Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 25 de junho de 2013

Tiro e Sidon - Veja no mapa

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Obsessão nos Evangelhos

"E quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o encontrando, diz: Tornarei para minha casa, aonde saí.   E chegando, acha-a varrida e adornada.  Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele entrando, habitam ali, e o último estado desse homem é pior do que o primeiro."  Lucas,11:24-26
Os versículos evangélicos que ensinam esta página, são decisivos da convocação dessa assertiva, representando uma ilustração típica feita por Jesus-Cristosobre os casos de obsessão: Um espírito_obsessor foi afastado de um homem e levado para o umbral ou para um plano_espiritual compatível com seu estado vibratório. Andando por lá e não achando consolo, decidiu-se a voltar para as proximidades da criatura de quem foi afastado. Ali chegando, notou com surpresa, que o antigo perseguido não havia se moralizado, não havia tomado nova diretriz e permanecia distanciado do Bem, deixando, como decorrência, a porta aberta para a volta do perseguidor. Este, por sua vez, não contentou em voltar sozinho; foi e arranjou sete espíritos piores do que ele. Sob a influência dessa legião do mal, o estado do antigo perseguido se agravou, tornando-se muito pior do que antes.
Em Lucas, 8:2, observamos que "algumas mulheres foram curadas de espíritos malignos e enfermidades, dentre elas Maria Madalena, de quem o Mestre expeliu sete espíritos imundos";
Marcos, 5:7-9, relata que um homem Gadareno vivia assediado por espíritos obsessores. Quando Jesus se aproximou dele, passou a clamar com grande voz: "que tenho eu contigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes." O Mestre, após ordenar que o espírito imundo saísse do homem, perguntou-lhe: "Qual é o teu nome? E ele respondeu, dizendo: Legião é o meu nome; porque somos muitos.
Segundo a descrição de Lucas, 9:38-42, um homem que tinha um filho atormentado por espírito maligno, dirigindo-se ao Messias, pediu: "Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que tenho. Eis que um espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça, até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado. E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não o puderam. E Jesus, respondendo, disse: ö geração incrédula e perversa! até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me cá o teu filho. E quando vinha chegando, o espírito o derribou e convulsionou; porém Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino."
E na II Epístola aos Coríntios, 12:7-8, quando Paulo afirma: "E para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de "satanás" para me esbofetear, a fim de me não exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim."
Os casos de Maria Madalena e do Possesso Gadareno se enquadram melhor no ensinamento que serve de tópico para está página. É obvio que Madalena para ter chegado ao ponto de ter sete espíritos obsessores atormentando-a como autêntica legião, deve ter passado pelas fases mais brandas da obsessão, quando o obsediado recebe toda a sorte de advertências e amparo espirituais ( é a fase quando o espírito imundo tem saído, anda por lugares secos, buscando repouso). Dando de ombros a esses avisos salutares, o obsediado entra na fase mais aguda (quando o espírito achando a casa varrida e adornada, vai e leva consigo outros espíritos piores do que ele).
Existem muitos outros casos nos Evangelhos, tais como o do servo do centurião, da filha da mulher Cananéia, da mulher paralítica, descrita em Lucas 13:10-17, sem falar no assédio dos espíritos inferiores no sentido de que os apóstolos Pedro e Paulo fossem frustrados em suas missões, conforme narrações contidas em Lucas, 22:31-34: Disse Jesus a Pedro: "Simão, Simão, os espíritos das trevas vos pediram para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos."
As páginas dos Evangelhos estão repletas de passagens as obsessões espirituais, sobejamente abordadas nas obras básicas do espiritismo.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br.
O Clarim Nº 15 de novembro de 1971
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/obsessao/as-obse...
Paulo Alves de Godoy

SOLICITAÇÕES MATERNAIS

SOLICITAÇÕES MATERNAIS

Artigo publicado no jornal Unificação - Ano XIII - Maio de 1965 - Número 146

E eis que uma mulher Cananéia que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.”.
Mas ele não respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a que vem gritando atrás de nós.
E ele respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Então chegou ela e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me.
Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-los aos cachorrinhos.
E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.
Então, respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé, seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde àquela hora a sua filha ficou sã.
(Mateus, 15:22-28).

Então se aproximou dele à mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido.
E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem um à tua esquerda e outro à tua direita, no teu reino.
Jesus, porém, respondendo, disse: não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?
Dizem-lhes eles podemos.
Na verdade bebereis o cálice que eu tenho de beber, porém, o assentar-se à minha esquerda ou à direita, somente ao Pai Celestial cabe designar.
(Mateus, 15:22-28).

Enquanto a primeira passagem evangélica, acima descrita, revela a exuberância do amor materno, numa autêntica explosão de fé viva, a segunda nos propicia também uma efusiva demonstração de amor maternal, porém eivada de sentimentos egoísticos, pois, enquanto a mulher Cananéia ambicionava meramente a cura de sua filhinha, a mãe de Tiago e João almejava ver seus dois filhos em situação de proeminência, ainda que fosse em detrimento dos demais apóstolos.
A mãe Cananéia suplica, com o coração transbordante de humildade, a libertação de sua filhinha que jazia subjugada a espíritos trevosos, merecendo do Cristo inequívoca demonstração de apreço pela firmeza de sua convicção e o subseqüente atendimento à sua angustiosa solicitação.
A mulher de Zebedeu, embora fosse a progenitora de dois dos mais destacados apóstolos de Jesus, mereceu como réplica à sua solicitação, um vislumbre da responsabilidade que um pedido daquela natureza envolvia e uma negação tácita ao atendimento do seu desejo.
O Mestre havia sido enviado “às ovelhas desgarradas da casa de Israel”, pois, o povo judeu era o único que esposava, naqueles tempos, idéias monoteístas e vinha sendo convenientemente preparado no decurso de vários séculos, e através da ação ininterrupta dos profetas, para receber em seu seio o tão esperado Messias.
A missão de Jesus, conseqüentemente, embora tivesse um cunho universal e amplo, sem qualquer espécie de limitação, deveria ser e realmente foi, desenvolvida exclusivamente no âmbito do povo hebreu. O Nazareno não se dedicou particularmente às outras comunidades, pois, em apenas três anos de Messiado não poderia abranger maior área de ação e estava implícito nos propósitos do Alto suscitar, pouco mais tarde, o Apóstolo Paulo para levar as palavras da Boa Nova a todas as nações.
Procurado pela mulher Cananéia, Jesus teve a oportunidade de propiciar a seus apóstolos conspícua demonstração da amplitude do seu amor, atendendo a uma mulher estrangeira, fato que naquela altura não repercutia bem entre seus discípulos, os quais repudiavam quaisquer contactos com os chamados gentios. A cura assim operada teve o mérito de demonstrar que para Jesus não havia preconceitos nem zelos infundados.
Mãe não é aquela que abandona ou mata seu filhinho. Ser mãe, no dizer do poeta, “é sofrer num paraíso”, é ser dócil, meiga, dedicada, disposta a todos os sacrifícios. Maternidade significa pôr em prática a lei divina, da qual o Messias foi à máxima expressão.
Os direitos do nosso próximo começam onde terminam os nossos. O gesto da mãe de Tiago e João, embora, eivado de egoísmo, tinha a sustentá-lo o mais puro amor de mãe, pois ela, numa atitude talvez impensada, procurava uma situação de relevo para seus filhos, sem saber quais os qualificativos exigidos e sem cogitar do quanto isso afetaria os direitos do próximo.
Os dois apóstolos, subjugados pelo império da carne, estavam longe de pensar que o cálice que o Cristo afirmara ter que tragar, era o drama do Calvário, daí a pronta resposta: também poderemos tragá-lo. No, entretanto, segundo afirmam os Evangelhos, todos os discípulos do Mestre o abandonaram quando Judas o entregou aos soldados.
Consoante a predição do Mestre, aqueles dois apóstolos também beberiam do cálice, como de fato beberam, pois Tiago foi mais tarde passado a fio de espada por ordem de Herodes, e João Evangelista pereceu depois de prolongado exílio na Ilha de Patmos. Porém, o assentar-se à sua esquerda ou à sua direita era parte dos desígnios do Pai Celestial.
Jesus, referindo-se a João Batista, afirmou categórico: “João é o maior dentre os nascidos de mulher, mas, no reino dos Céus, o menor que ali existe é maior que ele”. Se estivesse no Cristo designar quem assentar-se-ia à sua direita ou à sua esquerda, é obvio que João Batista teria prioridade por ser espiritualmente maior que João Evangelista e Tiago, entretanto, se no Reino dos Céus o menor que ali existe é ainda maior que João Batista, deriva-se que outros teriam prioridade no gozo daquele privilégio.

JESUS CURA OBSIDIADA DE CANANEIA

JESUS CURA OBSIDIADA DE CANANEIA+

                                                                    Severino Barbos


                                           FOLHEANDO O EVANGELHO DE MATEUS (cap.15:21-28) encontramos a narrativa de que o Cristo, em suas costumeiras andanças pelas regiões de Tiro e Sídon, fora abordado por uma mulher de Cananéia, pequena cidade da Galiléia.

