Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Dai, pois, a César, o que é de César e a Deus o que é de Deus

Narra o Evangelho de Mateus que, quando os inimigos de Jesus O tentaram envolver em uma contradição, acerca da legalidade ou não do pagamento do tributo ao Imperador de Roma, o Excelso Mestre assim concluiu o ensino: Dai, pois, a César, o que é de César e a Deus o que é de Deus.

A resposta nos conduz a profundas reflexões.

César e Deus podem significar o humano e o Divino, o material e o espiritual.

Normalmente, por vivermos no mundo carnal, nos afadigamos pela conquista de coisas materiais. Isso porque este mundo muito nos exige para a sobrevivência e o desfrutar de algum conforto.

Assim, aplicamos todas as horas, ou grande parte delas, aos compromissos materiais. Mesmo quando nos dispomos ao repouso, nosso objetivo é o de refazer as forças para a luta do dia seguinte que nos aguarda, com a mesma ou maior intensidade.

Envolvidos no cotidiano, programamos a nossa vida como se ela jamais viesse a se extinguir pela desencarnação.

Elegemos um culto exagerado ao corpo, imaginando que dele não mais nos haveremos de apartar. Nesse afã, gastamos horas inímeras com a seleção das mais aprimoradas dietas, os exercícios físicos apropriados, vitaminas, ervas, banhos etc.

Naturalmente, ao sermos surpreendidos pela morte física, pela falta de hábito de elevação, poderemos prosseguir na fixação perturbadora e ilusória de que a morte não nos ceifou o corpo, permanecendo ao seu lado.

Como homens, vivemos em sociedade e temos deveres para com ela. Necessitamos cumprir com nossa parte para o progresso de todos.

E ninguém pense que fugir do mundo, sob o pretexto de servir a Deus, se justifique. O Mestre Jesus nos deu os exemplos de como viver no mundo, servindo aos homens.

Ele participou das bodas em Caná, santificando-as com Sua presença. Foià casa de um cobrador de impostos, honrando-lhe o lar.

Mais de uma vez hospedou-se na chácara dos irmãos de Betânia. Ouviu a mulher equivocada, lecionando-lhe honradez. Foi ao templo eà sinagoga, sem preconceito de espécie alguma. Participou das festas habituais do povo, sem se permitir envolver em paixões.

Tudo fez com naturalidade, discrição e honorabilidade.

* * *

Aprendamos com Jesus. Em nossos dias, dediquemos a Deus um momento de reflexão, uma hora de misericórdia para com os Seus filhos.

Encaminhemos a Deus nossa dádiva, ofertando-nos ao próximo.

Vivamos no mundo, amando a vida e servindo ao mundo sem escravidão. E canalizemos para Deus os nossos recursos morais, trabalhando nossa intimidade espiritual, imperecível, imortal.

Você sabia?

…que o nascimento de Jesus foi anunciado por cânticos celestes e informado aos pastores como uma notícia de muita alegria?

E sabia que Jesus encerrou o Seu messianato, entre os homens, em plena luz do dia, em glorioso encontro na natureza, desaparecendo aos olhos de quinhentos discípulos?

Dessa forma nos ensinou que a vida é um poema de jíbilos em nome do amor.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17,

do livro Momentos de Esperança, pelo Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.

Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus

1 - Qual o verdadeiro sentido da sentença: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"?

2 - Como colocar em prática esse ensinamento de Jesus: "Dai a César o que é de César"?

3 - E o ensinamento "Dar a Deus o que é de Deus", como exercitá-lo em nosso dia-a-dia?

Dai a César o que é de César - Conclusão Voltar ao estudo


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

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EESE063b - Cap. XI - Itens 5 a 7
Tema: Dai a César o que é de César
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A - Conclusão do Estudo:
Para cumprir o preceito ensinado por Jesus, Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, devemos não só respeitar as leis humanas cumprindo nossas obrigações com a família, as instituições e a sociedade, como observar os preceitos divinos de amor e caridade, que nos possibilitam o progresso moral e espiritual.

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Qual o verdadeiro sentido da sentença: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"?

(Reler a pergunta contida no 1º parágrafo do item 5)

Eles não queriam, propriamente, conhecer a opinião de Jesus a respeito do pagamento dos tributos. Por trás desta atitude escondiam sua verdadeira intenção: fazer com que Jesus se traísse com as próprias palavras e, assim, tivesse contra ele a autoridade romana.

2 - Como colocar em prática esse ensinamento de Jesus: "Dai a César o que é de César"?

Cumprindo todos os deveres contraídos para com a família, a autoridade, as instituições e a sociedade e observando o princípio da fraternidade, segundo o qual "devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco".

"Respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus."

"É condenável todo prejuízo material que se possa causar a outrem."

3 - E o ensinamento "Dar a Deus o que é de Deus", como exercitá-lo em nosso dia-a-dia?

Observando os preceitos divinos de amor e caridade, que nos levam à reforma íntima e nos conduzem ao aprimoramento espiritual.

Para que cumpramos a Lei de Deus é necessário amar o próximo e praticar a caridade.

Para que nos elevemos espiritualmente necessitamos viver em sociedade, ao lado do nosso próximo.

Dai a Cesar o que é de Cesar

Dai a Cesar o que é de Cesar

Marcos 12, 13-17
13  Naquele tempo, Enviaram-lhe alguns fariseus e herodianos, para que o apanhassem em
alguma palavra.
14  Aproximaram-se dele e disseram-lhe: Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permitido que se pague o imposto a César ou não?
Devemos ou não pagá-lo?
15  Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário.
16  Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: De quem é esta imagem e a inscrição? De César, responderam-lhe.
17  Jesus então lhes replicou. Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus. E admiravam-se dele.
Enviados para encontrar em Jesus alguma falha e assim destruir a sua credibilidade, alguns líderes religiosos armaram várias ciladas para tentar colocar o Rabi em situações difíceis. Uma delas foi essa passagem em Marcos 12, onde suscitaram a questão da legitimidade ou não do tributo a César, o imperador. Se Jesus apoiasse o tributo
imperial, ficaria exposto ao ódio dos seus compatriotas que viviam sob a
extorsão romana e em grande sofrimento pelas violências e imposições cometidas;
se não apoiasse, seria denunciado aos romanos como revolucionário e agitador do
povo judeu, algo que era tido subversivo e assim, severamente punido pelos
romanos.
Então Jesus, com as palavras: “Dai a César o que é de César”, estabeleceu
a importante questão de que todos nós somos cidadãos de dois mundos: o
terrestre, com todas as obrigações a ele inerentes, e ao mundo espiritual  com todas as implicações e entendimentos que isto acarreta. Que existe um poder aqui no mundo material e temporário, e um poder no mundo espiritual, este que não tem fim.
 Jesus ensina, que enquanto estivermos neste mundo, teremos obrigações para com ele.
Agora, precisamos também, ter o espírito de discernimento para fazer a distinção entre o que pertence a este mundo e o que pertence ao reino do céu. O que pertence a Deus e o que não pertence. Quanto as obrigações com este mundo, estão o exercício com dignidade da nossa cidadania,  obedecer as leis e costumes dignos existentes, respeitar a nós mesmos e ao nosso corpo físico, respeitar o próximo e a sociedade, fazer bom uso dos bens materiais que estão a nossa disposição e sempre promover a fraternidade, buscando a evolução.
Mas nós enquanto espíritos imortais e aspirantes a discípulos do Mestre de Nazaré devemos cumprir com nossas obrigações morais, nunca esquecendo que também não podemos viver alienados, nem esquecer que somos cidadãos do Plano Maior. Essas, por sua vez, devam ser as obrigações mais trabalhadas, com disciplina, dedicação, instrução, prática e muitas das vezes com sacrifícios. Sabemos que caminhar no caminho do bem, do
amor e da caridade, dado o nosso estágio evolutivo é lição muito árdua, porém possível e que só depende de cada um de nós.
 Anunciar a boa nova e viver retamente segundo os preceitos do Espiritismo e do Mestre Jesus, é a nossa maior obrigação enquanto criações de DEUS, que nada faz de imperfeito, que nada faz sem sentido, que nada faz estático…tudo está em constante movimento de aperfeiçoamento.
Moedas
De um lado o imposto a ser pago em moeda deste mundo, do outro, o crédito moral  que nos levará a evolução.
Em uma tem a imagem e a descrição do Imperador romano, representa injustiça, opressão, medo, desigualdades, orgulho e egoísmo.
Em outra, de um lado tem a face de Jesus, o símbolo de amor, disciplina, bondade, servidão, paz, justiça, benevolência, caridade, fraternidade e do bem.
Qual o mais importante? Bem, lembremos das palavras de Jesus em Mateus 6,33:
 “buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
 Portanto, saibamos que o Reino de Deus e a Sua justiça têm prioridade sempre.
 Como disse Pedro: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5,29).

MUITA PAZ A TODOS !!

A César o que é de César - Momento Espírita


O Apóstolo Mateus, no capítulo vinte e dois de seu Evangelho, relata o momento no qual os fariseus, juntamente com os herodianos, tentam indispor o Cristo com a autoridade romana.

Numa época em que qualquer crítica às decisões do Imperador era severamente punida, os sacerdotes, de maneira engenhosa, perguntaram a Jesus se era lícito ou não pagar impostos a César.

