Estudando o Espiritismo

Observe os links ao lado. Eles podem ter artigos com o mesmo tema que você está pesquisando.

terça-feira, 31 de março de 2020

Indulgência

A indulgência é um dos sentimentos mais elevados que pode ser desenvolvido pelos seres humanos.

Caracteriza-se pela compaixão que se demonstra pelo próximo e pelas suas imperfeições.

Permite que perdoemos as ofensas que nos atingem.

Ao mesmo tempo, proporciona ao ofensor a possibilidade de reabilitar-se por meio de ações meritórias que o ajudam na reconquista de si mesmo.

É a mensageira angelical que entoa hinos de ternura aos ouvidos daqueles que sofrem.

Se alguém mostra-se um acusador cruel e rebelde, atacando os demais com injúrias e recriminações violentas, também ele é merecedor de indulgência.

Tais distúrbios de comportamento expressam, em verdade, o estágio de inferioridade pelo qual ele transita infeliz.

Se outro esmaga o fraco que se encontra sob sua dependência, também este opressor demonstra estar necessitando de grande dose de indulgência.

Seu transtorno emocional, capaz de fazê-lo comprazer-se com essa espécie de violência, por certo, está a ponto de enlouquecê-lo.

Se uma pessoa se alegra com o sofrimento daquele que elegeu como adversário, perseguindo-o sem trégua, carece também ele de indulgência.

Esta bênção funcionará para o desequilibrado como bálsamo a apaziguar a aflição em que se debate.

Se a criatura é ingrata e soberba, esquecendo-se de todo o bem que tem recebido, porque se encontra momentaneamente em posição confortável, também esta prova ser carecedora da indulgência.

Esta virtude será o melhor recurso para que tal enfermidade moral estanque no nascedouro.

Se este outro é rude e presunçoso, esquecido das próprias limitações, somente a indulgência para com ele será capaz de demonstrar-lhe a ruína moral em que se encontra.

Indulgência para com os outros, eis aí um dos mais significativos convites que nos deixou o Mestre Nazareno.

Porquanto, no grau evolutivo em que nos encontramos, não há aquele que não necessite recebê-la durante a caminhada terrestre.

A indulgência espalha a oportunidade de reabilitação ao ofensor, mas também pacifica o coração daquele que a oferece.

Sem indulgência a vida terrena perde o seu significado e o ser humano torna-se joguete de paixões que desencadeiam consequências nefastas.

Graças à indulgência o ser edifica-se e se engrandece, entesourando paz e alegria de viver.

*   *   *

Indulgente para com as misérias humanas, o Cristo veio ter com as criaturas para auxiliá-las no árduo caminho do progresso.

Desde sempre suporta nossas imperfeições com amor e compreende-as com misericórdia.

Consciente de que a libertação do erro e a ruptura das algemas dos instintos agressivos são processos lentos, Jesus jamais Se irritou ou desanimou.

Em momento algum demonstrou cansaço ou perturbação.

Nas ocasiões em que Se mostrava enérgico, evitou a rispidez e a agressividade, tão comuns ainda em nossos atos cotidianos.

Além disso, o Mestre jamais necessitou da indulgência de ninguém.

Ele tomou Sua cruz e plantou-a no monte da adversidade humana, sem queixas, nem lamentações.

Mesmo no momento derradeiro, traído e abandonado, Ele Se manteve indulgente e compassivo.

Perdoou, de forma incondicional, a perversidade daqueles que haviam recebido Dele Seu inefável amor.

Sem cobrança, nem lamúrias, exemplificando de modo inquestionável a virtude que nos concita a exercer e a conquistar.

Desde agora e para sempre.

Redação do Momento Espírita com base no
 capítulo 34 do livro Lições para a felicidade,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
 de Divaldo Pereira Franco, ed.Leal.
Em 01.03.2010.

A INDULGÊNCIA - PARTE III


Dufétre, bispo de Nevers, do qual não encontramos referências, traz a terceira e última mensagem deste capítulo, sobre a indulgência, iniciando-a com a mesma recomendação das duas anteriores: “sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias.”

A insistência do conselho nos mostra a importância da prática dessa ação em nossas vidas, neste planeta de expiações e de provas, como condição sine-qua-non de nossa evolução espiritual, de nossa paz interna e externa.

Para que possamos conseguir vivenciar no cotidiano essa recomendação, parece-me, indispensável, a aceitação de que somos todos iguais em potencialidades, desde a nossa criação, e que estamos todos fazendo nossa caminhada evolutiva para atingir a perfeição e a felicidade. Para isso há necessidade da aceitação da continuidade da vida do Espírito.

