Conquanto não seja assunto exclusivo do psiquiatra, do psicólogo, do psicoterapeuta, reconhecemos ser penoso abordar o tema SUICIDIO sob qualquer perspectiva. Para comentá-lo, a rigor somos impelidos a consignar algumas infelizes estatísticas. A maioria dos suicídios, talvez acima de 60%, está diretamente ligada a estados depressivos, incluindo as chamadas doenças afetivas, como o transtorno bipolar. Contudo, qualquer depressão mais grave, na qual a pessoa esteja em situação de dificuldade e de falta de apoio social, pode levar ao suicídio. A prática também está bastante associada à toxicodependência.
Algumas pessoas (re)encarnam com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que obviamente acresce o risco de autocídio. Os determinantes do autoextermínio estão nas ansiedades mentais, obsessão, subjugação, desesperanças, desgostos, intranquilidades emocionais, alucinações recorrentes. Podem estar vinculadas a falência financeira, vergonha e mácula moral, decepções amorosas, depressão, solidão, medo do futuro, empáfia pessoal (recusa em admitir o fracasso) ou acentuado amor próprio (acreditar que sua imagem não possa sofrer nenhum arranhão ou ferimento).
Os números (nada alvissareiros) apontam para um contingente de um milhão de pessoas que se suicidam anualmente, quantidade essa maior que o total de vítimas de guerras e homicídios urbanos. Como se não bastasse, o número de tentativas de suicídio é trágico, com 20 milhões de casos por ano, o que leva a ser "o suicídio a segunda causa de morte no mundo entre os adolescentes de 15 a 19 anos, mas também alcança taxas elevadas entre pessoas mais velhas”. (1)
Um drama social que tem se agravado, sobretudo sob os impactos das crises econômicas, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado em Genebra. (2) Detalhe: há três vezes mais suicídios entre homens do que entre mulheres (exceto entre os chineses), independente das faixas de idade. Por outro lado, há três vezes mais tentativas de suicídio entre as mulheres que entre os homens. A dessemelhança entre os quantitativos é explicada pelo fato que os homens empregam métodos mais violentos que as mulheres para o autoextermínio. (3)
Há diversas linhas de investigação sobre as prováveis causas e motivos que induzem alguém a eliminar a própria vida. As causas reais sempre foram um problema para médicos, psicólogos, psiquiatras, criminalistas. Até porque a autopreservação é um dos maiores instintos humanos; logo, a “coragem” de cometer suicídio deve ser ainda mais intensa.
O que motiva essa decisão extremada? Cremos que a exata causa do suicídio não está nas ocorrências infelizes em si, todavia na atitude como a pessoa cede diante da infelicidade, do desgosto. Émile Durkheim e Sigmund Freud apresentaram algumas teses. Durkheim percebeu as causas do suicídio em fatores sociais, como por exemplo a incapacidade que uma pessoa tem de se integrar na sociedade (o indivíduo se deixa abater pelo coletivo). Freudenraizou sua explicação em impulsos instintivos, especialmente no que ele chamou de “instinto de morte”. Não obstante discordemos sobre o argumento do “instinto de morte”, pois só acreditamos no instinto de sobrevivência, reconhecemos que as pessoas que cometem suicídio carregam dentro de si denso transtorno de personalidade.
Segundo os Benfeitores espirituais, comumente o suicida tem um histórico de vida com manifesta rebeldia às leis divinas. Distúrbio íntimo que provavelmente fizesse parte do cotidiano da vida do professor Fernando Emanoel Vasquez Leonês,que se matou na sala de aula da Escola Estadual Clara Teteo em Macau, Rio Grande do Norte. No fastígio da indignação, somado às perturbações emocionais, Vasquez Leonês arremessou a culpa de sua revolta (escrita num bilhete de “despedida”) ao governo, em face da falta (atraso) de pagamento do salário. (4)
Esta semana a namorada de Mick Jagger, L'Wren Scott, famosa produtora de moda, que vestiu celebridades, incluindo Oprah Winfrey, Nicole Kidman, Michelle Obama, Madonna, Julia Roberts e Tom Hanks, foi encontrada morta (enforcada) em seu apartamento em Manhattan, nos Estados Unidos. Scott optou por não culpar ninguém e sequer deixou um bilhete de despedida. Especula-se que teria sido a pretexto de dívidas colossais.
Coincidentemente, em épocas de crise econômica, muitos empresários falidos e mutuários inadimplentes têm buscado a ponte Golden Gate, nos Estados Unidos. Essa ponte de 67 metros de altura, localizada na entrada da baía de San Francisco, tem sido ultimamente um dos locais públicos mais utilizados para suicídios no mundo, e quase todas as tentativas resultam em morte.
Em termos de suicídios no mundo, a OMS destacou que as taxas mais elevadas são a dos países do leste europeu, como Lituânia e Rússia, enquanto as mais baixas se situam na América Central e do Sul. No Brasil o número de suicídios é bem menor do que a média mundial, mas ainda assim o número não pode ser desprezado: dados do Ministério da Saúde relativos a 2002 contabilizam 7.719 suicídios nesse ano – número aparentemente alto, mas pequeno quando comparado aos "campeões", como os Estados Unidos, onde cerca de 32 mil pessoas se suicidam por ano. Atualmente, na “Pátria do Evangelho” o suicídio começa a ser considerado um problema de saúde pública e chama atenção pelo crescimento: o número de suicidas no país passou de 4,2 para 4,9 em cada 100 mil habitantes na população de todas as idades, e de 4,4 para 5,1 a cada 100 mil jovens, entre 1998 e 2008.
É justo citar nestas reflexões o hercúleo esforço de uma das organizações não-governamentais (ONG) mais antigas do Brasil, o CVV – Centro de Valorização da Vida (5), que tem enfrentado o assunto como um problema que se pode prevenir na grande maioria das vezes, e esse é um dos maiores esforços do CVV. Acreditam seus membros que o estudo e a discussão do tema é uma das formas mais eficientes de se promover a prevenção, pois esta só é possível quando a população, os profissionais da saúde, os jornalistas e governantes têm informações suficientes para conduzir as medidas adequadas e ao seu alcance nessa frente. (6)
A principal iniciativa do CVV é o Programa de Apoio Emocional, realizado por telefone, chat, e-mail, VoIP, correspondência ou pessoalmente nos postos da instituição em todo o país. Trata-se de um serviço gratuito, oferecido por voluntários que se colocam à disposição do próximo em uma conversa de ajuda, preocupados com os sentimentos dessa pessoa amargurada. (7)
Na literatura espirita há boas obras que abordam o assunto. Temos como exemplo especialmente "O Martírio dos Suicidas", de Almerindo Martins de Castro e "Memórias de um Suicida", de Yvonne A. Pereira. O Codificador, no livro "O Céu e o Inferno" ou "A Justiça divina segundo o Espiritismo", deixa enorme contribuição em exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual e, especificamente no capítulo V, da Segunda parte, onde aborda a questão dos suicidas.
Em suma, o espírita tem várias razões a se contrapor à ideia do suicídio, principalmente a confiança de uma vida futura, em que, sabe ele, será de tal maneira mais venturosa quão mais difícil e abdicada o tenha sido na Terra. Assim ensinou Jesus: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”. (8)
Notas e referências bibliográficas:
(1) Disponível em http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/um-milhao-de-pe... acesso 15/03/2014
(2) Idem
(3) Idem
(4) Disponível em http://diariodosol.com.br/noticias/2013/12/professor-de-fisica-come... acesso em 17/03/2014
(5) Associado ao Befrienders Worldwide (http://www.befrienders.org/), entidade que congrega instituições de apoio emocional e prevenção do suicídio em todo o mundo.
(6) portal http://www.cvv.org.br/
(7) Para conhecer mais sobre voluntariado, apoio emocional, prevenção do suicídio, saúde mental e outros temas afins, acesse também:www.franciscajulia.org.br, www.amigosdozippy.org.br, www.samaritans.org, www.centrovoluntariado.org.br, www.spsuicidologia.pt, www.befrienders.org,www.med.uio.no/iasp/inglês/cs.html, www.suicidologia.org/visualizarcomum.cfm?an=6, www.casp-acps.ca, www.telefonoamigo.org
(8) Mateus 5:4
O mesmo tema, vários artigos, para ajudar a alguém que está preparando uma exposição ou estudando um assunto
Estudando o Espiritismo
Observe os links ao lado. Eles podem ter artigos com o mesmo tema que você está pesquisando.
sábado, 29 de março de 2014
Análise sistemática sobre os tipos de suicídios e consequências no espírito eterno
DIÁRIO DA MANHÃ
DR. JOSÉ GERALDO RABELO
Um tema, com certeza, bastante complexo e visto de maneiras bem distintas quando olhado apenas pelo ângulo das religiões. Muito questionado e, ao que me parece, pouco compreendido até mesmo pelos profissionais ditos especialistas do comportamento humano.
Tentaremos nesse pequeno artigo levar algumas explicações e algumas “dicas” para evitar que pessoas próximas de você possam mudar sua visão de mundo interno e despertar para a vida, não recorrendo à porta falsa do suicídio.
O suicida é uma pessoa sem esperança, porque perdeu a fé ou a deixou sobrepujar pela ideia, terrivelmente enganadora, de que a morte era o fim libertador! A única saída. A maioria dos suicidas não querem morrer; mas sair do sofrimento.