Jesus, sabendo de sua malícia, pediu a um deles que lhe mostrasse a moeda utilizada para o tributo e, mostrando-a, interrogou-os quanto à imagem e a inscrição nela contidas. São de César, responderam.

Sendo assim, Jesus sentenciou: Dai a César o que é de César e a Deus o que é Deus. Tal afirmativa, tão simples e tão sábia, foi suficiente para surpreender os fariseus e lhes calar os intentos.

*   *   *

Com esse ensino, Jesus nos deixa clara a legitimidade de nossos deveres civis, como é o caso dos impostos e de outras obrigações. Nos dias de hoje, nada mais atual.

Com o advento da internet, o mundo passou por uma revolução. Há um enorme fluxo de informações. Torna-se cada vez mais tênue a linha que separa a vida real da chamada vida virtual.

Compartilham-se arquivos, ideias. Trocam-se mensagens em tempo real. Milhões de e-mails são enviados todos os dias. Vende-se e compra-se praticamente tudo. Pessoas se conhecem via internet e se casam.

Entretanto, nem tudo são flores. Um hábito comum de muitos usuários da rede mundial de computadores é o de fazer o download de músicas, vídeos e até mesmo livros inteiros, sem atentar aos direitos autorais e às taxas devidas.

Em outra esfera, sonegam-se impostos, os quais são necessários para garantir aos cidadãos direitos, como moradia, educação, saúde e lazer.

Há ainda outros hábitos que, por tão comuns, quase se tornam naturais, mas que estão longe de serem morais. Por exemplo, sairmos alguns minutos antes de se encerrar o expediente, apanhar um livro emprestado e não devolver.

Outros ainda, como perceber que o troco veio a mais e não restituí-lo ao caixa; apropriar-se de um dinheiro encontrado, sem fazer o mínimo esforço para encontrar o dono.

Os nossos deveres para com a sociedade são tão relevantes quanto os nossos deveres para com Deus. Afinal, se não procuramos nos ajustar às leis humanas, como poderemos fazê-lo com relação às Leis Divinas?

Pensemos nisso e percebamos o quanto nossas ações, por vezes, estão baseadas num automatismo cultural, no qual certas tendências, não moralmente corretas, são aceitas como se o fossem.

Entretanto, os que buscamos viver de acordo com os ensinamentos do Cristo, devemos nos lembrar da máxima evangélica: Seja o vosso falar sim, sim; não, não. Isto é, uma atitude está de acordo com a moral cristã ou não está. Não há meio termo.

Pensemos nisso.         

Redação do Momento Espírita, com base no item 5,
do cap. XI, do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, ed. Feb.
Em 14.11.2012.

Deveres


FELINTO ELÍZIO DUARTE CAMPELO
felintoelizio@gmail.com
Maceió, Alagoas (Brasil)                   


Deveres

“... Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
(Lucas, 20:25)


Em sua romagem terrena, o homem se vê a braços com múltiplas obrigações. Assim é que atende a deveres familiares e a compromissos profissionais, submete-se a preceitos sociais e a imposições governamentais, impulsionado pelo sentimento de afetividade ou pela noção de responsabilidade, levado pelo desejo de manter as aparências ou pela necessidade de estar na legalidade.

Ante as pressões e exigências que a vida inflige no plano físico, o homem tende aos extremos, ora escravizando-se aos reclamos do mundo em detrimento dos interesses do espírito, ora dedicando-se fanaticamente às cousas sagradas, subtraindo-se ao tributo devido à matéria.

O bom senso, todavia, nos induz ao equilíbrio das ações no tocante ao cumprimento dos encargos que a vida material reserva e no que diz respeito à preparação espiritual para a vida futura no além.

Por isso, com muita sabedoria, Jesus respondeu aos que o procuravam tentar, perguntando se seria lícito pagar impostos ao governo de Roma: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 6 e 7, Kardec comenta a referida passagem evangélica nos termos seguintes:

“A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: ‘É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?’

Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas ‘Jesus, que lhes conhecia a malícia’, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido.

Esta sentença: ‘Dai a César o que é de César’, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é consequente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.”

DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR - Leda



 “Então, retirando-se os fariseus, projetaram entre si comprometê-lo no que falasse. E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com os herodianos, que lhe disseram: Mestre sabemos que és verdadeiro, e não se te dá de ninguém, porque não levas em conta a pessoa dos homens; diz-nos, pois, qual é o teu parecer: é lícito dar tributo a César ou não?
             Porém, Jesus, conhecendo a sua malícia, disse-lhes: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me cá a moeda do censo.
             E eles lhe apresentaram um dinheiro.
             E Jesus lhes disse: De quem é esta imagem e inscrição?
             Responderam-lhe eles: De César.
             Então lhes disse Jesus: Pois dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
             E quando ouviram isto, admiraram-se e deixando-o, se retiraram. (Mateus, XXII: 15 a 22) (Marcos, XII: 13 a 17).

             Irritavam-se os judeus de serem obrigados a pagar tributos aos romanos, que os dominavam. Como viviam sob a lei mosaica, consideravam esse imposto, também uma questão religiosa, contrária à sua lei.

             Usaram-na, pois, como uma cilada para, conforme a resposta, sim ou não, denunciarem Jesus aos judeus ou aos romanos, respectivamente.

             Na frase: “... e não se te dá de ninguém, porque não levas em conta a pessoa dos homens;”, no texto do livro” Imitation De L’Evangille Selon Le Spiritisme 1864, Allan Kardec, editado pela FEB, em 1979, item 128, está assim redigida:” Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus na verdade, sem olhar a quem quer que seja, porque não consideras a pessoa nos homens;”

             Penso ser essa tradução mais explícita, considerando que Jesus não se importava com a aparência, com os títulos das pessoas que o procuravam. Via em todos, irmãos em desenvolvimento.

             Nessa frase, vemos também o reconhecimento, sincero ou não, por parte dos seus inquiridores, de que Jesus exemplificava, nas suas atitudes e atos, as leis de Deus, que ele colocava acima dos homens.

             Jesus ensinava não só para os de sua época, mas para toda a humanidade da Terra, indicando o caminho para sua evolução.

             Ensinava, exemplificava e confiava em Deus, nas Suas leis e na perfectibilidade dos homens, que alcançariam um dia o que ele alcançara.

             Jesus usou, como sempre o fez, a situação particular para deixar um ensinamento geral, destinado a toda a humanidade, na frase: “Dai a César o que é de César”, ou seja respeitar os direitos do outros, como se quer que os seus sejam respeitados.

             Dar a cada um o que lhe pertence, condenando, pois,” todo prejuízo moral e material causado a outros, toda violação dos seus interesses.”

             Respeitar, pois, as leis humanas, tanto quanto se deve respeitar as divinas no “cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para todos os indivíduos.”

             Na idéia, que deve ser transformada em ações, de dar ao homem o que é do homem e a Deus o que é de Deus, esta implícita todos os deveres materiais e espirituais dos homens.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Junho / 2009

Dai a César o que é de César - links


https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-11-amar-o-proximo-como-a-si-mesmo/dai-a-cesar-o-que-e-de-cesar/

https://espirito.org.br/palestras/dai-cesar-que-de-cesar/

http://www.dij.febnet.org.br/jovem/doutrina-espitita/nos-e-cesar-o-r-valor-das-coisas/

http://bvespirita.com/Dai%20a%20Cesar%20o%20Que%20e%20de%20Cesar%20(Andre%20Martinez).pdf


quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O Maior mandamento

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - O que se entende por "amar a Deus de todo o coração, alma e espírito"?

2 - E por "amar o próximo como a nós mesmos", o que podemos entender?

3 - Que virtude devemos cultivar, para conseguirmos observar estes ensinamentos de Jesus?

O Mandamento Maior - Conclusão Voltar ao estudo

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

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EESE094b - Cap. XV - Itens 4 e 5
Tema: O Mandamento Maior
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A - Conclusão do Estudo:
Ama a Deus sobre todas as coisas aquele que O coloca como o centro de sua vida, observa seus mandamentos e em tudo percebe manifestações de seu amor. Ama ao próximo como a si mesmo aquele que faz para os outros todo o bem que para si próprio desejaria. O amor ao próximo é a mais autêntica manifestação de amor a Deus.


B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - O que se entende por "amar a Deus de todo o coração, alma e espírito"?

Ama a Deus dessa maneira, aquele que O reconhece como Pai misericordioso; que compreende a vida como dádiva do seu amor em benefício de nosso progresso; e que faz da própria vida uma caminhada em sua direção, pela observância de suas leis.

Amar a Deus sobre todas as coisas é reconhecer a natureza como obra de sua bondade. É agradecer-lhe diariamente por tudo que nos concede.

Amar a Deus sobre todas as coisas é recorrer a Ele como amparo de nossa fraqueza; é louvá-lo a cada instante, como fonte de nossa coragem e alegria.

2 - E por "amar o próximo como a nós mesmos", o que podemos entender?

Que devemos dispensar ao nosso irmão o mesmo tratamento que gostaríamos de receber, caso estivéssemos em seu lugar; desejar-lhe tudo o que almejamos para nós, regozijarmo-nos com sua alegrias e o consolarmos em suas dores e aflições.

Devemos nos colocar no lugar do próximo e procurar dispensar-lhe as mesmas atenções que gostaríamos de receber, se nos encontrássemos em igual situação.

