente recordar aquí lo que algunos de los grandes filósofos de Grecia enseñaban sobre el destino del hombre tras la muerte. Pitágoras, por ejemplo, admitía que el alma tenía un origen divino y creía en la metempsicosis o pluralidad de existencias como método evolutivo, así como en el número y la armonía musical como elementos que aproximan al hombre a su origen celestial. Los órficos también afirmaron la inmortalidad del alma, que se purificaba tras muchas reencarnaciones.
Sócrates admitía y enseñaba la reencarnación; consideraba que el alma debía dominar al cuerpo y sus pasiones pero sin renegar de éste. La reencarnación no tenía límites de tiempo, dependía de la interiorización y el desarrollo de la conciencia que lograra el individuo. Los males o los bienes de un individuo, su dolor o su suerte, estaban relacionados directamente con la clase de vida llevada por él en la reencarnación anterior. Con cada nuevo nacimiento el alma perdía el recuerdo de sus vidas pasadas y sólo mediante un árduo trabajo interior podía intuir y corregir sus equivocadas orientaciones pasadas.
Igualmente enseñaba estos principios Platón, discípulo de Sócrates. Sus ideas sobre la inmortalidad del alma aparecen en sus diálogos Fedón y La República, y en algún fragmento de El Timeo. Platón concibe al alma de origen divino, principio del movimiento y, por tanto, inmortal.
Celtas
En las creencias de los celtas el dios de los muertos, Dis Pater, aparece como regente del mundo inferior. La creencia en la inmortalidad del alma constituyó una de las bases más sólidas de espiritualismo sostenido por la clase sacerdotal celta, los druidas. La comunidad celta situaba uno de sus centros de gravedad en la convicción de que, vivos y muertos, formaban una unidad indestructible e intercambiable. La muerte sólo actuaba como ruptura o separación del elemento impuro, el cuerpo físico, del alma.
La continuidad de la idea del alma y de su supervivencia a la muerte
Como parte substancial de los fundamentos de todas las religiones, el concepto de sobrevivencia al fenómeno de la muerte de un elemento sutil en el hombre, que pasa a morar en algún lugar especial – si bien distinto según el comportamiento o estado de conciencia del muerto, lugares de ordinario ajenos a la capacidad de escrutamiento de nuestros sentidos físicos -, está presente en la vida de todos los pueblos. Asimismo e independientemente de las creencias arraigadas, innumerables personalidades de todos los ámbitos en el transcurso de los siglos, han dejado constancia de su íntimo convencimiento no sólo de la inmortalidad del alma, sino de su comunicabilidad con el plano de los hombres y hasta de la reencarnación o pluralidad de existencias.
Desde finales del siglo XVIII y sobre todo en el siglo XIX, en plena revolución industrial y con el avance del conocimiento del hombre en todos los órdenes, las creencias religiosas tradicionales entran en crisis ante el poderío exhibido por la ciencia positiva. El hombre ya no quiere creer, quiere sobre todo saber.
Es en este ambiente donde surge el estudio con metodología científica de unos fenómenos que produciéndose en diversos lugares del mundo, determinan la aparición del Espiritismo y las Ciencias Psíquicas en general. Aplicándose a este campo el mismo rigor experimental que se usaba en otras áreas del conocimiento, comienzan a escribirse monografías, informes, tratados, libros que comunican los resultados de miles de pruebas experimentales realizadas con psíquicos y médiums de todo el mundo. Se suma a ello el aporte de otras ramas como la fotografía, acumulándose infinidad de registros que dan cuenta por primera vez de una realidad que comienza a escapar del encorsetado mundo de la creencias para pasar al de las evidencias objetivas.
Desde entonces las ideas de un más allá, de la existencia, de un mundo espiritual poblado por las almas de los que dejaron este mundo y los diferentes estados en que se encuentran, puede ser asumida libremente por el hombre sin el permiso y la sanción, supuestamente autorizada, de las religiones establecidas y sus jerarquías. Una nueva época se asoma a la conciencia individual y colectiva de la humanidad: la de la evolución consciente.
El ser humano necesita y pide razones, argumentos, pruebas, necesita material con el que responder a las íntimas necesidades que nacen en su interior de ser humano despierto, del ser que comienza andar por sí mismo. Ya no le vale la respuesta de “cree y calla” o, si no, a la mazmorra ardiente y eterna del patético Satanás. Y la Vida, con la inmensa sabiduría que la guía, le ofrece al hombre respuestas que necesita a plena satisfacción.
Desde esta época el género humano viene disponiendo de un ingente cúmulo de testimonios documentales que ha estado creciendo en progresión constante, dispuestos a ser considerados y sopesados por todo hombre o mujer que sea un buscador o buscadora sincera. A continuación mostraremos algunos ejemplos emblemáticos.
Carmine Mirabelli, testimonios irrefutables del mayor médium de todos los tiempos
Un médium que produjo extraordinarios fenómenos de todo orden fue el brasileño Carmine Mirabelli (1889-1950). Con su concurso, científicos e investigadores de muchas partes del mundo fueron testigos de fenómenos que hasta el día de hoy no han sido refutados.
Carmine Mirabelli nació en Botucatu, Sao Paulo (Brasil) el 2 de enero de 1989, como hijo primogénito del matrimonio conformado por el pastor protestante Luigi Mirabelli y su esposa Christina Scaccioto. Tuvo una hermana llamada Tereza Mirabelli (1891-1971), nacida dos años después que él
Tempranamente perdió a su madre y se supone que esto ayudó a desarrollar su sensibilidad mediúmnica. El 22 de Febrero de 1914, al poco tiempo de la muerte de su padre y quedarse sin dinero, Mirabelli enferma y es cuando eclosiona una paranormalidad extraordinaria. Decía que su padre muerto era su “Estrella Guía”.
Ya por 1916, la prensa de Sao Paulo hablaba de las extrañas hazañas del “hombre misterioso” también conocido como Carlos o Carlo Mirabelli. En 1914 trabajaba para una empresa de calzados, cuando se produjo un extraño fenómeno similar a los que conocemos como “Poltergeist”. Sólo cuando Mirabelli estaba cerca, los zapatos brincaban de los mostradores, y se movían como si alguien estuviese usándolos. Él no entendía porque ocurría aquello, pero muchos clientes atemorizados le atribuían el fenómeno al demonio.
Mirabelli comenzó a ser considerado por mucha gente como alguien poseído por el diablo, y varias veces fue golpeado en las calles e, incluso, su casa fue apedreada por religiosos extremistas.
Durante 19 días fue internado en un manicomio. Allí los doctores Francisco Franco da Rocha y Felipe Aché verificaron que poseía una “energía nerviosa” muy por encima de los valores normales. Con la ayuda de distinguidos investigadores de los fenómenos psíquicos, como el famoso Dr. Alberto de Melo Seabra, Mirabelli se dio cuenta de la importancia de sus habilidades psíquicas, y decidió colaborar con los experimentos que le propusieron.
Fue así como comenzó a desplegarse toda una amplia gama de fenómenos que aportaron a la humanidad algunas de las más incuestionables evidencias de que se tenga noticia sobre la existencia y manifestación del mundo espiritual y de la sobrevivencia del espíritu humano más allá de la frontera de la muerte.
En el año 1927 apareció en Brasil un libro titulado O Medium Mirabelli el cual contenía una descripción en 74 páginas de los fenómenos que ocurrieron a plena luz del día, algunas veces en presencia de hasta sesenta testigos que representaban la elite científica y social de Brasil. Entre los que dieron sus nombres como testigos estaban el Presidente de Brasil, el Secretario de Estado, dos profesores de medicina, 72 doctores, 12 ingenieros, 36 abogados, 89 personas con cargos públicos, 25 militares, 52 banqueros, 128 comerciantes y 22 dentistas, así como miembros de varias órdenes religiosas.
El testimonio de tantos testigos de probada credibilidad no podía ser fácilmente ignorado y se constituyó un comité de veintidós líderes, encabezados por el Presidente del país, para entrevistar a los testigos y decidir qué se debía hacer para investigar científicamente las facultades de Mirabelli.
Ese mismo año se decide organizar una serie de investigaciones a cargo de la por entonces recientemente establecida Academia de Estudios Psíquicos, usando para ello los mismos controles a que habían sido y eran sometidos los médium europeos.
Los investigadores se dividieron en tres grupos. Uno se dedicó a la mediumnidad hablada y realizó 189 sesiones con resultados positivos. Un segundo grupo investigó la escritura automática y realizó 85 sesiones positivas y 8 sesiones donde no se produjeron resultados. Un tercer grupo investigó los fenómenos físicos y realizó 63 sesiones positivas y 47 negativas. De las sesiones positivas, 40 se realizaron a la luz del día y 23 con luz artificial brillante, con el médium atado a una silla en habitaciones que eran registradas antes y después de las experiencias.
Mirabelli tenía una educación básica y solamente sabia hablar en su idioma nativo, mezclado a veces con palabras italianas y españolas. Pero cuando estaba en trance los espíritus que hablaban a través suyo lo hacían en 26 idiomas diferentes incluyendo Alemán, Francés, Holandés, cuatro dialectos de Italiano, Checo, Árabe, Japonés, Español, Ruso, Turco, Hebreo, Albanés, varios dialectos africanos, Latín, Chino, Griego moderno y antiguo, Polaco y Sirio-Egipcio.
