Quando lemos e estudamos as passagens de Jesus de Nazaré em nossos meios, entre muitas, belas e imortais passagens, iremos dar destaque ao “Maior Mandamento”. E o evangelista Mateus que narra:
Mas os fariseus, quando ouviram que Jesus tinha feito calar a boca dos saduceus, juntaram-se em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas”.
Jesus ainda é uma personalidade muito desconhecida de todos nós; é verdade que até conhecemos parcialmente os seus ensinamentos, mas não os vivenciamos. Procuramos pouco viver o que Jesus nos ensinou através de suas lições e de sua postura mediante as dificuldades naturais do dia a dia.
Sempre que podia, Jesus procurava mostrar para todos nós quanto Deus é importante. Mas nós sempre tivemos muitas dificuldades de compreender Deus ao ponto de afirmarmos que o Pai e Jesus eram a mesma pessoa. E hoje sabemos que Deus é o Pai, e Jesus é nosso irmão. Porém, reconheçamos: um irmão que está muito mais adiantado do que nós.
Eu fico imaginando Jesus, com todo seu cabedal de conhecimentos, respondendo questões que hoje soam infantis, mas que na verdade objetivavam por vezes colocar o governador espiritual do Planeta Terra em saias justas.
Mas Jesus, conhecendo a índole de cada um de seus questionadores, viu a maldade em muitas dessas perguntas, como essa sobre qual seria o maior mandamento. E o Mestre sentenciou: o maior mandamento é amarmos a nosso Deus.
Precisamos tirar um minuto ao menos do nosso dia para efetuarmos as reflexões pertinentes à nossa vida e gostaria de lançar uma pergunta aos amigos que estão lendo essa matéria: qual a importância de Deus em nossa vida?
É uma pergunta básica para que possamos, além de compreender o que Jesus quis dizer, vivenciar os seus ensinamentos, pois precisamos o mais urgentemente estabelecer um intercâmbio com Deus, nosso Pai e Criador.
O fato é que lembramos do Cristo apenas e tão somente nos momentos da dificuldade, quando lhe rogamos amparo e ajuda, mas precisamos também agradecer por todas as bênçãos que Ele vem concedendo a cada um de nós.
É preciso também refletir que Jesus vai mais longe na resposta dada aos interlocutores, dizendo que além de amarmos a Deus em primeiro lugar, deveríamos amar o nosso semelhante como a nós mesmos.
Num prédio de amor, portanto, em primeiro lugar está o amor que devemos ter para com o nosso Criador; em seguida o amor para com o nosso próximo, e por último o amor que deveríamos ter para com conosco. Mas o fato é que nesse prédio, comumente, nós invertemos os papéis: amamos a nós em primeiro lugar, depois amamos aqueles que nos amam e fazem o que gostaríamos que fosse feito, e a Deus apenas lembramos nos momentos de dificuldades.
É hora de vermos mais além, e compreendermos que não estamos sozinhos nessa jornada evolutiva. Ninguém pode ser egoísta ao ponto de dizer que Deus o abandonou. Nós todos estamos entregues ao nosso próprio livre-arbítrio, e eis a oportunidade de termos discernimento em nosso querer.
Amar é se libertar, romper paradigmas. Eu procuro sempre estudar a vida do nosso querido e abnegado Chico Xavier. Sua vida é um roteiro de amor, renúncia, compreensão de Deus e do nosso próximo.
Quantas não foram as encarnações que estávamos presos em nosso mundinho egoísta e orgulhoso, e eis que o Espiritismo vem até ao nosso encontro, com novas propostas e perspectivas. Quando compreendemos os ensinamentos de Jesus, tudo se torna mais fácil e agradável.
O Espiritismo vem nos mostrar uma estrada cheia de oportunidades. Encerrando, lembramos dafrase do nosso querido Chico. Ele nos diz:
Quem sabe pode muito; quem AMA pode mais”.
Vivemos numa era na qual se faz necessária a compreensão do que é o amor. Mas além de compreendermos o que é esse sentimento sublime, é importante e necessário vivenciar esse amor.O dia que realmente vivermos baseados nessa virtude abençoada, não haverá mais fome no mundo; não haverá mais tantas desigualdades como vemos nos dias de hoje, porque iremos compreender que somos irmãos, e que precisamos ajudar uns aos outros para chegarmos adiante.Amar, eis a palavra de ordem.
André Luis Chiarini Villar
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