3 - Que virtudes devemos cultivar, para conseguirmos observar estes ensinamentos de Jesus?

Devemos cultivar a caridade e a humildade, pois a primeira nos ensina o esquecimento de nós mesmos em favor do nosso próximo; e a segunda nos liberta das vaidades humanas, aproximando-nos de todos na condição de irmãos.

Pela prática da caridade combatemos o egoísmo; pelo exercício da humildade libertamo-nos do orgulho.

O Maior Mandamento




Capítulo 15 de "O Evangelho Segundo o Esiritismo, de Allan Kardec" - Fora da caridade não há salvação, itens 4 e 5, O MAIOR MANDAMENTO.

Este tema tem a finalidade de aprofundar a nossa compreensão sobre os dois maiores mandamentos da Lei de Deus ensinados por Jesus, ressaltando qual deve ser a nossa atitude para, verdadeiramente, amar a DEUS sobre todas as coisas e ao PRÓXIMO como a nós mesmos.

Jesus inquirido pelo doutor da Lei, sobre qual seria o MAIOR MANDAMENTO da Lei de DEUS respondeu de uma maneira direta e objetiva: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS e o segundo AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.

AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que O reconhece como PAI MISERICORDIOSO.

AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que reconhece a VIDA como dádiva do Seu amor em benefício do nosso progresso.

AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que faz da própria vida uma caminhada em Sua direção, através da observância de suas Leis perfeitas e imutáveis.

AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é reconhecer a natureza como obra de Sua bondade. E agradecer diariamente por tudo o que Ele nos concede.

AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é recorrer a Ele como amparo de nossas fraquezas... É também louvá-Lo a cada instante como fonte de nossas alegrias e de nossa coragem diante dos desafios da vida.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é entender que devemos dispensar ao nosso irmão o mesmo tratamento que gostaríamos de receber.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é desejar aos outros tudo o que almejamos para nós, é ficarmos feliz com suas conquistas e suas alegrias como se fora nós mesmos que as experimentássemos.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é consolar o irmão triste em suas dificuldades, dores e aflições oferecendo o socorro que estiver ao nosso alcance.

AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é colocarmo-nos no lugar do OUTRO e dispensar-lhe as mesmas atenções e cuidados que desejaríamos se estivéssemos naquela situação.

Quando Jesus diz que os mandamentos que ensinara contém TODA A LEI E OS PROFETAS quer nos fazer entender que todos os preceitos religiosos, todos os ensinamentos dos profetas e iniciados, todas as lições dos livros sagrados podem ser sintetizadas naqueles dois mandamentos: Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos;

Os ensinamentos de Jesus são VERDADES ETERNAS por isso estes dois mandamentos contém tudo o que precisamos para a salvação do espírito... Mas salvar-nos de que? ELES NOS SALVAM DA INFELICIDADE!
Não é possível amar a DEUS sem amar ao próximo, porque DEUS se manifesta diante de nós na pessoa de seus filhos, os nossos irmãos.

Aquele que verdadeiramente traz dentro de si o desejo de AMAR A DEUS e observar Seus mandamentos estende esse amor a todas as pessoas, por nelas reconhecer criaturas por Ele criadas, irmãos nosso na divina paternidade.

Não se pode amar a DEUS desprezando o próximo. Ao contrário, é pelo bem que fazemos ao próximo que demonstramos o nosso amor a DEUS. Da mesma forma que ao ajudarmos uma criança, seus pais ficam gratos a nós, porque amando a criança demonstramos amor por eles.

Esse ensinamento do evangelho nos traz uma lição prática: que FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO uma vez que a caridade é a concretização do amor. A CARIDADE é a forma pela qual o AMOR se realiza, exteriorizando-se de nós na forma de ações, gestos e atitudes.

O caminho da salvação de nossa alma dos erros do passado e da infelicidade, da dor e do sofrimento, passa, necessariamente, pelo amor ao próximo objetivado através da CARIDADE.

Portando, para observar esses mandamentos devemos cultivar a CARIDADE e a HUMILDADE, pois a primeira nos ensina o esquecimento de nós mesmos em favor do nosso próximo, e a segunda nos liberta das vaidades humanas, aproximando-nos de todos na condição de irmãos.

CARIDADE = ESQUECIMENTO DE NÓS MESMOS = LIBERTAÇÃO DAS AMARRAS DO EGOISMO

HUMILDADE = EXTINÇÃO DAS VAIDADES HUMANAS = IDENTIFICAÇÃO COM O PRÓXIMO ATAVÉS DA LEI DE IGUALDADE.

Pela prática da CARIDADE combatemos o EGOÍSMO, pelo exercício da HUMILDADE libertamo-nos do ORGULHO... EGOISMO E ORGULHO são as chagas da humanidade, os criadores de todo mal, que nos impedem de ser FELIZ integrando-nos com DEUS através do PRÓXIMO.

Devemos ser caridosos mesmo com as pessoas que se consideram (ou que consideramos) nossos adversários ou inimigos. AMAR E PERDOAR desejando a essas pessoas todo o bem que gostaríamos de receber sem deixar de aproveitar todas as oportunidades de RECONCILIAÇÃO.

Se, mesmo agindo assim, não formos compreendidos pelo nosso irmão desarmonizado conosco, DEUS que tudo vê e preside saberá reconhecer o nosso esforço.

O PERDÃO, A CARIDADE, A HUMILDADE E O AMOR beneficiam em primeiríssimo lugar aquele que os estende ao próximo, assim como as rosas perfumam primeiramente as mãos que as estendem aos outros.

AMA a DEUS SOBRE TODAS AS COISAS aquele que O coloca como centro de sua vida, observa seus mandamentos e em tudo percebe as manifestações do seu AMOR.


AMA AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO aquele que faz para os outros todo o bem que para si próprio desejaria, fazendo do AMOR AO SEMELHANTES a mais autêntica manifestação do amor a DEUS.

Amor: a lei maior da vida

 - Por Antônio Moris Cury
Jesus, o Cristo, o ser mais perfeito que até agora habitou o planeta Terra, nosso Mestre, irmão e amigo de todas as horas, com admirável e especialíssima capacidade de síntese, presente, aliás, em todos os Seus pronunciamentos, inclusive naqueles em que utilizou parábolas, perguntado por um doutor da lei [com a indisfarçável intenção de provocá-lO] sobre qual era o mandamento maior da lei, ofereceu, de imediato, a seguinte resposta: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22:34 a 40)

Trata-se da milenar, sintética e célebre sentença que contém, em resumo, toda a lei e os profetas e que foi pronunciada há cerca de dois mil anos [a propósito, interessante registrar: como Jesus começou a pregar quando tinha aproximadamente trinta anos de idade e com trinta e três foi crucificado, pode-se concluir que a veneranda sentença completará dois mil anos apenas quando a Terra estiver por volta do ano de 2030, talvez um pouco mais, depois de Cristo – O Mestre, como bem o sabemos, dividiu a História da Humanidade em antes e depois de Cristo].

Entendemos que se pode concluir também que quem ama ao próximo como a si mesmo estará, exatamente por este motivo, por esta razão, amando a Deus sobre todas as coisas.

E, ainda, amar ao próximo como a si mesmo é fazer a ele o que gostaríamos que ele nos fizesse.

Entretanto, há uma indeclinável premissa para amar ao próximo como a si mesmo: é absolutamente indispensável amar-se. E para amar-se é preciso conhecer-se.

Não é à toa que o autoconhecimento, o conhecimento de si mesmo é a chave do progresso individual (questão 919 de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental do Espiritismo).

Pode parecer difícil, mas não é. Devagar, aos poucos, vamos nos conhecendo e, com isto, vamos nos ajustando, alterando, corrigindo e melhorando nossa postura, nossa compostura, nosso comportamento, de modo continuado e permanente. Sempre podemos melhorar, buscar nosso aperfeiçoamento, intelectual e moral. Nunca é tarde, uma vez que agora pode ser o momento exato de começar ou de recomeçar. E não perder de vista que a própria natureza não dá saltos…

Um bom começo é procurar enxergar no próximo um irmão e fazer a ele o que gostaríamos que ele nos fizesse. Enxergar no próximo alguém que também está a caminho, que tem origem divina, que é um ser espiritual, um ser pensante da Criação, que é imortal, indestrutível e que, por isso mesmo, viverá para sempre, no corpo físico ou fora dele. Alguém que, um dia, igualmente alcançará a perfeição relativa.

Além deste que é o principal, ainda poderemos expressar o nosso amor servindo, sendo úteis, onde quer que nos encontremos, oferecendo o melhor sempre.

E, sem a menor sombra de dúvida, sendo pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, estaremos expressando o nosso amor de maneira magnífica, facilmente perceptível, sabendo-se, como se sabe, que o amor é fundamental na vida de todos. Como se não fosse suficiente, cumpre relembrar que fazer o Bem faz bem, torna-nos pessoas melhores, mais confiantes, mais felizes [e não tem qualquer contraindicação].

O Espírito José Lopes Neto, no livro Em nome de Deus, pela psicografia do incansável, valoroso e ínclito médium Raul Teixeira, aconselha: Nunca te canses de desenvolver teus valores, os recursos que iluminarão e que nortearão teu rumo, evolução afora. Rejubila-te diante dos ensejos de agir, conscientemente, em prol do amor, em favor da alegria e da paz. (1ª edição Fráter, 2007, página 38)

Procuremos, pois, observar e cumprir a Lei de Amor, a lei maior da Vida, capaz de nos tornar melhores e mais felizes agora e aqui mesmo na Terra.