Mientras estaba en trance, espíritus de alto nivel mantenían conversaciones a través suyo sobre temas difíciles más allá de su propia comprensión. Estos temas incluyeron medicina, jurisprudencia, sociología, economía política, política, teología, psicología, historia, ciencias naturales, astronomía, filosofía, lógica, música, espiritismo, ocultismo y literatura. Asimismo e estado de trance exhibía la facultad de la escritura automática en 28 idiomas diferentes, escribiendo a una velocidad que la caligrafía normal no puede alcanzar. En 15 minutos escribió 5 páginas en polaco sobre ‘La Resurrección de Polonia’; en 20 minutos escribió 9 páginas en checo sobre ‘La Independencia de Checoslovaquia’; en 12 minutos escribió 4 páginas en hebreo sobre ‘Calumnias’; en 40 minutos, 25 páginas en persa sobre ‘La Inestabilidad de los Grandes Imperios’; en 15 minutos, 4 páginas en latín sobre ‘Traducciones Famosas’; en 12 minutos, 5 páginas en japonés sobre ‘La Guerra Ruso-Japonesa’; en 22 minutos, 15 páginas en sirio sobre ‘Alá y sus Profetas’; en 15 minutos, 8 páginas en chino sobre ‘Una apología para Buda’; en 15 minutos, 8 páginas en sirio-egipcio sobre ‘Los Fundamentos de la Legislación’; en 32 minutos, 3 páginas de jeroglíficos que aún no han sido descifrados.
Incluso podía escribir simultáneamente con ambas manos, y producir dos textos en dos idiomas diferentes, mientras daba otra comunicación hablada en una tercera lengua.
Su estilo de caligrafía cambiaba de acuerdo al autor espiritual que se comunicaba. La autoría de los mensajes era en muchos casos de personalidades desconocidas, mientras que en otros era atribuida a personajes reconocidos de la historia. Algunos textos eran firmados por Moisés (en Hebreo), Virgilio (en Latín), Muri Ka Ksi (en Japonés), Harun ar-Rashid (en Árabe), Victor Hugo (en Francés), Tarko (en Albanés), La To (en Chino), León Tolstoi (en Ruso), Franz Joseph (en Búlgaro), Galileo Galilei (en Italiano), Alexander (en Persa), De Ruyter (en Danés), Max (en Polaco), William Crookes (en Inglés) y muchos otros.
Demostró tener incombustibilidad en su cuerpo, cuando atravesó un campo lleno de fuego sin quemarse.
En una sesión realizada en la población de San Vicente, la silla donde estaba sentado en trance se elevó y flotó en el aire a dos metros sobre el piso. Los testigos cronometraron su levitación en 120 segundos.
En otra ocasión Mirabelli estaba en la Estación de Trenes Da Luz con varios acompañantes cuando súbitamente desapareció. Cerca de quince minutos mas tarde una llamada telefónica recibida desde San Vicente, pueblo ubicado a noventa kilómetros de distancia, declaró que había aparecido exactamente dos minutos después de haber desaparecido de Da Luz.
En una sesión conducida una mañana a plena luz del día, en el laboratorio del comité investigador frente a muchas personas notables, incluyendo diez personas con el grado de Doctor en Ciencia, apareció la forma de una pequeña niña materializada al lado del médium. El Dr. Ganymede de Souza, quien estaba presente, confirmó que la niña era su hija fallecida unos meses antes y que usaba el mismo vestido con el cual fue enterrada, a la cual abrazó y con quien habló.
Otro observador, el Coronel Octavio Viana, tomó a la niña en sus brazos, sintió su pulso y le hizo varias preguntas que ella respondió correctamente. Fueron realizadas varias fotografías de la aparición, que aparecieron posteriormente en el informe del comité investigador.
Después de esto, la niña flotó en el aire alrededor de los presentes y desapareció, luego de haber sido vista a la luz del día por espacio de 36 minutos.
En otra ocasión la forma materializada del Obispo José de Camargo Barros, quien había fallecido en un naufragio, apareció con todas las insignias de su oficina. Conversó con los presentes y les permitió examinar su corazón, encías, abdomen y dedos antes de desaparecer.
En otra sesión conducida en la ciudad de Santos, a las tres y media de la tarde y ante sesenta testigos que certificaron los hechos con sus firmas, sucedió la materialización del fallecido Dr. Bezerra de Meneses, eminente médico espiritista. Habló con todas las personas reunidas para asegurarles que era él mismo dando la mano a los espectadores. Su voz fue llevada a toda la habitación usando un megáfono. Se le tomaron varias fotografías y durante quince minutos dos doctores, que lo habían conocido en vida, lo examinaron y anunciaron que anatómicamente era un ser humano normal.
Finalmente se elevó en el aire y comenzó a desmaterializarse, desvaneciéndose primero los pies, luego las piernas, el abdomen, el pecho, los brazos y, por último, la cabeza.
Después que la aparición se había desmaterializado, se comprobó que Mirabelli aun estaba atado fijamente a su silla y los sellos de todas las puertas y ventanas estaban intactos. Las fotografías que acompañan al reporte muestran a Mirabelli y a la aparición en la misma placa fotográfica.
En otra sesión, bajo condiciones controladas, Mirabelli mismo se desmaterializó para luego ser encontrado en otra habitación. No obstante, los sellos de sus amarras estaban intactos así como los sellos de las puertas y ventanas de la habitación de la sesión.
De los numerosos casos de materialización que se lograron a través de la mediumnidad de Carmine Mirabelli, vamos a comentar dos muy singulares. El primero fue la manifestación nítida, precisa, impresionante, de una entidad identificada como el legendario Califa Iraní Harun ar-Rashid (766-809). El fenómeno ocurrió en los años 20, durante un experimento científico-espiritualista. Estaba presentes como testigos varios médicos, entre ellos los doctores Carlos Pereira de Castro y Olegario de Moura.
Los asistentes al experimento, incluyendo los dos doctores mencionados, estaban sentados en círculo alrededor de la mesa cuando una explosión sonó desde el techo, situado a una altura de 3 metros. Entretanto Mirabelli permanecía en estado de trance. De repente, un hombre con apariencia árabe hace acto de presencia, materializándose parado de pie sobre la mesa. Todos quedaron impresionados, no podían entender como aquel hombre había podido entrar al cuarto, que estaba completamente cerrado. La sólida aparición descendió desde la mesa y se sentó con el resto de las personas. El Dr. Olegario de Moura procedió a hacerle un examen clínico que duró media hora, verificando que la entidad era un ser humano normal. Todos los presentes en la habitación tocaron también la figura.
El extraño hombre hablaba en árabe y se presentó como Harun ar-Rashid. Pero una sorpresa aún mayor estaba por producirse. En cierto momento la entidad volvió a colocarse de pie sobre la mesa, habló un poco más en árabe, levitó durante 10 o12 segundos, y después se desvaneció súbitamente ante la mirada atónita de los presentes.
El 4 de Febrero de 1922 a las 8 de la tarde, durante una sesión experimental con Mirabelli, el espíritu del poeta Italiano Giuseppe Parini (1729-1799) autor de “Satire Il Giorno” y editor de “Gazetta di Milano”, se materializó durante un experimento. El poeta fue fotografiado entre Mirabelli y el Dr. Carlos Pereira de Castro.
La materialización de Parini duró pocos minutos y ocurrió en un cuarto bien iluminado, con las puertas y ventanas cerradas. El poeta caminó alrededor de la habitación, declamando poemas en italiano y saludando a aquellos que estaban presentes dándoles la mano. Luego la entidad se disolvió lentamente hasta que sólo hubo una especie de humo en la habitación.
Hasta el fin de sus días terrestres, las facultades de Mirabelli no decayeron, a pesar de la edad y los achaques de algunos padecimientos y hay información de fenómenos acontecidos con él en 1950, meses antes de su muerte. El lunes 30 de Abril de 1951. Carmine y su hijo César Augusto habían salido de la casa a comprar leche y cuando cruzaba la calle, en tanto su hijo quedaba hablando con un amigo, un coche le atropelló dejándolo en estado de coma, falleciendo poco más tarde en el Hospital “Das Clínicas” en Sao Paulo. El sepelio de su cuerpo tuvo lugar al día siguiente, primero de mayo, en el cementerio de Sao Paulo.
Mina Stimson, Mina Crandon por casamiento con el Dr. L. R. G. Crandon, de Boston, y “Margery” en su actividad como médium, nació en Canadá en 1888 y murió en 1941.
A comienzos de la década de los años 20 del pasado siglo en sesiones organizadas y dirigidas por su marido, que fuera durante 16 años profesor de cirugía en la Universidad de Harvard, Mina Crandon comenzó a desenvolver su mediumnidad y a producir numerosos fenómenos físicos, como la voz directa y la materialización de espíritus. Se reveló que su guía espiritual era su hermano “Walter”, desencarnado unos años antes.
La pneumatofonía o “voz directa” es, en la clasificación elaborada por Allan Kardec, el fenómeno por el cual las voces de los espíritus se muestran audibles a todos los presentes sin el concurso de la voz humana, permitiendo hoy, con los modernos medios de que disponemos, ser grabadas y registradas.
Este es un fenómeno que se conoce también en toda la historia e incluso en la Biblia se lo menciona. Recordemos el episodio del apóstol Pablo en su viaje a Damasco, cuando fue sorprendido al oír una voz que decía: “Saulo, Saulo, ¿por qué me persigues?” … Y los hombres que viajaban con él se levantaron mudos y oyeron la voz, mas no veían a ningún hombre”.
Después de la aparición del Espiritualismo Moderno con los hechos de Hydesville, las manifestaciones espontáneas de voces directas, junto a otros muchos fenómenos mediúmnicos, se escucharon en sesiones realizadas con innumerables médiums de todo el mundo. De hecho, las “voces directas” son una de las manifestaciones más comunes asociadas a las experiencias ectoplásmicas. Por recordar algunos nombres relevantes entre los psíquicos productores de este fenómeno, obligadamente tenemos que citar al médium norteamericano George Valiantine cuyas experiencias, realizadas por los años veinte del pasado siglo, recoge minuciosamente H. Dennis Bradley en su obra “Más Allá de las Estrellas”, publicada en español en la década de los treinta por la editorial M. Aguilar dentro su colección Biblioteca de las Ciencias Psíquicas. Es un libro muy interesante que les recomiendo a todos.