O termo suicídio define um comportamento ou ato que visa à antecipação da própria morte. Essencialmente, ele resulta de um processo em que a dor psicológica intensa, consequência de acontecimentos que tornam a vida dolorosa e/ou insuportável, em que deixam de existir quaisquer soluções que permitam escapar a um processo de introspecção, que deixa como única solução a morte do próprio indivíduo. Este processo desenvolve-se, regra geral, gradualmente num sentido negativo provocando um estado dicotómico em que passam a existir apenas duas soluções possíveis para um problema ou situação: viver ou morrer.
Concorrem para este comportamento fatores psicológicos diversos, entre os quais se destacam a depressão, o abuso de drogas ou álcool, doenças do foro psicológico, tais como esquizofrenia e distúrbio de stress pós-traumático, dívidas materiais, entre outros.
A Organização Mundial de Saúde estima em 150 milhões os deprimidos do mundo. É de notar que entre os mais acometidos, neste capítulo das depressões, se encontram os pastores evangélicos e os psiquiatras, entre os quais as taxas de suicídio são oito vezes maiores do que no resto da população. Estes números parecem indicar que, na realidade, ninguém salva ninguém e que as religiões ditas salvadoras nem a si mesmas se salvam.
Por esse e outros motivos concordo com o Pai da Psicanálise de que religião é uma neurose coletiva. Todo cuidado é pouco.
Segundo a visão do sociólogo Émile Durkheim, podemos falar de três tipos de suicídios: O egoísta – é aquele que resultaria de uma individualização excessiva nas sociedades onde a moral se esforça para incutir no indivíduo a ideia do seu grande valor, fazendo com que a sua personalidade se sobreponha à coletiva. O egoísmo é tema estudado nas obras básicas da Doutrina Espírita em diversas oportunidades. Assim, no cap. XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Emmanuel ensina que o egoísmo é a chaga da Humanidade, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir as suas armas, suas forças e sua coragem. Coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, relaciona o egoísmo à perda de pessoas amadas, à vida de isolamento, às desigualdades sociais, às ingratidões, ao problema da fome e aos laços de família.
O altruísta: é aquele praticado nos meios onde o indivíduo deve abrir mão da sua personalidade e ter espírito de abnegação e entrega de si às causas coletivas.
Por exemplo, o espírito militar, que exige que o indivíduo esteja desinteressado de si mesmo em função da defesa patriótica. Nesse particular a questão n.º 951 de O Livro dos Espíritos comenta que todo o sacrifício feito à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório aos olhos de Deus, porque é a prática da lei da caridade. Ora, a vida sendo o bem terrestre ao qual o homem atribui maior valor, aquele que a renuncia para o bem do seu semelhante não comete um atentado: ele faz um sacrifício. Mas, antes de cumpri-lo, ele deve refletir se a sua vida não pode ser mais útil que a sua morte.
O anónimo: é aquele que ocorre nos meios onde o progresso é e tem que ser rápido, levando a ambições e desejos ilimitados. O dever de progredir tira do homem a capacidade de viver dentro de situações limitadas, tira-lhe a capacidade de resignação e, consequentemente, tem-se o aumento dos descontentes e irrequietos. A doutrina espírita não poderia omitir-se perante este tema e são várias as obras básicas da Codificação que se debruçam sobre a resignação humana.
Temos ainda suicídio inconsciente, onde o autor encontra-se embriagado, drogado ou fora de seu estado de consciência. O suicídio consciente ou direto a pessoa arquiteta e prepara para executar a ação, muitas vezes, ricas em detalhes. Há também o suicídio indireto, porém consciente que vem através dos abusos de toda ordem: álcool, drogas, velocidade, comida, sexo, trabalho, etc.
Por ser um crime hediondo perante a lei de Deus, o preço que é pago pelo suicida foge à nossa compreensão de sofrimento na terra. Segundo livros ditados aos psicógrafos da terra por espíritos suicidas que, após anos de sofrimento no plano espiritual, desperta e envia suas mensagens e súplicas a nós encarnados para que não cometa esse ato. Leiam: O Martírio dos Suicidas e Memórias de um Suicida.
Para algumas religiões o suicida não tem o perdão de Deus o que contraria os ensinamentos do Mestre – Jesus – quando diz: “Nenhuma ovelha ficará desgarrada”. Deus não criou filhos para viver eternamente no “inferno” diante de um erro. Deus é amor. Deus é misericórdia. E lei da reencarnação é para podermos reparar nossos erros diante de nossas escolhas durante nossas vindas e idas rumo à luz. Somos seres espirituais vivenciando uma experiência na matéria.
Podemos comprovar também a bondade do Pai, quando Seu Filho – Jesus – diz que teríamos que pagar nossas dívidas na terra até o último “centil”. Ou “para ver o reino de Deus é preciso nascer de novo”, “nascer da água e do espírito”. Diálogo de Jesus com Nicodemos.
Infelizmente o número crescente de suicidas nesse início século tem nos deixado preocupado, mas não podemos também negar que a maioria dos suicidas nos dá muitas dicas de seu estado mórbido de viver.
Freud em um de seus ensaios dentro da Psicanálise – primeiros estudos sobre a alma humana e esclarecimento das parábolas de Jesus – nos mostrou nossas tendências suicidas quando diz sobre “pulsão de vida” e “pulsão de morte”.
Finalmente, podemos dizer que o espírito antes mesmo de estar aqui encarnado fez no plano espiritual: projetos e planos, entretanto, ao reencarnar escolhem muitas vezes outros caminhos. Caminhos estes que leva ao desespero e, por estarmos aprisionados ao corpo e termos nossas limitações, buscamos nos libertar pela porta falsa do suicídio.
Buscar ajuda psicoterápica é fator sine qua non, principalmente se esse profissional for espiritualista para que seja levado em conta e tratado a parte das influências negativas das energias do mundo invisível – obsessão – não importando a crença religiosa do paciente e/ou do profissional. Espiritualidade pouco tem a ver com religião. A Ciência médica espiritualista tem comprovado a existência dessas influências no que diz respeito aos nossos distúrbios neuropsíquicos e emocionais – doenças da alma. Que requer ajuda médica – remédios, psíquica – psicoterapia e espiritual – desobsessão. Não procure a chave onde você não a perdeu.
Não podemos esquecer de que temos o livre arbítrio, onde em todas as escolhas que fizermos teremos uma consequência: ou boa ou má.
Pensar em suicídio ou até mesmo tentá-lo não significa que a pessoa não acredita em Deus ou que não tenha religião, pois o suicídio está além de nossos entendimentos e é algo muito mais complexo do que se imagina. Portanto, devemos orar pelos suicidas para que eles encontrem conforto no mundo espiritual e se permitam serem ajudados, arrependendo de seu erro, buscando a misericórdia do Pai. Se teu fardo é pesado vem até Mim que eu te aliviarei.
(Dr. José Geraldo Rabelo, psicólogo holístico, psicoterapeuta espiritualista, parapsicólogo, filósofo clínico, especialista em família, depressão, dependência química e alcoolismo, escritor e palestrante, e-mails: rabelojosegeraldo@yahoo.com.br; rabelosterapeuta@hotmail.com)
DR. JOSÉ GERALDO RABELO
Um tema, com certeza, bastante complexo e visto de maneiras bem distintas quando olhado apenas pelo ângulo das religiões. Muito questionado e, ao que me parece, pouco compreendido até mesmo pelos profissionais ditos especialistas do comportamento humano.
Tentaremos nesse pequeno artigo levar algumas explicações e algumas “dicas” para evitar que pessoas próximas de você possam mudar sua visão de mundo interno e despertar para a vida, não recorrendo à porta falsa do suicídio.
O suicida é uma pessoa sem esperança, porque perdeu a fé ou a deixou sobrepujar pela ideia, terrivelmente enganadora, de que a morte era o fim libertador! A única saída. A maioria dos suicidas não querem morrer; mas sair do sofrimento.
O termo suicídio define um comportamento ou ato que visa à antecipação da própria morte. Essencialmente, ele resulta de um processo em que a dor psicológica intensa, consequência de acontecimentos que tornam a vida dolorosa e/ou insuportável, em que deixam de existir quaisquer soluções que permitam escapar a um processo de introspecção, que deixa como única solução a morte do próprio indivíduo. Este processo desenvolve-se, regra geral, gradualmente num sentido negativo provocando um estado dicotómico em que passam a existir apenas duas soluções possíveis para um problema ou situação: viver ou morrer.
Concorrem para este comportamento fatores psicológicos diversos, entre os quais se destacam a depressão, o abuso de drogas ou álcool, doenças do foro psicológico, tais como esquizofrenia e distúrbio de stress pós-traumático, dívidas materiais, entre outros.
A Organização Mundial de Saúde estima em 150 milhões os deprimidos do mundo. É de notar que entre os mais acometidos, neste capítulo das depressões, se encontram os pastores evangélicos e os psiquiatras, entre os quais as taxas de suicídio são oito vezes maiores do que no resto da população. Estes números parecem indicar que, na realidade, ninguém salva ninguém e que as religiões ditas salvadoras nem a si mesmas se salvam.
Por esse e outros motivos concordo com o Pai da Psicanálise de que religião é uma neurose coletiva. Todo cuidado é pouco.