O mandamento maior


Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam
parábola dos credores e dos devedores

“O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XI, itens 1 a 4”
Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositora: Vera Oliveira
Rio de Janeiro
31/07/2002

Dirigente do Estudo:
Márcio Alves

Mensagem Introdutória:
PSICOLOGIA DA CARIDADE

“Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.” – Jesus – Mateus, VII:12.

“Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.” – Cap. XI:4.

Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.

Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.

Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.

Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência.

Não se restringe, porém, à emotividade.

Pára e atende.

Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.

Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.

No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.

Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.

No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que poderia por si, sem nada pedir ou perguntar.

Sentiu e agiu, auxiliou e passou.

Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.

Emmanuel

Do Livro: Livro da Esperança

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Editora: CEC

Oração inicial:
<Moderador_> Senhor Jesus, aqui estamos, mestre querido, reunidos em Teu nome, buscando o aprendizado de Tua doutrina de luz. Que os amigos espirituais, com quem buscamos nos sintonizar neste momento, possam nos auxiliar o entendimento da lição a ser estudada na noite de hoje, que, sem dúvida, tem muito a nos acrescentar. Abençoe nossa companheira Vera, que fará uso da palavra nesta noite. Que ela possa ser intuída e amparada em seu estudo. Que em Teu nome, mestre querido, em nome da espiritualidade amiga que nos acompanha e sobretudo em nome de Deus possamos dar por iniciado o estudo da noite de hoje.

Que assim seja!

Exposição:
<Vera_Oliveira> Que sejam as nossas primeiras palavras uma rogativa à Deus para que Ele nos auxilie ao estudo da noite.

Certamente que o tema “Amar ao próximo como a si mesmo” é muito profundo para a nossa compreensão e a nossa forma de sentir, pois se assim não fosse, já há 2000 anos que esta mensagem está gravada em nossas almas e ainda exige de nós muito esforço para senti-la e, conseqüentemente praticá-la. Vamos nos deter mais especificamente no segundo mandamento que é semelhante ao primeiro: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Observemos, queridos companheiros, que o próprio Mestre através de Suas palavras nos coloca uma medida.

Qual é a medida? A ti mesmo!

Vamos então parar e meditar sobre esta medida.

No item III, Ele nos trás a história do homem que devia dez mil talentos e foi perdoado. Logo a seguir, encontrou-se com um companheiro que lhe devia muito menos, entretanto, não conseguiu perdoar.

Buscando trazer para o nosso dia a dia estes comportamentos, certamente veremos que não estão tão distantes de nós. Analisemos em nós mesmos, já que somos a medida.

Quais são as nossas maiores dificuldades no relacionamento com o próximo? Certamente o mau humor e a grosseria com que muitas vezes tratamos o semelhante, porém, damos como desculpa o cansaço, a cabeça cheia de problemas. Não estaria, neste comportamento tão simples, um convite para exercitarmos com o outro o que gostaríamos que fizessem conosco?

Kardec, no item IV, nos diz que devemos ter indulgência e benevolência para com o semelhante. Quando analisamos esta observação , nos lembramos da necessidade que temos de ser mais fraternos uns com os outros. Ele chega mesmo a dizer que isto é uma regra de comportamento, e então, voltando a questão do mau humor, nos lembramos: Não seria uma regra de comportamento evitarmos esses obstáculos nas nossas relações, obstáculos esses que dificultam o nosso entrosamento?

Não gostamos que falem de qualquer maneira conosco, e por que não observamos que muitas vezes tratamos os outros com grosseria?

Os companheiros devem estar pensando: Mas, por que um comportamento tão simples, dentro de um tema tão complexo? E nós diríamos: seria uma forma de começarmos colocar esta regra em nosso comportamento.

Santo Agostinho, na questão 919-a do Livro dos Espíritos, nos diz que a reencarnação na qual ele mais progrediu foi quando adotou por comportamento perguntar todas as noite à sua consciência, se tivera feito alguma coisa ao outro que não fosse boa, ou se deixara de fazer algo de bom, ou ainda se tinha alguma queixa dele naquele dia. Remontava assim o seu dia, através das suas atitudes e se programava para não cometer no outro dia, os mesmo erros do dia anterior.

Ele afirma ser esta a maneira mais eficaz e mais eficiente para a auto-transformação.

Será que nós estaríamos dispostos a copiar essa regra de auto transformação de Santo Agostinho?

Não estaria faltando algo, ou melhor, uma metodologia criada por nós mesmos para nos impor um exercício de renovação, de esclarecimento mental, de ampliação de nossos sentimentos e de equilíbrio das nossas emoções?

Somos filhos de Deus, portanto, herdeiros de um Ser Supremo , que espera amadureçamos todo o nosso potencial para finalmente alcançarmos a felicidade que nos espera.

Mas, com certeza, sem aprendermos o grande desafio do relacionamento mútuo, ficará muito difícil para nós.

Como conhecer o sentimento fraterno e solidário, se não nos predispormos a dar o melhor de nós mesmos?

Dentro de tudo aquilo que fazemos e dentro da nossa convivência, cada criatura é uma individualidade que nos compete conhecer as suas características para que possamos aprender a lidar, a conviver e a amar. Cada criatura nos trás uma grande oportunidade de renovação.

Quantas vezes já ouvimos alguém dizer: Meu Deus, eu não sabia que o fulano era capaz de fazer isso ou aquilo… E realmente está certo, porque essa relação era uma relação

superficial, não havia um conhecimento mais profundo.

Costumamos conquistar amizades, mas não sabemos mantê-las. Joanna de Ângelis nos diz que assim agimos, justamente porque nos faltam os recursos para a cada dia doarmos algo de nós naquela relação. E, muitas vezes, dizemos assim: Eu não tenho mais como continuar com essa relação! E deveríamos estar dizendo: preciso me melhorar, preciso dilatar os meus sentimentos e os meus conhecimentos para voltar.

Nos lembra Kardec, no Capítulo XIII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: caridade material sem a caridade moral é deficiente, mas já é um começo.

Kardec nos esclarece melhor a questão da benevolência. Ele nos convoca a tratar os homens da mesma maneira que queremos que os homens nos tratem.

Quando buscamos uma informação no dia a dia, gostamos que alguém nos informe com carinho e com atenção, gostamos que as pessoas compreendam as nossas dificuldades enfim gostamos de ser tratados com toda a educação.

Quando Jesus nos fala que o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servos, nos detemos em uma outra parte que nos chama bastante atenção. “…Quando o servo lança-se aos pés do seu senhor e lhe suplica: Senhor, tenha um pouco de paciência e eu lhe pagarei tudo! As mesmas palavras que ele usou, tenha um pouco de paciência, logo ao sair, um seu irmão também lhe pediu, mas ele não quis escutá-lo e fez que o prendessem até que lhe pagasse o que lhe devia. Então o senhor chamou este servo e disse: servo mau, eu te perdoei tudo o que me devia, porque me implorastes, portanto tu também devias ter piedade de teu companheiro, como eu tive de ti. E finaliza dizendo: é assim que meu pai que está nos céus vos tratará se cada um de vós não perdoar do fundo do coração as faltas que seu irmão tiver cometido contra vós.

Buscando refletir um pouco mais na questão dos relacionamentos, quando eles muitas vezes chegam ao final por não terem mais as pessoas o que se dizerem, Jesus é muito claro, nos mostrando a necessidade de avaliar as nossas emoções, de avaliar as nossas intenções, e, se na maioria das vezes, fomos sinceros conosco mesmos.

O que nos falta é a vontade de prosseguir no esforço de cada instante.

Talvez, neste momento, alguns dos companheiros que nos assistem podem pensar: mas existe uma relação que eu não consigo mais levar adiante, porque posso até me comprometer muito mais, e nós dizemos: prossiga em silêncio, orando, abençoando, entregando esse companheiro que você não sabe mais lidar e, pedindo ao Pai que ilumine mais a sua alma, a sua mente para resgatar essa amizade, essa relação.

Na simplicidade do cotidiano, momento a momento o convite para a nossa melhoria. Vale a pena tentar. Pouco a pouco conseguiremos.

Deus abençoe aos nossos corações.

Oração Final:
<Moderador_> Jesus, mestre amigo, nós Te agradecemos pelos momentos de estudo e aproveitamento que tivemos nesta noite.

Ajuda-nos, mestre, a combater nossas imperfeições e a nos aproximarmos, cada vez mais, de um comportamento mais cristianizado. Que os amigos da espiritualidade nos abençoem e nos protejam em nossa caminhada terrena.

Que assim seja! Graças a Deus!

O MAIOR MANDAMENTO


"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito.
Este é o maior mandamento.
Eis o segundo, que é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos depende toda lei e os profetas." (Mateus, 22: 37 o 40.)
"Toda a lei e os profetas estão contidas nestes dois mandamentos."
(O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XI.)

Por que a Lei de Deus nos recomenda amá-Lo sobre todas as coisas? Será que Deus quer que abandonemos as obrigações materiais para permanecermos em contemplação?

Algumas pessoas entendem isto como uma exigência, por ser Deus poderoso e temível entre nós. Confundem Deus com um pai humano, que precisa se exaltar para impor sua autoridade, a fim de ser respeitado e obedecido, para assim, conseguir administrar sua família.