Essa certeza acaba com o orgulho e o egoísmo, desenvolve a humildade, que leva o homem a sentir-se igual ao outro, nem superior, nem inferior, tornando-o indulgente para as fraquezas alheias, e exigente consigo, porque compreende o que pode exigir de si mesmo.

Enquanto os homens viverem com a idéia de uma vida única, vivendo-a guiados pelo orgulho e egoísmo, não vendo senão seus próprios interesses, julgando-se mais merecedores do que os outros, as lutas entre pessoas e entre nações continuarão trazendo dores e sofrimentos, além de atrasar o progresso geral.

O autor dessa mensagem escreve que seguir a recomendação acima é fazer “a santa caridade”, visto que todos nós, os habitantes da Terra, encarnados e desencarnados, temos “más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar”. Temos um fardo mais ou menos pesado para alijar, ou seja, para livrarmo-nos, para retirar de nós, a fim de que possamos atingir o “cume da montanha do progresso”.

Por que, então, enxergarmos com tanta clareza as falhas alheias, sendo tão cegos com as nossas? Por que faltar com essa caridade?

“O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se verem superficialmente os defeitos alheios, mas em procurar destacar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelhas ardentes da essência espiritual”.

Escreve sobre o espiritismo, considerando felizes os que o conhecem e põem em prática seus claros ensinos, que lhes ensinam que a caridade em relação ao próximo tem de ser praticada como para si mesmo.

“Caridade para com todos e amor a Deus sobre todas as coisas, porque o amor a Deus resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade, da qual Ele fez uma lei para todas as criaturas”.

Enquanto não nos libertarmos do hábito de destacar as imperfeições alheias, por muito que façamos em atividades de beneficência, não estamos sendo caridosos, estamos amparando necessitados, mas não estamos aproveitando essas atividades para nossa transformação moral, visto que estamos sendo malévolos para com nossos irmãos e orgulhosos em não vermos ou camuflarmos as nossas próprias mazelas.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Fevereiro / 2009

Bibliografia:
KARDEC, Allan -“ O Evangelho Segundo o Espiritismo”

A INDULGÊNCIA - PARTE II


 “Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações, e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os outros.”

Assim inicia sua mensagem João, bispo de Bordeaux.

Novamente, a mesma recomendação da mensagem anterior, levando-nos à importância do entendimento de que, perante Deus e suas leis, somos todos iguais e nossa conduta em relação aos outros determina a maneira como essas leis serão aplicadas a nós.

Na prece do Pai Nosso que milhões e milhões de pessoas dizem, diariamente, na frase: “Perdoai-nos, Senhor, assim como perdoamos aos nossos devedores”, está-se assumindo, com Deus, o compromisso do esforço de perdoar aos que ofendem, mas, poucos se dão conta de que esse compromisso, não é o do pensamento ou da palavra, mas sim o da ação.

No exercício de sermos severos para com nossas falhas, estamos exigindo de nós o que devemos e podemos fazer, pois se já somos capazes de perceber nossos erros, já temos evolução suficiente para evitá-los.

O contrário se dá, quando julgamos o outro, do qual nada sabemos, por mais que o conheçamos. Não sabemos das suas experiências anteriores, dos seus sonhos, das suas angústias, frustrações e sofrimentos, das suas necessidades, dos motivos que o levam a agir dessa ou de outra forma.

Para julgar alguém precisaríamos conhecê-lo como nos conhecemos.

Daí a necessidade de sermos severos para conosco e indulgentes para com os outros, se queremos ter paz interior, evitando maiores sofrimentos para nós mesmos.

Perdoar não é só o esquecimento das faltas, pois se as leis divinas se esquecerem das faltas, esquecerão também das conseqüências das ações boas, dos méritos. Sendo as leis divinas sábias e justas, nada pode ser simplesmente apagado, esquecido.

O perdão de Deus não pode suspender as conseqüências de suas leis, visto que Ele, AMOR e SABEDORIA, não iria infringi-las.

Quando pedimos perdão a Deus por nossas faltas, estamos ou deveríamos estar pedindo que Ele nos faculte os meios de repará-las da melhor maneira possível. Que Ele nos dê forças para não recairmos nos mesmos erros, proteção para libertarmo-nos das imperfeições que lhes dão origem e auxílio para entrarmos nesse novo caminho de arrependimento, de reparação, de submissão e de amor.

Assim, devemos perdoar aos que nos ofendem. Esquecer as ações ofensivas, mas ir além, procurar ter para com ele pensamentos e sentimentos bons, fazendo por ele o que faríamos para com um amigo, assim como queremos que Deus faça conosco.

Esse é o perdão que vem do coração esclarecido pela razão. É o amor em ação, é a caridade ativa e infatigável!

“Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos de corpo, e como ainda prega sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do Espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi, penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.”