Segundo a visão do sociólogo Émile Durkheim, podemos falar de três tipos de suicídios: O egoísta – é aquele que resultaria de uma individualização excessiva nas sociedades onde a moral se esforça para incutir no indivíduo a ideia do seu grande valor, fazendo com que a sua personalidade se sobreponha à coletiva. O egoísmo é tema estudado nas obras básicas da Doutrina Espírita em diversas oportunidades. Assim, no cap. XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Emmanuel ensina que o egoísmo é a chaga da Humanidade, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir as suas armas, suas forças e sua coragem. Coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, relaciona o egoísmo à perda de pessoas amadas, à vida de isolamento, às desigualdades sociais, às ingratidões, ao problema da fome e aos laços de família.
O altruísta: é aquele praticado nos meios onde o indivíduo deve abrir mão da sua personalidade e ter espírito de abnegação e entrega de si às causas coletivas.
Por exemplo, o espírito militar, que exige que o indivíduo esteja desinteressado de si mesmo em função da defesa patriótica. Nesse particular a questão n.º 951 de O Livro dos Espíritos comenta que todo o sacrifício feito à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório aos olhos de Deus, porque é a prática da lei da caridade. Ora, a vida sendo o bem terrestre ao qual o homem atribui maior valor, aquele que a renuncia para o bem do seu semelhante não comete um atentado: ele faz um sacrifício. Mas, antes de cumpri-lo, ele deve refletir se a sua vida não pode ser mais útil que a sua morte.
O anónimo: é aquele que ocorre nos meios onde o progresso é e tem que ser rápido, levando a ambições e desejos ilimitados. O dever de progredir tira do homem a capacidade de viver dentro de situações limitadas, tira-lhe a capacidade de resignação e, consequentemente, tem-se o aumento dos descontentes e irrequietos. A doutrina espírita não poderia omitir-se perante este tema e são várias as obras básicas da Codificação que se debruçam sobre a resignação humana.
Temos ainda suicídio inconsciente, onde o autor encontra-se embriagado, drogado ou fora de seu estado de consciência. O suicídio consciente ou direto a pessoa arquiteta e prepara para executar a ação, muitas vezes, ricas em detalhes. Há também o suicídio indireto, porém consciente que vem através dos abusos de toda ordem: álcool, drogas, velocidade, comida, sexo, trabalho, etc.
Por ser um crime hediondo perante a lei de Deus, o preço que é pago pelo suicida foge à nossa compreensão de sofrimento na terra. Segundo livros ditados aos psicógrafos da terra por espíritos suicidas que, após anos de sofrimento no plano espiritual, desperta e envia suas mensagens e súplicas a nós encarnados para que não cometa esse ato. Leiam: O Martírio dos Suicidas e Memórias de um Suicida.
Para algumas religiões o suicida não tem o perdão de Deus o que contraria os ensinamentos do Mestre – Jesus – quando diz: “Nenhuma ovelha ficará desgarrada”. Deus não criou filhos para viver eternamente no “inferno” diante de um erro. Deus é amor. Deus é misericórdia. E lei da reencarnação é para podermos reparar nossos erros diante de nossas escolhas durante nossas vindas e idas rumo à luz. Somos seres espirituais vivenciando uma experiência na matéria.
Podemos comprovar também a bondade do Pai, quando Seu Filho – Jesus – diz que teríamos que pagar nossas dívidas na terra até o último “centil”. Ou “para ver o reino de Deus é preciso nascer de novo”, “nascer da água e do espírito”. Diálogo de Jesus com Nicodemos.
Infelizmente o número crescente de suicidas nesse início século tem nos deixado preocupado, mas não podemos também negar que a maioria dos suicidas nos dá muitas dicas de seu estado mórbido de viver.
Freud em um de seus ensaios dentro da Psicanálise – primeiros estudos sobre a alma humana e esclarecimento das parábolas de Jesus – nos mostrou nossas tendências suicidas quando diz sobre “pulsão de vida” e “pulsão de morte”.
Finalmente, podemos dizer que o espírito antes mesmo de estar aqui encarnado fez no plano espiritual: projetos e planos, entretanto, ao reencarnar escolhem muitas vezes outros caminhos. Caminhos estes que leva ao desespero e, por estarmos aprisionados ao corpo e termos nossas limitações, buscamos nos libertar pela porta falsa do suicídio.
Buscar ajuda psicoterápica é fator sine qua non, principalmente se esse profissional for espiritualista para que seja levado em conta e tratado a parte das influências negativas das energias do mundo invisível – obsessão – não importando a crença religiosa do paciente e/ou do profissional. Espiritualidade pouco tem a ver com religião. A Ciência médica espiritualista tem comprovado a existência dessas influências no que diz respeito aos nossos distúrbios neuropsíquicos e emocionais – doenças da alma. Que requer ajuda médica – remédios, psíquica – psicoterapia e espiritual – desobsessão. Não procure a chave onde você não a perdeu.
Não podemos esquecer de que temos o livre arbítrio, onde em todas as escolhas que fizermos teremos uma consequência: ou boa ou má.
Pensar em suicídio ou até mesmo tentá-lo não significa que a pessoa não acredita em Deus ou que não tenha religião, pois o suicídio está além de nossos entendimentos e é algo muito mais complexo do que se imagina. Portanto, devemos orar pelos suicidas para que eles encontrem conforto no mundo espiritual e se permitam serem ajudados, arrependendo de seu erro, buscando a misericórdia do Pai. Se teu fardo é pesado vem até Mim que eu te aliviarei.
(Dr. José Geraldo Rabelo, psicólogo holístico, psicoterapeuta espiritualista, parapsicólogo, filósofo clínico, especialista em família, depressão, dependência química e alcoolismo, escritor e palestrante, e-mails: rabelojosegeraldo@yahoo.com.br; rabelosterapeuta@hotmail.com)
O Mandamento Maior - GEAE
O Mandamento Maior
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A - Texto de Apoio:
Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - "Mestre, qual o mandamento maior da lei?" - Jesus respondeu: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Idem, cap. VII, v. 12.)
Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (S. LUCAS, cap. VI, v. 31.).
O reino dos céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servidores. - Tendo começado a fazê-lo, apresentaram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. - Mas, como não tinha meios de os pagar, mandou seu senhor que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que lhe pertencesse, para pagamento da dívida. -O servidor, lançando-se-lhe aos pés, o conjurava, dizendo: "Senhor, tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo." - Então, o senhor, tocado de compaixão, deixou-o ir e lhe perdoou a dívida. - Esse servidor, porém, ao sair, encontrando um de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros, o segurou pela goela e, quase a estrangulá-lo, dizia: "Paga o que me deves." - O companheiro, lançando-se aos pés, o conjurava, dizendo: "Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo." - Mas o outro não quis escutá-lo; foi-se e o mandou prender, par tê-lo preso até pagar o que lhe devia. Os outros servidores, seus companheiros, vendo o que se passava, foram, extremamente aflitos, e informaram o senhor de tudo o que acontecera. - Então, o senhor, tendo mandado vir à sua presença aquele servidor, lhe disse: "Mau servo, eu te havia perdoado tudo o que me devias, porque mo pediste. - Não estavas desde então no dever de também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?" E o senhor, tomado de cólera, o entregou aos verdugos, para que o tivessem, até que ele pagasse tudo o que devia. É assim que meu Pai, que está no céu, vos tratará, se não perdoardes, do fundo do coração, as faltas que vossos irmãos houverem cometido contra cada um de vós. (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 23 a 35.)
"Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles?
A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios,nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Como interpretar o mandamento maior da lei de Deus?
2 - Na prática, em que consiste "amar o próximo como a si mesmo"?
O Mandamento Maior - Conclusão Voltar ao estudo
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho
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EESE062b - Cap. XI - Itens 1 a 4
Tema: O Mandamento Maior
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A - Conclusão do Estudo:
Amar o próximo como a si mesmo é preceito contido no mandamento maior da Lei de Deus. Constitui a exempressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo, e o meio mais eficaz para se eliminar o orgulho e o egoísmo.
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Como interpretar o mandamento maior da lei de Deus?
Esse mandamento está expresso no dever que cada um de nós, seus filhos têm de amá-lo, com todo o nosso coração. Contudo, esse amor só será completo, e a lei divina integralmente cumprida, se também, igualmente, amarmos o nosso próximo como a nós mesmos.
Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos: "Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo."
2 - Na prática, em que consiste "amar o próximo como a si mesmo"?
Consiste em examinar a nossa própria consciência, para saber como gostaríamos que procedessem conosco em cada circunstância e, daí, adotarmos esse procedimento para com o próximo.
"Amar o próximo como a si mesmo"... é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. (...) A prática dessa máxima, tende à destruição do egoísmo."
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A - Texto de Apoio:
Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - "Mestre, qual o mandamento maior da lei?" - Jesus respondeu: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Idem, cap. VII, v. 12.)
Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (S. LUCAS, cap. VI, v. 31.).
O reino dos céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servidores. - Tendo começado a fazê-lo, apresentaram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. - Mas, como não tinha meios de os pagar, mandou seu senhor que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que lhe pertencesse, para pagamento da dívida. -O servidor, lançando-se-lhe aos pés, o conjurava, dizendo: "Senhor, tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo." - Então, o senhor, tocado de compaixão, deixou-o ir e lhe perdoou a dívida. - Esse servidor, porém, ao sair, encontrando um de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros, o segurou pela goela e, quase a estrangulá-lo, dizia: "Paga o que me deves." - O companheiro, lançando-se aos pés, o conjurava, dizendo: "Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo." - Mas o outro não quis escutá-lo; foi-se e o mandou prender, par tê-lo preso até pagar o que lhe devia. Os outros servidores, seus companheiros, vendo o que se passava, foram, extremamente aflitos, e informaram o senhor de tudo o que acontecera. - Então, o senhor, tendo mandado vir à sua presença aquele servidor, lhe disse: "Mau servo, eu te havia perdoado tudo o que me devias, porque mo pediste. - Não estavas desde então no dever de também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?" E o senhor, tomado de cólera, o entregou aos verdugos, para que o tivessem, até que ele pagasse tudo o que devia. É assim que meu Pai, que está no céu, vos tratará, se não perdoardes, do fundo do coração, as faltas que vossos irmãos houverem cometido contra cada um de vós. (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 23 a 35.)
"Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles?
A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios,nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Como interpretar o mandamento maior da lei de Deus?
2 - Na prática, em que consiste "amar o próximo como a si mesmo"?
O Mandamento Maior - Conclusão Voltar ao estudo
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Sala Virtual Evangelho
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EESE062b - Cap. XI - Itens 1 a 4
Tema: O Mandamento Maior
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A - Conclusão do Estudo:
Amar o próximo como a si mesmo é preceito contido no mandamento maior da Lei de Deus. Constitui a exempressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo, e o meio mais eficaz para se eliminar o orgulho e o egoísmo.
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Como interpretar o mandamento maior da lei de Deus?
Esse mandamento está expresso no dever que cada um de nós, seus filhos têm de amá-lo, com todo o nosso coração. Contudo, esse amor só será completo, e a lei divina integralmente cumprida, se também, igualmente, amarmos o nosso próximo como a nós mesmos.
Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos: "Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo."
2 - Na prática, em que consiste "amar o próximo como a si mesmo"?
Consiste em examinar a nossa própria consciência, para saber como gostaríamos que procedessem conosco em cada circunstância e, daí, adotarmos esse procedimento para com o próximo.
"Amar o próximo como a si mesmo"... é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. (...) A prática dessa máxima, tende à destruição do egoísmo."
Amar o Próximo
“Amai-vos sempre uns aos outros, como irmãos; prestai-vos mútuo auxílio, e que o amor do próximo não vos seja uma palavra vazia de sentido.” [1]
Devemos compreender a necessidade de amar o próximo como a nós mesmos como fazer aos outros aquilo que queríamos que os outros nos fizessem, conforme nos orienta Jesus. O amor em ação pelo Bem do próximo, em suas diversas facetas como o respeito, a tolerância, a cordialidade etc., consiste na caridade. Diversas passagens da Codificação Espírita detalham este mandamento, como, por exemplo, o capítulo XI da obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, intitulado “Amar o Próximo como a Si Mesmo”.
No item 4 do capítulo supracitado, encontramos as seguintes orientações de Allan Kardec a respeito do tema:
“‘Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós’, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.” [2]
A ideia de amar o próximo é, como se vê, essencialmente prática, e traz diretamente o Bem a nós próprios. O Espírito Sanson, o qual integrava a Sociedade Espírita de Paris quando encarnado, enviou, do Plano Espiritual, a seguinte orientação, reforçando o sentido prático de amar o próximo:
“Amar, no sentido profundo do termo, é o homem ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que queira que estes lhe façam; é procurar em torno de si o sentido íntimo de todas as dores que acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é considerar como sua a grande família humana, porque essa família todos a encontrareis, dentro de certo período, em mundos mais adiantados; e os Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de Deus, destinados a se elevarem ao infinito. Assim, não podeis recusar aos vossos irmãos o que Deus liberalmente vos outorgou, porquanto, de vosso lado, muito vos alegraria que vossos irmãos vos dessem aquilo de que necessitais. Para todos os sofrimentos, tende, pois, sempre uma palavra de esperança e de conforto, a fim de que sejais inteiramente amor e justiça.” [3]
O Codificador da Doutrina Espírita reforça a orientação acima, ilustrando que amar o próximo é tratar a todos de forma igualitária, tal como desejamos não ser discriminados, ressaltando que essa forma equilibrada de tratamento acabará com graves problemas sociais, como o da fome.
“Ora, amar o próximo como a si mesmo é não fazer nenhuma diferença entre si mesmo e o próximo; é a consagração do princípio: Todos os homens são irmãos, porque são filhos de Deus.” [4]
“A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá.” [5]
Paulo de Tarso, em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 13, informa que a caridade é maior até mesmo do que a fé. Kardec, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XV item 07, comenta essa passagem, argumentando que a caridade está ao alcance de todos, independente de renda, cultura e mesmo credo religioso. O Espiritismo, coerente com seus princípios de liberdade de consciência, sempre ressalta que fora da caridade não há salvação. Como ressaltado por Kardec, o Espiritismo “não diz: Fora do Espiritismo não há salvação, mas, com o Cristo: Fora da caridade não há salvação, princípio de união, de tolerância, que congraçará os homens num sentimento comum de fraternidade, em vez de os dividir em seitas inimigas.” [6]
Fonte: http://www.flickr.com/photos/22177648@N06/2137735924/
Encontramos orientações sobre amar o próximo desde o Velho Testamento:
“Amarás, pois, a Jeová teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 06:05)
“Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo: eu sou Jeová.” (Levítico 19:18)
“Vendo o jumento de teu irmão, ou o seu boi, caídos no caminho, não passarás por eles indiferente; sem falta o ajudarás a levantá-los.” (Deuteronômio 22:04)
“Se encontrares o boi do teu inimigo, ou o seu jumento desgarrado, sem falta lho reconduzirás. Se vires caído debaixo da sua carga o jumento daquele que te aborrece, não o deixarás, certamente com o dono o aliviarás.” (Êxodo 23:04-05)
Jesus, demonstrando não ter vindo destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento (Mateus 05:17), indica serem as essenciais as duas primeiras passagens acima citadas — amar a Deus e o próximo:
“Mestre, qual é o grande mandamento da Lei?
Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.
Este é o grande e primeiro mandamento.
O segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas.” (Mateus 22:36-40)
Allan Kardec obteve orientações acerca dessa passagem pelos Espíritos da falange do Consolador prometido:
“A lei de Deus se acha contida toda no preceito do amor ao próximo, ensinado por Jesus?
‘Certamente. Esse preceito encerra todos os deveres dos homens uns para com os outros. Cumpre, porém, se lhes mostre a aplicação que comporta, do contrário deixarão de cumpri-lo, como o fazem presentemente. Demais, a lei natural abrange todas as circunstâncias da vida e esse preceito compreende só uma parte da lei. Aos homens são necessárias regras precisas; os preceitos gerais e muito vagos deixam grande número de portas abertas à interpretação.’” [7]
“Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
‘Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.’
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. (...) O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.” [8]
Na parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37), encontramos preciosas lições sobre o amor ao próximo. Um doutor da lei pergunta a Jesus: “quem é o meu próximo?” (Lucas 10:29), ao que o Mestre assim responde:
“Prosseguindo Jesus, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores que, depois de o despirem e espancarem, se retiraram, deixando-o meio morto. Por uma coincidência descia por aquele caminho um sacerdote; quando o viu, passou de largo. Do mesmo modo também um levita, chegando ao lugar e vendo-o, passou de largo. Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o, teve compaixão dele. Chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse: Trata-o e quanto gastares de mais, na volta eu to pagarei. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe Jesus: Vai-te, e faze tu o mesmo.” (Lucas 10:30-37)
Na passagem acima, Jesus aponta que dois religiosos judeus evitaram auxiliar à pessoa em necessidade, porém um samaritano se dispôs a fazê-lo. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, em sua Introdução, item III — “Notícias Históricas”, Kardec traz um breve histórico da animosidade existente entre judeus e samaritanos. Visando a ilustrar a necessidade de se fazer o bem, independente de credo religioso, Jesus utilizou a figura de um oponente ideológico dos judeus nessa parábola. Nosso próximo é, portanto, todo aquele em que esteja a nosso alcance auxiliar, e devemos fazê-lo sempre de forma incondicional. Nossa consciência não cobrará prodígios que beirem ao impossível, mas apenas fazer todo o Bem que podíamos. Assim comenta Kardec a respeito da referida passagem evangélica:
“(...) Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única.” [9]
Notemos, também, que Jesus analisa o comportamento dos sacerdotes judeus e também o do samaritano, porém não tece quaisquer comentários sobre a pessoa ferida e que precisava de ajuda. Ela necessitava de auxílio, independente do porquê de assim se encontrar. Verifica-se, aqui também, a lição do auxílio incondicional.
Necessitamos estar conectados ao mundo à nossa volta, vigilantes, a fim de percebermos as tantas oportunidades de auxiliar os outros, as quais surgem todos os dias. A utilização do samaritano na parábola também tem relação com o próprio significado da palavra, segundo apontamentos de Carlos Torres Pastorino: “Samaria, em hebraico (shomron) significa ‘vigilância’” [10]; e foi justamente uma alma vigilante, atenta às oportunidades de fazer o Bem, que cuidou de quem precisava de auxílio. Pastorino comenta, ainda:
“Só mesmo alguém que já tenha sido despertado para a vida maior do Espírito (samaritano – vigilante) é capaz de trazer-lhe efetivo e eficiente socorro, derramando em suas chagas o óleo (bálsamo do conforto e consolação) e o vinho (interpretação e explicações espirituais), e levá-lo, depois, aonde possa ele libertar-se, pela meditação ao lado de um mestre (hospedeiro), dos danosos efeitos e das consequências dos vícios, e poder assim recomeçar, fortalecido, sua evolução, após haver aprendido, em dolorosas experiências, a evitar os perigosos caminhos do mundo, infestados de gozos e paixões traiçoeiras (ladrões e salteadores) procurando manter-se equilibrado no plano espiritual. Atravessará, assim, indene as vicissitudes terrenas e chegará a salvo ao fim da jornada.” [11]
Concluímos nosso breve estudo acerca de tão importante tema, apresentando trecho de discurso de Allan Kardec, incitando-nos à caridade benevolente.