Otro médium notable en la producción de esta categoría fenoménica fue el escocés John Campbell Sloan. En su presencia los espíritus hablaban con su propia voz manteniendo extensas conversaciones con sus parientes y amigos. Nunca hizo actividades de médium profesional, realizando en cambio y durante 50 años sesiones gratuitas, mientras trabajaba como sastre, empleado de Correos, empaquetador, mecánico y agente de prensa. Uno de los asiduos a sus sesiones desde 1918 fue Arthur Findlay, cuyo agnosticismo era notorio hasta que conoció a Sloan. Findlay quedó convencido cuando, gracias a Sloan, pudo escuchar la voz de su difunto padre y la de un amigo de la familia, quienes le proporcionaron información que no era conocida por ningún ser viviente. Estas experiencias quedaron registradas en un monumental libro que constituyó un best-seller, titulado En los límites de lo etéreo (On the Edge of the Etheric – Findlay, 1931), obra que es todo un análisis científico de la comunicación con entidades de la vida póstuma.
Tampoco se debe dejar de mencionar en este campo a la estadounidense Etta Wriedt, de Detroit, Michigan
Para comprobar la realidad de los fenómenos, numerosos investigadores sometieron a esta médium a todo tipo de pruebas, e incluso se diseñaron aparatos específicos para esta función, como ya ocurriera con Florence Cook estudiada por William Crookes. Uno de ellos fue creado por el Dr. Richardson y consistía en un tubo en forma de “U” que contenía agua con corchos en la superficie. Margery debía soplar en su interior, mediante un tubo flexible, para que una de las columnas subiera, y después debía mantener la lengua y los labios en la boquilla durante toda la sesión para impedir que el agua volviera a su nivel original. Los participantes podían verificar esto es la oscuridad porque los corchos eran luminosos.
Hizo lo que se le pedía y el nivel del agua se mantuvo, pero su comunicante espiritual habitual, su hermano Walter, habló tan alto como siempre.
B. K. Thorogood inventó una máquina aún más ingeniosa: era una caja construida con siete capas de diferentes materiales y con un sensible micrófono en su interior. La caja cerrada y forrada, era colocada en la habitación para grabar las voces de los espíritus. Dos cables la conectaban con un altavoz colocado en otra habitación. La gente que estaba en la habitación vecina oía la voz de Walter que salía del altavoz, en tanto que quienes se hallaban en el cuarto de sesiones no oían nada de lo que registraba el micrófono.
Harry Houdini, el conocido mago y escapista, alcanzó mucha notoriedad mediática, pero tanto o más que por sus trucos de magia, por su empeño en desenmascarar a los médiums, que el consideraba engañadores sistemáticos, dedicándose a ir por todo el país para asistir a sesiones con cuanto médium se lo permitiera. Aquí es aplicable aquello de que “cree el ladrón que todos son de su condición”.
En este ámbito Margery Crandon fue uno de sus principales objetivos, jurando que la desenmascararía. Pero de Houdini, su propio biógrafo, Lindsay Gresham, declaró que era un mistificador y un mentiroso. Gresham señala que el asistente del mago confesó que le había pedido hacer trampas por él en el caso de la investigación con Margery Crandon. En aquel momento Houdini iba a perder mil dólares si la mediumnidad de Margery quedaba comprobada. De hecho en algunas de las pruebas efectuadas la voz de Walter alertó de la presencia de determinados elementos en los habitáculos especiales diseñados por Houdini para testar a Margery, que de haber sido encontrados a posteriori hubieran permitido acusar a la médium de fraude.
Houdini, que no rechazaba engañar y mentir para aumentar su gloria personal a costa de una médium genuina y de las inteligencias del otro lado que participaban en las experiencias, recibió en cierta ocasión una advertencia por conducto del guía Walter, quien le dijo: ‘¡Houdini, tú…bribón!… Recuerda, Houdini, que no vivirás para siempre. Algún día tendrás que morir’ (Inglis 1984:168).
Y algo hubo de alterarse con todas estas investigaciones y experiencias en el interior de mago. Así, Larry Auerbach, también él mago e investigador psíquico, declaró en una entrevista que Houdini había tenido otras experiencias con varios médiums le habían convencido finalmente sin posibilidad de duda de la vida después de la muerte. Esto explica que él y su madre hubieran llegado a un acuerdo con la esposa del primero para, en el caso de morir antes que ella, intentar enviar un mensaje secreto que confirmaría su identidad y por tanto la continuidad de la vida.
Dos años después de la muerte de Houdini, acontecida en 1926, el mensaje secreto que había prometido a su esposa fue recibido por el médium americano, Arthur Ford, uno de los más notables que haya dado aquel país. Así, con enorme sorpresa para el propio médium, pues Houdini no había sido precisamente centro de su simpatía, el 8 de febrero de 1928 mientras estaba en trance, recibe un mensaje de la madre de Houdini que incluía la palabra secreta: PERDÓN. Explicó que esta había sido la palabra acordada por ella y su hijo Harry antes de su muerte, que de ser transmitida les identificaría de forma positiva. El mensaje fue transmitido por varios de los asistentes a su viuda, Beatrice Houdini, quien confirmó el contenido del mismo haciendo una declaración formal.
Las investigaciones del Dr. Glen Hamilton (1877-1935)
Algunos de los más asombrosos documentos gráficos obtenidos nunca sobre las manifestaciones ectoplásmicas, se los debemos al médico canadiense Thomas Glendening Hamilton, figura histórica muy apreciada en su Winnipeg natal. Se recuerda su gran labor como parlamentario provincial en la Asamblea Legislativa de Manitota, cargo para el que fue elegido en 1915 y donde permaneció 5 años. Fue presidente de la Asociación Médica de Manitota, primer presidente de la Sociedad de Alumnos de la Universidad de Manitota y representante por dicha región en el comité ejecutivo de la Asociación Médica Canadiense, así como miembro del Colegio Americano de Cirujanos.
En el año 1918 muere un hijo pequeño, detonante que le inclina a iniciar poco después sus investigaciones en el campo psíquico. En su propia casa él y un grupo de amigos prepararon una serie de sesiones experimentales con algunos médiums y dotados locales no profesionales y durante más de diez años produjeron una amplia gama de fenómenos psíquicos. El Dr. Hamilton trabajó bajo condiciones absolutamente controladas y con un equipo especializado, que incluía hasta 9 cámaras fotográficas de diverso tipo para registrar los acontecimientos que eventualmente se produjeran. En ese periodo se registraron con todo detalle más de 60 fenómenos ectoplásmicos, entre ellos la materialización de espíritus que fueron reconocidos e identificados, así como también voz directa, levitaciones, etc.
Estas investigaciones llegaron a interesar a grandes figuras de la vida pública canadiense, que participaron en las experiencias, entre ellos el primer ministro de Canadá, William Lyon Mackenzie King. El Dr. Hamilton mantenía también correspondencia con importantes científicos de todo el mundo sobre sus experiencias y los estudios psíquicos en general.
Una de las médiums que con mayor asiduidad participó en sus experimentos fue Mary Marshalll, cuyas facultades se desenvolvieron grandemente en las sesiones que se celebraban en el hogar del médico.
En la actualidad el material gráfico así como las notas y otros estudios del Dr. Hamilton forman parte de los fondos de la Universidad de Manitota, siendo uno de sus legados más apreciados. Están dentro de la sección denominada Archives & Special Collections. Allí se puede encontrar una minuciosa descripción de los mismos, así como su ubicación y catalogación. El acceso a reproducciones digitales de buena parte de dicho material es posible hacerlo hoy a través de la página web de dicha universidad, siendo posible incluso descargar documentos y numerosas fotografías de una alta resolución.
La historia de Jack Webber
Jack Webber fue un médium galés que dejó una asombrosa evidencia fotográfica de sus facultades como médium de efectos físicos. Murió muy Joven, a los 32 años, en diciembre de 1939.
Antes Webber había sido minero y comenzó a desarrollar
sus facultades en reuniones celebradas en casa de sus suegros. Inicialmente su padre actuó como director de aquellos trabajos, pero hubo de desistir de esta tarea en razón de su debilitada salud.
Le relevó en esa función el que sería una de las más destacadas personalidades del movimiento espiritualista inglés, el sanador Harry Edwards, quien durante los últimos catorce meses de vida del médium, coordinó una serie de interesantes sesiones donde se obtuvieron numerosas fotografías en las que se observa la salida por la boca del médium del ectoplasma y su evolución. A veces se extiende cual una amplia gasa que cubre todo el cuerpo; en otras oportunidades parece una especie de máscara sobre la cara del médium, y en ocasiones adopta la forma de largos filamentos o cintas que por su extremo, como si fueran manos, manipulan instrumentos musicales o asen cornetas para aumentar la intensidad de las voces de los espíritus que se comunicaban por voz directa mediante la formación de cajas sonoras para su producción. Estas cajas ectoplásmicas pueden verse en otras fotos sobre los hombros o el pecho del médium, tal como se pudo también constatar con otros médiums famosos. También se producían levitaciones de objetos, transfiguraciones y muchos otros fenómenos.
Webber no quería encerrarse en una gabinete mediúmnico y en las sesiones permanecía entre los asistentes pero, eso sí, atado concienzudamente a la silla en que se aposentaba. Asimismo insistía a los concurrentes para que periódicamente encendieran una luz roja y todos pudiesen verificar que permanecía amarrado a su asiento, tal y como estaba al iniciarse la sesión
El relato de todas estas experiencias y el material gráfico obtenido, se publicaron poco después de la muerte del médium en un libro escrito por Harry Edwards titulado “The Mediumship of Jack Webber” (La Mediumnidad de Jack Webber).