Leda de Almeida Rezende Ebner
Janeiro / 2009

A INDULGÊNCIA - PARTE I


“Espíritas, queremos hoje falar-vos da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com seus irmãos, mas que tão poucos praticam.”

Com essas palavras, inicia José, Espírito Protetor, sua sublime mensagem sobre a indulgência, sentimento que leva o homem a perdoar culpas, usar de clemência, ter misericórdia, ser tolerantes com as atitudes que lhe pareçam estranhas ou são negativas.

Seu antônimo é a malevolência, que leva a perceber as falhas alheias, criticá-las e comentá-las.

“A indulgência não vê os defeitos alheios, ou se os vê evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.”

Quem lê essas palavras, penetrando-lhes no seu profundo significado, vai esforçar-se para vivenciá-las. Vai falhar muitas vezes, vai pegar-se, em flagrante, na malevolência, outras muitas vezes, porque muito mais difícil do que adquirir um hábito novo é perder hábitos antigos, e comentar falhas e erros alheios é um hábito muito arraigado no Espírito humano, que aparece sempre nas conversas entre pessoas, um mau hábito social, como se fora algo sem importância, inocente.

Como o homem aprende e fixa o aprendizado pelo exercício, quanto mais pratica o hábito da malevolência, da maledicência, mais se distancia da indulgência.

Sentir indulgência para com os outros, procurando não destacar seus defeitos, mas exaltar suas boas qualidades é uma excelente atitude para estimular o outro a querer ser melhor do que é, sem que se sinta ferido no seu orgulho.

Todos nós poderíamos evoluir com menos dores e sofrimentos, se eliminássemos esse mau hábito de ver, apontar, criticar, comentar os erros alheios, principalmente, na ausência dos mesmos, como se não errássemos nunca; se fôssemos mais indulgentes com os outros e mais severos conosco; se buscássemos entender as dificuldades alheias tanto quanto enxergamos as nossas; se ao percebermos uma falha em alguém, procurássemos evitá-la em nós ao invés de a ressaltarmos no outro; se tentássemos auxiliar o que erra, com benevolência, com discrição, com humildade.

Quantas situações de grandes dores são criadas com esse hábito horrível de destacarmos, com malevolência, os defeitos alheios!

 Mas se houver perseverança e vontade nesse esforço, um dia iremos conseguir ser indulgentes para com os erros dos outros, como queremos que os outros o sejam para com os nossos erros.

             “Ó homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios atos sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?

             “Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros”.

No Livro da Esperança, Emmanuel, no capítulo 27, destaca que Deus “espera as criaturas, no transcurso do tempo, tolerando-lhes as faltas, e encorajando-lhes as esperanças, embora lhes corrija todos os erros, através de leis eficientes e claras”.

Diz que se toda obra de bem, exige responsabilidade e disciplina, dentre outras coisas, “é imperioso considerar que toda boa obra roga auxílio, a fim de aperfeiçoar-se”.

Daí a necessidade de se compreender que “o bem exigido pela força da violência, gera males inúmeros em torno, e desaparece da área luminosa do bem para converter-se no mal maior”.

Estudemos bem essa mensagem de José, Espírito Protetor, tão atual, como se ela fosse escrita hoje, para nós, e reflitamos bastante na frase final: “Sede indulgentes, meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita”.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Dezembro / 2008

Bibliografia:
KARDEC, Allan -“ O Evangelho Segundo o Espiritismo”

Indulgência, a virtude da compreensão

IVOMAR SCHÜLER DA COSTA
ivomarcosta@gmail.com
Pelotas, RS (Brasil)

 


Indulgência, a virtude
da compreensão


Sucedendo à benevolência, Kardec classifica a indulgência como a segunda virtude elementar da caridade .

Ao ler as obras fundamentais do Espiritismo encontram-se termos em que os significados por vezes se aproximam e por vezes se afastam, causando alguma confusão ao leitor menos atento ao processo sinonímico e diacrônico, dentro do campo semântico. Este é o caso de alguns utilizados nos evangelhos, bem como nas obras espíritas.  Perdão, indulgência e misericórdia aparecem muitas vezes em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Seriam eles sinônimos? Para que possamos entender e aplicar a caridade em toda a sua extensão, necessário se faz conhecer o sentido exato dos termos utilizados pelos luminares que em todos os tempos os revelaram a nós, como condição indispensável ao bom entendimento e à boa aplicação dos seus conselhos morais.

A caridade ainda é uma grande desconhecida; para que a sua prática seja fiel precisamos apreender o seu significado, a sua estrutura e composição. Kardec, com sua enorme capacidade intelectual, conseguiu sintetizar em apenas seis virtudes, classificadas como elementares, mais de dois mil anos de perquirições a respeito deste tema essencial para a humanidade.