No entanto, através da Codificação Espírita, feita por Allan Kardec, com base nos ensinamentos de Jesus, podemos observar que isto não é uma imposição e nem um capricho de Deus. Isto é uma necessidade nossa !

Por isso é que Jesus nos recomenda: Amar a Deus sobre todas as coisas, como base para sermos felizes. Para a nossa felicidade, temos que nos apoiar em algo que não seja perecível e passageiro, mas que é imutável e eterno. Algo que nos sustente, que nos dê segurança, confiança e esperança.

Sabemos que Deus é a fonte eterna da inteligência, da sabedoria e da bondade. A plenitude de Deus está acima de tudo o que que a nossa mente pode alcançar. Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas. Portanto, Deus é imaterial, não teve começo e não terá fim. É a fonte de todas as riquezas, de todas as virtudes.

É a essência que está acima da matéria, do espírito e de tudo o que se possa imaginar. Compreendendo a nossa fragilidade, temos que reconhecer a Sua Onipotência.

Somos regidos por Essa força suprema e soberana, que em grande parte ainda é por nós desconhecida. Nada poderemos e nada seríamos sem Ela. Por mais complexa que seja a nossa situação no momento, jamais fugiremos do controle e proteção dessa força criadora, que conhecemos pelo nome de Deus, porque ela está dentro de cada um de nós.

Por isso temos que obrigatoriamente admitir e respeitar Seus mandamentos. 'Ainda sofremos muito porque não aprendemos a seguir esses mandamentos e colocá-los acima de todas as coisas. Não aprendemos ainda a buscar Deus dentro de nós mesmos.

Para seguirmos os mandamentos da Lei de Deus, precisamos conquistar, valorizar e colocar em prática as virtudes pregadas e destacadas por Jesus. Por mais importantes que sejam para nós as coisas materiais, não podemos colocá-las acima da essência Divina.

Tudo o que é material, é perecível, tem fim; além de estar sujeito a alterações. É por isso que sofremos quando nos apegamos às coisas materiais. Sempre chega o momento da perda ou da decepção...

Amemos a Deus, não adorando-O com atos externos ou com palavras de exaltação. Deus não precisa disso. A adoração a Deus é a consciência de que existe um Ente supremo acima de tudo; que nos criou para buscarmos através do aprendizado e da experiência a nossa própria melhoria, e chegarmos à perfeição.

O que necessitamos é aprender e aplicar a Sua verdade, revelada por intermédio de Suas Leis. Segundo Jesus, o cumprimento do primeiro mandamento da Lei de Deus, nos traz segurança, esperança e conforto. Se confiarmos plenamente na infinita sabedoria e misericórdia de Deus, nunca iremos nos sentir desamparados.

O cumprimento do primeiro mandamento funde-se com o do segundo, que é: "Amar ao próximo como a ti mesmo". Inúmeras atitudes nossas nos levam, de uma maneira ou de outra, a transgredir a lei de Deus. Não tem ainda Deus na consciência:

Quem não perdoa o seu próximo, porque coloca seu orgulho e seu amor próprio acima da suprema justiça de Deus. Também quem não respeita os direitos do próximo, porque sustenta seu egoísmo acima da soberania de Deus.

Assim como quem é indiferente ao sofrimento ou necessidade do próximo, porque eleva seu comodismo acima dos dois primeiros mandamentos, desta forma es passando para trás o amor Divino.

Estaremos cumprindo os primeiros mandamentos quando conseguirmos, sem desculpas ou justificativa deixar de fazer aos outros aquilo que não queremos para nós. E mais: quando passarmos a fazer aos outros, na íntegra, tudo o que queremos para nós.

Um detalhe muito importante a considerar: quando nos propomos a trabalhar em benefício de uma coletividade (uma entidade religiosa ou de assistência social) estamos dentro da Lei de Deus.

Poderemos ser muito úteis e realizarmos muito a favor do nosso próximo. Todavia, não estando em contato direto com as falhas dos beneficiados, desconhecemos os seus defeitos. Assim, o nosso trabalho pode tornar-se prazeroso e fácil de ser realizado. Porém, quando o trabalho destina-se a favor de nossos adversários ou de pessoas que consideramos não dignas de ajuda, a situação muda.

Nossos ânimos se enfraquecem e passamos a julgar ao invés de querer ajudar. Podemos crer que: esta é a segunda etapa a ser alcançada dentro do "Amar ao próximo como a ti mesmo". Quando atingirmos essa nova etapa, saberemos servir em qualquer circunstância, sem orgulho, vaidade ou imposição.

Saberemos ser indulgentes e imparciais. Nada vai impedir a nossa benevolência. "Ajuda e passa", disse Jesus. "Faze o bem e não olhes a quem". Ainda estamos distantes dessa conquista. O único ser encarnado que amou e ama, cumprindo realmente estes e os demais mandamentos é Jesus.

Mas Ele disse: "Em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará as obras que faço e outras ainda maiores, "porque, eu vou para junto do Pai" (João, 14:12). Podemos entender que embora estejamos muito distantes, um dia chegaremos lá.

Jesus diz ainda, que nos dois mandamentos está contida toda a lei e os profetas. Entendemos com isso que todas as revelações, todas as profecias, assim como todo trabalho de renovação da humanidade na Terra, aconteceram e acontecem em torno da necessidade de desenvolvermos em nós e entre nós.

"Tudo quanto pois quereis que os homens vos façam, assim fazei-vós também a eles, porque esta é a lei e os profetas". (Mateus, 7:12) Tudo está resumido no amor. O amor não só na teoria, como é pregado, mas na vivência e convivência diária entre as criaturas.

Desta forma concluímos que, quando o amor imperar dentre a humanidade, não haverá a necessidade de tantas teorias, recomendações e não mais haverá sofrimentos. Porque "O amor cobrirá a multidão de pecados" (I Pedro, 4:8)

O Amigo

O maior mandamento por André Luiz Villar

Quando lemos e estudamos as passagens de Jesus de Nazaré em nossos meios, entre muitas, belas e imortais passagens, iremos dar destaque ao “Maior Mandamento”. E o evangelista Mateus que narra:

Mas os fariseus, quando ouviram que Jesus tinha feito calar a boca dos saduceus, juntaram-se em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas”.

Jesus ainda é uma personalidade muito desconhecida de todos nós; é verdade que até conhecemos parcialmente os seus ensinamentos, mas não os vivenciamos. Procuramos pouco viver o que Jesus nos ensinou através de suas lições e de sua postura mediante as dificuldades naturais do dia a dia.

Sempre que podia, Jesus procurava mostrar para todos nós quanto Deus é importante. Mas nós sempre tivemos muitas dificuldades de compreender Deus ao ponto de afirmarmos que o Pai e Jesus eram a mesma pessoa. E hoje sabemos que Deus é o Pai, e Jesus é nosso irmão. Porém, reconheçamos: um irmão que está muito mais adiantado do que nós.

Eu fico imaginando Jesus, com todo seu cabedal de conhecimentos, respondendo questões que hoje soam infantis, mas que na verdade objetivavam por vezes colocar o governador espiritual do Planeta Terra em saias justas.

Mas Jesus, conhecendo a índole de cada um de seus questionadores, viu a maldade em muitas dessas perguntas, como essa sobre qual seria o maior mandamento. E o Mestre sentenciou: o maior mandamento é amarmos a nosso Deus.

Precisamos tirar um minuto ao menos do nosso dia para efetuarmos as reflexões pertinentes à nossa vida e gostaria de lançar uma pergunta aos amigos que estão lendo essa matéria: qual a importância de Deus em nossa vida?

É uma pergunta básica para que possamos, além de compreender o que Jesus quis dizer, vivenciar os seus ensinamentos, pois precisamos o mais urgentemente estabelecer um intercâmbio com Deus, nosso Pai e Criador.

O fato é que lembramos do Cristo apenas e tão somente nos momentos da dificuldade, quando lhe rogamos amparo e ajuda, mas precisamos também agradecer por todas as bênçãos que Ele vem concedendo a cada um de nós.

É preciso também refletir que Jesus vai mais longe na resposta dada aos interlocutores, dizendo que além de amarmos a Deus em primeiro lugar, deveríamos amar o nosso semelhante como a nós mesmos.

Num prédio de amor, portanto, em primeiro lugar está o amor que devemos ter para com o nosso Criador; em seguida o amor para com o nosso próximo, e por último o amor que deveríamos ter para com conosco. Mas o fato é que nesse prédio, comumente, nós invertemos os papéis: amamos a nós em primeiro lugar, depois amamos aqueles que nos amam e fazem o que gostaríamos que fosse feito, e a Deus apenas lembramos nos momentos de dificuldades.

É hora de vermos mais além, e compreendermos que não estamos sozinhos nessa jornada evolutiva. Ninguém pode ser egoísta ao ponto de dizer que Deus o abandonou. Nós todos estamos entregues ao nosso próprio livre-arbítrio, e eis a oportunidade de termos discernimento em nosso querer.

Amar é se libertar, romper paradigmas. Eu procuro sempre estudar a vida do nosso querido e abnegado Chico Xavier. Sua vida é um roteiro de amor, renúncia, compreensão de Deus e do nosso próximo.