                                         REVELANDO NO SEMBLANTE intensa aflição, passou à frente de todos e, de forma um tanto assustadora, dirigiu-se diretamente ao Mestre, pedindo-lhe em altos brados:”Senhor, filho de David,tem piedade de mim; minha filha está sendo cruelmente atormentada pelo demônio”.,

                                       AO OUVIR A PERSISTENTE E INCÔMODA ROGATIVA, Jesus não lhe repostou. Os discípulos, já demonstrando uma certa inquietação, solicitaram que seu Mestre a atendesse para que  não continuasse insistindo e gritando ao encalço deles.

                                      EM ATENÇÃO aos seus diletos auxiliares,Ele replicou dizendo que foi mandado para as ovelhas perdidas da casa de Israel.Ao ouvir tal resposta, a cananeiana, ao invés de recuar, parece até que se sentiu mais estimulada. Aproximou-se ansiosa e dobrou o pedido de socorro,demonstrando sublime veneração ao seu Senhor. E o Mestre, então,percebendo a grande fé da pedinte, com ela dialogou:”Não convém pegar do pão dos filhos e dá-lo aos cães”. Ela replicou:”Sim, Senhor; mas, os cãezinhos comem ao menos as migalhas que caem das mesas de seus amos”. –Encerrando, disse-lhe Jesus:”Mulher, grande é a tua fé; seja-te feito como desejas”.

                                   CONTA-NOS O EVANGELISTA que, no mesmo instante,a filha da cananeiana ficou completamente curada.

                                  A JOVEM obsidiada e filha da mulher de Cananéia, há bastante tempo sofria o assédio de Espíritos desequilibrados.E, devido à grave obsessão de que era vítima, seu comportamento, costumes e hábitos eram bastante diferenciados em relação aos das pessoas normais:nudez,dormidaprecária,, rara higiene,alimentaçãoescassa e poucofrequente.ALÉM DISSO,suas faculdades mentais foram seriamente afetadas pelos fluídos de suas companhias invisíveis.ENFIM, na concepção dos materialistas daquela época, ela não passava de uma perigosa endemoniada..

                                                       COM CERTEZA, uma vez que o problema obsessivo havia tomado rumo gravíssimo e aparentemente sem solução, é bem possível que a família já houvesse recorrido à Medicina daqueles velhos tempos, para tratamento e cura da jovem lunática.MAS, sem nenhum êxito..Porque, como sempre, as doenças da alma, sobretudo  os casos específicos de influenciações espirituais não são curados com remédios de farmácia, nem tampouco com os recursos utilizados pela medicina convencional.Por isso mesmo OS ESCULÁPIOS, de forma geral,não estão preparados (porque não estudaram) para cuidarem dos desequilíbrios causados por criaturas enfermas que habitam no mundo Invisível. Falta-lhes competência para tal finalidade.PORQUE, muitas vezes, os médicos são bloqueados pelos nocivos preconceitos profissionais, científicos e sociais. Esses motivos também existiam na época do Cristo.

                                                       POIS BEM!, Provavelmente, depois de desenganada pela Medicina e tratamentos alternativos de então,foi que a mulher de Cananéia decidiu, como última alternativa, recorrer à medicina espiritual tão bem representada por Jesus de Nazaré.

                                                      CERTAMENTE, IMENSA FOI A ALEGRIA da mulher cananeiana ao  encontrar  sua filha em casa desfrutando do uso e gozo da razão E note-se que, para o restabelecimento das faculdades mentais da jovem obsidiada, Jesus não precisou se deslocar para seu lar, mas tão-somente ordenar, por pensamento, que o Espírito perseguidor se afastasse, no que foi imediatamente obedecido. E, assim, a subjugada, mediante a ação direta do Cristo, fora liberta, de forma definitiva, de cruel obsessão.

                                                    A NARRATIVA do evangelista Mateus e objeto destes comentários, suscita alguns raciocínios. SENÃO, VEJAMOS. OBSERVE-SE que Jesus ao ser procurado pela generosa mulher e genitora da jovem obsidiada, inicialmente demonstrou      desinteresse pelo caso, até que disse “não fui mandado senão para as ovelhas perdidas da casa de Israel”. OU SEJA:que veio ensinar a verdade aos ignorantes de boa-fé e, aos de boa-vontade, a prática do bem. E acrescentou que não adiantaria dar aos cães o pão que seria dos filhos. Assim, que interpretação poder-se-ia apresentar sobre tais expressões, aparentemente incompreensíveis?

                                         PARECE MESMO QUE O MESTRE, em sua resposta, revelou radicalismo e parcialidade, querendo insinuar que a Mensagem do Cristianismo veio com exclusividade para os apóstolos,discípulos indiretos e demais seguidores da doutrina cristã. Os quais, simbolicamente, representavam os “filhos”. Já os “cães”, dentro da mesma simbologia evangélica, significavam os Gentios, ou seja, todos aqueles que adoravam imagens, ou mais propriamente as pessoas adeptas do Paganismo
                                     
                                       RESSALTE-SE, POIS, que a mulher  de Cananéia não era judia, mas de nacionalidade siro-fenícia e,acima de tudo, pagã. COMO GENTIA,  adorava os deuses mitológicos. E diferentemente dos judeus, ela nem tinha crença no Judaísmo, nem era cristã. DESSE MODO,  como não possuísse,ainda, nenhuma   definição religiosa, auto-julgava-se “cãezinho”.Essa auto-avaliação levou-a à réplica com Jesus:”Sim,Senhor;mas, os cãezinhos comem ao menos as migalhas que caem das mesas de seus amos”. Com esse argumento, portanto,ela conquistou a simpatia do Mestre, que a considerou possuidora de invejável poder de fé.

                                                  JESUS DE NAZARÉ, atendendo às súplicas da mulher cananeiana, recuperando a saúde espiritual de sua filha, há muito atormentada por Espíritos inimigos,quis dizer particularmente aos judeus e,extensivamente a todos os homens, que, independentemente de toda e qualquer crença religiosa, a fé viva e ativa nos poderes celestiais é capaz de obrar verdadeiros “milagres”. E aqueles que a possuem, trazem dentro de si mesmos, forças e poderes espirituais capazes de realizar coisas acima da pobre imaginação humana.

                                          A MULHER  CANANEIANA ESBANJAVA ESSA FÉ.  E, embora não conhecesse Jesus pessoalmente, nem tão-pouco seus discípulos ,porque  não vivia em Jerusalém, a velha capital da Palestina, ela já ouvia as boas notícias sobre as benesses espirituais espalhadas peloMestre, por onde Ele passava. E auto-motivada pela firme confiança, armazenada pouco a pouco,pelas informações,decidiu-se ir ao seu encontrro e, sem a mínima vacilação,PEDIR-LHE E OBTER  A CURA DE SUA FILHA, mesmo consciente da sua condição de “cães”, ou seja, pagã, porque não era cristã e muito menos adepta do Judaísmo, religião oficial dos judeus.

                                       TODAVIA, com as luzes que hoje nos trás a Doutrina Espírita, sobretudo na interpretação do Evangelho, em espírito e verdade, sabemos que não foi tão-somente o fator FÉ que curou a jovem obsidiada  de Cananéia.PORQUE, na época, diversos necessitados mais graves e com maior poder de fé recorreram ao Cristo e não obtiveram sucesso. APENAS RECEBERAM palavras confortadoras e LENITIVO PARA SEUS MALES..

                                     ESSE OUTRO LADO da questão, naturalmente suscitaquestionamentos. Por que a jovem obsidiada recebeu a cura,enquanto que outros, talvez mais precisados, não obtiveram? Por que essa injusta discriminação? Por que JESUS DE NAZARÉ, o justo entre os mais justos, concedeu graças e privilégios a uns e, a outros, NÃO?

                                   EM PRIMEIRO LUGAR, esclareça-se que o Mestre jamais fez concessões especiais através de graças e privilégios. Ele sempre se comportou dentro dos princípios da absoluta imparcialidade, obedecendo aos preceitos legais da LEI DE CAUSA E EFEITO, contida no Evangelho:”A cada um, segundo as suas obras”. EM SENDO ASSIM, todas as curas realizadas por Jesus, foram obtidas pelos necessitados por justo merecimento,porque suas dívidas espirituais já haviam sido pagas. Quitados os débitos, abrem-se espaços para o merecimento e a cura. PORTANTO, a cura da filha  da mulher de Cananéia, entre os outros casos, enquadrada-se perfeitamente na lista dos merecimentos, por cessação de provas.

                                POR OUTRO LADO, já todos aqueles que, mesmo possuindo robusta fé, não obtiveram curas, certamente convinha ao seu progresso espiritual continuarem com seus males em forma de provas e expiações, com nomes de loucura por obsessão, paralisia parcial ou total, surdez-mudez, lepra, cegueira e resgates assemelhados.Nesses casos, o Mestre não podia descumprir às Leis Divinas.

                               JESUS APROVEITOU o ensejo da cura da jovem “endemoniada” (obsidiada) para apresentar ao mundo pagão e ao Judaísmo,a mulher de Cananéia como autêntico modelo de fé, coragem e perseverança. ASSIM,  para ir ao encontro do Benfeitor de sua amada filha, ela o fez com invejável estoicismo. Permitiu-se incendiar pela fé viva que nutria pelo Cristo e soube desafiar o orgulho próprio de ser pagã e afrontar os preconceitos sociais e religiosos dos judeus

                                         É INTERESSANTE CONSIGNAR, pois, que acima de qualquer crença religiosa, foi ela quem externou maior exemplo de fé nos poderes espirituais de Jesus, mesmo antes de conhece-LO pessoalmente.