A despeito de todo o cuidado que ele tomou na elaboração das obras básicas, buscando esclarecer com exatidão o significado dos termos utilizados, alguns ainda foram deixados para que a posteridade os estudasse e esclarecesse. Contando com o nosso interesse e capacidade de entendimento, e com a evolução dos métodos de interpretação, tendo em vista a impossibilidade material de escrever sobre cada mínimo detalhe, ele deixou-nos inúmeras pistas. Sem dúvida, ele sabia que os termos utilizados sofreriam alterações de sentido, assim tratou de organizar seus textos de maneira que a disposição destes oferecesse condições de serem de decodificados e seus sentidos exatos serem apreendidos pelos espíritas dos séculos vindouros. A questão de que tratamos é um destes casos.

Sendo a indulgência uma das virtudes elementares da caridade, para captar o sentido exato desta não podemos, em hipótese alguma, passar ao largo do entendimento daquela. Contudo, essa tarefa não é tão fácil como pode parecer à primeira vista. No decorrer dos séculos essa virtude essencial foi expressa por diversos termos, atendendo à necessidade dos tempos e da evolução da mente humana. Tudo isso leva os interessados na própria evolução a um esforço interpretativo no qual devem procurar as raízes semânticas para apreender o seu sentido exato, pois sem isso a prática da caridade restará enfraquecida, ou distorcida.

Comecemos notando que Kardec coloca uma das bem-aventuranças como título do capítulo X: Bem-aventurados os que são misericordiosos. No decorrer do capítulo vemos os evangelhos e os espíritos usarem termos como misericórdia, perdão e indulgência. Pela colocação dos termos na estrutura do capítulo, observamos que, apesar das fortes relações de sinonímia, existem perceptíveis diferenças de significado entre eles.

O posicionamento do termo misericórdia no título do capítulo nos indica que tem significado bem mais amplo do que os outros dois. Logo a seguir, no primeiro subtítulo temos “Perdoai, para que Deus vos perdoe” e depois em “Instrução dos Espíritos”, item 14, identificamos o termo “perdão” em “Perdão das ofensas”, e mais adiante “A indulgência”. Desta forma, entendemos que o sentimento de misericórdia abrange os outros dois, apesar disso causar certa confusão, já que no linguajar cotidiano costumamos utilizar ambos como sinônimos absolutos.

Vejamos as relações de sentido entre os termos utilizados. Em “Perdoai, para que Deus vos perdoe”, item 4, § 1º, Kardec diz que “Ela (a misericórdia) consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...]. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir.”, o que nos leva a entender que o perdão é um ato próprio da misericórdia.

Uma característica do perdão, que podemos inferir do texto, é que os espíritos que já atingiram as culminâncias da evolução não se sentem ofendidos pelas ações derivadas das imperfeições alheias. Portanto, somente precisa perdoar quem se sente ofendido, e estes são aqueles espíritos que ainda se encontram na luta pela conquista da superioridade moral. Decorre daí que a necessidade de perdoar é sempre relativa ao nível espiritual; um dia não necessitaremos mais perdoar.

No item 15, § 1º, ainda no subtítulo “Perdão da ofensas”, Paulo, o apóstolo, diz que “[...] o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes [...]”, relacionando, desta forma, o perdão com a indulgência.

Além destas relações estabelecidas pelos espíritos, Kardec, como poliglota, deve ter percebido, devido às origens latinas do termo, que a relação entre eles é histórica e semântica. O termo indulgéntia era usado pelos romanos como sinônimo de outras palavras, tais como: remíssio, que significava quitação, remissão, perdão; relaxátio, ou seja, alívio, atenuação; absolútio, cujo sentido era o de dissolução ou absolvição; indúltum, ou mais especificamente, perdão. A palavra indúltum era usada no sentido de perdão dos tributos não pagos (remíssio tributi) ou de perdão das penas (remíssio poenae). Não pagar os tributos devidos a Cezar era um erro gravíssimo. Em determinadas épocas os imperadores concediam indultos, ou seja, perdão, àqueles que haviam sido condenados ou que não haviam pago seus impostos. O termo abolitio era algo parecido com uma anistia ou libertação dada durante festividades públicas, uma forma de libertação.

Um exemplo do sentido de termo sinônimo de indulgência é encontrado em “Atos dos apóstolos 24:23” . Paulo havia sido preso e conduzido à Cesareia. Lá, depois de ouvido pelo procurador Felix, o centurião encarregado da sua guarda recebeu instruções para tratá-lo com brandura, inclusive permitindo que recebesse a visita de amigos e que fosse ajudado por eles. O texto em latim diz: habére mitigatiónem. A ordem era para que o centurião amenizasse a severidade e, geralmente, a crueldade, com que os prisioneiros eram tratados pelo poder imperial. Neste caso a indulgência significou brandura, suavização do tratamento dispensado ao prisioneiro.