“O campo da caridade é muito vasto; compreende duas grandes divisões que, em falta de termos especiais, podem designar-se pelas expressões caridade beneficente e caridade benevolente. Compreende-se facilmente a primeira, que é naturalmente proporcional aos recursos materiais de que se dispõe; mas a segunda está ao alcance de todos, do mais pobre como do mais rico. Se a beneficência é forçosamente limitada, nada além da vontade poderia estabelecer limites à benevolência. O que é preciso, então, para praticar a caridade benevolente? Amar o próximo como a si mesmo. Ora, se se amar o próximo tanto quanto a si, amar-se-o-á muito; agir-se-á para com outrem como se quereria que os outros agissem para conosco; não se quererá nem se fará mal a ninguém, porque não quereríamos que no-lo fizessem.
Amar o próximo é, pois, abjurar todo sentimento de ódio, de animosidade, de rancor, de inveja, de ciúme, de vingança, numa palavra, todo desejo e todo pensamento de prejudicar; é perdoar aos inimigos e retribuir o mal com o bem; é ser indulgente para as imperfeições de seus semelhantes e não procurar o argueiro no olho do vizinho, quando não se vê a trave no seu; é esconder ou desculpar as faltas alheias, em vez de se comprazer em as pôr em relevo, por espírito de maledicência; é ainda não se fazer valer à custa dos outros; não procurar esmagar ninguém sob o peso de sua superioridade; não desprezar ninguém pelo orgulho.” [12]
Leia também, neste blog, as postagens “Família Espiritual”, “Vigiai e Orai”, “Tranquilidade no Retorno à Pátria Espiritual”, “Amar os inimigos”, “Os opositores da Doutrina Espírita”, “O Bem e o Mal” e “Egos virtuosos e Eus sapientes”.
Bons estudos!
Carla e Hendrio
Referências:
[1] KARDEC, Allan. “Revista Espírita de maio de 1860”. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2004. “Ditados Espontâneos: ‘Remorso e Arrependimento’”.
[2] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo XI, item 4.
[3] Ibidem, item 10.
[4] KARDEC, Allan. “Revista Espírita de março de 1864”. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2004. “A Jovem Obsedada de Marmande (Continuação)”.
[5] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo XXV, item 8.
[6] KARDEC, Allan. “Revista Espírita de outubro de 1866”. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2004. “Os Tempos são Chegados”.
[7] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1987. Questão 647.
[8] Ibidem, questão 886.
[9] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo XV, item 3.
[10] PASTORINO, Carlos Torres. “Sabedoria do Evangelho”. Rio de Janeiro, RJ: Sabedoria, 1964. Volume 2, capítulo “A Samaritana”.
[11] Ibidem, volume 5, capítulo “O Samaritano”.
[12] KARDEC, Allan. “Revista Espírita de dezembro de 1868”. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2004. “Sessão Anual Comemorativa do Dia dos Mortos (Sociedade de Paris, 1º de novembro de 1868); Discurso de Abertura pelo Sr. Allan Kardec: O Espiritismo é uma religião?”
Leia mais no endereço: http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/08/amar-o-proximo.html#ixzz2xLoHkLdy
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo
Walkiria Lúcia de Araújo Cavalcante
“Mas os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, veio lhe fazer esta pergunta para o tentar: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Eis aí o maior e o primeiro mandamento. Eis o segundo, que é semelhante a este: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, cap. XXII, v. 34 a 40)
Cabe uma pequena explicação antes de comentarmos os versículos. Os fariseus eram um povo que estavam mais preocupados com as escrituras, com o exterior, do que com o interior. Os saduceus acreditavam em Deus, mas não acreditavam na imortalidade da alma e achavam que o nada os esperava após a morte.
O doutor da lei era um conhecedor das escrituras e queria testar Jesus perguntando qual era o maior mandamento da lei. Jesus responde-lhe com toda perspicácia: “Amareis o Senhor vosso Deus...” Observemos bem que Jesus não diz nosso Deus ou meu Deus. Ele diz o Senhor “vosso” Deus. Deixando claro que cada um de nós entende o que é Deus segundo a nossa religião e cultura. Frisamos “o que é Deus” para fazermos um desdobramento segundo o que a doutrina preceitua. Na questão nº 1 de “O Livro dos Espíritos” temos o seguinte: – Que é Deus? “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.
Mas mesmo entre nós espíritas, diante desta explicação também compreendemos Deus de formas diferentes. E por isso também vivenciamos de forma diversa o que a doutrina ensina.
Então o primeiro ponto é amarmos o Deus que compreendemos. Segundo Ele nos fala, devemos amá-lo de todo nosso coração, com a pureza de sentimentos; de toda a nossa alma; espíritos encarnados que ainda somos devemos praticar os ensinamentos de Jesus desde já; não esperar por um Reino dos Céus, e devemos aplicar estes ensinamentos também na nossa vida em sociedade; e de todo nosso espírito, por toda a eternidade e em plenitude.
“Amareis vosso próximo como a vós mesmos.” Precisamos amar o nosso próximo como a nós mesmos. Lembramos da questão 876 de “O Livro dos Espíritos”, que fala sobre a justiça, que devemos fazer ao outro o que gostaríamos que ele nos fizesse. No comentário de Kardec, na referida questão, fica claro que a recíproca não é verdadeira. Explico melhor: nós só vamos desejar o que é bom para nós, por isso que devemos desejar ao outro o que queremos para nós. Mas se fosse o contrário, desejar para nós o que desejamos ao outro é diferente. O outro nos faz coisas que nos magoam e por um segundo que seja acabamos desejando algo de ruim para ele. Se desejarmos para nós o que desejamos ao outro, por um segundo que seja também estaremos desejando coisas ruins para nós. Por analogia entendemos amar o nosso próximo como amamos a nós mesmos. Da forma que nos amamos, da maneira que compreendemos o que significa amar.
Cabe um parêntese. Amarmo-nos não é egolatria, narcisismo. É respeito por nós mesmos, é reconhecer os nossos limites e trabalhar para superá-los, é nos enxergar tal qual somos e analisar o que podemos fazer para nos melhorar.
Ele encerra dizendo que “Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.” Não só a moral, que neste caso é representada pelos profetas, como, também, as leis humanas estão (pelo menos deveriam estar) contidas nestes dois mandamentos. “793 – Por que sinais se pode reconhecer uma civilização completa? – Vós a reconhecereis no desenvolvimento moral. [...] não tereis, verdadeiramente, o direito de vos dizer civilizados senão quando houverdes banido de vossa sociedade os vícios que a desonram e puderdes viver, entre vós, como irmãos, praticando a caridade cristã. Até lá, não sois senão povos esclarecidos, não tendo percorrido senão a primeira fase da civilização.” (“O Livro dos Espíritos”). A informação nós já temos. Precisamos nos decidir a pô-la em prática. Da mesma maneira com relação à Doutrina Espírita, a gama de informações que encontramos nas obras da codificação é imensa. Mas muitas vezes temos preguiça de lê-las. Entendemos que algumas coisas precisam ser explicadas para serem mais bem compreendidas. Mas o nosso querido “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, repositório de amor em palavras, é uma obra acessível e de grande cunho moral. Façamos dele o nosso amparo nas horas difíceis, mas não nos esqueçamos dele nas horas alegres.
Quanto à dificuldade de possível entendimento das outras obras, nos engajemos em grupos de estudos nas casas espíritas. Se eles não existem, formemos pequeno grupo e conversemos com a direção da casa. Se ela estiver realmente com bases firmes voltadas para o ensino que a doutrina nos traz em essência, não irá se opor à formação do grupo e, principalmente, ao amparo da casa para realização do trabalho. A falta de conhecimento não é desculpa para não existência desses grupos. Estaremos, assim, exercitando a nossa humildade e principalmente o amor ao próximo que Jesus nos orientou.
“Mas os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, veio lhe fazer esta pergunta para o tentar: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Eis aí o maior e o primeiro mandamento. Eis o segundo, que é semelhante a este: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, cap. XXII, v. 34 a 40)
Cabe uma pequena explicação antes de comentarmos os versículos. Os fariseus eram um povo que estavam mais preocupados com as escrituras, com o exterior, do que com o interior. Os saduceus acreditavam em Deus, mas não acreditavam na imortalidade da alma e achavam que o nada os esperava após a morte.
O doutor da lei era um conhecedor das escrituras e queria testar Jesus perguntando qual era o maior mandamento da lei. Jesus responde-lhe com toda perspicácia: “Amareis o Senhor vosso Deus...” Observemos bem que Jesus não diz nosso Deus ou meu Deus. Ele diz o Senhor “vosso” Deus. Deixando claro que cada um de nós entende o que é Deus segundo a nossa religião e cultura. Frisamos “o que é Deus” para fazermos um desdobramento segundo o que a doutrina preceitua. Na questão nº 1 de “O Livro dos Espíritos” temos o seguinte: – Que é Deus? “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.
Mas mesmo entre nós espíritas, diante desta explicação também compreendemos Deus de formas diferentes. E por isso também vivenciamos de forma diversa o que a doutrina ensina.