                                       PORTANTO, a mulher de Cananéia, em sua época, teve destaque especial na História do Cristianismo Primitivo, como a DAMA DA FÉ.
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A suplicante cananita

Matéria publicada no Jornal Mundo Espírita - maio/2006

Era a terra dos povos cananeus. Para os israelitas, era gente muito afastada de Deus.

Muitos deuses ali eram adorados, multiplicando-se os templos aos deuses do Olimpo e às divindades de todos os povos: o velho Baal, da Mesopotâmia, Áton e Amon, do Nilo, Júpiter do Helesponto. Cibele, Astartéia, Tanit, Europa se fundiam. Os mistérios de Elêusis, vindos de Creta se misturavam aos mistérios de Ísis.

Foi para ali que se dirigiu Jesus, naquele momento em que se avizinhava a terceira Páscoa de Sua vida pública. A atmosfera estava carregada de nuvens pesadas. Na Judéia, os inimigos se encontravam à espreita de Jesus para O matar. Na Galiléia, os fariseus se mostravam escandalizados com as Suas palavras, que lhes desmascaravam a hipocrisia perante o povo.

Prudente, porque ainda não chegara a hora do sacrifício, o Mestre chama os discípulos e ruma a noroeste, seguindo o curso do Jordão, no sentido das suas nascentes.

Era uma jornada de 4 a 5 dias. As terras de Tiro e Sidon eram famosas em todo o império romano, como centros de manufatura de lãs, púrpura, tapizes raros e artigos de luxo de toda sorte.

Jesus e os doze adentram Tiro e passam junto aos templos do paganismo, que se erguem no meio dos bosques e no fundo de alamedas de cedro. Colunas de mármore se erguem, destacando-se da verdura. Soldados e camponeses trazem suas oferendas, mulheres portam nas mãos guirlandas de narcisos e rosas.

Os apóstolos olham com espanto aquilo tudo. Entreolham-se e cogitam, entre si, o que Jesus estará pensando de tudo aquilo.

Mas a fisionomia dEle está serena, impenetrável. Seus olhos límpidos atravessam os grupos de viandantes.

O sol vai se escondendo no mar à medida que eles adentram a cidade e, naquela noite, se abrigam em casa de um amigo do Senhor. Tapetes são estendidos no ladrilho para que eles possam dormir.

Os sons abafados dos rumores da noite chegam-lhes aos ouvidos, durante todo o tempo. Instrumentos de corda, vozes de mulheres entoando canções, tilintar de taças, algazarra de festas orgíacas.

A viagem deveria prosseguir pelas montanhas, até Sídon. Por que, indagam-se os dozes, Jesus os trouxera àquelas paragens, cujo ar contaminava os israelitas puros?

Quando a manhã desperta, eles se põem a caminho, na direção do rio Leontes. As narrativas dos biógrafos de Jesus, Marcos e Mateus, informam que mal haviam transposto as portas da cidade, quando uma mulher reconheceu o Mestre de Nazaré e gritou:

Senhor! Filho de David! Tem misericórdia de mim! Minha filha está tomada por um demônio.

Alguns dos que compõem a caravana se voltam. Ela o denomina Filho de David, designação usual que os judeus davam ao Messias prometido, pois que, segundo os profetas, nasceria do ramo davídico.

Seria uma descendente de Israel ou uma estrangeira? Que importava? Aquela era uma terra de gentios, de deuses estranhos e costumes bárbaros, no entender daqueles homens.

Não lhe dão atenção. E Jesus parece não ouvir o apelo. Prossegue Sua caminhada, sem Se voltar.

A mulher não desiste. Eleva mais a voz e corre atrás do grupo que se afasta, a passos largos:

Senhor! Cura minha filha! Tem misericórdia de mim!

O Amor não amado prossegue silencioso. Os gritos parecem perturbar os discípulos, embora não lhe toquem os corações.

Senhor, é uma siro-fenícia. Manda-a embora porque vem gritando atrás de nós.

Era estranha a atitude do Mestre, parecendo ignorar a aflição materna. Na sua aparente indiferença, esperava que o coração dos companheiros fosse tocado. Esperava que eles intercedessem pela sofredora. Inútil.

Mestre! Mestre! - prossegue ela gritando. A sua insistência desafia o silêncio.

Os apóstolos tornam a pedir a Jesus que a despeça, que a mande embora. Ela os incomoda, perturba, mas eles não desejam tomar atitude alguma. Aguardam que o líder o faça.

Ele se detém e Sua voz soa enérgica, embora doce e piedosa:

Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.

Seria ela uma das ovelhas? Ou desejaria ainda uma vez demover os corações dos discípulos à piedade? Agora que Ele se deteve, ela se arroja a Seus pés, beija-lhe a orla da túnica e insiste, num grande pranto:

Senhor! Socorre-me.

Mentalmente, ela recua no tempo. A desventura de há muito lhe tomara a felicidade, o esposo, os amigos. Sua filha era o único tesouro, fortuna pela qual ela lutaria o quanto se fizesse necessário.

Não é justo, diz Jesus, pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.

A mensagem é mais dirigida àqueles que O seguem de perto. Cães eram denominados os que não participavam do povo israelita. A imagem é amenizada pelo diminutivo, na frase do Nazareno.

O pão simbolizava o favor que a cananéia vinha implorando com tanta insistência.

Ela não se dá por vencida. Irá até aos confins da Terra para conseguir o que intenta. Sua filha precisa das graças Daquele homem. E responde com uma lógica admirável, com uma surpreendente agudeza de espírito:

Decerto, Senhor; mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos filhos.

Ele desejara lecionar aos discípulos o poder da humildade. Exultante com a firmeza da mulher, com sua persistência, não lhe pergunta acerca da raça, nem da crença, não lhe censura o alarido. Antes, Se expressa com amor:

Mulher! Grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas.

A mulher, confiante, se vai, para encontrar refeita, em pleno gozo de saúde, a filha amada.

E, enquanto o grupo prossegue sua viagem, na direção de Sídon, o sol brilhando sobre o mar, as sementes da esperança que o Rabi depositara naquele coração se haveriam de transformar em lâmpada radiosa que a clarearia intimamente a vida inteira.

Os tempos empós, vezes multiplicadas, viriam narrar a história da mulher corajosa, de resposta engenhosa, plena de amor que não teme se humilhar, rogar, suplicar, contanto que sua filha possa viver em felicidade, livre das tormentas do espírito infeliz que a tomara.

É um exemplo de fé, de humilde e de desvelado amor materno.

Bibliografia:
1. FRANCO, Divaldo Pereira. A apelante cananita. In:___. As primícias do reino. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Rio de Janeiro: Sabedoria, 1967.
2. ROHDEN, Huberto. A mulher cananéia. In:___. Jesus Nazareno. 6. ed. São Paulo: União Cultural. v. I, pt. 2,
cap. 71.
3. SALGADO, Plínio. A mulher cananéia. In:___. Vida de Jesus. 21. ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1978. cap. 45.
4. BÍBLIA, N.T. Mateus. Português. Bíblia Sagrada. 6. ed. São Paulo: PAULINAS, 1953. cap. 15, vers. 21 a 28.
5. ______. Marcos. Op. cit. cap. 7, vers. 28 a 30.

Uma Mulher Cananéia - Pastorino

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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Fatalidade existe, mas é relativa