Originalmente o termo indulgência era muito amplo e abrigava vários significados e sinônimos, inclusive o de perdão. Este era apenas um caso específico dentro do campo semântico do termo indulgência. Portanto, não se deve entender e tratar indulgência e perdão como sinônimos exatos e absolutos. 

De modo semelhante ao termo em latim, indulgência para os espíritos da codificação é também abrangente.

De acordo com José, Espírito protetor, no subtítulo “Indulgência”, item 16, ela consiste em a pessoa evitar conhecer intencionalmente os defeitos alheios, e se por acaso toma conhecimento deles não os divulga, a não ser em caso em que um grupo maior possa vir a ser ou estar sendo prejudicado. Mesmo assim procura atenuar as suas observações. Evitar críticas e censuras aos erros alheios faz parte da indulgência.

Ela seria muito simples caso se resumisse a isto. Existem situações em que é impossível fugir a crítica e a censura, em primeiro lugar porque somos dotados pela providência divina de faculdades intelectuais e morais próprias para o exercício do discernimento entre o bem o mal, portanto, sob pena de conivirmos com o erro, não devemos nos omitir. Quando somos obrigados pela força da situação a emitir pareceres sobre o comportamento alheio, os espíritos nos recomendam a brandura. No item 15 temos “[...] se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência?”; no item 16, § 4, é dito, “Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros” e no § 5, “Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima,a fasta, irrita.”; no 1º § do item 17, o espírito João, Bispo de Bordéus, nos recomenda: “Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações [...]”. O espírito Dufêtre, Bispo de Nevers, no item 18, § 1º recomenda: “[...], Sede severos convosco, indulgentes para com as fraquezas dos outros.”. No mesmo parágrafo ele diz que a indulgência consiste em cada um observar apenas superficialmente os defeitos de outrem, esforçando-se para fazer prevalecer os que há nele de bom e virtuoso.

A indulgência, então, implica não em fechar a mente para a percepção dos erros alheios, o que seria negar e anular as capacidades de que fomos dotados, mas sim, apesar de vê-los, suavizar nossas críticas e censuras e, simultaneamente, destacar os aspectos positivos daqueles que os cometem. Ser indulgente é tratar com menos severidade os erros alheios do que os nossos.

A razão pela qual devemos desenvolver a indulgência está em nossa própria imperfeição. No § 1º do item 13, ao tratar da questão da autoridade para julgar e condenar os erros dos outros diz “‘Atire a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado’ disse Jesus. Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros [...]. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos.”. Embora sendo autoexplicativa, podemos acrescentar que ser indulgente requer profundo autoconhecimento.

Extraímos quatro conclusões do exposto. A primeira delas é que indulgência é mais ampla do que o perdão. Existe uma área de intersecção dos significados dos termos, em que ambos se confundem; a necessidade de perdoar é temporária, pois deixa de existir quando o espírito atinge o cume da evolução moral, ao passo que a indulgência permanece sempre e cada vez mais, porquanto o espírito evoluído terá sempre de se confrontar com as imperfeições daqueles que ainda palmilham as difíceis estradas da ascensão moral. Dessa forma, como segunda conclusão temos que a indulgência se expande na medida em que o perdão se encolhe, até este desaparecer.

A terceira conclusão refere-se à identidade entre indulgência e misericórdia. Este termo aparece no título do capítulo X, ao passo que o termo indulgência, Kardec o coloca como uma das virtudes elementares da caridade. Portanto, em decorrência da expansão da indulgência na medida em que evolui o espírito, chega um momento em que se identificam como uma só virtude, embora termos diferentes a denominem. Podemos representar a misericórdia como o circulo que contém dois outros círculos inscritos e secantes. Os dois círculos secantes são a indulgência e o perdão. No entanto, quando o espírito evolui a ponto de não precisar perdoar, resta apenas um circulo inscrito; na medida em que ele evolui o circulo que representa a indulgência cresce até se confundir totalmente com o circulo maior; misericórdia e indulgência se tornam dois termos que significam a mesma virtude.

Finalmente, a quarta conclusão é que a indulgência é a capacidade de compreender os erros cometidos por outrem, devido as suas fraquezas morais. A partir do reconhecimento da nossa própria imperfeição aumentamos nossa capacidade de compreender a imperfeição dos outros. Portanto, a indulgência é substancialmente uma virtude em que o espírito, a partir do autoconhecimento, passa a entender e a sentir compaixão pelos espíritos ainda imperfeitos. O espírito abandona o orgulho, ou seja, o sentimento de superioridade que alimenta em relação aos outros. Entende, sobretudo, que todos guardam dentro de si a capacidade de se melhorarem, e assim passa a ver os outros com olhos carregados de amor. Por isso a indulgência é a virtude da compreensão. 