Então o primeiro ponto é amarmos o Deus que compreendemos. Segundo Ele nos fala, devemos amá-lo de todo nosso coração, com a pureza de sentimentos; de toda a nossa alma; espíritos encarnados que ainda somos devemos praticar os ensinamentos de Jesus desde já; não esperar por um Reino dos Céus, e devemos aplicar estes ensinamentos também na nossa vida em sociedade; e de todo nosso espírito, por toda a eternidade e em plenitude.
“Amareis vosso próximo como a vós mesmos.” Precisamos amar o nosso próximo como a nós mesmos. Lembramos da questão 876 de “O Livro dos Espíritos”, que fala sobre a justiça, que devemos fazer ao outro o que gostaríamos que ele nos fizesse. No comentário de Kardec, na referida questão, fica claro que a recíproca não é verdadeira. Explico melhor: nós só vamos desejar o que é bom para nós, por isso que devemos desejar ao outro o que queremos para nós. Mas se fosse o contrário, desejar para nós o que desejamos ao outro é diferente. O outro nos faz coisas que nos magoam e por um segundo que seja acabamos desejando algo de ruim para ele. Se desejarmos para nós o que desejamos ao outro, por um segundo que seja também estaremos desejando coisas ruins para nós. Por analogia entendemos amar o nosso próximo como amamos a nós mesmos. Da forma que nos amamos, da maneira que compreendemos o que significa amar.
Cabe um parêntese. Amarmo-nos não é egolatria, narcisismo. É respeito por nós mesmos, é reconhecer os nossos limites e trabalhar para superá-los, é nos enxergar tal qual somos e analisar o que podemos fazer para nos melhorar.
Ele encerra dizendo que “Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.” Não só a moral, que neste caso é representada pelos profetas, como, também, as leis humanas estão (pelo menos deveriam estar) contidas nestes dois mandamentos. “793 – Por que sinais se pode reconhecer uma civilização completa? – Vós a reconhecereis no desenvolvimento moral. [...] não tereis, verdadeiramente, o direito de vos dizer civilizados senão quando houverdes banido de vossa sociedade os vícios que a desonram e puderdes viver, entre vós, como irmãos, praticando a caridade cristã. Até lá, não sois senão povos esclarecidos, não tendo percorrido senão a primeira fase da civilização.” (“O Livro dos Espíritos”). A informação nós já temos. Precisamos nos decidir a pô-la em prática. Da mesma maneira com relação à Doutrina Espírita, a gama de informações que encontramos nas obras da codificação é imensa. Mas muitas vezes temos preguiça de lê-las. Entendemos que algumas coisas precisam ser explicadas para serem mais bem compreendidas. Mas o nosso querido “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, repositório de amor em palavras, é uma obra acessível e de grande cunho moral. Façamos dele o nosso amparo nas horas difíceis, mas não nos esqueçamos dele nas horas alegres.
Quanto à dificuldade de possível entendimento das outras obras, nos engajemos em grupos de estudos nas casas espíritas. Se eles não existem, formemos pequeno grupo e conversemos com a direção da casa. Se ela estiver realmente com bases firmes voltadas para o ensino que a doutrina nos traz em essência, não irá se opor à formação do grupo e, principalmente, ao amparo da casa para realização do trabalho. A falta de conhecimento não é desculpa para não existência desses grupos. Estaremos, assim, exercitando a nossa humildade e principalmente o amor ao próximo que Jesus nos orientou.
O mandamento maior - Felipe
POR FANTINO FELIPE
Recebia o pequeno grupo de espíritos que voltavam ao término de mais uma vida vivida na Terra, um luminoso espírito, imponente com suas vestes resplandecentes de luz. Era ele o porteiro do Céu. Examinando as fichas dos recém-vindos, foi chamando-os pelo nome: “Vicente, pode se aproximar, meu irmão”.
Soberbo, adiantou-se um espírito envergando uma batina de padre. “Que trazes da Terra?”, interpelou o porteiro com afabilidade.
– Trago o coração cheio de amor a Deus, nosso Pai. Amei-O com toda a devoção. Dediquei minha vida a Ele como sacerdote da Igreja Romana. Distribuí 1.523.578 hóstias do Santíssimo Sacramento. Ouvi 557.372 fiéis em confissão e os absolvi de seus pecados. Rezei 32.200 missas e agora busco o meu lugar de direito no Céu, ao lado de Deus Pai Criador.
– No entanto, vejo-te o coração obscuro. Fizeste tudo isso, é verdade, mas esqueceste que o amor a teus irmãos deveria ser o móvel de teus dias. Afastaste-te deles, apenas ministrastes os sacramentos. Volta à Terra. Precisas aprender a amar aos teus irmãos, filhos do mesmo Pai que já amas. Foste orgulhoso e distante, encastelado em uma pretensa superioridade.
– O próximo! Ezequiel, pode se aproximar. Vejo que pertenceste às Igrejas Reformadas.
– Com todo o orgulho! Servi a Deus fielmente. Amei a Bíblia. Tenho-a inteiramente gravada, versículo por versículo em minha memória e em meu coração.
– Mas que bem espalhaste?
– O da palavra! Preguei com voz veemente. Usei o verbo para investir contra o mal onde quer que ele se encontrasse. Condenei os pecadores e os afastei do recinto sagrado da Igreja. Agora os eleitos aguardam a recompensa do Altíssimo.
– Meu irmão, falhaste enxergando o mal onde existia apenas uma oportunidade de renovação da criatura. Esqueceste que Jesus veio para os doentes e os pecadores? Volta à Terra abençoada e aprende a amar a teus irmãos incondicionalmente.
Eis a vez de Atílio, que foi ateu. “Que trazes do Planeta, amigo?”
– Eu? Nada. Estava tão ocupado atendendo a orfandade da Terra que não tive tempo para me ocupar com Deus. Sequer sabia se ele existia mesmo, como diziam. Creio que não faço jus a um lugar no Céu, dada a minha descrença Naquele que, agora vejo, é o Senhor de tudo.
– Fizeste bem em socorrer aos teus irmãos. Isso basta. Entra.
– Mas como? – bradaram todos. Ele não professou religião alguma!!
– Professou a verdadeira: a da caridade. Jesus não disse que chamaria a Si aqueles que Lhe tivessem dado de comer, de beber, vestido e visitado? Pois ele fez tudo isso. Quanto a vocês, meus queridos, voltem e façam o mesmo.
Ante a voz sábia e justa da razão amorosa, ali, no país da verdade, onde as desculpas e ilusões da Terra não mais prevalecem, renderam-se à evidência de que necessitariam internar-se novamente no educandário terreno, pois já sabiam amar a Deus sobre todas as coisas, mas precisavam aprender a amar ao próximo como a si mesmos.
Agora encaixe o espírita nessa história. Como ele seria recebido? Ele entraria no “Céu”? Que argumentos ele teria a seu favor? Que ilusões poderia ter cultivado?
FANTINO FELIPE
Mensagem psicografada pela médium Célia Elmy em 20 de agosto de 2005, em Tremembé, SP.
O maior mandamento - blog do andré
Capítulo 15 de "O Evangelho Segundo o Esiritismo, de Allan Kardec" - Fora da caridade não há salvação, itens 4 e 5, O MAIOR MANDAMENTO.
Este tema tem a finalidade de aprofundar a nossa compreensão sobre os dois maiores mandamentos da Lei de Deus ensinados por Jesus, ressaltando qual deve ser a nossa atitude para, verdadeiramente, amar a DEUS sobre todas as coisas e ao PRÓXIMO como a nós mesmos.
Jesus inquirido pelo doutor da Lei, sobre qual seria o MAIOR MANDAMENTO da Lei de DEUS respondeu de uma maneira direta e objetiva: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS e o segundo AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que O reconhece como PAI MISERICORDIOSO.
AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que reconhece a VIDA como dádiva do Seu amor em benefício do nosso progresso.
AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que faz da própria vida uma caminhada em Sua direção, através da observância de suas Leis perfeitas e imutáveis.
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é reconhecer a natureza como obra de Sua bondade. E agradecer diariamente por tudo o que Ele nos concede.
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é recorrer a Ele como amparo de nossas fraquezas... É também louvá-Lo a cada instante como fonte de nossas alegrias e de nossa coragem diante dos desafios da vida.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é entender que devemos dispensar ao nosso irmão o mesmo tratamento que gostaríamos de receber.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é desejar aos outros tudo o que almejamos para nós, é ficarmos feliz com suas conquistas e suas alegrias como se fora nós mesmos que as experimentássemos.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é consolar o irmão triste em suas dificuldades, dores e aflições oferecendo o socorro que estiver ao nosso alcance.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é colocarmo-nos no lugar do OUTRO e dispensar-lhe as mesmas atenções e cuidados que desejaríamos se estivéssemos naquela situação.
Quando Jesus diz que os mandamentos que ensinara contém TODA A LEI E OS PROFETAS quer nos fazer entender que todos os preceitos religiosos, todos os ensinamentos dos profetas e iniciados, todas as lições dos livros sagrados podem ser sintetizadas naqueles dois mandamentos: Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos;
Os ensinamentos de Jesus são VERDADES ETERNAS por isso estes dois mandamentos contém tudo o que precisamos para a salvação do espírito... Mas salvar-nos de que? ELES NOS SALVAM DA INFELICIDADE!
Não é possível amar a DEUS sem amar ao próximo, porque DEUS se manifesta diante de nós na pessoa de seus filhos, os nossos irmãos.