Foi o genial Malba Tahan quem introduziu no português a expressão maktub, marca registrada do talento de Bariani Ortêncio em Goiás. Para quem não sabe, quando o maometano exclama:
– Maktub! – ele está manifestando o seu fatalismo e querendo dizer que estava escrito, tinha que acontecer. Em árabe, essa palavra é o particípio passado do verbo katab, que significa escrever. De certa forma, eqüivale ao “seja lá o que Deus quiser” dos cristãos, por meio do qual ele manifesta sua conformação com os desígnios insondáveis da vontade divina.
Existe mesmo a fatalidade?  
Existe, mas é relativa. Ensinam Emmanuel e Francisco Cândido Xavier que não há fatalidade para o mal e sim destinação para o bem. É por isso que a todas as criaturas foi concedida a bênção da razão, como luz essencial no caminho. Santo Agostinho afirma que a sede de luz, no viajor que ainda atravessa as regiões da sombra, é fatalidade.
Em O Livro dos Espíritos (Livro III, capítulo X), Allan Kardec pergunta: “O homem, por sua vontade e por seus atos, pode fazer com que os acontecimentos que deveriam ocorrer não ocorram, e vice-versa?” 
Os Espíritos Superiores respondem: “Ele pode, desde que esse desvio aparente possa se harmonizar com a vida que escolheu. Ademais, para fazer o bem, como o deve ser, e como isso é o único objetivo da vida, pode impedir o mal”.
O Codificador da Doutrina Espírita insiste, indagando se o livre arbítrio, presente de Deus ao homem, não deixa de existir com a fatalidade. Os Espíritos Superiores esclarecem: 
“A fatalidade não existe senão pela escolha que fez o espírito, antes de reencarnar, de suportar essa ou aquela prova. Escolhendo, ele traçou uma espécie de destino. Falamos das provas físicas, porque para o que é prova moral e tentações, o espírito, conservando seu livre arbítrio sobre o bem e sobre o mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Um bom espírito vendo-o fraquejar pode vir em sua ajuda, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar sua vontade. Um espírito mau, quer dizer, inferior, mostrando-lhe, exagerando-lhe um perigo físico, pode abalá-lo e assustá-lo, mas a vontade do espírito encarnado não fica menos livre de todos os entraves”. 
Os Espíritos Superiores asseguram que ninguém pode morrer antes da hora, a não ser que se suicide, o que constitui crime gravíssimo. Eles deixam claro:
“Tu não perecerás antes da hora e disso tens milhares de exemplos. Mas quando chega a hora de partir, nada pode te livrar dela. Deus sabe, antecipadamente, de qual gênero de mortes partirás daqui e, frequentemente, teu espírito o sabe também, porque isso lhe é revelado quando lhe faz escolha de tal ou tal existência”. 
Camille Flammarion, o famoso astrônomo que trabalhou com Kardec, frisa, no seu livro A Morte e o Seu Mistério, que o fatalismo é a doutrina dos sonolentos que, pura e simplesmente, aguardam os acontecimentos, ao invés de se esforçarem para os evitar ou modificar, quando o homem é ativo e não passivo e, só ele mesmo, pode construir o seu futuro.
Muita gente pergunta o que vem a ser reforma íntima, que proporcionaria ao homem viver, na Terra e no mundo espiritual, experiências cada vez mais felizes. 
Está em O Livro dos Espíritos que Deus cria constantemente espíritos, simples e ignorantes para, através do esforço próprio, no exercício do livre arbítrio, se aperfeiçoar até se tornar anjos. Nessa caminhada de milênios para a luz, sendo simples e ignorante e desfrutando de liberdade ou livre arbítrio, ele erra muito. Um dia chegará a anjo, que é puro e sábio. A pureza, o espírito em evolução adquire através da dor ou do amor. A sabedoria lhe vem através da experiência adquirida nas reencarnações. 
É ensinamento do Cristo que devemos fazer crescer dentro de nós o homem novo, quer dizer, liberto de suas misérias morais. O homem novo ama o próximo. Ele retirou da sua alma o ciúme e a maldade, a impaciência e o mau humor, o orgulho e a vaidade, a maledicência e a inveja, essas e todas as demais manifestações nefandas do egoísmo. Ele fez sua reforma íntima.
Allan Kardec, n’O Evangelho Segundo o Espiritismo, evidencia que a reforma íntima é individual e intransferível. Não a podemos fazer por outrem e ninguém a pode realizar por nós. 
Reforma íntima é eliminar o nosso ego humano e desenvolver o nosso Eu divino. Reforma íntima é o desenvolvimento contínuo e progressivo das perfeições que jazem latentes no nosso espírito.
Assim, quem pretende se tornar cada vez mais feliz, precisa acelerar sua reforma íntima que, com certeza, já começou. Nosso próximo é nosso trampolim para Deus. É impossível servir a Deus sem servir ao próximo. Ele constitui, na realidade, nosso mais importante patrimônio.
Gibran Khalil, o grande pensador árabe do século passado, imagina Jesus, o Filho do Homem, ensinando a Pedro:
– Vosso próximo é o vosso Eu morando atrás de uma parede. Pela compreensão, todas as paredes cairão. Vosso próximo é também a manifestação do Altíssimo, que não conheceis. Eu gostaria que amásseis vosso próximo como eu vos amei.
(Jávier Godinho, jornalista)

domingo, 9 de junho de 2013

Reforma Íntima

Amigos,

Falando em relatividades (clique aqui para ler o texto), comecei a pensar sobre a tal da “Reforma Íntima”, citada algumas vezes pelos nossos escritores espíritas. Sempre dizem que precisamos fazer a reforma íntima, ou seja, precisamos pensar em nós e em nossas posições perante a vida e a relação com os irmãos. Mas, será que até mesmo essa reforma íntima é relativa? E quando sabemos que estamos indo bem nesse aspecto ou não?

Eu não tenho as respostas mais corretas para essas questões, mas tenho algo que, para mim, faz muito sentido. Olhemos nossas vidas com sinceridade. Ela é a resposta.

Sim, a vida nos responde no dia a dia. Quando vamos reencarnar, aceitamos uma série de questões a serem melhoradas em nossos “eus” espirituais. Quanto espíritos, temos uma visão sem os limites da matéria e conseguimos entender que algumas situações ruins de nossa existência acontecem para facilitar nosso aprendizado. Obviamente esse aprendizado é extremamente individual, cada um sabe o que tem que ser desenvolvido e isso tudo é acertado antes mesmo da concepção.

Certo, entendemos que alguns problemas pelos quais passamos são frutos dessa nossa escolha com a finalidade única de aprendermos alguma coisa. Esse é, também, mais ou menos o princípio da reforma íntima: observarmos nossos passos para ver se nos mantemos em linha reta e, acima de tudo, andamos para frente.

Bom, como a vida pode nos responder a isso tudo? Simples: quando nossa vida está bem em seu sentido mais amplo. Como está sua reação com a família? Com os amigos? Com seus pares? Você anda sorrindo mais do que chorando? Você tem mais respostas boas que ruins? Lembram-se que estudamos que os iguais se atraem, quando falamos de energias e de espíritos? Pois bem; se sua reforma íntima está em dia, se você está progredindo como pessoa, a tendência é que você tenha mais respostas positivas em sua vida. Quando isso falhar, a vida se encarregará de te dar respostas negativas novamente.

Nós, espiritualistas, às vezes temos nesse pequeno pormenor a vaidade de apontar um irmão e dizer que ele não faz corretamente sua reforma íntima. Mas esquecemos de olharmos para nós e observarmos a nossa própria reforma. Às vezes temos a tendência de observar as conquistas do irmão com certo desdém mas, se é uma conquista, é porque ele fez por merecer. O julgo é complicado nesses momentos porque, quase sempre, é carregado de egoísmo, vaidade e, muitas vezes, rancor.

Eu não sei, na verdade. Vocês que me acompanham há algum tempo sabem como costumo agir: no final do dia, relembro o dia todo tentando encontrar as situações pelas quais passei e ver onde agi mal e onde agi bem. Quando vejo que agi bem, deixo isso passar. Quando vejo que agi mal, tomo como lição e tento não deixar mais acontecer. Não sei se esse é o melhor caminho mas é o qual eu acredito e, para ser sincero, é isso que me faz um Soldado de Oxalá: a noção de que não sou perfeito e de que posso errar.

E o que eu quero dizer com isso tudo?

Reforma íntima é íntima. É de cada um para consigo mesmo. Não é algo que importe a outros e não é algo dos outros que importe a você. Cada um segue seu caminho rumo ao Pai Maior, seja lá qual nome damos a Ele e achar que um irmão não faz isso direito é, no mínimo, vaidade de sua parte. Afinal, quem seria você, nesse meio, para julgar alguém?

Cuidado com seus apontamentos. Dificilmente nós conseguimos ver no irmão aquilo que não temos em nosso coração. Se você só vê maldade, talvez seja hora de repensar sua própria reforma íntima.

Abs.

http://www.artefolk.com.br/novo/blog/2013/06/03/reforma-intima/

Reforma íntima...

Causos da Vovó Chica – VIII

Vó Francisca de Aruanda, trabalhadora calejada das lides dos terreiros. Mulher experimentada nas dificuldades da vida. Caridosa, amorosa e corajosa. Traz seu axé para os filhos de fé dos terreiros da vida!
Serão dez causos da vó Chica, postados neste
blog ao longo do tempo para fazer pensar.
Então senta que lá vem história!!!

Reforma íntima...

O templo de umbanda estava em pleno funcionamento, consulentes sendo atendidos, médiuns trabalhando e a caridade sendo prestada. Do Alto os irmãos de luz cuidavam para que tudo corresse bem, os trabalhadores espirituais estavam a postos e tudo corria normalmente naquela noite de atendimentos...
Os sábios pretos velhos estavam naquele ambiente mais uma vez, resgatando almas, orientando e retirando as más vibrações dos filhos de fé...
Na primeira fila estava a médium de vovó Chica já sob sua vibração, atendendo um consulente frustrado e cheio de dúvidas.

Consulente: _Todo mundo fala que é preciso fazer a reforma íntima, não sei mais o que fazer para me ajudar... São tantas cobranças internas! Preciso ser perfeito, não posso falhar, tenho que dar conta de tudo, saber tudo sobre tudo, nossa! Estou cansado, muitas pessoas não são verdadeiras, todo mundo prega a bondade, mas não é assim que fazem com os outros...

Vovó Chica: _Mas não pode perder a fé zin fio! Os problemas são ocorrência natural da vida, é preciso ter uma cota adicional de paciência e humildade para saber vencer com sabedoria as armadilhas... Ê, ê!

Consulente: _Estou arruinado! Fiquei descuidado e vaidoso, melindrei-me demais e os guias se afastaram de mim... Me diga por favor, como posso voltar a ser como antes?

Vovó Chica: _Ficar melhor suncê quer dizer, né zin fio? É só fazer a reforma íntima que dá tudo certo, não tem mistério!