A indulgência e a salvação

 - Por Dineu de Paula


Espiritismo adota a divisa “Fora da caridade não há salvação”.  Há nessa máxima dois conceitos principais, cujo conteúdo é preciso desvendar: caridade e salvação.

Quanto ao conceito de salvação da alma, o Espírito Emmanuel, mediante a psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro O Consolador, questão nº 225, assim a enuncia: “Dentro das claridades espirituais que o Consolador vem espalhando nos bastidores religiosos e filosóficos do mundo, temos de traduzir o conceito de salvação por iluminação de si mesmo, a caminho das mais elevadas aquisições e realizações no infinito.”

A conceituação não poderia ser mais feliz. Do conjunto da obra de Kardec, surge clara a ideia de que o aprimoramento é tarefa individual de cada Espírito, tendo como meta final a condição de Espírito puro. Os Espíritos mais elevados incentivam e auxiliam o progresso dos que seguem na retaguarda, mas cada qual ilumina e, pois, salva a si mesmo. A evolução é pessoal e intransferível – a cada um segundo suas obras.

Quando conquista o estado de pureza, o Espírito deixa de experimentar a influência da matéria e não tem mais de sofrer provas ou expiações. Realiza a vida eterna no seio de Deus, como seu mensageiro e ministro, no gozo de inalterável felicidade. Trata-se de um estado glorioso, inconcebível para quem dele ainda se acha distante.

A salvação, segundo essa concepção, constitui a meta para a qual todos os Espíritos foram criados, o seu maravilhoso destino final. Como condição de sua conquista, o Espiritismo estabelece a caridade. Tendo em mira que se trata de algo com o condão de afastar o sofrimento e produzir felicidade e plenitude, todos têm o maior interesse em entendê-la e praticá-la.

Objetivando obter o melhor conceito de caridade, na questão nº 886 de O livro dos Espíritos, Kardec indaga à espiritualidade superior qual o verdadeiro sentido dessa palavra, segundo a entendia Jesus. Obtém a seguinte resposta: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.

Como se vê, a caridade é composta por três virtudes: benevolência, indulgência e perdão. Considerando que o objeto deste trabalho cinge-se à indulgência, nele não serão abordadas as outras duas virtudes.

Consoante se infere da Codificação, a indulgência implica fazer um juízo suave das fissuras morais alheias, do que os outros fazem ou são e que parece errôneo. É uma questão de valorizar o bem, em vez do mal, e de temperar com uma certa doçura o próprio refletir sobre o semelhante.

Ela se liga diretamente ao raciocínio, ao modo como se processam no íntimo do homem as impressões que ele tem do outro, como ele julga as imperfeições alheias.

Quando se fala em julgamento, logo vem à mente a famosa frase de Jesus: “Não julgueis, para que não sejais julgados.” (Mateus: 7:1). Com base nessa assertiva, parece que todo e qualquer julgamento é um erro. Ocorre ser impossível viver tingue a raça humana no conjunto da criação e não parece desejável que se abdique dela, especialmente quando se tem em mente o caráter racional do Consolador prometido pelo Cristo, o Espiritismo. Assim, quando Jesus exorta a que não se julgue, a exortação não parece ser em sentido absoluto, mas apenas a que não se julgue de certa maneira (com severidade).

Essa interpretação nada tem de arbitrária e se revela coerente e possível em variadas outras passagens evangélicas. Por exemplo, no Sermão da Montanha, Jesus afirma a bem-aventurança dos que sofrem e choram. Ora, em um mundo de provas e expiações, como é a Terra, absolutamente todos sofrem e choram, em maior ou menor grau. Não se há de imaginar que sejam bem-aventurados os que sofrem entre murmúrios de revolta e blasfemando contra Deus. Bem-aventurado é quem sofre bem, com dignidade, sem revolta, e não todo e qualquer sofredor.

Então, não é interdito refletir sobre os equívocos alheios, em sentido absoluto. Aliás, na questão nº 629 de O livro dos Espíritos consta que “a moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. (…)”. Para distinguir o bem e o mal é preciso refletir sobre eles, mesmo quando presentes no proceder dos semelhantes. Essa análise pode impulsionar a evolução da criatura, ao discernir o que não lhe convém, inclusive pelas consequências verificadas na vida alheia. Na questão nº 635 de O livro dos Espíritos, está expresso que Deus deu a inteligência para o homem distinguir por si mesmo o bem do mal.

Nessa linha, no Capítulo X de O Evangelho segundo o Espiritismo, item nº 20, afirma-se: “(…), a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso.”