Peixotinho y las materializaciones luminosas
Un médium de efectos físicos cuyas manifestaciones presentaban características sin parangón en la literatura parapsicológica y espírita fue Francisco Peixoto Lins (1905 – 1966), conocido como “Peixotinho”
Francisco Peixoto Lins – Peixotinho – nació el 1 de febrero de 1905 en Pacatuba, municipio integrado hoy en el área metropolitana de la ciudad de Fortaleza. Cuando contaba 14 años de edad, su familia quiso encaminar sus pasos hacia la carrera eclesiástica y hasta llegó entrar en el seminario; sin embargo, aquel no era su lugar y lo abandonó. Poco después, siguió la llamada de la aventura y como muchos de sus contemporáneos hicieron, se trasladó a la región amazónica en busca de sustento y fortuna.
Dos años después regresó a su lugar de origen, donde su especial naturaleza le llevó a vivir algunas situaciones embarazosas, típicas, por otro lado, de sus poco comunes características, que se revelarían plenamente en los años siguientes. Eran los comienzos de su mediumnidad.
En cierta ocasión cae en estado cataléptico durante algún tiempo, al punto que llegó a ser juzgado muerto, despertando cuando estaba amortajado para ser enterrado. A consecuencia de esto sufre una parálisis.
Un vecino espírita decide y ayudarlo y mediante pases magnéticos y agua fluidificada se cura de aquel extraño padecimiento. Lee literatura espírita y encuentra en su camino a Vianna de Carvalho, por entonces Mayor del Ejército y espírita. De su mano comenzó a asistir un centro que se ubicaba en el local donde hoy reside la Federación Espírita del Estado de Ceará. Su asistencia al centro bajo la guía sabia de su mentor, el estudio y la profundización en el conocimiento de su propia mediumnidad, le llevaron a iniciar una nueva etapa en su vida.
Se trasladó a Río de Janeiro, donde fijó su residencia. Fue convocado a servir en el ejército trasladándose posteriormente, ya como militar, a la ciudad de Macaé junto con su primo Raimundo Peixoto, también espírita. Allí cofundó el Grupo Espírita Pedro (sede, hoy, de la Unión Espírita Macaense), donde desde 1936 comenzaron a producirse de forma regular los fenómenos que habrían de marcar toda su vida.
En esta ciudad se casa y forma una familia, naciendo los primeros retoños de la que sería una numerosa prole compuesta por nueve hijos. Una de sus hijas, Aracy, muerta con apenas un año de edad en 1937, se convirtió en otra de sus principales mentoras desde el Más Allá.
Vivió en varias ciudades por circunstancias de su profesión militar, donde alcanzó el grado de capitán, siempre ofreciendo sus cualidades para el bien de los demás. En 1954 funda el Grupo Aracy, donde ejerció su mediumnidad hasta su desencarnación ocurrida el 16 de junio de 1966.
Como curiosidad hay que decir que las facultades de Pexotinho propiciaron una manera peculiar para confirmar los contenidos de las obras que bajo la firma de André Luiz, venía psicografiando desde hacía años otro gran médium brasileño, Chico Xavier, confirmación que llegó a alcanzar resultados notables como cuando se materializó la entidad conocida como Ministro Clarencio, personaje que conocerán quienes hayan leído “La Vida en el Mundo Espiritual”, de la colonia espiritual Nosso Lar, con una nitidez asombrosa según describen quienes la presenciaron. Igualmente en las sesiones con Peixotinho, los espíritus materializaban aparatos que son descritos en dichas obras.
Las materializaciones que se producían por medio de Peixotinho tenían la particularidad de ser luminosas. Las reuniones se realizaban en un ambiente rigurosamente oscuro, pero la claridad que emanaban los espíritus materializados muchas veces llenaba de luz el ambiente. Los espíritus aparecían iluminados como si fueran globos de luz que emanaba de la intimidad del tejido que formaba sus cuerpos. Rafael Américo Ranieri, un inspector de policía brasileño autor de un fenomenal libro titulado “Materializaciones Luminosas”, centrado principalmente en los fenómenos producidos por Pexotinho y otro famoso médium llamado Fabio Machado – idénticos en ambos casos – declara en su obra: “En diversas oportunidades observé a los espíritus de cerca, miré sus vestidos aproximando mi vista a una distancia de veinte centímetros, verificando por tanto, detenidamente, por lo que puedo afirmar que el tejido es una especie de tul de hilos luminosos. Hace recordar a una gran lámpara formada por millares de hilos de tungsteno”
Junto a ello, los fenómenos proporcionaron diversos ejemplos de anticipación, como la expansión de la homeopatía o la utilización de algunos recursos terapéuticos traídos por los espíritus y aplicados a los asistentes de las reuniones, recursos totalmente desconocidos por la época y algunos hasta el día de hoy. Uno de ellos, en plena década de 1950, en la ciudad de Campos, es una tomografía, la cual todavía está en poder de uno de los colaboradores del Grupo Espírita Aracy.
Numeroso material sobre la vida de este médium extraordinario se conserva hoy en la ciudad de Recife, donde funciona la Fraternidad Espírita Francisco Peixoto Lins (Rua Sansão Ribeiro, 59 – Boa Viagem – 51.030-820 – Recife – Pernambuco), presidida actualmente por uno de sus nietos. Allí se ha instalado el Memorial Peixotinho, que forma parte del Centro de Documentación Espírita de Pernambuco. Los responsables de dicho Memorial están trabajando para recomponer la trayectoria del médium y forman parte de él fotografías, cartas, documentos, objetos e incluso cintas grabadas con mensajes dictados por los espíritus materializados. Otros materiales se van incorporando paulatinamente, todos los cuales estarán disponibles para aquel que quiera profundizar en estos estudios.
Leslie Flint, el médium que hacía escuchar las voces de los espíritus
Dentro de la fenomenología mediúmnica de la “voz directa”, encuadrada en la categoría de la mediumnidad de efectos físicos, sobresalen modernamente las impresionantes manifestaciones producidas por las facultades de Leslie Flint (1911 – 1994). Este médium británico, nacido en Londres en 1911, fue uno de los psíquicos contemporáneos más rigurosamente investigados; en innumerables oportunidades fue atado, amordazado, enjaulado, encadenado, fotografiado con luz infrarroja, sometido al control de todo tipo de aparatos electrónicos, y todas y cada una de estas pruebas las superó con éxito.
La mediumnidad de Leslie Flint se manifestó bien tempranamente, cuando contaba apenas con siete años, pues él veía los espíritus de las personas muertas. A los diecisiete años participó en una sesión espírita, habiendo recibido mensajes notables. No obstante, pronto se desvincula del espiritismo y se convierte en profesor de danza, hasta que posteriormente es invitado nuevamente a integrarse como miembro en un grupo mediúmnico. A partir de ese momento sus potencialidades como médium se desarrollan rápidamente.
Por esta época, Leslie Flint comienza a oír susurros en la oscuridad mientras asistía como espectador a una sala de cine. Pero él no era el único en oír las voces, sino que las personas situadas a su alrededor, durante la exhibición del film, también las oían, lo que le ocasionó algunos problemas, de forma que cuando esto sucedía, Flint era forzado a salir de la sala. Se iniciaban así las primeras manifestaciones del fenómeno de la voz directa. Desde aquel momento el médium pasa educar esta facultad, frecuentando con asiduidad los círculos espiritualistas ingleses. Realiza su primera manifestación pública ante una nutrida concurrencia ocurrió en 1935. Este hecho le hizo tan popular que se vio obligado a repetirlo ante unas 2.000 personas.
Los testimonios de las miles de personas que fueron recibidos por Flint en su casa londinense son apabullantes. Dichas personas manifestaban su asombro al haber escuchado multitud de voces paranormales, habiendo salido todas ellas con la convicción absoluta de que la muerte no es el fin.
En todos los años en que se desempeñó como médium jamás se le detectó el más mínimo fraude. Durante más de cincuenta años se sentó en la oscuridad de su cuarto de trabajo, desde donde diseminó la luz a través de su mediumnidad, trayendo conocimiento al buscador, confortación al afligido y alegría a los hundidos con el peso de la tristeza.
Como anotamos atrás, fue el médium más investigado de toda Inglaterra y uno de los que fueron sometidos a pruebas más rigurosas en toda la historia. En estas investigaciones intervinieron psiquiatras, psicólogos, técnicos de sonido técnicos en electrónica, etc. Su propósito era averiguar la procedencia de sus facultades paranormales. Para ello se valieron de rayos infrarrojos y ultravioletas y hasta cámaras Kirlian.
Las investigaciones tuvieron lugar en varios laboratorios y en distintas residencias e, incluso bajo condiciones climatológicas diversas, incluidos tiempos tempestuosos. Los ventrílocuos declararon, por su parte, que el caso de Flint no podía explicarse como ventriloquía. En una de tales pruebas fue fijado en la laringe de Flint un micrófono especial ultrasensible para averiguar si los sonidos partían, de alguna manera, de su garganta.
De hecho, fue a raíz de uno de estos controles – realizados por técnicos de la BBC – que mediante la realización de fotografías infrarrojas se comprobó el mecanismo de producción de las referidas voces, consistente en la formación de una suerte de nube o caja ectoplásmica, a la altura de los hombros de médium, donde se generaban los sonidos.
Las experiencias se realizaban siempre en la más absoluta oscuridad, debido a que el ectoplasma no resistía la luz; inclusive la luz infrarroja comprometía la producción de las voces. Durante una prueba, la luz infrarroja que se empleaba sufrió inesperadamente una interrupción e, inmediatamente, la voz comunicante se volvió más fuerte y audible. Una iluminación súbita puede ocasionar graves consecuencias al médium.
Estando Leslie Flint, en cierta oportunidad, haciendo una demostración del fenómeno para algunos de sus amigos durante a Segunda Guerra Mundial, un sargento que estaba oyendo las voces, ignorando las consecuencias, encendió de súbito la luz del local en que ocurría la experiencia y en un instante, de forma violenta, el ectoplasma se infiltró en el organismo de Flint produciéndole un fortísimo trauma.