Consulente: _Todo mundo fala nessa tal de reforma íntima, eu mesmo não sei mais o que é realmente!

Vendo que o rapaz tinha enormes dificuldades em compreender as lições e as orientações, vovó Chica iniciou um cântico e depois falou:

Vovó Chica: _Suncê é médium... Serve numa casa de umbanda onde esta negra velha sabe que a caridade vem em primeiro lugar! Então vamos lá. Eu vou te ajudar, vou lhe dar a receitinha mágica... O filho tem boa memória?

Consulente: _Eu tenho, vovó!

Vovó Chica: _Então vamos lá, a reforma íntima serve para cada filho de fé de uma forma diferenciada, pois na vida cada um exerce um posto, o seu é entre outros  o de médium, mas não existem médiuns perfeitos, existem bons médiuns. No seu caso a reforma íntima deve ser trabalhada assim: Na casa onde trabalha o filho deve auxiliar com passes, preces, conselhos nos atendimentos fraternos, nas incorporações, não é mesmo, filho?


Consulente: _Hum, hum!


Vovó Chica: _A reforma íntima que um médium deve fazer é a de observar-se primeiramente e depois agir! Como aconselhar os irmãos consulentes que sofrem, inspirando-os a perdoar e a fazer somente o bem ao semelhante e esquecer-se de aplicar este conhecimento em si mesmo? Como desejar dar passagem para caboclo forte com nome conhecido, se não está nem apto a incorporar os anônimos trabalhadores do astral superior? Como querer evangelizar os desencarnados errantes e empedernidos no mal, se em vossa casa, entre os familiares consanguíneos não há respeito, amor, perdão nem tão pouco união? Como é que o filho quer ser um bom médium e ter os irmãos trabalhadores do plano espiritual novamente ao seu lado, se não para de consumir alcoólicos em demasia, de frequentar zonas de baixo meretrício e de envaidecer-se? Para evangelizar é preciso ser evangélico!!! No caso dos médiuns, meu filho, para ser mesmo bom é preciso ser disciplinado, humilde e estudioso. Fora disso não há verdade e nem equilíbrio. Reforma íntima é o trabalho que se faz da autoeducação... No seu caso eu acho que expliquei bem, mas a reforma íntima pode se adaptar com facilidade a outras situações, pois pelo que me consta não é preciso ser medianeiro nem vestir o branco para ser evangelizado. Homens e mulheres podem e devem aplicar este conhecimento em suas vidas e em seus lares... Perdoar o entes aborrecidos e raivosos, conciliar amor com respeito, educar, refrear os impulsos inferiores... Corrigir as falhas no momento em que elas surgem, ser humilde, dar a vez ao outro, não vingar-se, não pensar mal de ninguém, não roubar, não matar... Né, zin fio? Já entendeu ou esta negra velha deve continuar?




Autoria: Marcos Marchiori/Letícia Gonçalves  - Missão de Luz

http://missaodeluz.blogspot.com.br/2013/06/blog-post_2.html

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Liberdade de consciência (Estudo 146 de 193)

Liberdade de consciência (Estudo 146 de 193)
         

a) A consciência é um pensamento íntimo, que pertence ao homem, como todos os outros pensamentos.

b) O homem não tem direito de pôr embaraços à liberdade de consciência, assim como à liberdade de pensar. Só a Deus cabe o direito de julgar a consciência, pelas leis da Natureza, que regulam as relações entre ele e o homem.

c) A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.  Constranger o homem a proceder em desacordo com o seu modo de pensar é fazê-lo hipócrita.

d) Toda a crença sincera e que conduz à prática do bem deve ser respeitada. As que conduzem ao mal são condenáveis. O desrespeito à crença de outrem é falta de caridade e atenta contra a liberdade de pensamento.

e) A repressão a atos exteriores de uma crença não atenta contra a liberdade de consciência, pois essa se conserva integral, uma vez que é inatingível.

f) É dever de todos trazer ao caminho da verdade aqueles que seguem doutrinas perniciosas ou que atentem contra a liberdade de consciência. Mas isso deve ser feito com brandura e persuasão e não através da força, como ensinou Jesus, pois, do contrário, seria pior do que a crença daquele a quem desejar-se ia convencer. A convicção não se impõe.

g) A doutrina que expressa a verdade será aquela que fizer mais homens de bem e menos hipócritas, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e mais ampla aplicação. Esse o sinal para que se reconheça se uma doutrina é boa, porque a que semear a desunião e separar os filhos de Deus será falsa e perniciosa.


QUESTÕES PARA ESTUDO E PARTICIPAÇÃO:

1 - Que elo podemos estabelecer entre a liberdade de pensar e a de consciência?

2 - Pode-se violentar a liberdade de consciência?

3 - Devemos aceitar toda e qualquer crença, em nome da liberdade de consciência?

4 - É condenável o convencimento de outrem a cerca de uma determinada crença, quer filosófica, política
ou religiosa?

5 - Como saber se uma crença determinada está em conformidade com as leis de Deus?

Pensamento e Liberdade de Cosnciência

Por Carmem Paiva de Barros*

Os espíritos disseram a Allan Kardec que "só pelo pensamento o homem pode gozar de uma liberdade sem limites". JESUS também deixou claro que até mesmo o ato de amar resulta da liberdade de atuação de uma lei que age diretamente no pensamento: a lei de assimilação e da repulsão dos fluidos.

As culturas religiosas até hoje têm demonstrado dificuldade em lidar com essa liberdade do ser humano. Ainda ecoam em nossos ouvidos as palavras arbitrárias de um Deus que manda, vigia, julga, enaltece, escolhe e castiga.

Ligada à fé dogmática e não raciocinada a humanidade aprendeu que para ligar-se ao "todo poderoso" deve obedecê-lo cegamente, conforme prescreve as correntes religiosas judaico-cristãs da Terra.

A livre consciência religiosa, no entanto, é aquela que não se impõe, mas se compreende, porque se conhece. Assim é a Doutrina dos Espíritos, que resgata em seus ensinamentos o respeito à liberdade de ação dos indivíduos, seja em pensamentos ou obras.

Tendo sua codificação baseada no progresso incessante do ser humano dentro das leis eternas e imutáveis, o Espiritismo vem estimular a sociedade terrena a excelência do seu livre arbítrio, que as autoridades religiosas equivocadamente reprimiram, por longo tempo, na tentativa de aproximá-la do Deus que elas criaram e acreditavam.

Por conseguinte, a independência do pensamento religioso prende-se a outro importante conhecimento: o de que somos responsáveis por todos os nossos atos, seja lá de que forma forem praticados. Somente por meio da reflexão e dos acertos que fizer com sua consciência é que conseguirá conquistar a verdadeira sabedoria, na qual não haverá lugar para julgamentos e discriminações sem o crivo do bom senso.

Na questão 837 de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta qual é o resultado dos entraves à liberdade de consciência. E os espíritos responderam: "Constranger os homens a agir de maneira diversa ao seu modo de pensar, o que os tornará hipócritas".

Quando alguém vier com aquela conversa de "doutrinar" você para que pense e aja como ele, não se aborreça. Ouça-o pacientemente e depois dê um jeitinho de livrar-se dele com educação.

Bem mais proveito você terá estudando as obras kardequianas e seguindo as orientações morais de JESUS.

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*Carmem Paiva de Barros é Gestora e Redatora do blog Kardec Ponto Com.Fonte: http://amigoshansenianos.blogspot.com/2012/02/pensamento-e-liberdade-de-consciencia.html

LIBERDADE DE PENSAR E DE CONSCIÊNCIA

LIBERDADE DE PENSAR E DE CONSCIÊNCIA A liberdade de pensamento, como a de agir, constituem atributos essenciais do Espírito, outorgados por Deus ao criá-lo.  

A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o. Assim ensinam os Espíritos ao responderem a questão 833 de O Livro dos Espíritos, esclarecendo que “(...) No pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém, não aniquilá-lo..” (01) Quando muito, ainda pela inferioridade e imperfeição de nossa civilização, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão. 

Se há algo que escapa a qualquer opressão é a liberdade de pensamento. Somente por ela pode o homem gozar de liberdade absoluta. Ninguém consegue aprisionar o pensamento de outrem, embora possa entravar-lhe a liberdade de exprimi-lo. 

Pela ação da lei do progresso, o uso da liberdade, em todas as suas modalidades, evoluiu, especialmente a liberdade de expressar o pensamento, pois atualmente já não vivemos na época do crer ou morrer, como acontecia nos tempos da Inquisição ou Santo Ofício. 

