Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Lei de Liberdade - Gregório

Lei de Liberdade

Sérgio Biagi Gregório

1) Por que a liberdade é uma lei natural?
Porque todos têm o direito de ser senhor de si mesmo. Nesse sentido, a escravidão contraria a lei natural.

2) Qual o conceito de liberdade?

Há mais de 200 sentidos registrados pelos historiadores de idéias acerca do termo liberdade. A palavra "liberdade" tem um duplo conteúdo, que a língua inglesa distingue pelas palavras freedon e liberty. Freedon refere-se ao princípio interno de escolha e de ação. É o aspecto positivo interno da ação independente (liberdade moral). Liberty refere-se à ausência de coação externa. É a capacidade social da ação.

3) Como a liberdade pode se vista pelo lado do sujeito?

Possibilidade de autodeterminação e escolha, espontaneidade, direção prática para uma meta etc.

4) Como a liberdade pode ser vista pelo lado do objeto?

Liberdade privada ou pessoal, a liberdade pública, política, moral, a liberdade de ação, de idéias, etc.

5) Foi o homem sempre livre? Foi sempre racional? Quando e por que é que se deu o salto para a racionalidade e liberdade?

De acordo com os ensinamentos doutrinários do Espiritismo, os Espíritos foram criados simples e ignorantes, como uma tabula rasa. No início da sua caminhada evolutiva, foram auxiliados pelos mentores espirituais. Aos poucos, porém, adquiriram o livre-arbítrio, a razão e o senso moral e, conseqüentemente, a responsabilidade pelos atos praticados.

6) O que é uma ação livre?

A ação (dita) livre é a ação pela qual o agente pode responder. Só há ação se houver alguém que por ela é capaz de responder, isto é, se houver autoria da ação. Isso quer dizer que deve haver responsabilidade, alguém que responde.

É-se tanto mais livre quanto mais responsável. Um homem é tanto mais livre quanto mais responsável for. A liberdade é tanto maior quanto mais império da lei e da justiça houver. A raiz ultima da liberdade é a razão.

7) Os animais têm liberdade?

Não. A liberdade é um apanágio do estádio humano. A decisão de ir vir, racionalmente decidido, pertence ao gênero humano. Os animais agem quase que exclusivamente pelos instintos; eles não respondem pelos seus atos.

8) A liberdade de um termina quando começa a liberdade do outro?

Esta frase precisa de uma explicação mais acurada. Ela não é espacial, nem temporal. Até tal hora eu tenho liberdade; depois, você tem. Devemos vê-la em termos de direito. O direito de um acaba quando começa o direito do outro.



9) Há fatalidade nos acontecimentos da vida? Neste caso, em que se torna o livre-arbítrio?

Na pergunta 851, de O Livro dos Espíritos, os Espíritos respondem que a fatalidade existe por causa da escolha feita pelo Espírito antes de encarnar, no sentido de passar por esta ou aquela prova. Escolhendo-a, cria para si uma espécie de destino. Se a escolha foi a de estar entre delinqüentes, ela se concretizará. Fisicamente, estará entre os delinqüentes; moralmente, poderá resistir ou ceder ao crime. Esta última é a função do livre-arbítrio. Pode-se reencarnar entre os viciados: ceder ou resistir ao vício dependerá da força moral, ou seja, do livre-arbítrio do Espírito encarnado. (Kardec, 1995)

Bibliografia Consultada

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.

Setembro/2007

Em forma de palestra: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/palestra/lei-de-liberdade.htm

Apresentação em PowerPoint: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/powerpoint/lei_moral/lei-liberdade.ppt

Mais textos em PowerPoint: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/powerpoint/powerpoint.htm

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