Quantas não foram as encarnações que estávamos presos em nosso mundinho egoísta e orgulhoso, e eis que o Espiritismo vem até ao nosso encontro, com novas propostas e perspectivas. Quando compreendemos os ensinamentos de Jesus, tudo se torna mais fácil e agradável.

O Espiritismo vem nos mostrar uma estrada cheia de oportunidades. Encerrando, lembramos dafrase do nosso querido Chico. Ele nos diz:

Quem sabe pode muito; quem AMA pode mais”.

Vivemos numa era na qual se faz necessária a compreensão do que é o amor. Mas além de compreendermos o que é esse sentimento sublime, é importante e necessário vivenciar esse amor.O dia que realmente vivermos baseados nessa virtude abençoada, não haverá mais fome no mundo; não haverá mais tantas desigualdades como vemos nos dias de hoje, porque iremos compreender que somos irmãos, e que precisamos ajudar uns aos outros para chegarmos adiante.Amar, eis a palavra de ordem.

André Luis Chiarini Villar

O maior mandamento - Momento Espírita

Qual o maior mandamento da Lei de Deus?

A pergunta era provocativa. O doutor da lei buscava desafiar Jesus.

O que poderia saber a respeito das escrituras aquele homem simples, de origem humilde?

Ele viera das bandas de Nazaré, a mais insignificante de todas as cidades. Poderia vir algo de bom daquela localidade?

Jesus, profundo conhecedor da alma humana, das Leis de Deus, das leis morais que regem nossas relações, percebeu a intenção do doutor da lei e respondeu incisivo:

Amarás o senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda tua alma, e de todo teu entendimento.

E, com uma pausa breve e significativa, complementou a lição: E amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Tão significativos são estes ensinamentos, que Jesus concluiu a resposta, afirmando:

Estes dois mandamentos contêm toda a lei e todos os profetas.

Assim, Jesus nos diz que as Leis de Deus podem ser resumidas em um tríplice aspecto de um mesmo sentimento: amor a Deus, amor ao próximo, amor a si mesmo.

Tudo o mais, todas as escrituras, os filósofos, os profetas, trazem complementos, análises, reflexões em torno deste grande desafio: amar.

É o contexto de nossa existência: estamos aqui para aprendermos a amar.

Algumas vezes, imaginamos ser o amor algo distante.

E não raro nos perguntamos: Como é amar a Deus?

Será que para isso basta louvar-Lhe a existência? Orar, estar em comunicação com Ele será suficiente?

Como se pode expressar esse amor: com frases de efeito, com cânticos, poesias?

É verdade que estes são alguns aspectos de amar a Deus. Mas também podemos entender que amá-lO é amar a Sua obra.

Respeitar a natureza, os seres dos reinos animal e vegetal, todas as criaturas de Deus.

Termos cuidados com as águas e suas nascentes, com o lixo que geramos, com a poluição que fomentamos, também é amar a Deus.

Quanto às pessoas, será possível amar a quem nos causa desconforto emocional? Como amar a quem temos desprezo, raiva, desejo de vingança?

Amar o próximo é oferecer uma melhoria, no nível de sentimentos que temos por ele. É minimizar o ódio para gradativamente ir substituindo-o pelo sentimento de amor.

Amar a quem desprezamos, é observá-lo melhor, constatar seus valores para tê-lo em consideração.

São pequenos esforços, que constituem exercícios de tolerância, de indulgência, de benevolência, de perdão.

E por terceiro, nos perguntamos: o que é amar-se?

Se Jesus nos recomenda amar ao próximo como a si mesmo, é necessário que nos amemos, para poder expressar esse sentimento ao outro.

Nessa lição, Jesus nos orienta a termos por nós o amor compreensão, o amor aceitação, o amor entendimento, o amor perdão.

Não se referia Ele a esse amor egoísta, narcisista, egocêntrico.

Conclamava-nos a nos aceitarmos com todas as nossas limitações e nos alegrarmos com nossas conquistas.

*   *   *

Exercitando essa tríplice possibilidade do amor, estaremos aprendendo a mais profunda lição que Deus espera de cada um de nós.

Estaremos cumprindo o maior dos mandamentos.

Redação do Momento Espírita.
Em 27.5.2015.

O maior mandamento - links

http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2013/01/Mod-2-Rot-7-O-mandamento-maior.pdf

https://bibliadocaminho.com/ocaminho/Tematica/EE/Estudos/EadeP1T2P2.2.7.htm

http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=504

https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-15-fora-da-caridade-nao-ha-salvacao/o-maior-mandamento/

https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundo-o-espiritismo/7455/capitulo-xi-amar-o-proximo-como-a-si-mesmo/o-mandamento-maior

https://www.agendaespiritabrasil.com.br/2017/03/29/o-maior-mandamento-e-amar/

https://www.ceismael.com.br/artigo/amar-ao-proximo-si-mesmo.htm

http://www.oconsolador.com.br/ano9/459/ca4.html


domingo, 2 de dezembro de 2018

Quem Cala Consente


Existe uma corrente dentro do “Movimento “Espírita Brasileiro” de que não devemos nos manifestar contra os políticos e contra a corrupção por interpretarem erradamente o conceito de INDULGÊNCIA. A interpretação errada chega a tal ponto de termos palestrantes dizendo que não podemos nos manifestar porque se estivéssemos no lugar deles poderíamos estar fazendo até pior. Desconfiamos daqueles que defendem tais pensamentos, pois a Doutrina Espírita é sempre CLARA E OBJETIVA e temos diversas matérias que nos auxiliam a entender tal assunto. Vejamos alguns deles:

ESE, CAP. X

 13....O reproche lançado à conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos se criticam. Não tem escusa nunca este último propósito, porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade. O primeiro pode ser louvável e constitui mesmo, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais, na sociedade, se reprimiria o mal. Não cumpre, aliás, ao homem auxiliar o progresso do seu semelhante? Importa, pois, não se tome em sentido absoluto este princípio: “Não julgueis se não quiserdes ser julgado”, porquanto a letra mata e o espírito vivifica. Não é possível que Jesus haja proibido se profligue o mal, uma vez que Ele próprio nos deu o exemplo, tendo-o feito, até, em termos enérgicos. O que quis significar é que a autoridade para censurar está na razão direta da autoridade moral daquele que censura. Tornar-se alguém culpado daquilo que condena em outrem é abdicar dessa autoridade, é privar-se do direito de repressão. A consciência íntima, ademais, nega respeito e submissão voluntária àquele que, investido de um poder qualquer, viola as leis e os princípios de cuja aplicação lhe cabe o encargo. Aos olhos de Deus, uma única autoridade legítima existe: a que se apoia no exemplo que dá do bem. É o que, igualmente, ressalta das palavras de Jesus.



É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

 19. Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?

Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ademais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. – São Luís. (Paris, 1860.)



20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?

Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? – São Luís (Paris, 1860.)



21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?

É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes. – São Luís (Paris, 1860.)



ESE Cap. XII

...8. Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? (Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra) Tampouco quanto o outro que manda se arranque o lho, quando for causa de escândalo. Levado o ensino às suas últimas conseqüências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor. Se se lhes não pusesse um freio às agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma Lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pescoço ao assassino. Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança.



ESE CAP. XXVI - Mercadores expulsos do templo

 5. Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos; e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo. Ao mesmo tempo os instruía, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações?’ Entretanto, fizestes dela um covil de ladrões!” — Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o perderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina. (Marcos, 11:15 a 18; Mateus, 21:12 e 13.)



6. Jesus expulsou do templo os mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no Reino dos Céus. Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.

(Inserimos essa passagem para evidenciar que Allan Kardec, além de reproduzir o Evangelho, não fez nenhum comentário a respeito de que sendo Jesus INDULGENTE não poderia agir de forma grosseira e violenta, admitindo que tenha ocorrido exatamente dessa forma)



O LIVRO DOS ESPÍRITOS

 642. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?

 “Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”

É permitido repreender os outros?

http://cursodeespiritismo.blogspot.com/2016/07/e-permitido-repreender-notar-as.html

http://cursodeevangelho.blogspot.com/

É PERMITIDO REPREENDER OS OUTROS?


Este capítulo não estaria completo sem essas perguntas e respostas, visto que o homem em geral, estando mais próximo da animalidade do que da angelitude, como disse Emmanuel, não pode deixar de ver o mal, para que, observando e analisando as conseqüências, sinta a vontade de eliminá-lo, de si próprio e de toda a humanidade.

No item 13 deste capítulo, Allan Kardec escrevendo sobre a frase de Jesus “Não julgueis para não serdes julgados”, disse que essa não deve ser tomada no seu sentido absoluto, visto que “a letra mata e o espírito vivifica”.

Jesus não podia proibir de se reprovar o mal, pois, ele mesmo nos deu o exemplo disso, e o fez em termos enérgicos. Mas quis dizer que “a autoridade da censura está na razão da autoridade moral daquele que a pronuncia”, e que “A única autoridade legítima, aos olhos de Deus, é a que se apóia no bom exemplo”.

             Ao Espírito São Luís, Kardec fez três perguntas.

1ª - Ninguém sendo perfeito, não se segue que ninguém tem o direito de repreender o próximo?

“Certamente que não, pois cada um de vós deve trabalhar para o progresso de todos e, sobretudo, dos que estão sob a vossa tutela”.

Por tudo que vimos nesses estudos, parece-me bem claro que o mal tem de ser visto, comentado, combatido, a fim de ser eliminado da mente e dos corações humanos, bem como da Terra.