A la médium física inglesa, Helen Duncan, le sucedió algo parecido pero con consecuencias mucho peores aún. Durante una de tales sesiones, dos policías irrumpieron en el local de las experiencias y encendieron la luz inesperadamente. El ectoplasma, como en el caso anterior, volvió violentamente a la médium que no lo pudo resistir el trauma ocasionado, falleciendo unas semanas después.
A lo largo de su vida, Leslie Flint conoció a dos personas que se convirtieron en elementos imprescindibles para la proyección de su tarea como médium. Ellos fueron George Woods y Betty Greene, convertidos en sus auxiliares y que se encargaron de registrar la que puede ser considerada posiblemente, en su conjunto, como la prueba mas convincente y aceptable que jamás haya sido ofrecida al mundo sobre la existencia de la vida en otros niveles o dimensiones más allá de este plano físico, confirmando de forma irrefutable la teoría de la inmortalidad del ser humano después de la temida frontera de la muerte.
Innumerables voces de personas muertas que narran su paso al otro mundo y las circunstancias y condiciones de vida allí fueron grabadas. Son voces, mayormente, de personas comunes, anónimas, sin ningún relevancia histórica; pero también hay registros de celebridades del pasado, entre las que están, por ejemplo, Gandhi, Tagore, George Bernard Shaw, Valentino, Oscar Wilde, Oliver Lodge, Ellen Terry, etc.
Sidney George Woods, quien secundaría a Flint en su misión, también era médium desde muy joven pues desde los seis años veía y oía a las entidades espirituales, si bien, como es habitual, era incomprendido por su misma familia, que atribuía los relatos del niño a su desarrollada fantasía.
Durante la primera guerra mundial, estando en el frente francés como soldado, Woods tuvo una extraña experiencia en la que escuchó una voz que le aconsejó diciendo: “No mates y no morirás…”. Siguiendo este consejo salvó su vida, siendo el único sobreviviente de su batallón.
En los años treinta visitó un centro espírita donde tuvo la experiencia de la presencia espiritual de su padre, hecho corroborado por la multitud de detalles que le ofreció la médium. Desde entonces supo que dirección debía tomar para dar respuesta a una inquietud que desde hacía años le venía agobiando, acentuada a partir de ver morir a un compañero en el campo de batalla, inquietud relativa a la posibilidad de la vida después de la muerte, ingresando como miembro de la Sociedad de Investigaciones Psíquicas, veterana institución inglesa dedicada al estudio parapsicológico.
Allí conoció al reverendo Drayton Thomas, destacado investigador de los fenómenos paranormales, el cual por aquel tiempo ya había realizado algunos interesantes estudios con Leslie Flint, poseedor de la rara facultad de hacer audibles las voces de los muertos. Pero, y esa es otra característica interesante del caso, sin caer en trance, conscientemente e, incluso, teniendo él mismo la oportunidad de participar activamente en las conversaciones con los espíritus.
En la primera sesión con Flint, Woods pudo oír y reconocer diferentes voces de sus familiares que le hablaban, convenciéndolo de la autenticidad del fenómeno. Otra de las primeras voces que Woods oyó fue la de un joven llamado Michel Fearon, quien le informó que había sido en vida profesor de biología y que había fallecido dos semanas después del desembarco de Normandía.
Woods decide ir entonces en busca de la madre del espíritu comunicante para solicitar su asistencia a una próxima experiencia. Ella acude y se manifiesta nuevamente la voz de Michel, que habla con mucho cariño a su madre, la cual reconoce sin la menor duda la voz de su hijo. Calibren ustedes la conmoción que invadió a la pobre madre al vivir esa experiencia, tanto en esta oportunidad como en otras que le siguieron.
Hasta el año 1945 eran pocas las personas que habían tenido la oportunidad de oír as voces directas. Pero por entonces salen al mercado las primeras grabadoras electrónicas de sonido y Woods adquiere uno de aquellos primitivos aparatos, que lleva al local de los experimentos. De esta forma por primera vez se ofrece a otras personas la posibilidad de oír aquellas voces. Por aquel tiempo Flint se encontraba en el mejor momento de sus facultades, aunque aún solo era conocido entre el reducido círculo de personas que formaban parte del centro espírita que frecuentaba.
En el año 1953 Woods conoce a una mujer, Betty Green, ex secretaria de un hospital y muy interesada en sus investigaciones, que se convertiría en su mano derecha, hecho que venía a cumplir una previsión que las voces le habían anunciado 8 años antes.
En el año 1956, se manifiesta por primera vez la voz de una famosa actriz británica desencarnada en 1928, Ellen Terry, que dijo:
— “Ahora os serán ofrecidas comunicaciones del mayor interés. Por medio de las grabaciones que recibiréis nos ofreceréis la oportunidad de ser oídos hasta en los confines de la Tierra… Traeremos aquí almas de diferentes planos para que os hablen, mantengan grupos de estudios y sean oídas por millares de personas. Con tal propósito, es nuestro deseo que tengáis reuniones regulares con este médium y que la Humanidad sea informada de los mensajes de gran trascendencia que las entidades de esos planos desean comunicar a través del médium Flint”
Hoy en día, con los medios de comunicación de que disponemos, particularmente Internet, parece que la previsión de Ellen Terry se está cumpliendo.
Los 20 años de trabajo en común entre Leslie Flint, George Woods y Betty Green – esta última desencarnó en 1975 y Woods diez años más tarde -, dieron como resultado un legado extraordinario, difícil de valorar en su justa medida por ahora y que solo el tiempo dirá de su importancia real. Este legado consiste en una colección de aproximadamente 600 grabaciones de una duración media de treinta minutos cada una de ellas, sumamente interesantes, que a lo largo de estos años han sido reproducidas miles de veces. Desgraciadamente todas las comunicaciones están en inglés, lo cual limita, por ahora, su difusión entre los no angloparlantes.
Sobre este método de comunicación, la voz de la que fuera una famosa médium espírita del siglo XIX, Emma Hardinge Britten, dijo en una ocasión: “Esta oportunidad de comunicación resulta incomparablemente superior y mucho más aceptable de las que se conocían, dejando en la sombra a todos los métodos anteriores.”
Se comprobó que en estas experiencias el ectoplasma que también ofrecían Woods y Greene, contribuía a fortalecer las facultades de Leslie Flint. Los espíritus denominaban a la “nube” o “caja ectoplásmica” que se formaba sobre los hombros del médium “laringe”; cuando las entidades deseaban comunicar un mensaje se concentraban intensamente hasta conseguir que sus pensamientos pudieran ser audibles para los asistentes a la experiencia y con las mismas características de la voz que los comunicantes tuvieron en vida.
Mickey, el espíritu guía
Leslie Flint era orientado por un espíritu que lo acompañaba llamado Mickey. Este había sido vendedor de periódicos y murió al ser atropellado a los once años por un camión. Se manifestaba con la voz de niño que tenía cuando encarnado.
Poseía la habilidad para tranquilizar a la audiencia de las sesiones, eliminando las tensiones normales de aquellos que asistían por primera vez. Con su juvenil voz, Mickey realizaba pertinentes observaciones que tranquilizaban al auditorio, y cuando los desencarnados no encontraban las condiciones para activar la laringe ectoplásmica, Mickey se encargaba de transmitir el mensaje que se deseaba comunicar a los presentes.
Lo que dicen las “voces”
A través de la facultad mediúmnica de voz directa de Leslie Flint, son muchas las voces que lamentan no haber sabido a tiempo de la existencia después de la muerte.
El Dr. Cosmo Lang, que fue en vida arzobispo de Canterbury, y que se opuso obstinadamente, cuando encarnado, a la publicación de un artículo favorable al espiritismo, se muestra en diferentes comunicaciones a través de Flint, pesaroso por su ignorancia e intolerancia de otrora. El arzobispo declara: “A los que dudan les digo que, con toda certeza, también llegará para ellos el momento en que se verán obligados a creer en la vida después de la muerte. Pero mejor es saberlo y admitirlo cuando se está en la Tierra, pues entonces se portarán mejor, harán buenas obras, al contrario de vivir egoístamente. Es lamentable la llegada aquí de aquel que vivió una vida de placeres y de egoísmo. Con todo, solamente al llegar aquí verán los errores que cometieron. Nosotros, que experimentamos eso, sabemos cuan doloroso es”.
Diversas son las víctimas de los campos de concentración nazis, como Dauchau y Auschwitz, que se anuncian. Llama la atención el hecho de que esas víctimas dicen haber perdonado a los que los atormentaron, manifestando piedad por aquellos hombres que, según ellas, eran enfermos psíquicos o seres débiles, víctimas de un juego de fuerzas destructivas. Un soldado que había participado en la batalla de Cromwell, contó sus experiencias después de caer en el frente, describiendo el odio terrible que sintió al encontrarse con el que fuera su enemigo.
El físico e investigador psíquico Sir William Crookes, advierte sobre el peligro a que se exponen aquellos que sólo por curiosidad se dedican a intentar captar voces psicofónicas por medio de grabadores, ya que por su ignorancia e inexperiencia hay muchas posibilidades de que puedan atraer entidades de las más bajas e inimaginables esferas.
La voz de otro físico eminente y gran investigador de los fenómenos paranormales, Sir Oliver Lodge, decía: “Pienso que el elemento humano debe prevalecer en eses experimentos con el Más Allá, aunque se fabriquen instrumentos científicos que traigan la posibilidad de establecer contacto entre los dos mundos. Pero siempre tenderá a recurrirse a la intervención de un médium en la forma que sea. Lo que está fuera de dudas es que los fenómenos tenderán a ocurrir de otra manera de como ahora se hace.”
Louis Pasteur habla sobre a sociedad ambiental y la cura paranormal.