Na verdade, “(...) De século para século, menos dificuldade encontra o homem para pensar sem peias e, a cada geração que surge, mais amplas se tornam as garantias individuais no que tange à inviolabilidade do foro íntimo (...).” (03) 
 Evidencia-se bem distinta a liberdade de pensar e de agir, pois enquanto a primeira se 
exerce com maior amplidão, sem barreiras, a última padece de extensas e profundas limita-
ções. 
 Apesar de a liberdade de pensar ser ilimitada, ela depende do grau evolutivo de cada 
Espírito, na sua capacidade de irradiação e de discernimento. À medida que um Espírito progride, desenvolve-se-lhe o senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos. 
 Qualquer oposição exercida sobre a liberdade de uma pessoa é sinal de atraso espiritual. “(...) Constranger os homens a procederem em desacordo com o seu modo de pensar (é) 
fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização 
e do progresso.” (02) 
 “A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos semelhantes do próximo. 
 Desde que o uso da faculdade livre engendre sofrimento e coerção para outrem, incidese em crime (...) de cerceamento daquele direito, (...). 
 Graças a isso, o limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, 
que gera para si mesma o cárcere de sombra e dor, a prisão sem barras em que expungirá 
ESDE 
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita 
Programa III 
Unidade 2 
Sub-unidade 2 mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, ou as asas de luz para a perene harmonia.” (06) 
 O limite da nossa liberdade está, portanto, determinado onde começa a do próximo. 
“(...) Em todas as relações sociais, em nossas relações com os nossos semelhantes, é preciso 
nos lembremos constantemente disto: Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos 
diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Por conseguinte, nada devemos exigir, nada devemos esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento. 
(...)” (04) 
 Logo. “(...) O Espírito só está verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em 
que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio 
fato de sua evolução, no dia em que ele se penetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, 
terá atingido o ponto moral em que o homem se possui, domina e governa a si mesmo. 
 Daí em diante já não precisará do constrangimento e da autoridade sociais para corrigir-se. E dá-se com a coletividade o que se dá com o indivíduo. Um povo só é verdadeiramente livre, digno da liberdade, se aprendeu a obedecer a lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de 
um Poder mais alto. Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre 
(...). 
 Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade. (...)” (05) 
 “Concilia-te depressa com o teu adversá-
rio, enquanto estás no caminho com ele, para 
que não aconteça que o adversário te entregue 
ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça, 
e te encerrem na prisão.” 
 Jesus. (Mateus, 5.25.) 

Liberdade de pensamento e de consciência

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)

Liberdade de pensamento
e de consciência

Apresentamos nesta edição o tema n.o 35 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.

As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debates

1. A liberdade de pensar é sempre ilimitada?

2. Na vigência da Inquisição católica, a liberdade de pensar era respeitada?

3. Como a Justiça Divina age nos casos em que alguém impõe coerção à liberdade de outrem?

4. Até que ponto vai a liberdade do homem?

5. Quando é que um povo é verdadeiramente livre e digno de usufruir da liberdade?

 Texto para leitura

A liberdade de pensar é ilimitada
1. A liberdade de pensamento, como a de agir, constituem atributos essenciais do Espírito, outorgados por Deus ao criá-lo.

2. A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o. Assim ensinam os Espíritos ao responderem a questão 833 de “O Livro dos Espíritos”, esclarecendo que “no pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém não aniquilá-lo”.

3. Quando muito, por causa da inferioridade e imperfeição de nossa civilização, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão, porque, se existe algo que escapa a qualquer opressão, é a liberdade de pensar. É por ela que o homem pode gozar de liberdade absoluta. Ninguém consegue aprisionar o pensamento de outrem, apenas entravar-lhe a liberdade de exprimi-lo.

4. Com o progresso social, a liberdade, em todas as suas modalidades, tem evoluído, especialmente a liberdade de pensar, porquanto atualmente já não vivemos na época do “crê ou morre”, como ocorria nos tempos da Inquisição católica.

5. De século para século, menos dificuldades tem encontrado o homem para pensar sem peias e a cada geração que surge mais amplas se tornam as garantias individuais no que tange à inviolabilidade do foro íntimo. São bem distintas, assim, a liberdade de pensar e a de agir, pois, enquanto a primeira se exerce com total amplitude, sem barreiras, a última ainda padece de extensas e profundas limitações.

A coerção imposta à liberdade de outrem é sinal de atraso
6. A liberdade de pensar, conquanto ilimitada, depende, porém, do grau evolutivo de cada Espírito, da sua capacidade de irradiação e discernimento. É que, à medida que o Espírito progride, desenvolve-se o seu senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos.

7. Toda oposição exercida sobre a liberdade de uma pessoa constitui sinal de atraso espiritual. Constranger os homens a proceder em desacordo com o seu modo de pensar é fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.

8. A lei natural confere a toda criatura humana a liberdade de pensar, falar e agir, desde que, exercendo esse direito, se respeitem os direitos do próximo. Se o uso da liberdade engendra sofrimento e coerção para outrem, quem assim age incide em crime passível de punição, seja por parte das leis humanas, seja por parte da Justiça Divina, e esta jamais falha.

9. Em virtude do mecanismo da justiça divina o limite da liberdade individual se encontra inscrito na consciência de cada pessoa, o que gera para ela mesma o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.

10. O limite de nossa liberdade está, portanto, determinado onde começa a liberdade do próximo. Em todas as relações sociais e em nossas relações com nossos semelhantes, é preciso nos lembremos constantemente disto: Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos  diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Nada devemos, por conseguinte, exigir ou esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.

Sem disciplina moral, a liberdade é um logro
11. O Espírito só estará verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio fato de sua evolução.

12. No dia em que ele se compenetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o homem domina e governa a si mesmo. Daí em diante não mais precisará do constrangimento e da autoridade sociais para corrigir-se.

13. Ocorre com a coletividade o que se dá com o indivíduo. Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um poder mais alto.

14. Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre. Estabelece o código divino, com absoluta clareza: Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade.

Respostas às questões propostas

1. A liberdade de pensar é sempre ilimitada? R.: Sim. A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o.

2. Na vigência da Inquisição católica, a liberdade de pensar era respeitada? R.: Não. Nos tempos em que Inquisição exercia seu poder, vivia-se o regime do “crê ou morre”, num total desrespeito à dignidade humana.

3. Como a Justiça Divina age nos casos em que alguém impõe coerção à liberdade de outrem? R.: Quem assim age incide em crime passível de punição e gera para si mesmo o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.

4. Até que ponto vai a liberdade do homem? R.: O limite da liberdade do homem vai até onde começa a liberdade do próximo.

5. Quando é que um povo é verdadeiramente livre e digno de usufruir da liberdade? R.: Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um poder mais alto.

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 833 e 837.
As leis morais, de Rodolfo Calligaris, pág. 149.
O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, págs. 347 e 361.
As leis morais da vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pág. 134.

Espiritismo e Liberdade de Consciência

Espiritismo e Liberdade de Consciência

Breno Henrique de Sousa*

837- Qual o resultado dos obstáculos postos à liberdade de consciência?

- Constranger os homens a agir do modo diferente do que pensam, torná-los hipócritas. A liberdade de consciência é uma das características da verdadeira civilização e do progresso.

O Livro dos Espíritos.

Uma das características que admiro no Espiritismo é a plena liberdade que a doutrina dá aos seus seguidores. Não poderia ser diferente em se tratando de Espiritismo já que a doutrina se construiu pelos caminhos da ciência.

A primeira liberdade que temos por isso é a de poder questionar livremente o próprio Espiritismo. Como a doutrina se construiu pelo caminho da ciência, ela nos ensina a questionar todas as coisas e a não aceitar o quê quer que seja sem uma análise profunda e sem restrições aos nossos questionamentos.

Essa liberdade é que faz do Espiritismo uma doutrina com uma grande pluralidade de pensamentos, nela podedemos encontrar diversas tendências filosóficas e sem questionar o mérito de nenhuma delas, é importante observar como conseguimos conviver com tantas diferenças sem que haja nenhum cisma ou divisão.

É uma pena que existam pessoas que enxerguem esta pluralidade como uma ameaça, estes acham que todos deveriam pensar da mesma forma e temem as diferenças, estes não assimilaram este lado essencial do Espiritismo.

Outros porém, pronunciam suas opiniões como se elas fossem aceitas unanimemente por todos e como se fossem verdades doutrinárias, estes desrespeitam também as diferenças, não sabem dividir o quê está no campo dos princípios básicos daquilo que está no campo da polêmica e se assim o fazem, só podemos pensar que isso se dê por dois motivos: ou porque não conhecem bem as bases doutrinárias e confundem suas opiniões com os princípios da doutrina; ou porque o fazem com segundas intenções, misturando verdades com opiniões próprias na tentativa de confundir os menos esclarecidos e de respaudar suas idéias sob a luz dos princípios espíritas.

Esta última atitude sim, representa a verdadeira ameaça ao Espiritismo, não é das diferenças que devemos temer, não são os Rousteinguistas, Ubaldistas ou qualquer “istas” que representam ameaça. A ameaça está naqueles que por falta de conhecimento ou de caráter mesclam as idéias que estão no campo das opiniões com aquelas que são verdades aceitas por todos os adeptos do Espiritismo.

Liberdade pra pensar é fundamental mas responsabilidade sobre o quê se diz é ainda mais importante. Eu posso defender uma idéia ou corrente de pensamento polêmica mas na hora de subir à tribuna das instituições, na hora de exercer o papel de evangelizador ou em qualquer situação em que eu represente a Doutrina Espírita, é importante separar claramente o quê é opinião própria daquilo que é princípio básico da doutrina. E mesmo tendo a liberdade de apresentar estudos sobre uma determinada corrente de pensamento, é necessário deixar claro que se trata de uma opinião que não é aceita por todos os espíritas e que dita opinião está longe de desfrutar do mesmo status de idéias básicas como a reencarnação e a comunicabilidade dos espíritos.