Aquele que verdadeiramente traz dentro de si o desejo de AMAR A DEUS e observar Seus mandamentos estende esse amor a todas as pessoas, por nelas reconhecer criaturas por Ele criadas, irmãos nosso na divina paternidade.
Não se pode amar a DEUS desprezando o próximo. Ao contrário, é pelo bem que fazemos ao próximo que demonstramos o nosso amor a DEUS. Da mesma forma que ao ajudarmos uma criança, seus pais ficam gratos a nós, porque amando a criança demonstramos amor por eles.
Esse ensinamento do evangelho nos traz uma lição prática: que FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO uma vez que a caridade é a concretização do amor. A CARIDADE é a forma pela qual o AMOR se realiza, exteriorizando-se de nós na forma de ações, gestos e atitudes.
O caminho da salvação de nossa alma dos erros do passado e da infelicidade, da dor e do sofrimento, passa, necessariamente, pelo amor ao próximo objetivado através da CARIDADE.
Portando, para observar esses mandamentos devemos cultivar a CARIDADE e a HUMILDADE, pois a primeira nos ensina o esquecimento de nós mesmos em favor do nosso próximo, e a segunda nos liberta das vaidades humanas, aproximando-nos de todos na condição de irmãos.
CARIDADE = ESQUECIMENTO DE NÓS MESMOS = LIBERTAÇÃO DAS AMARRAS DO EGOISMO
HUMILDADE = EXTINÇÃO DAS VAIDADES HUMANAS = IDENTIFICAÇÃO COM O PRÓXIMO ATAVÉS DA LEI DE IGUALDADE.
Pela prática da CARIDADE combatemos o EGOÍSMO, pelo exercício da HUMILDADE libertamo-nos do ORGULHO... EGOISMO E ORGULHO são as chagas da humanidade, os criadores de todo mal, que nos impedem de ser FELIZ integrando-nos com DEUS através do PRÓXIMO.
Devemos ser caridosos mesmo com as pessoas que se consideram (ou que consideramos) nossos adversários ou inimigos. AMAR E PERDOAR desejando a essas pessoas todo o bem que gostaríamos de receber sem deixar de aproveitar todas as oportunidades de RECONCILIAÇÃO.
Se, mesmo agindo assim, não formos compreendidos pelo nosso irmão desarmonizado conosco, DEUS que tudo vê e preside saberá reconhecer o nosso esforço.
O PERDÃO, A CARIDADE, A HUMILDADE E O AMOR beneficiam em primeiríssimo lugar aquele que os estende ao próximo, assim como as rosas perfumam primeiramente as mãos que as estendem aos outros.
AMA a DEUS SOBRE TODAS AS COISAS aquele que O coloca como centro de sua vida, observa seus mandamentos e em tudo percebe as manifestações do seu AMOR.
AMA AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO aquele que faz para os outros todo o bem que para si próprio desejaria, fazendo do AMOR AO SEMELHANTES a mais autêntica manifestação do amor a DEUS.
Este tema tem a finalidade de aprofundar a nossa compreensão sobre os dois maiores mandamentos da Lei de Deus ensinados por Jesus, ressaltando qual deve ser a nossa atitude para, verdadeiramente, amar a DEUS sobre todas as coisas e ao PRÓXIMO como a nós mesmos.
Jesus inquirido pelo doutor da Lei, sobre qual seria o MAIOR MANDAMENTO da Lei de DEUS respondeu de uma maneira direta e objetiva: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS e o segundo AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que O reconhece como PAI MISERICORDIOSO.
AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que reconhece a VIDA como dádiva do Seu amor em benefício do nosso progresso.
AMA A DEUS de todo o coração e alma aquele que faz da própria vida uma caminhada em Sua direção, através da observância de suas Leis perfeitas e imutáveis.
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é reconhecer a natureza como obra de Sua bondade. E agradecer diariamente por tudo o que Ele nos concede.
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS é recorrer a Ele como amparo de nossas fraquezas... É também louvá-Lo a cada instante como fonte de nossas alegrias e de nossa coragem diante dos desafios da vida.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é entender que devemos dispensar ao nosso irmão o mesmo tratamento que gostaríamos de receber.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é desejar aos outros tudo o que almejamos para nós, é ficarmos feliz com suas conquistas e suas alegrias como se fora nós mesmos que as experimentássemos.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é consolar o irmão triste em suas dificuldades, dores e aflições oferecendo o socorro que estiver ao nosso alcance.
AMAR AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO é colocarmo-nos no lugar do OUTRO e dispensar-lhe as mesmas atenções e cuidados que desejaríamos se estivéssemos naquela situação.
Quando Jesus diz que os mandamentos que ensinara contém TODA A LEI E OS PROFETAS quer nos fazer entender que todos os preceitos religiosos, todos os ensinamentos dos profetas e iniciados, todas as lições dos livros sagrados podem ser sintetizadas naqueles dois mandamentos: Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos;
Os ensinamentos de Jesus são VERDADES ETERNAS por isso estes dois mandamentos contém tudo o que precisamos para a salvação do espírito... Mas salvar-nos de que? ELES NOS SALVAM DA INFELICIDADE!
Não é possível amar a DEUS sem amar ao próximo, porque DEUS se manifesta diante de nós na pessoa de seus filhos, os nossos irmãos.
Aquele que verdadeiramente traz dentro de si o desejo de AMAR A DEUS e observar Seus mandamentos estende esse amor a todas as pessoas, por nelas reconhecer criaturas por Ele criadas, irmãos nosso na divina paternidade.
Não se pode amar a DEUS desprezando o próximo. Ao contrário, é pelo bem que fazemos ao próximo que demonstramos o nosso amor a DEUS. Da mesma forma que ao ajudarmos uma criança, seus pais ficam gratos a nós, porque amando a criança demonstramos amor por eles.
Esse ensinamento do evangelho nos traz uma lição prática: que FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO uma vez que a caridade é a concretização do amor. A CARIDADE é a forma pela qual o AMOR se realiza, exteriorizando-se de nós na forma de ações, gestos e atitudes.
O caminho da salvação de nossa alma dos erros do passado e da infelicidade, da dor e do sofrimento, passa, necessariamente, pelo amor ao próximo objetivado através da CARIDADE.
Portando, para observar esses mandamentos devemos cultivar a CARIDADE e a HUMILDADE, pois a primeira nos ensina o esquecimento de nós mesmos em favor do nosso próximo, e a segunda nos liberta das vaidades humanas, aproximando-nos de todos na condição de irmãos.
CARIDADE = ESQUECIMENTO DE NÓS MESMOS = LIBERTAÇÃO DAS AMARRAS DO EGOISMO
HUMILDADE = EXTINÇÃO DAS VAIDADES HUMANAS = IDENTIFICAÇÃO COM O PRÓXIMO ATAVÉS DA LEI DE IGUALDADE.
Pela prática da CARIDADE combatemos o EGOÍSMO, pelo exercício da HUMILDADE libertamo-nos do ORGULHO... EGOISMO E ORGULHO são as chagas da humanidade, os criadores de todo mal, que nos impedem de ser FELIZ integrando-nos com DEUS através do PRÓXIMO.
Devemos ser caridosos mesmo com as pessoas que se consideram (ou que consideramos) nossos adversários ou inimigos. AMAR E PERDOAR desejando a essas pessoas todo o bem que gostaríamos de receber sem deixar de aproveitar todas as oportunidades de RECONCILIAÇÃO.
Se, mesmo agindo assim, não formos compreendidos pelo nosso irmão desarmonizado conosco, DEUS que tudo vê e preside saberá reconhecer o nosso esforço.
O PERDÃO, A CARIDADE, A HUMILDADE E O AMOR beneficiam em primeiríssimo lugar aquele que os estende ao próximo, assim como as rosas perfumam primeiramente as mãos que as estendem aos outros.
AMA a DEUS SOBRE TODAS AS COISAS aquele que O coloca como centro de sua vida, observa seus mandamentos e em tudo percebe as manifestações do seu AMOR.
AMA AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO aquele que faz para os outros todo o bem que para si próprio desejaria, fazendo do AMOR AO SEMELHANTES a mais autêntica manifestação do amor a DEUS.
O Maior Mandamento - Emmanuel
O Maior Mandamento
"Ama a Deus, com toda a tua alma, com todo o teu coração e com todo o teu entendimento! — eis o maior mandamento", proclamou o Senhor.
Entretanto, perguntarás, como amarei a Deus que se encontra longe de mim?
Cala, porém, as tuas indagações e recorda que, se os pais e as mães do mundo vibram na experiência dos filhos, se o artista está invisível em suas obras, também Deus permanece em suas criaturas.
Lembra que, se deves esperar por Deus onde te encontras, Deus igualmente espera por ti em todos os ângulos do caminho.
Ele é o Todo em que nos movemos e existimos.
Escuta a Lei Sublime do Bem e vê-Lo-ás sofrendo no irmão enfermo, esperando por tuas mãos; necessitado, no coração ignorante que te pede um raio de luz; aflito, na criancinha sem lar que te estende os braços súplices, rogando abrigo e consolação; ansioso, no companheiro agonizante que te implora a bênção de uma prece que o acalente para a viagem enorme; inquieto, no coração das mães que te pedem proteção para os filhinhos infelizes e expectante, nas páginas vivas da Natureza, aguardando a tua piedade para as árvores despejadas, para as fontes poluídas, para as aves sem ninho ou para os animais desamparados e doentes.
Amemos ao próximo com toda a alma e com todo o coração e estaremos amando ao Senhor com as forças mais nobres de nossa vida.