Rabindranath Tagore relata su interés por las cosas del Espíritu durante su paso por la Tierra, no habiéndose sorprendido mucho con el ambiente que encontró al morir… pues ya lo conocía.
El que fuera presidente de los Estados Unidos, Thomas Jefferson, da su opinión no-partidaria en el campo político.
Se percibe, a través de todas las comunicaciones por parte de los espíritus, la insistencia en que en modo alguno se tema a la muerte y también en respetar la vida en todas sus formas. Se aconseja no poner fin jamás a la propia vida o a la de un semejante. Advierten también que el ser humano nunca debe perder su valor por más que haya caído o se haya degenerado.
John Brown, que fuera en vida física médium de la reina Victoria de Inglaterra, añade: “La muerte es la gran niveladora. Debéis comprender que carece de importancia el papel que hayas podido desempeñar en la vida terrena y la posición que tuviste. En verdad lo que vale en el plano espiritual es aquello que, en realidad, hiciste y las buenas obras realizadas durante la corta existencia en la Tierra sin buscar premio o gratificación. Cuando os encontréis aquí podréis juzgar por vosotros mismos lo que fuisteis. Después de un período de adaptación, cada cual alcanza el plano que le corresponde. Las diferentes descripciones de distintos planos denotan condiciones de existencia que traspasan en mucho vuestra comprensión, por tratarse de un estado de bienaventuranza. Pero ese estado depende grandemente del nivel del plano con el cual afinizamos, teniendo mucha importancia el hecho de estar o no apegado a la materia, así como haber vivenciado un mayor o menor grado de armonía, fraternidad y amor en la Tierra”.
El rev. Drayton Thomas se anuncia, después de su muerte, a sus amigos Flint y Woods, para decirles: “Las leyes que aquí rigen son las leyes naturales. Si somos realmente conscientes que esas leyes proceden de la naturaleza, jamás nos pasará por la mente la idea de contrariarlas. A mí, por ejemplo, no se me ocurriría pasar del plano en que me encuentro para uno que no me corresponde, toda vez que carezco aún de la evolución necesaria para habitar en él. Se sabe intuitivamente que en ese otro plano no encontraremos la tranquilidad y la paz que necesitamos.”
Confucio
Una comunicación muy especial es, sin duda, la de Confucio. No la hizo directamente sino que se valió de otra entidad de un plano inferior al suyo; decía: ”No es posible obtener de este elevado plano un mensaje del Alma. Yo se que ninguno en su mundo posee espiritualidad suficientemente evolucionada para entrar en contacto con las esfera en que me encuentro. Vosotros únicamente podréis recibir comunicaciones de almas muy evolucionadas valiéndose de entidades de planos más inferiores. El ambiente que reina en los niveles más altos, en manera alguna podréis comprenderlo, motivo por el cual no debéis esperar una descripción de los mismos, pues, si así se hiciese, ni con un derroche de buena dialéctica, ni incluso valiéndoos de la fantasía, sería posible ofrecer una pálida idea de cómo son estos mundos. Aquel que busca lo más elevado, debe hacerse pequeño”.
Rosemary Brown nació el 27 de julio de 1916 en el suburbio de Stockwell, (Londres, Inglaterra) en el seno de una familia pobre. Se casó en 1952 con el periodista Charles Philip Brown († 1961), de cuyo matrimonio nacieron dos niños. A partir de 1964 realizó por su cuenta estudios musicales y desde 1965 era organista en una asociación espiritista.
Su vida fue muy normal, sin nada destacable, salvo si nos adentramos a describir los logros obtenidos por su talento mediúmnico singular. A lo largo de su vida ella recibió, de músicos desencarnados situados en el Más Allá, obras originales para piano en las que es perfectamente reconocible el estilo de cada uno de los maestros musicales que firman las partituras.
Los registros de las composiciones de ultratumba empezaron en 1936, cuando Rosemary Brown tenía 20 años y hasta su muerte, acaecida el 16 de noviembre de 2001 a la edad de 85 años, recibió más de mil obras para piano firmadas por autores como Bach, Beethoven, Schubert, Brahms, Chopin, Debussy, Grieg, Rachmaninoff, Schumann y Liszt.
En los años setenta aparecieron dos discos de las empresas Philips y Intercord con una colección impresionante de obras recibidas por Rosemary Brown. Recientemente ha aparecido una CD donde se pueden oír al menos cuarenta obras. El pintor, compositor e ingeniero alemán Gerhard Helzel, de Hamburgo ha grabado obras de piano con composiciones orquestadas de Grieg, Schuman y Liszt.
En Gran Bretaña se impulsa una nueva era de la mediumnidad física
En los años 80 del pasado siglo un grupo de espiritualistas ingleses que se reunían habitualmente para el desarrollo de experiencias de clarividencia y de comunicaciones mediúmnicas con el mundo espiritual, comenzaron a recibir comunicaciones de una entidad llamada “Noah”, que aconsejó educar la mediumnidad de algunos miembros del grupo para dedicarse en el futuro a la realización de sesiones para la producción de fenómenos de efectos físicos. Se les dijo también que dieran a conocer al público sus esfuerzos al objeto de formar una asociación dedicada al desarrollo de los fenómenos físicos. Se fundó así la “Noah Ark Society”, seleccionando a los miembros del grupo que iban a ser educados como médiums de efectos físicos. Tuvieron éxito, de forma que hoy en día parte de ellos se han convertido en algunos de los más célebres médiums de Gran Bretaña, como, por ejemplo, Stewart Alexander, Robin Foy, Colin Fry y David Thomson.
Robin y Sandra Foy
A lo largo de un periodo de 10 años los fenómenos que se daban en las sesiones experimentales propiciadas por este Grupo alcanzaron un alto desarrollo, lográndose la producción de casi todas las formas de mediumnidad física posibles: formaciones ectoplásmicas parciales bajo la luz roja, formaciones ectoplásmicas completas, voz directa, levitación de trompetas y otros objetos, tactos, luces, telekinesis, aportes, etc.. A día de hoy, disuelta ya la sociedad, se conservan, no obstante, numerosos documentos que dan fe del alcance de sus trabajos. Es más, estos médiums educados al amparo de la Noah Ark Society continúan realizando su labor de forma fructífera saliendo incluso fuera del país viajando y haciendo demostraciones por varios lugares de Europa y Australia, ofreciendo numerosas sesiones a investigadores y a interesados. Ejemplo de ello es la gira efectuada por Australia entre los últimos meses del 2006 y primeros meses del 2007 por el médium David Thomson, produciendo allí, sobre todo en el seno del Grupo “Cordon de Plata” de Sydney, algunos de los fenómenos más espectaculares que se hayan desarrollado nunca en aquel país, que han gozado de gran repercusión mediática.
En los años noventa, poco antes de la disolución de la Noak Ark Society, Robin Foy, uno de sus fundadores, había creado un nuevo grupo, llamado la Spiritual Science Foundation. Los informantes del “otro lado” les anunciaron el inicio de trabajos para la producción de fenómenos físicos específicos y nuevos, experimentando con una “nueva energía” del mundo espiritual sin la necesidad de ectoplasma. Esta investigación se denominó el Experimento Scole y en él, entre otras novedades fueron usados cristales preparados al efecto.
Scole es una villa en Norfolk, Inglaterra, que los experimentadores usaron como base para sus investigaciones, entre los que estaban los médiums Robin y Sandra Foy, y Alan y Diana Bennet
Los resultados obtenidos fueron, al parecer, espectaculares y los fenómenos se llegaron a producir de manera regular bajo casi cualquier circunstancia que el grupo proponía. Fue entonces cuando tres investigadores de la Society for Physical Research (SPR), Montague keen, David Fontana y Arthur Ellison solicitaron asistir a las sesiones para evaluar los fenómenos. Se inició así un periodo de cinco años de estudios donde los investigadores dispusieron de todas las posibilidades de control y que incluyó invitaciones a algunos científicos de renombre internacional, como el físico cuántico David Bohm o Rupert Sheldrake, autor de la famosa teoría de los “campos morfogenéticos”, o el profesor y físico alemán Ernst Senkowski, primera autoridad mundial en Transcomunicación Instrumental. Fruto de aquel trabajo fue la elaboración de un asombroso relatorio conocido como el Informe Scole, que se publicó en 1999 en el volumen nº 54 de los Procedings de la SPR, y que también ha aparecido en forma de libro.
Los experimentadores del Grupo Scole celebraron más de quinientas reuniones a lo largo de casi cinco años. Los que estuvieron en esas experiencias y los que conocen al detalle todos sus logros, afirman que las evidencias acumuladas en el Experimento Scole prueban absoluta, definitiva, irrefutable e irrevocablemente la vida después de la muerte.
También se celebraron algunas sesiones en España y en los Estados Unidos, donde participó un grupo de científicos que habían trabajado en la NASA y una representación de la Universidad de Stanford. Quince de estos investigadores de la NASA, al terminar los experimentos, formaron su propio grupo de trabajo para continuar la comunicación con los espíritus.
Durante las experiencias fue el propio equipo de espíritus que operaba desde el “otro lado” quienes comunicaron ser ellos quienes causaban los fenómenos. Este equipo espiritual se identificó y en él estaban científicos que también se identificaron; asimismo asistieron algunos espíritus como el de la fallecida médium escocesa Helen Duncan.
El grupo comenzó sus trabajos con dos médiums que recibían mensajes provenientes del equipo espiritual con información de carácter personal que nadie podía saber de antemano. Seguidamente los mensajes comenzaron a llegar por voz directa, pudiendo ser escuchados por todos los presentes. Los experimentadores sintieron toques físicos y vieron como una mesa levitaba. Luego sucedió la materialización real de entidades y objetos del plano invisible.