Seria bom conhecer um pouco sobre Thomas Kün e Lakatos, estes filósofos da ciência nos dizem que toda ciência tem seu “núcleo rígido” que é formada por um conjunto de idéias básicas que dão corpo a um “paradigma”, ao redor das idéias básicas existe um conjunto de idéias acessórias que sofrem modificações constantes sem afetar o “núcleo rígido”. É natural que qualquer ciência sofra ajustes sem que isso afete seu núcleo rígido. Por Exemplo: a comunicabilidade dos espíritos é um princípio que está no núcleo rígido da ciência espírita, mas a questão do corpo fluídico de Jesus é uma idéia acessória que não importa a conclusão que se chegue a esse respeito, e eu duvido que se chegue a alguma conclusão, isto não afetaria as idéias que estão no núcleo rígido, ou seja, o fato de Jesus ter tido um corpo fluídico ou de carne não mudaria em nada a questão da reencarnação e nem tão pouco afetaria o princípio da comunicabilidade dos espíritos ou qualquer outro que faça parte do “núcleo rígido” de princípios doutrinários.

Não sei como é que tanta gente perde tanto tempo se consumindo por causa de “idéias acessórias” e que não afetam o núcleo da doutrina, isso reflete o ostracismo existente no nosso movimento Espírita, pessoas limitadas e circunscritas a uma polêmica secundária que fazem disso uma verdadeira guerra e que se esquecem de contribuir para o crescimento de tantas outras idéias e pesquisas realmente importantes.

Também acredito que não se deve deixar de falar das idéias acessórias, é por elas que obtemos novos conhecimentos, os grupos de estudo sérios devem refletir sobre estas polêmicas, questionar a fundo, porém isso não deve ser motivo de dissensões. Desde que se trate do assunto com honestidade e fazendo-se os devidos esclarecimentos, nada mais saudável do que perscrutar os arcanos doutrinários na busca de conhecimentos mais profundos e nada mais necessário, já que entraremos em caminhos desconhecidos, do que manter a sobriedade e humildade para não cairmos nas armadilhas das paixões por nossas próprias opiniões.

O ser humano ainda não está acostumado a caminhar pelo desconhecido e sempre que se aventura filosoficamente está sujeito as limitações que lhe são próprias e, neste caso, é de se esperar que surjam uma infinidade de opiniões sobre um mesmo tema mas temos que passar por essa escuridão para um dia chegarmos a verdade que é sempre gradativa.

Uma outra forma de liberdade que a doutrina nos permite exercer é a liberdade religiosa, o fato de sermos adeptos do Espiritismo não nos impede de freqüentar qualquer outra religião ou fazer o que queiramos fazer. A liberdade de ação está por isso muito explícita, no Espiritismo não há regulamentações de caráter exterior nem de votos de obrigação religiosa. O Espírita não precisa falar, vestir, comer ou pensar de um mesmo jeito, aliás, estas são ações que se relacionam com a cultura, preferência e educação de cada um.

Digo isso porque fiquei horrorizado quando outro dia eu soube que uma mãe se queixou a uma evangelizadora, alguém que conheço a muitos anos e que possui uma conduta irrepreensível, apenas porque ela estava com as unhas pintadas com uma cor escura, que na opinião da mãe eram inadequadas para o ofício de evangelizadora. Fiquei ainda mais pasmo quando descobri que esse tipo de preocupação entre os que se dizem espíritas é mais comum do que se imagina. Que importa a cor das unhas da evangelizadora? Não seria melhor saber se a evangelizadora é competente, se tem preparado bem as aulas e qual o conteúdo dado em sala? Este tipo de atitude mostra como as pessoas ainda estão arraigadas ao exterior e ainda não assimilaram a essência das idéias espíritas.

Algumas pessoas já me procuraram dizendo que se afastaram da doutrina por se sentirem vigiadas, reguladas ou normatizadas por pessoas que lhe diziam o que fazer ou que viviam criticando suas atitudes. Sem julgar os méritos das atitudes de ninguém e salvo as exeções das atitudes que prejudicam a terceiros, não devemos a ninguém satisfação dos nossos atos além de Deus e de nossa própria consciência. A ninguém cabe nos julgar.

Estes que por esse motivo se afastam da doutrina sempre encontrarão em todas as partes pessoas controladoras e indiscretas, pois este tipo de gente existe em qualquer lugar e se formos esperar um grupo livre disso viveremos uma espiritualidade pobre e individualista. Os hipócritas que devem recuar, os que tem consciência devem permanecer onde estão e criticar fortemente sempre que forem alvo deste tipo de atitude.

Se esta evangelizadora não fosse uma pessoa consciente ela teria se escandalizado e se afastado da doutrina alegando que ela está cheia de pessoas superficiais. Mas, ao contrário, ela repreendeu àquela senhora lhe dizendo que aquilo não tinha a menor importância e que a cor das suas unhas não feria a dignidade de ninguém e nem comprometia a sua eficiência como evangelizadora.

Não é então ao Espiritismo que devemos acusar de ser piegas, superficial ou só mais uma religião que quer ter controle sobre a vida das pessoas. Nós é que devemos lutar contra isso, temos a vantagem de ter a doutrina a nosso favor, devemos usar os conhecimentos que ela nos dá para livrá-la deste tipo de expressões preconceituosas. A doutrina não exerce controle sobre a vida de ninguém e nem deve exercer, ela nos ensina sim a sermos auto-suficientes e independentes, o único controle aqui é o “auto-controle”, não precisamos de “oradores-profetas” e “guias-oráculos”, não precisamos estar na dependência de “mister-médium” nenhum, nem devemos reverência a quem quer que seja.

Que estória é essa agora de só se dar valor a uma mensagem quando ela é assinada por médium “fulano de tal”? Isso não existia na época de Kardec, vocês sabem o nome dos principais médiuns que trabalhavam com Kardec? Pois é! Pouca gente sabe. É que nessa época o que se valorizava era o conteúdo da mensagem e não o nome de quem assina embaixo. É bom começar tudo de novo e estudar o Livro do Médiuns para adotarmos uma outra postura.

As pessoas estão sempre buscando guias que lhe digam o que fazer, querem algo pronto como um manual de instruções para lhes poupar do trabalho de pensar, é mais fácil fazer da codificação um livro sagrado do que aprender a fazer o que nos ensinam os espíritos e Kardec. As pessoas estão muito preocupadas em “seguir Kardec” e se esquecem de “agir como Kardec”. Tenho uma má notícia aos acomodados, estes que não pensam não vão chegar a lugar nenhum! Vão ficar sempre a mercê do que o “mentor” ou “diretor” falar, não serão capazes de distinguir o “Bezerra de Menezes” da “Bezerra do Menezes” pois não aprenderam a pensar por conta própria e o preço que se paga pela ignorância é o sofrimento.

Sejamos livres e saibamos crescer orientados por esta maravilhosa doutrina que nos pede apenas que amemos e nos instruamos, o Espiritismo é a luz na escuridão da ignorância humana a cerca dos valores espirituais mas embora a luz ilumine nossos caminhos, somos nós quem devemos trilhar com nossas próprias pernas a senda da felicidade.

*Membro do Núcleo Espírita Eurípedes Barsanulfo e da Federação Espírita Paraibana, e-mail: bhsousa@yahoo.com.br .

Liberdade de pensar / Liberdade de consciência

Liberdade de pensar / Liberdade de consciência

"O Livro dos Espíritos" - 833 a 842

Estudo Espírita
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositora: Miriam Ramalho
Rio de Janeiro - RJ
27/07/2002

Dirigente do Estudo da Noite:

Andréia Azevedo - Safiri

Oração Inicial:

<Brab>  Senhor Deus, de bondade, de Justiça e de Amor, permite-nos estar sempre unidos aos teus Propósitos Divinos para o nosso próprio bem espiritual.

Sejam nossos estudos peça para permitir que possamos alcançar compreensão necessária e nos dar forças para progredir ante as dificuldades da vida.

Que Jesus sempre nos ilumine no nosso caminho de paz em direção a Ti.

Muito obrigado e permaneça conosco. Graças a Deus.

Mensagem Introdutória:

PENSAR

O pensamento é a nossa capacidade criativa em ação. Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos disso.

A idéia forma a condição; a condição produz o efeito; o efeito cria o destino.

A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente. Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos, virá unicamente da mudança de seus pensamentos.

Imagine a sua existência como a deseja e, trabalhando nessa linha de idéias, observará que o tempo lhe trará as realizações esperadas.

As leis do destino carrearão de volta a você tudo aquilo que você pense. Nesta verdade, encontramos tudo o que se relacione conosco, tanto no que se refere ao bem quanto ao mal.

Observe e verificará que você mesmo atraiu para o seu campo de influência tudo o que você possui e tudo aquilo que faz parte do seu dia-a-dia.

Deus é amor e não pune criatura alguma. A própria criatura é que se culpa e se corrige, ante os falsos conceitos que alimente com relação a Deus.

Em nosso íntimo a liberdade de escolher é absoluta; depois da criação mental que nos pertence, é que nos reconhecemos naturalmente sujeitos a ela.

O bem eterno é a lei suprema; mantenha-se no bem a tudo e a todos e a vida se lhe converterá em fonte de bênçãos.