O que Jesus demonstra, com suas palavras e em todo o seu viver neste mundo, é que antes de tentar corrigir os erros dos outros, deve o homem corrigir, ou pelo menos, esforçar-se por corrigir os seus.

Quem assim o faz, pode tentar esclarecer seus irmãos, com a intenção de auxiliá-los no seu desenvolvimento espiritual, com discrição, sem alarde, sem gerar escândalos, sem imposições, de forma a mostrar-lhe sua verdadeira intenção de ajudar.
Em assim fazendo, o outro não vai ter motivo para sentir-se humilhado, principalmente, porque percebe a boa intenção de seu crítico, que demonstra ser seu amigo.

Jesus combate, sim, esse hábito desastroso de querer denegrir o outro, da exigência em relação ao comportamento alheio, querendo quem assim o faz, mostrar-se melhor do que é, sem falhas, superior aos demais, o que demonstra a maldade, o orgulho que existem ainda nos homens.

Esclarece Jesus, que mesmo quando percebemos no outro uma falha, da qual ele pode libertar-se com nossa ajuda, devemos também incluirmo-nos na censura e no esforço de corrigi-la em nós.

Desse modo, estaremos melhorando a nós e aos que nos rodeiam, contribuindo para o progresso geral.

2ª - Será repreensível observar as imperfeições dos outros quando disso não possa resultar nenhum benefício para eles, e mesmo que não as divulguemos?

S. Luís responde que depende da intenção. Se essa observação das falhas alheias for o aprendizado pessoal, para evitá-las em si, corrigindo-as se as tiver, só pode ser benéfica essa atitude.

Aprende-se muito nas análises dos próprios erros, das suas conseqüências, tanto quanto fazendo o mesmo com os alheios.

Jesus ensinou-nos a combater o mal fazendo o bem. Para isso, é preciso ver o mal onde ele existir, em nós e ao redor de nós. Não se pode combater o que não se vê ou não se percebe.

“O erro está em fazer essa observação em prejuízo do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião pública. Seria ainda repreensível fazê-la com um sentimento de malevolência e de satisfação por encontrar os outros em falta.”

             3ª - Há casos em que seja útil descobrir o mal alheio?

A caridade bem compreendida deve sempre falar mais alto, na análise das conseqüências desse mal.

Se as imperfeições de uma pessoa trouxerem prejuízos somente a ela, não existe nenhum motivo para divulgá-las.

Pode-se tentar conversar com ela, sem imposição, com raciocínios claros, inspirados pelo amor, pela amizade, se ela o permitir.

Mas comentar com outros, divulgar a quem quer que seja, é agir contra a caridade. O seu próprio viver vai lhe mostrando essas imperfeições e dando-lhe oportunidades de corrigir-se, quando ela quiser.

Todavia, quando esse mal pode trazer prejuízos a outras pessoas, o interesse do maior número de prejudicados deve sobrepor-se ao interesse de um. Torna-se, então um dever a sua divulgação.

“Conforme as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever, pois, é melhor que um homem caia, do que muitos serem enganados e se tornarem suas vítimas. Em semelhante caso, é necessário balancear as vantagens e os inconvenientes”.

Essas perguntas e suas respostas mostram a importância do raciocínio e do conhecimento das leis morais para poder escolher as melhores soluções para as diversas situações.

Para saber optar por essa ou aquela conduta, com acerto, sem provocar novos problemas, muitas vezes mais sérios, o conhecimento da moral divina, trazida por Jesus é, a meu ver, condição sine qua nom para fazer-se a escolha mais correta, a que possa resolver, sem causar danos maiores a ninguém.

Sempre em dúvida, apelar para a caridade bem compreendida, pesando as vantagens e os inconvenientes para os envolvidos.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Março / 2009

Falar ou não falar?

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)


Falar ou não falar



Eis uma questão muito delicada. Como agir diante de circunstâncias, fatos, posturas que denotem conduta inadequada? Quando devemos e como fazermos para chamar a atenção de alguém por comportamentos que comprometem a segurança e paz de outras criaturas, por exemplo? Ou de alguém que se rebela diante dos critérios de funcionamento de uma reunião ou instituição?



Há que se considerar que cada caso é um caso por si só. Há agravantes, atenuantes, características próprias e peculiaridades a cada situação que nunca permitem estabelecer-se uma receita pronta que resolva todas as ocorrências. Por isso recorramos à Doutrina Espírita.



O capítulo X de O Evangelho segundo o Espiritismo traz importante contribuição ao estudo do tema. Kardec o intitulou Bem-Aventurados Aqueles que são Misericordiosos, inserindo instruções dos Espíritos  sobre o perdão, a indulgência, reconciliação com os adversários e suas próprias análises, inclusive também sobre o ensino de Jesus do Não Julgueis.



Para análise e reflexão geral, porém, transcrevemos abaixo as instruções do Espírito São Luiz pertinentes à delicada questão e constantes do final do referido capítulo (os grifos são nossos):



“(...) É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?



19. Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo? Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e, não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. — S. Luís. (Paris, 1860.)



20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas? Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? — S. Luís. (Paris, 1860.)



21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem? É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes. — São Luís. (Paris, 1860.).”



Eis o grande desafio: perceber realmente essa observação final da instrução superior. Daí a própria instrução acima transcrita destacar: É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida.  A caridade bem compreendida engloba, conforme a entendia Jesus o perdão das ofensas, a benevolência para com todos e a indulgência para com as faltas alheias, conforme ensino da questão 886 de O Livro dos Espíritos, onde Kardec acrescenta como comentário pessoal: “(...) amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem que está ao nosso alcance e que gostaríamos nos fosse feito a nós mesmos. (...)”.



Por outro lado, o tema também é abordado na questão 903 de O Livro dos Espíritos:



“903. Incorre em culpa o homem, por estudar os defeitos alheios? Incorrerá em grande culpa, se o fizer para os criticar e divulgar, porque será faltar com a caridade. Se o fizer, para tirar daí proveito, para evitá-los, tal estudo poderá ser-lhe de alguma utilidade. Importa, porém, não esquecer que a indulgência para com os defeitos de outrem é uma das virtudes contidas na caridade. Antes de censurardes as imperfeições dos outros, vede se de vós não poderão dizer o mesmo. Tratai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante. Esse o meio de vos tornardes superiores a ele. Se lhe censurais o ser avaro, sede generosos; se o ser orgulhoso, sede humildes e modestos; se o ser áspero, sede brandos; se o proceder com pequenez, sede grandes em todas as vossas ações. Numa palavra, fazei por maneira que se não vos possam aplicar estas palavras de Jesus: Vê o argueiro no olho do seu vizinho e não vê a trave no seu próprio”.



Portanto, haverá casos e casos, mas sempre a caridade deverá pautar nossas ações, ainda que para advertir, afastar ou orientar alguém. Muitas vezes nos depararemos com pessoas e situações que trarão prejuízos a muitos e o dever da caridade impõe nossa ação de Falar ao invés de Não falar. Porém, sem interferir no livre-arbítrio das criaturas. E, ao mesmo tempo, usando da indulgência, como ensinam os Bons Espíritos. Eis o desafio a nos ensinar...




É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?


É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?


É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?
“O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo X, itens 19 a 21”
Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Carlos Roberto
Rio de Janeiro
24/07/2002

Dirigente do Estudo:
Marcio Alves

Mensagem Introdutória:
ANTE O PRÓXIMO

Quando as circunstâncias nos ofereçam incompreensões ou acusações, em torno do próximo, busquemos examinar acontecimentos e pessoas com os olhos do Cristo. Imaginemo-nos de posse do senso divino, sem perder a noção de nossa reconhecida pequenez e a incomensurável grandeza daquele a quem nomeamos por nosso Mestre e Senhor.

Como teria visto Jesus a estreita espiritualidade do seu tempo, senão por gleba inculta que lhe cabia arrotear e semear? Como teria apreciado as críticas que lhe acompanharam a obra a não ser por tumulto necessário de opiniões, a fim de que a verdade prevalecesse?

Fossem quais fossem as crises, jamais perdia o mais alto padrão de serenidade, aproveitando o tempo para construir e situando no futuro a concretização dos seus luminosos objetivos.

Muitos viam em Zaqueu o avarento incorrigível; ele, no entanto, nele identificou o homem rico de nobre coração, capaz de transfigurar a riqueza em trabalho e beneficência. Em Bartimeu, a multidão enxergava o infortúnio de um cego; ele anotou os obstáculos de um doente, suscetível de ser curado para glorificar a bondade de Deus. Em Maria de Magdala, cuja personalidade apresentava a mulher obsidiada por sete espíritos infelizes, reconheceu a criatura decidida a renovar-se e que lhe seria, mais tarde, a mensageira da própria ressurreição.

Em Pedro, que o povo definia por discípulo frágil, a ponto de negá-lo três vezes, descobriu o amigo sincero que, convenientemente amadurecido na fé, lhe presidiria o apostolado em formação.

Múltiplos os óbices que se agigantam no caminho da fé, mas não permitas que eles te venham conduzir ao desânimo ou à negação.