Se emprendieron experimentos con fotografía, aparecieron imágenes impresas en rollos de película que no habían sido abiertos y que estaban encerrados en una caja con llave. Las imágenes incluían fotos reales de personas y de lugares, algunas veces del pasado, versos y dibujos que costó tiempo identificar. Se consiguieron fotos de otras dimensiones y de los seres que las habitan, y las video-cámaras lograron grabar imágenes de desencarnados, siendo incluso identificados. Hubo, además, materialización de objetos
Otro de los fenómenos que ocurrieron fue el de luces físicas materializadas que giraban a velocidades vertiginosas dentro de la habitación, haciendo toda clase de piruetas. Ocasionalmente estas luces arrojaban rayos o atravesaban objetos sólidos. Cuando tocaban a alguien había una sensación de pequeños choques eléctricos y cuando atravesaban el cuerpo de alguna persona, había sanaciones. Las luces también saltaban en las manos de los presentes, respondían a pedidos tales como iluminar o irradiar partes de los cuerpos de los testigos, se movían al ritmo de la música, producían relámpagos, cambiaban de forma o se introducían dentro de un cristal donde se las veía como un punto luminoso moviéndose en su interior. Todos estos fenómenos eran acompañados de intensas y repentinas caídas de temperatura.
A la Noah Ark Society, a la Spiritual Science Foundation y al Grupo Scole le ha sustituido hoy la Zerdin Fellowship, dedicada a la práctica, desarrollo, conocimiento y comprensión de la mediumnidad física, de la comunicación espiritual y de sus fenómenos asociados, tal como expresan en la portada de su revista bimensual de nombre “Zerdin”, fundada en el año 2005, donde se hace un seguimiento de los avances y novedades en este campo, siendo posible suscribirse a la misma.
Sorprendentes evidencias a través de la Transcomunicación Instrumental (TCI)
Síntesis Histórica de la TCI
Como la mayoría sabrá perfectamente la llamada Transcomunicación Instrumental(TCI) consiste en la captación de señales, sonidos, voces e imágenes por medio de instrumentación electrónica, supuestamente enviados por entidades que habitan otros planos de existencia más allá de nuestro mundo tridimensional. Quienes se comunican por estos medios afirman ser seres desencarnados y habitar en lo que nosotros llamamos genéricamente “el reino de los muertos”.
Intentos experimentales que buscaban establecer comunicación con el Más Allá mediante sistemas artificiales concebidos y desarrollados ex profeso, ya los hubo desde fines del siglo XIX. Entre aquellos pioneros figuran en primer lugar Edison y Marconi y, poco después, los doctores holandeses Matla y Zaalberg Van Zelst, el ingeniero norteamericano de la RCA (1941) Julius Weinberger y los brasileños Cornelio Pires y Próspero Lapagesse, que no tuvieron éxito, entre otros.
Incluso el Papa Pío XII había apoyado estas investigaciones cuando dos sacerdotes italianos, los padres P. Ernetti y Gemelli, encontraron voces extrañas mientras grababan cantos Gregorianos en el año 1952.
Sin embargo, la inauguración de era moderna de la Transcomunicación Instrumental se atribuye al cineasta sueco de origen estonio, Friedrich Jürgenson (1903-1987), quien en 1959 captó por primera vez unas extrañas voces políglotas en un grabador normal, cuando intentaba registrar, en un bosque cercano a su casa, los gorjeos de los pájaros para la banda sonora de un documental.
Después de la inicial y lógica sorpresa, Jürgenson repitió incansablemente sus experiencias y tras cuatro años de profunda y silenciosa investigación, en la que hubo de descartar la mayoría de las hipótesis que se esgrimen habitualmente para explicar “racionalmente” este fenómeno, habiendo adquirido la certeza del origen paranormal de las voces, dio a conocer su trabajo en un comunicado que ofreció a la Sociedad Sueca de Parapsicología y en una rueda de prensa ante los medios informativos. En 1967, el relato pormenorizado y las conclusiones de sus investigaciones fueron publicados en un libro titulado “Comunicación Radiofónica con los Muertos”.
Pero, como dijimos, con anterioridad a Jürgenson otros investigadores habían obtenido grabaciones de “voces electrónicas”, que es como se denomina en inglés este fenómeno. Hemos de destacar el caso, nueve años antes, del norteamericano Atila von Szalay, quien desde 1936 venía intentando conseguir este tipo de evidencias. No obstante, puede decirse que el año 1956 fue la fecha que marca definitivamente el inicio de una investigación bien fundamentada de la EVP (siglas de la expresión inglesa “Electronic Voice Phenomenon”), cuando von Szalay se asocia al escritor y parapsicólogo Raymond Bayless. Ambos investigadores escribieron en 1958 un artículo en el que daban cuenta de sus experimentos con resultados positivos, que fue publicado en el “Journal of the American Society for Psychical Research”, concretamente en las páginas del número correspondiente al invierno de 1959. Sin embargo, sorprendentemente, justo es reconocerlo, dicho artículo no tuvo prácticamente repercusión.
Las investigaciones iniciadas por Jürgenson impactaron de tal modo al filósofo y escritor letón Konstantin Raudive (1909-1974), que éste resolvió replicar por sí mismo aquellas extrañas experiencias. Y desde luego así lo hizo, obteniendo unos resultados fantásticos. Como fruto de su enorme trabajo y dedicación, en 1968 publicó el relato de sus investigaciones en un libro en idioma alemán, que tituló“Unhörbares wird hörbar” (Lo Inaudible se torna Audible), al que venía adjuntado un disco fonográfico con más de setenta mil de sus grabaciones psicofónicas. Después de su muerte, acontecida en 1974, Raudive-espíritu ha pasado a tener un papel protagonista en el desarrollo y evolución de la Transcomunicación Instrumental en el mundo.
Y aquí vuelvo a plantear una sugerencia que ya he transmitido en otras oportunidades, una sugerencia que debiera ser tenida en cuenta por los investigadores españoles. La experiencia viene demostrando que la cercanía sentimental y la afinidad espiritual de algunas entidades del Más Allá con determinados lugares, culturas o ambientes terrestres, es un factor muy importante de cara al establecimiento de puentes de comunicación entre nuestro plano tridimensional y ese otro nivel más sutil mediante técnicas de Transcomunicación Instrumental.
Konstantín Raudive salió de su Letonia natal en 1931, cuando contaba 22 años, para estudiar filosofía e historia de la literatura en París y en Salamanca. Y tanto se impregnó, tanto sintonizó con la cultura e idiosincrasia españolas, que desde entonces Raudive consideró a España como su patria adoptiva. A su regreso a Letonia, en 1936, ganó una bolsa de estudios para traducir al idioma letón “El Quijote” y otras grandes obras de la literatura española. Por todo ello, por intentar construir un puente cultural entre España y Letonia, fue nominado en su país “Embajador del Espíritu Español”.
Visto, pues, el papel predominante de Raudive-espíritu en el desenvolvimiento de la TCI, los investigadores de nuestro país tendrían que aprovechar esa gran afinidad del fallecido investigador y escritor con España, solicitando su asistencia y ayuda espiritual en las experiencias de contacto que aquí se emprendan. Estimo que con la debida preparación, actitud, seriedad, continuidad y paciencia, podrían darse resultados sorprendentes.
Otros investigadores que han sido también importantes adelantados de la TCI, a los que debemos por justicia recordar, fueron la alemana Hanna Buschbeck, el ingeniero austriaco Franz Seidl, el religioso suizo Leo Schmid, el pionero italiano Marcelo Bacci y, por citar a españoles, no podemos olvidar a Germán de Argumosa, Sinesio Darnell o Pedro Amorós.
El Spiricom
El siguiente gran paso dado a la Transcomunicación Instrumental se debe principalmente al empeño personal del investigador norteamericano George William Meek – ya fallecido – fundador de la “Metascience Foundation”, quien con sus compañeros, ingenieros y técnicos, desarrolló a partir de 1973 el primer SPIRICOM, palabra surgida de la contracción de los términos ingleses “spirit communication”.
El Spiricom era un sistema electrónico concebido para obtener comunicaciones verbales con el mundo de los espíritus en los dos sentidos. Los resultados logrados con el primer modelo, denominado MARK-I, fueron mínimos. En 1975 George W. Meek se asoció con el técnico electrónico John O’Neil, quien además de preparación técnica, poseía facultades de clarividencia y clariaudiencia desarrolladas. Esta colaboración sería fundamental para el desarrollo del experimento.
La cooperación espontánea del espíritu de un médico que en vida física había sido radioaficionado, permitió obtener, el 17 de diciembre de 1977, la primera comunicación con el modelo MARK-III, proveniente de ese mismo espíritu, que fue grabada en una casete. A diferencia de las psicofonías clásicas y a pesar de la mala calidad del sonido, este primer contacto ya permitió la comunicación verbal en los dos sentidos.
Una posterior mejora del Spiricom dio como resultado el modelo MARK-IV. Las instrucciones para modificar y perfeccionar el aparato fueron dadas por el espíritu del fallecido físico de la Cornell University, Dr. George Jeffries Mueller. El MARK-IV utilizaba una señal de radiofrecuencia con una mezcla de 13 auditonos, y con él se consiguieron grabar hasta 20 horas de conversación en los dos sentidos.
Con un sistema equivalente al Spiricom, el ingeniero alemán Hans Otto König, de Mönchengladbach, obtuvo, a partir de 1982, extraordinarios resultados de comunicación con el mundo espiritual, incluyendo diálogos y conversaciones en ambos sentidos. Usando su sistema electrónico, realizó algunas demostraciones públicas que tuvieron alta repercusión internacional. Fue el caso de sus intervenciones en el programa de la Radio Televisión de Luxemburgo “Unglaubliche Geschichten” (Historias Increíbles), dirigido y presentado por el periodista Rainer Holbe.