Contudo, se não é defeso refletir a respeito das fissuras morais alheias, em um contexto cristão isso apenas pode dar-se sob o influxo da indulgência. Ela implica fazer um juízo suave, lançar um olhar generoso ao próximo. Em mundo ainda inferior, todos têm luz e sombra em seu íntimo, todos possuem virtudes e vícios. A indulgência pressupõe valorizar o bem em vez do mal, relevar os equívocos e compreender a fragilidade natural de todo ser humano.

Trata-se de uma medida prudente, tendo em mira a afirmação de Jesus de que cada um será medido com a medida que aplicar aos outros (Mateus: 7:2). Toda a lei divina encontra-se inscrita na consciência de cada ser, que funciona como juiz da própria conduta. Quem se habitua a analisar severamente os erros do próximo molda em seu íntimo um juiz implacável. Quando chegar a hora de prestar contas à Eterna Justiça, as medidas desse severíssimo censor é que lhe serão aplicadas. A respeito, o seguinte trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo: “Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros” (Capítulo X, item 17, primeira parte). Como ninguém suporta um olhar muito severo sobre suas fraquezas, importa treinar um olhar generoso sobre as fissuras morais alheias, até como medida de autopreservação.

Nesse mesmo capítulo do Evangelho segundo o Espiritismo, no item 16, há uma interessante dissertação de José, Espírito Protetor, a respeito da indulgência. Ele afirma que a indulgência não vê os defeitos de outrem, mas, se os vê, evita falar deles. Ao contrário, oculta-os. Se a malevolência os descobre, encontra escusa plausível e séria para eles, não uma visivelmente falsa, a fim de mais os evidenciar. Observa-se aí um genuíno esforço em valorizar o bem que há no próximo, perante si mesmo e perante terceiros. Faz-se efetiva opção de ver o semelhante de forma positiva, considerá-lo digno e valioso, malgrado seus problemas.

A mensagem também fala que a indulgência consiste em um sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos. A doçura remete à ideia de sabor agradável. O sentimento da indulgência é suave, saboroso, tranquilizador e fraterno, próprio de irmãos, de seres que se gostam, que se sentem ligados. Nada tem de amargor e de ásperas reprimendas.

É especialmente esclarecedor o último parágrafo da mensagem: “Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.”

Trata-se de uma eloquente verdade, pois ninguém aprecia ficar perto de uma pessoa severa, que só percebe e valoriza os defeitos alheios. É desagradável sentir-se criticado, não apreciado, sem falar que ter as próprias dificuldades ressaltadas desanima, a ponto de muitas vezes surgir o raciocínio de que nada mais há para fazer: é-se um caso perdido!

Ao contrário, quando as virtudes de alguém são valorizadas, ele se considera digno e ganha forças para ser melhor e lutar contra suas fraquezas, que se tornam apenas um detalhe. A indulgência sacia a sede de compreensão e acalma o coração por vezes atormentado pela culpa. Ela atrai quem mais necessita de amparo e compreensão. E especialmente ergue em direção ao refazimento do caminho, à reparação dos erros praticados.

O esforço em ver o próximo de forma positiva torna mais fácil gostar dele e estabelecer vínculos de genuína fraternidade, na medida em que ninguém almeja ser amigo de réprobos, mas, sim, de criaturas dignas.

Pode-se concluir que a indulgência, além de se inserir no âmbito maior da salvação do Espírito, rumo ao seu angelical destino, também possui o condão de salvar os relacionamentos humanos, ao conduzi-los a um patamar saudável de auxílio e amparo mútuos. Ela salva o coração do homem da indiferença e da severidade.

A indulgência, como componente da caridade, não é só a meta (a libertação final, fruto da vivência perfeita), mas também o caminho, ao viabilizar a fraternidade entre seres ainda imperfeitos, mas que sonham com a perfeição e precisam se auxiliar em sua caminhada.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BÍBLIA. Português. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.

2. EMMANUEL (Espírito) / Francisco Cândido Xavier. O Consolador. 25ª ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2004.

3.  KARDEC, Allan. Tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho segundo o Espiritismo. 3ª ed. especial. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2005.

4. KARDEC, Allan. Tradução de Guillon Ribeiro. O livro dos Espíritos. 1ª ed. especial. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2005.

INDULGÊNCIA UEM

INDULGÊNCIA  

 IDÉIAS BÁSICAS   • Indulgência é o sentimento fraternal que necessitamos cultivar para com os nossos irmãos, evitando censurar, criticar, fazer observações chocantes e falar mal de quem quer que seja. • A pessoa indulgente não vê os defeitos dos outros, ou, se os observa, evita falar deles ou divulgá los, a fim de que não se tornem conhecidos por outrem. • Devemos ser severos para conosco e indulgentes para com as fraquezas alheias, reconhecendo que todos temos inúmeros defeitos a corrigir e hábitos a modificar. • O Cristo nos adverte: não podemos pretender tirar o argueiro dos olhos de nossos irmãos, se temos em nossos olhos a trave que nos cega, dificultando nos a caminhada. • A criatura indulgente demonstra sempre ser caridosa e fraterna, não compactua com o mal e busca sempre ver o lado positivo de tudo e as coisas boas do semelhante. • A indulgência nos leva, quando preciso, a esclarecer a outrem sem magoar ou ferir e a compreender as deficiências de todos sem pruridos de falsa superioridade.   