Procura enumerá-los por fora, com as pupilas de Jesus, e encontrarás sublime compreensão a balsamizar-te por dentro. Feito isso, registraremos dificuldades e aflições, desgostos e contratempos, não ao modo de barreiras intransponíveis na senda de elevação espiritual e sim reconhecê-los-emos por necessidades justas e inevitáveis do campo de serviço em que fomos chamados a produzir, no bem da humanidade e de nós mesmos, aí trabalhando e abençoando como Jesus abençoou e trabalhou.

Emmanuel

Do Livro: Caridade

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Editora: IDE

Oração Inicial:
<Moderador_> Senhor Jesus! Mais uma vez aqui nos encontramos para o estudo do Teu Evangelho de paz e de amor. Pedimos desde já que possamos estar amparados pelos benfeitores espirituais responsáveis por este trabalho e que os mesmos possam amparar e inspirar o nosso querido Carlos Roberto, que nos trará a sua palavra alegre e construtiva. Sendo assim, Mestre, que possa ser em Teu nome, mas acima de tudo em nome de Deus, que de nossa parte, possamos iniciar os estudos da noite de hoje!

Que assim seja!

Exposição:
<carlos_roberto> Queridos amigos, encarnados e desencarnados! É com muita satisfação que estamos aqui para trocarmos idéias a respeito de um tema tão profundo. Pedimos ao Meigo Nazareno que nos inspire de modo que o assunto possa ser bem aproveitado.

Encontramos como título geral da lição compreendida pelos itens 19 a 21 do capítulo X do Evangelho Segundo o Espiritismo, o seguinte : “É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?”

Estas perguntas nos dão o que pensar. Ora, temos ouvido falar que não devemos prestar atenção no argueiro que está na vista do outro, pois temos uma trave no nosso e não costumamos atentar para ela. Também temos sido aconselhados a não julgar para não sermos julgados.

Se mal compreendidas estas lições, teremos a idéia de que temos que ter uma visão do mundo onde não podemos reparar a presença do mal. Ora, a Doutrina Espírita prima, entre outras coisas, pelo bom senso. Não é solicitado aos espíritas

a atitudes de avestruzes, caras enfiadas no chão, como se possível fora ignorar a realidade do que nos envolve.

Não. Ao espírita é solicitado o cumprimento do seu papel normal como ser humano. Ele deve viver a realidade do mundo em que está, apenas aprendendo a ter a ótica do mais alto, a ótica de quem vislumbra que a vida não é só a vida material.

É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

Repreender o semelhante pode ser um mal ou um bem. Deixar de repreender também. Temos que levar em conta as circunstâncias que envolvem o fato repreensível, e principalmente o modo como se pretende fazer a reprimenda, com que intenção vai se externá-la.

Consideremos alguém que esteja tentando acertar num determinado setor do trabalho, no cumprimento de determinada tarefa. Se esta pessoa erra uma segunda ou terceira vez consecutiva, a nossa reprimenda pode ter o cunho de desestimula-la.

A substituição de qualquer forma de censura por um incentivo para o prosseguimento das tentativas almejando o sucesso, pode significar muito para aquela pessoa. Mas, considerando que a pessoa mereça a reprimenda, deve-se agir assim ou não?

O Novo Testamento nos recomenda que chamemos a pessoa em particular, e com ela nos entendamos longe dos olhos e ouvidos alheios. Se precisamos repreender, que o façamos, sob pena de, na omissão, não proporcionarmos o ensino que faria diferença na vida do outro.

Me recordo de uma história contada por um copeiro. Ele disse que a culpa dele ser copeiro era dos seus pais. Em seguida deixou bem claro, que ele não via nada demais em ser copeiro, apenas relacionava que estava naquela situação por causa dos pais e explicou.

A cada escola que era expulso, os pais se preocupavam em matriculá-lo em uma nova. Quando disse que não mais iria estudar, eles nada fizeram para impedir. E arrematou: se os meus pais tivessem me dado boas surras, hoje eu poderia estar numa situação bem melhor do que a que estou vivendo.

Se detemos o conhecimento e não dividimos, estamos nos omitindo. É importante que a nossa repreensão, tenha o cunho da educação, que ela vise a melhora do outro, e não o exponha aos olhos alheios, a menos que a sua atitude esteja representando um perigo para o meio social onde vive, ou seja, que derivada da atitude dele, muitas pessoas poderiam ser prejudicadas.

Educar com carinho mesclado com a energia necessária, é equilibradamente, auxiliar os outros a se equilibrarem por sua vez.

E quanto a notar as imperfeições de outrem? Aí está um ponto de reflexão muito precioso: “queimar etapas”.

Quanto mais o espírito evolui, mais depressa se faz a evolução. É natural que seja assim. Na medida em que cresce a compreensão da vida, percebe-se que não se precisa passar por todas as experiências para apreender as lições daí decorrentes. Valoriza-se o se observar os caminhos que outros percorreram, para deles retirar o melhor proveito que a observação permitir.

Assim, vemos hoje em dia, pessoas que se interessam em iniciar um projeto comercial ou social, voluntário, gratuito, buscarem conhecer primeiro as vivências que outros já experimentaram, de forma a: – Não percorrerem as mesmas dificuldades que a experiência mostra que não redundarão em nada positivo ; – Executar os passos que levarão a obtenção do sucesso no que se deseja mais rapidamente.

Da mesma forma, podemos, em observando tudo e todos a nossa volta, nos furtarmos a muitas dores.

Cito o caso de uma amiga, que se via as voltas com um filho fascinado pelas facilidades materiais que o mundo das drogas oferecia aos envolvidos. Carrões, mulheres, festas, povoavam sua cabecinha , impedindo a compreensão dos conceitos ajuizados por parte dele, apesar de todos os esforços de sua dedicada mãe.

Ela, num crescendo de preocupação, decide, num dia bem cedo, sem avisá-lo previamente de sua intenção, levá-lo para passear.

Ele se deixou levar.

Ela foi para o presídio da Frei Caneca. Ele viu ao vivo e a cores, a realidade dos que estavam presos pelo envolvimento com o que o estava fascinando. Ele não mais se deixou perder-se em sonhos em torno do assunto.

O que ela fez? Queimou etapas.

Notar as imperfeições de outrem é fundamental, se o nosso objetivo é a nossa melhora.

Notar as imperfeições dos outros, visando falar com eles a respeito com carinho e respeito, sem transformar isto num processo obssessivo do tipo “Joãozinho que queria consertar o mundo”, pode ser muito benéfico para quem recebe a orientação.

E a respeito de divulgar o mal cometido por outros?

Precisamos ter o bom senso para saber discernir, o mal que só prejudica o próprio autor, do mal que prejudica um grupo. É nosso dever proteger a coletividade.

Se temos notícia, conhecimento de que alguém vai colocar uma bomba num local público, é nosso dever, tornar o fato conhecido o suficiente para que possa ser evitada uma tragédia.

Como vemos, temos que ter cuidado com nossas palavras, porque elas podem rebaixar ou fortalecer.

Uma senhora – nos conta Hilário Silva ou Humberto de Campos, através do Chico Xavier -, estava muito preocupada com a língua da filha, sempre ferina. Apesar de todas as orientações da mãe, a filha não modificava seu jeito de se expressar, sempre encontrando meios e ocasiões para criticar e condenar.

Um dia, a mãe saiu cedo de casa com a filha pela mão, e a levou diante de um prédio em construção. A filha sem perceber o que a mãe intentava, olhava tudo curiosa.

Sua mãe, perguntou, atenta a reação da filha diante da pergunta:

“O que você vê minha filha?”

E a menina começou a descrever o grande movimento em favor do trabalho. Aqui uns assentavam tijolos. Outros viravam massa, outros mais carregavam carrinhos de massa, lá eram suspensos baldes, faziam-se medidas, enfim, uma grande atividade era desenvolvida.

A mãe, tomou a filha pelas mãos e a levou para um bairro distante, onde estava previsto um acontecimento que caía bem para os propósitos de ensino que ela tinha relativo à filha.A menina se viu frente a um prédio em processo de demolição.

Novamente a mãe perguntou o que a filha via.

E ela descreveu que um homem movimentava uma máquina, derrubando o prédio.

A mãe, então, alinhavou tudo o que havia acontecido até aquele momento. “Observe minha filha que, para construir, são necessárias muitas pessoas, muito trabalho, mas, para destruir, basta uma única.

Assim é com relação a forma que usamos nossas palavras. A boca constrói ou destrói, dependendo da direção que dermos aos nossos raciocínios, aos nossos sentimentos.”

Aprendamos a bem direcionar os tesouros do nosso entendimento, de modo a caminharmos com mais segurança e rapidez na direção de uma vivência espiritual melhor.

Usemos de nossa inteligência para ampararmos o semelhante em sua caminhada, e ele nos agradecerá.

Oração Final:
<carlos_roberto> Querido Mestre Jesus, Te agradecemos pela oportunidade de conhecermos seu maravilhoso exemplo de trabalho no bem. Nos sentimos felizes por Você ter inspirado a tantos a seguir-Te o caminho, semeando o bem para a humanidade. Obrigado pela Doutrina Espírita, que está aí a nos mostrar que o que nos aguarda é a evolução, caminho para a perfeição. Nos sentimos gratos, por tantas oportunidades de consolar quem sofre, de esclarecer que ignora, de iluminar os caminhos de quem não sabe direito em que direção vai. Dentro deste espírito de gratidão, agradecendo sempre, Te pedimos permissão para encerrar o nosso trabalho desta noite.

Que Assim Seja!