El Vidicom
Como ocurre con cualquier descubrimiento, los primeros pasos dentro de un nuevo territorio científico suelen ser dados por varios investigadores a un mismo tiempo, en paralelo y a veces hasta desconociendo cada cual las investigaciones de los otros. En este sentido, desde hacia algunos años se intuía la posibilidad de recibir imágenes procedentes del plano espiritual, pues diversos experimentadores venían señalando la aparición espontánea en pantallas de televisión de imágenes extrañas, entre ellas la de caras de personas fallecidas.
Imagen obtenida por el Grupo Experimental Más Allá, del Puerto de La Cruz (Tenerife)
Este significativo avance en la evolución de la Transcomunicación Electrónica, se concretó definitivamente con el denominado Vidicom. En 1985 el alemán Klaus Schreiber y su colaborador, el ingeniero Martin Wenzel, comenzaron a obtener imágenes de personas desencarnadas en las pantallas de un televisor. Después, diversos grupos experimentales de todo el mundo, principalmente de Europa en principio, han obtenido también estas psicoimágenes o transfotos, términos con el que suelen ser designadas.
Más logros
Entre 1980 y 1981, Manfred Boden, en Alemania, constató que de forma totalmente espontánea aparecían en su computadora mensajes de espíritus desencarnados. Una característica singular de estas comunicaciones consistía en que las letras de los textos aparecían todas unidas, sin separaciones de palabras, párrafos o signos ortográficos; es más, los contenidos eran encontrados muchas veces grabados en la memoria del ordenador, sin que éste hubiera estado conectado.
En 1984, en Inglaterra, el profesor de economía Kenneth Webster, comenzó a recibir, también vía computadora, numerosas comunicaciones – hasta un total de 250 – de un espíritu que decía llamarse Thomas Harden, personaje que habría vivido en la Inglaterra del siglo XVI y que se expresaba con el estilo y la grafía propios del inglés de esa época.
La Transcomunicación Instrumental vía radio, ya se venía practicando desde hacía tiempo, precisamente siguiendo las indicaciones de los comunicantes invisibles recogidas en captaciones psicofónicas. Algunos investigadores, como es el caso del matrimonio luxemburgués formado por Jules y Maggy Harsch Fischbach, comenzaron sus trabajos por medio de los grabadores clásicos; informaciones recibidas con este método, les indicaron la posibilidad de construir un sistema que facilitase la comunicación. El primero de ellos recibió el nombre de “Puente Euroseñal”, aunque más tarde sería rebautizado como “Puente Burton”, a raíz de la asesoría que estaban obteniendo de un científico inglés fallecido del mismo nombre. Posteriormente este sistema fue simplificado y las comunicaciones se obtenían fundamentalmente vía radio.
Los Sres. Harsch-Fischbach, fundadores del “Cercle d’Etudes Sur la Transcommunication” (CETL) de la ciudad de Hesperange, en Luxemburgo, son los investigadores que han obtenido hasta la fecha los más abundantes y mejores resultados dentro de la experimentación con la TCI.
Actualmente, entre los diversos grupos y asociaciones con numerosos miembros, que funcionan por todo el orbe planetario, las transcomunicaciones instrumentales se obtienen a través de todos los medios de comunicación conocidos por el hombre (incluidos el teléfono y los contestadores automáticos). La nitidez de las transmisiones ha mejorado notablemente con el tiempo. En el caso del Vidicom, si bien en un primer momento las imágenes obtenidas eran estáticas, posteriormente se ha logrado recibirlas en movimiento, y lo que es más importante: se han obtenido comunicaciones en que imágenes – a color y con movimiento – y sonido, aparecen simultáneamente.
Importancia de la TCI
Uno de los aspectos más interesantes de la Transcomunicación Instrumental es que ha venido siendo desarrollada por personas independientes, preparadas técnicamente, mayoritariamente en el mundo occidental, considerado el imperio de la razón y la ciencia positiva, al margen de movimientos y filosofías particulares. Pero curiosa y significativamente, los resultados obtenidos confirman la idea de un mundo invisible análogo al mundo físico. Así se lo describe en las comunicaciones y se lo ve en las imágenes transmitidas, donde aparecen bosques, montañas, playas, ríos, personas en diversas actitudes, casas, animales, laboratorios, etc. Lo que dicen estos comunicantes confirma la esencia de lo que en el pasado Emmanuel Swedenborg y Andrew Jackson Davis – entre otros muchos – contaron y lo que en este siglo las obras obtenidas a través de la mediumnidad de Francisco Cándido Xavier, con una cantidad de detalles inigualada hasta el presente, vienen ratificando.
Según esas entidades comunicantes que se presentan y parecen dirigir las transmisiones vía TCI para la Tierra, estamos entrando en una nueva fase en el camino y evolución de la Transcomunicación Instrumental, cuyos resultados positivos dependerán de la unión espiritual y colaboración entre todos los grupos y personas del mundo interesados en el asunto.
Los comunicantes del Más Allá dicen que la primera fase se había caracterizado por la creación de un “campo de contacto” en el que intervenía la psique de las personas que integraban los grupos participantes en el experimento.
Posteriormente, en una segunda etapa, el trabajo sirvió para demostrar que la TCI continuaría su desenvolvimiento, al margen del número de personas que por entonces creyesen en ella.
La tercera fase, en la que estamos, dará sus frutos – repiten con insistencia los guías e instructores del “otro lado” – con una condición: la unión de los experimentadores en el mundo. Cuando esta unión se alcance, las comunicaciones ya no dependerán más – dicen – de la colaboración, directa o indirecta, de la mediumnidad humana. Sobre este asunto veamos las palabras del Técnico – entidad que se comunica en el Grupo de Luxemburgo – obtenidas durante una comunicación en audio y vídeo que se produjo el 26 de agosto de 1988:
“La tercera fase dependerá principalmente de la condición de que entre los experimentadores e investigadores de las diversas organizaciones esparcidas por el mundo entero, pueda ser alcanzada la unión espiritual. Solamente con tal unión será posible formar un sistema de aparatos que posibilite el establecimiento de contactos con nuestras esferas, sin el recurso de canales humanos…”.
En cuanto a la trascendencia para el ser humano de la TCI, sírvanos como referencia la contestación que el Técnico dio a una pregunta que el investigador alemán Ralf Determeyer le dirigió durante un contacto desarrollado en Luxemburgo, el 13 de febrero de 1987:
“Sr. D.: ¿Puede la TC influenciar la garantía de la paz en el mundo?
T.: La TC es el instrumento más importante para que la consciencia humana salga de su estado de somnolencia. Para esto precisamos de puentes y de constructores entre su mundo y el mundo del espíritu. ¡Usted es un constructor!”.
La misma entidad vaticinó en otro contacto:
“Un día – tal vez no demore mucho – surgirá una gran sociedad madre para tratar de la transcomunicación. El nombre de esa sociedad poco importa. Será comparable, por ejemplo, a la ONU, y reunirá a numerosos países”.
Para todos los interesados, quiero decir que en España, en Vigo concretamente, reside una de las más importantes investigadoras actuales dentro de la TCI, de cuya presencia disfrutamos por cierto en La Palma hace dos años. Ella es la diplomática portuguesa Anabela Cardoso, quien edita una revista trilingüe – español, portugués e inglés – llamada “Cuadernos de TCI”, a la que cualquiera se puede suscribir, lo que permitirá a los interesados hacer un seguimiento actualizado de los avances en todo el mundo dentro de estas investigaciones. Asimismo suele organizar periódicamente congresos muy interesantes, normalmente en Vigo. Tiene una página en internet.
Otra investigadora muy importante es la brasileña Sonia Rinaldi, que durante años fue colaboradora de Hernani Guimaraes Andrade, quien fue hasta su desencarnación uno de los principales difusores de las investigaciones en todo el mundo dentro de la TCI en la página que mantenía en el periódico “Folha Espírita”, donde firmaba con el seudónimo de Karl Goldstein, entre otros que anteriormente usó, así como en varios interesantes libros.
Pues bien, Sonia Rinaldi, autora de numerosos libros sobre ese tema, preside el Instituto de Pesquisas Avanzadas em TCI (IPATI), que edita periódicamente un boletín en PDF denominado ”Contatos Interdimensionais”, y que se puede recibir vía correo electrónico solicitándolo. Yo lo recibo habitualmente. En él, junto a noticias y reportajes, además de reseñas varias, aparecen numerosos ejemplos con comunicaciones sonoras de TCI que es posible oír, así como también imágenes.
Conclusión
Hemos intentado ofrecer en este trabajo, a modo de apretado abanico, una selección cualitativamente representativa de la increíble acumulación de investigaciones realizadas en todo el mundo que nos hablan de la realidad espiritual, una selección de investigaciones efectuadas sobre algunos de los más destacados médiums de la historia, que han aportado a la humanidad testimonios documentales de gran categoría, que de valorarse en su conjunto a partir de un conocimiento exhaustivo de las condiciones en que se produjeron, tienen la virtud y capacidad objetiva de erigirse en cimientos sólidos para la razón y el corazón de aquellos que buscan sinceramente pruebas objetivas sobre la realidad del mundo del espíritu, sobre la realidad de la sobrevivencia del alma humana tras la temida muerte, de la comunicabilidad entre los planos de existencia físico y espiritual, de la pervivencia de la personalidad así como del amor y los afectos creados entre los seres; en fin, las pruebas de que la vida y la muerte tienen un SENTIDO PLENO, jugando a favor de un único objetivo: la continua evolución del espíritu humano es pos de su destino trascendente, que va expresando progresivamente las ocultas posibilidades de la Vida.
Les digo a todos los que ya tienen estas convicciones y me lo digo a mí mismo: no somos ilusos ni locos, las ideas que sostenemos tienen firmes asentamientos, el futuro nos pertenece. Pero ese futuro hemos de merecerlo a través de la realización de un trabajo permanente, diario, un trabajo creativo y amoroso. Hagámoslo.
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