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA PREPARAÇÃO DO EVANGELIZADOR   1. Bases Evangélicas   Mateus: 5:7   5:13   5:161 - 7:1 a 5   7:12   9:12   9:35 e 36   10:42   13:12   14:13 e 14   15:32   17:16   18:23 a 35. Marcos: 2:17. Lucas: 10:33 a 35   11:41   16:2. João: 8:1 a 11. Atos: 3:6. Romanos: 12:16 e 17   14:1   14:10 e 11   15:1. I Coríntios: 3:9. Gálatas: 6:9. Efésios: 2:10   5:8 a 10   6:6 a 9. Colossenses: 3:12 a 17   4:6. Tessalonicenses: 4:9. II Timóteo: 4:5. Tiago: 3:17. I Pedro: 4:9 - 5:2. Velho Testamento: Salmos: 31:7. Provérbio: 21:21. 2. 

Bases Doutrinárias   O Livros dos Espíritos: 886, 903 e 918   O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap.10, itens 9, 13, 16 a 18 e 21   Cap. 12 (todo). 3. Obras Subsidiárias   Alma e Coração: 18, 28, 32   Almas em Desfile: 1ª parte: 12 Alvorada Cristã: 8 e 19   Antologia da Espiritualidade: 12, 26 e 28   Assim Vencerás: 20   Astronautas do Além: 1 e 16   Através do Tempo: 14, 20 e 44 Baú de Casos: 6   Bênçãos de Paz: 40   Bezerra, Chico e Você: 10   Busca e Acharás: 11 e 13   Chão de Flores: “Amor e Entendimento”   Companheiro: 4, 6, 8 e 10   Coração e Vida: 23 e 32   Encontro Marcado: 15, 22 e 45   Entre Duas Vidas: 27   Escrínio de Luz: “Compaixão para os Ofensores”   Estude e Viva: 33   Fonte Viva: 113   Idéias e Ilustrações: 16, 22 e 24   Instrumento do Tempo: 12   Justiça Divina: 54   Livro da Esperança: 26 e 27   Luz Acima: 36 e 41   Mãos Marcadas: 22   Mãos Unidas: 3, 9, 13, 17, 29, 32, 37, 41 e 50   Maria Dolores: 14 e 19   Resposta da Vida: 22 e 36   Rumos Libertadores: 25   Segue me: 43 e 77   Somente Amor: 11, 19 e 21   Taça de Luz: 12 e 14   A Vida Escreve: 1ª parte: 1   Vinha de Luz: 78.   

REFERÊNCIAS PRÁTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA AULA   II e III Ciclos   Os mestres que repetem sempre a lição   Os pais que não se cansam de corrigir os filhos   O patrão que dá nova oportunidade ao empregado   A uva esmagada produz vinho   As flores são maceradas e produzem o perfume   O óleo é queimado e oferece a luz e o calor   O trigo é triturado e aparece a farinha   O ouro sofre no cadinho e se transforma em jóia   O pano é cortado e produz o vestido - A roupa recebe o calor do ferro de engomar e apresenta se mais vistosa   Os frutos são consumidos e fazem a nutrição   As plantas, mesmo fervidas, produzem o chá para combater a doença   As árvores são podadas e oferecem mais frutos.   

CONCLUSÃO EVANGÉLICO DOUTRINÁRIA   • A falta de indulgência ainda é no mundo a característica dos seus habitantes. Geralmente, habituamo nos a ver o lado mal das coisas e das pessoas, esquecendo-nos de que todos somos portadores de imperfeições que precisamos exterminar. • O nosso dever básico deve ser o de vigiarmos a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios. Sejamos indulgentes, rogando perdão para os nossos erros e perdoando os que erram. • “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”. (Jesus) Se hoje não somos portadores de determinadas imperfeições, já o fomos no passado e ainda hoje a nossa caminhada evolutiva prossegue cheia de tropeços. • Sejamos indulgentes uns para com os outros, procurando silenciar ante as fraquezas de nossos irmãos, pois se fomos chamados ao testemunho de nossas obras, não saberemos ao certo em que condições iremos nos apresentar.

Leia mais: https://www.uemmg.org.br/cofemg/area-de-infancia-e-juventude/conteudo-programatico/livro/6-conduta-espirita-vivencia-10