Através dos princípios mentais que nos regem, de tudo aquilo que dermos de nós aos outros receberemos dos outros centuplicadamente.

André Luiz

Do Livro: Respostas da Vida

: Francisco Cândido Xavier

Editora: IDEAL

Exposição:

Miriam Ramalho - Jesus conosco, amparando-nos, sustentando-nos, ajudando-nos!

Na revista espírita de 1867, Kardec no diz:

"Que de mais livre, de mais independente, de menos perceptível por sua mesma essência do que o pensamento?”.

No livro O Problema do Ser, do destino e da Dor, Leon Denis nos fala que o pensamento é criador. Não atua somente em roda de nós, influenciando nossos semelhantes, para o bem ou para o mal.

Atua principalmente em nós.

Gera nossas palavras...

nossas ações...

e com ele construímos dia a dia o edifício grandioso ou miserável de nossa vida, presente e futura.

Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos.

Estes produzem formas, imagens, que se imprimem na matéria sutil de que o corpo fluídico é composto."

Isto encontra-se no capítulo 24, onde ele nos fala sobre a disciplina do pensamento e a reforma do caráter.

Os Espíritos nos dizem que em torno da mente existe matéria mental, que recebe e registra todas as impressões felizes e/ou infelizes, transportadas ou movimentadas pelo pensamentos.

Quando pensamos, o pensamento impressiona a matéria mental em torno da mente, plasmando, ou dando forma aos nossos desejos e preocupações.

São as chamadas formas de pensamento.

É através delas que os videntes podem ver o que pensamos

É esse o mecanismo.

Precisamos ter muito cuidado, caso sejamos videntes, com as interpretações.

Por isso é importante não comentar aquilo que vimos.

Em relação aos obsidiados, observamos que ficam apavorados, se dizem perseguidos pelos espíritos que julgam estar presentes, mas, na realidade, o espírito obsessor nem sempre se encontra ali.

Da mente do obsidiado partem pensamentos afins aos do obsessor.

Dá-se então a chamada ligação magnética.

Esta permite ao obsessor subjugar sua vítima, mantendo assim imagens plasmadas na matéria mental.

É o que se chama de ideoplastia.

Então, mentalizando, damos forma ao pensamento.

Daí a importância de estarmos vigilantes, seguirmos a orientação de Jesus quando ele nos diz:

vigiai e orai para não cairdes em tentações

Como nos diz Paulo,

são nuvens de testemunhas invisíveis.

Na verdade, somos influenciados por inteligências invisiveis

Quando Kardec perguntou aos Espíritos se eles influem em nossos pensamentos e atos

eles responderam:

muito mais do que imaginais!

De ordinário, os Espíritos vos dirigem!

Voltando à Leon Denis,temos: Não há assunto mais importante que o estudo do pensamento, seus poderes e ação. É causa inicial de nossa elevação ou nosso rebaixamento.

O homem só é grande, só tem valor pelo seu pensamento.

O espiritualismo experimental muito melhor que as doutrinas anteriores permite-nos perceber, compreender toda força de projeção do pensamento, que é o princípio da comunhão universal.

Vemo-lo agir no fenômeno espírita, que facilita ou dificulta.

É a ação do pensamento no dia a dia

É essa a nossa responsabilidade. Ela é nossa!

A liberdade de pensamento é indubitável, mas é importante disciplinar o nosso pensamento,

porque a influência dos espíritos existe, é verdadeira, mas nós somos responsáveis pela nossa corte espiritual, nossas companhias.

É a questão da sintonia, pois do contrário não seríamos mais que marionetes.

Há um fato muito interessante ocorrido com D. Yvonne A. Pereira,

em que numa palestra, havia um companheiro que estava visivelmente irritado, demonstrando isso no seu comportamento.

Um vidente observou que uma nuvem escura desprendeu-se da mente do rapaz, dirigindo-se para D. Yvonne.

Neste mesmo instante, ela como que perdeu o fio da meada, mas, sendo uma médium segura, equilibrada, rapidamente se refez.

Daí a importância que devemos dar aos expositores na realização do seu trabalho, através da nossa atenção, boa-vontade, nosso pensamento positivo.

No livro Libertação, de André Luiz, cap 16, sobre o título "Encantamento pernicioso", há um texto que nos fala de maneira clara e precisa sobre a questão da liberdade de pensamento. Vale a pena ler!

A disciplina do pensamento é algo que não podemos descuidar, para não descambarmos por caminhos tortuosos.

Pensando, damos, vida, forma aos nossos pensamentos.

Determinamos também  a nossa psicosfera.

Não nos esqueçamos!

Os espíritos potencializam os nossos pensamentos!

Bons ou maus, de acordo com o nosso padrão vibratório.

então, vamos sanear o nosso campo mental

cultivando bons pensamento

através das boas leituras

bons filmes

bons programas

É hora de selecionar!

Porque afinal, são alimentos espirituais...

É importante lembrar que também transgredimos a lei pensando!

Então a liberdade de pensamento e consciência é algo de que não podemos abrir mão.

Não vamos deixar que outros pensem por nós ou decidam por nós

Nem vamos fazer isso também em relação aos outros, porque isso vai gerar uma insegurança pela vida a fora.

Ninguém tem direito de impor idéias, de impedir acesso a novos conhecimentos,

escravizando as criaturas a uma idéia.

Digamos que a Terra seja composta de diferentes solos...

Nós, espíritos também somos assim.

Temos diferentes necessidades em matéria de religião e temos o direito de professar a religião na qual nos sentimos melhor.

Estamos relacionando às questões que Kardec aborda sobre a melhor religião.

A  resposta da 842 é a seguinte:

"será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor, na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse o sinal porque reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa."

Então, não devemos nos esquecer que, antes de qualquer coisa, somos irmãos, porque filhos do mesmo Pai celestial,

e portanto o respeito às religiões deve existir sempre.

Em relação às religiões nefastas, que concitam a destruição (assassínio ou suicídio) é lícito cercearmos esta atitude negativa.

O que não podemos cercear é a crença, porque esta é de foro íntimo.

É importante a educação, através do bom exemplo, como nos ensinou Jesus.

É a força da persuasão.

No ESE, cap XV, item 10, há uma mensagem de Paulo, o apóstolo, em que ele nos diz:

verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, independente da crença a que pertença!

Vamos fechar uma frase do texto de hoje:

A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente.

Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos, virá unicamente da mudança de seus pensamentos.

Muita paz para todos os corações e pensamento positivo!

Obrigada!

Perguntas/Respostas:

1. <Safiri> Fiquei com uma dúvida quanto a parte do Médium vidente. Ele  então , na verdade, não intui um pensamento de quem esta próximo, mas sim vê ou lê algo como se fosse um livro com textos ou imagens ?

< Miriam Ramalho> Exato, porque intuirá o médium intuitivo, porém o médium vidente vê o que está se apresentando. Ele pode até interpretar as imagens, mas ele vê.

2. <Safiri> Quando mudamos nosso padrão de pensamentos para um plano mais elevado , os pensamentos de outrora mais vulgares são eliminados de nossa matéria mental, ou todos os pensamentos e formas são mantidos na bagagem do espírito ? O que certamente, se assim o for, acaba permitindo um acompanhamento desse espírito com relação a sua evolução.

< Miriam Ramalho> A medida que nós vamos agindo de maneira negativa, estas são como que pregos que se prendem e marcam a madeira. Então, é necessário para que você  elimine as marcas, é preciso que esta madeira seja coberta por uma massa especial. O pensamento positivo é esta massa que substitui as marcas, as feridas que lesaram nosso perispírito. É desta forma que o nosso perispírito vai se depurando.

Através da nossa determinação no bem.

3. <FRANZ-> Se não for sair do tópico, chamou minha atenção o fato relatado no começo a respeito de uma nuvem sair do rapaz e ir em direção a médium. O que seria isso? Obrigado.

< Miriam Ramalho > o pensamento negativo, de irritação, de discordância e má-vontade que se plasma. É como se ficasse impresso, formando a nuvem escura.

4. <Safiri> É possível uma pessoa , pensar com simultaneidade ? Ou seja, pensar em duas ou mais coisas ao mesmo tempo? Se sim, isso é considerado algo raro ou comum?

< Miriam Ramalho> Os pensamentos se alteram, dando a impressão de que estão ocorrendo ao mesmo tempo, mas isso ocorre pela rapidez do mesmo.

Porém, se acontecem em seqüência, não ao mesmo tempo

Oração Final:

<Safiri> Amigos,

Estamos chegando ao final de mais um estudo.

Agradeçamos ao Pai, a maravilhosa noite de estudo e esclarecimentos

Que com tanta dedicação e perseverança foi feita

Pelas dificuldades encontradas.

O meu muito obrigada a Adriana e especial a Miriam pelos esforços somados! Que Deus as abençoe!

Nesse momento então, com nosso coração em tranqüila paz

Peçamos aos nossos mentores espirituais que nos ajudem a levar a lição de hoje em nossos corações e mentes como arma contra os espíritos pouco esclarecidos que intentam nos tirar do caminho da evolução através de ações em nossos pensamentos.

Obrigada Pai por aqui estarmos aqui hoje, mais uma vez reunidos.

Que Assim seja!