Compreende e auxilia sempre...
Serve e passa...
Quem se faz útil, auxilia a construção do Reino Divino na Terra e quem realmente ama a Deus, sacrifica-se pelo próximo, fazendo a vida aperfeiçoar-se e brilhar.
Emmanuel
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/o-maior-mandamento-42033/?PHPSESSID=e885d4c2a9c39eb63b5ed9fc03edd149#ixzz2xLfRdNqP
"Ama a Deus, com toda a tua alma, com todo o teu coração e com todo o teu entendimento! — eis o maior mandamento", proclamou o Senhor.
Entretanto, perguntarás, como amarei a Deus que se encontra longe de mim?
Cala, porém, as tuas indagações e recorda que, se os pais e as mães do mundo vibram na experiência dos filhos, se o artista está invisível em suas obras, também Deus permanece em suas criaturas.
Lembra que, se deves esperar por Deus onde te encontras, Deus igualmente espera por ti em todos os ângulos do caminho.
Ele é o Todo em que nos movemos e existimos.
Escuta a Lei Sublime do Bem e vê-Lo-ás sofrendo no irmão enfermo, esperando por tuas mãos; necessitado, no coração ignorante que te pede um raio de luz; aflito, na criancinha sem lar que te estende os braços súplices, rogando abrigo e consolação; ansioso, no companheiro agonizante que te implora a bênção de uma prece que o acalente para a viagem enorme; inquieto, no coração das mães que te pedem proteção para os filhinhos infelizes e expectante, nas páginas vivas da Natureza, aguardando a tua piedade para as árvores despejadas, para as fontes poluídas, para as aves sem ninho ou para os animais desamparados e doentes.
Amemos ao próximo com toda a alma e com todo o coração e estaremos amando ao Senhor com as forças mais nobres de nossa vida.
Compreende e auxilia sempre...
Serve e passa...
Quem se faz útil, auxilia a construção do Reino Divino na Terra e quem realmente ama a Deus, sacrifica-se pelo próximo, fazendo a vida aperfeiçoar-se e brilhar.
Emmanuel
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/o-maior-mandamento-42033/?PHPSESSID=e885d4c2a9c39eb63b5ed9fc03edd149#ixzz2xLfRdNqP
O mandamento maior - irc
O mandamento maior
Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam
parábola dos credores e dos devedores
"O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XI, itens 1 a 4"
Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br
Expositora: Vera Oliveira
Rio de Janeiro
31/07/2002
Dirigente do Estudo:
Márcio Alves
Mensagem Introdutória:
PSICOLOGIA DA CARIDADE
"Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas." - Jesus - Mateus, VII:12.
"Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo." - Cap. XI:4.
Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.
Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.
Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.
Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência.
Não se restringe, porém, à emotividade.
Pára e atende.
Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.
Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.
No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.
Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.
No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que poderia por si, sem nada pedir ou perguntar.
Sentiu e agiu, auxiliou e passou.
Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.
Emmanuel
Do Livro: Livro da Esperança
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Editora: CEC
Oração inicial:
<Moderador_> Senhor Jesus, aqui estamos, mestre querido, reunidos em Teu nome, buscando o aprendizado de Tua doutrina de luz. Que os amigos espirituais, com quem buscamos nos sintonizar neste momento, possam nos auxiliar o entendimento da lição a ser estudada na noite de hoje, que, sem dúvida, tem muito a nos acrescentar. Abençoe nossa companheira Vera, que fará uso da palavra nesta noite. Que ela possa ser intuída e amparada em seu estudo. Que em Teu nome, mestre querido, em nome da espiritualidade amiga que nos acompanha e sobretudo em nome de Deus possamos dar por iniciado o estudo da noite de hoje.
Que assim seja!
Exposição:
<Vera_Oliveira> Que sejam as nossas primeiras palavras uma rogativa à Deus para que Ele nos auxilie ao estudo da noite.
Certamente que o tema "Amar ao próximo como a si mesmo" é muito profundo para a nossa compreensão e a nossa forma de sentir, pois se assim não fosse, já há 2000 anos que esta mensagem está gravada em nossas almas e ainda exige de nós muito esforço para senti-la e, conseqüentemente praticá-la. Vamos nos deter mais especificamente no segundo mandamento que é semelhante ao primeiro: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo".
Observemos, queridos companheiros, que o próprio Mestre através de Suas palavras nos coloca uma medida.
Qual é a medida? A ti mesmo!
Vamos então parar e meditar sobre esta medida.
No item III, Ele nos trás a história do homem que devia dez mil talentos e foi perdoado. Logo a seguir, encontrou-se com um companheiro que lhe devia muito menos, entretanto, não conseguiu perdoar.
Buscando trazer para o nosso dia a dia estes comportamentos, certamente veremos que não estão tão distantes de nós. Analisemos em nós mesmos, já que somos a medida.
Quais são as nossas maiores dificuldades no relacionamento com o próximo? Certamente o mau humor e a grosseria com que muitas vezes tratamos o semelhante, porém, damos como desculpa o cansaço, a cabeça cheia de problemas. Não estaria, neste comportamento tão simples, um convite para exercitarmos com o outro o que gostaríamos que fizessem conosco?
Kardec, no item IV, nos diz que devemos ter indulgência e benevolência para com o semelhante. Quando analisamos esta observação , nos lembramos da necessidade que temos de ser mais fraternos uns com os outros. Ele chega mesmo a dizer que isto é uma regra de comportamento, e então, voltando a questão do mau humor, nos lembramos: Não seria uma regra de comportamento evitarmos esses obstáculos nas nossas relações, obstáculos esses que dificultam o nosso entrosamento?
Não gostamos que falem de qualquer maneira conosco, e por que não observamos que muitas vezes tratamos os outros com grosseria?
Os companheiros devem estar pensando: Mas, por que um comportamento tão simples, dentro de um tema tão complexo? E nós diríamos: seria uma forma de começarmos colocar esta regra em nosso comportamento.
Santo Agostinho, na questão 919-a do Livro dos Espíritos, nos diz que a reencarnação na qual ele mais progrediu foi quando adotou por comportamento perguntar todas as noite à sua consciência, se tivera feito alguma coisa ao outro que não fosse boa, ou se deixara de fazer algo de bom, ou ainda se tinha alguma queixa dele naquele dia. Remontava assim o seu dia, através das suas atitudes e se programava para não cometer no outro dia, os mesmo erros do dia anterior.
Ele afirma ser esta a maneira mais eficaz e mais eficiente para a auto-transformação.
Será que nós estaríamos dispostos a copiar essa regra de auto transformação de Santo Agostinho?
Não estaria faltando algo, ou melhor, uma metodologia criada por nós mesmos para nos impor um exercício de renovação, de esclarecimento mental, de ampliação de nossos sentimentos e de equilíbrio das nossas emoções?
Somos filhos de Deus, portanto, herdeiros de um Ser Supremo , que espera amadureçamos todo o nosso potencial para finalmente alcançarmos a felicidade que nos espera.
Mas, com certeza, sem aprendermos o grande desafio do relacionamento mútuo, ficará muito difícil para nós.
Como conhecer o sentimento fraterno e solidário, se não nos predispormos a dar o melhor de nós mesmos?
Dentro de tudo aquilo que fazemos e dentro da nossa convivência, cada criatura é uma individualidade que nos compete conhecer as suas características para que possamos aprender a lidar, a conviver e a amar. Cada criatura nos trás uma grande oportunidade de renovação.
Quantas vezes já ouvimos alguém dizer: Meu Deus, eu não sabia que o fulano era capaz de fazer isso ou aquilo... E realmente está certo, porque essa relação era uma relação
superficial, não havia um conhecimento mais profundo.
Costumamos conquistar amizades, mas não sabemos mantê-las. Joanna de Ângelis nos diz que assim agimos, justamente porque nos faltam os recursos para a cada dia doarmos algo de nós naquela relação. E, muitas vezes, dizemos assim: Eu não tenho mais como continuar com essa relação! E deveríamos estar dizendo: preciso me melhorar, preciso dilatar os meus sentimentos e os meus conhecimentos para voltar.
Nos lembra Kardec, no Capítulo XIII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo": caridade material sem a caridade moral é deficiente, mas já é um começo.
Kardec nos esclarece melhor a questão da benevolência. Ele nos convoca a tratar os homens da mesma maneira que queremos que os homens nos tratem.
Quando buscamos uma informação no dia a dia, gostamos que alguém nos informe com carinho e com atenção, gostamos que as pessoas compreendam as nossas dificuldades enfim gostamos de ser tratados com toda a educação.
Quando Jesus nos fala que o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servos, nos detemos em uma outra parte que nos chama bastante atenção. “...Quando o servo lança-se aos pés do seu senhor e lhe suplica: Senhor, tenha um pouco de paciência e eu lhe pagarei tudo! As mesmas palavras que ele usou, tenha um pouco de paciência, logo ao sair, um seu irmão também lhe pediu, mas ele não quis escutá-lo e fez que o prendessem até que lhe pagasse o que lhe devia. Então o senhor chamou este servo e disse: servo mau, eu te perdoei tudo o que me devia, porque me implorastes, portanto tu também devias ter piedade de teu companheiro, como eu tive de ti. E finaliza dizendo: é assim que meu pai que está nos céus vos tratará se cada um de vós não perdoar do fundo do coração as faltas que seu irmão tiver cometido contra vós.
Buscando refletir um pouco mais na questão dos relacionamentos, quando eles muitas vezes chegam ao final por não terem mais as pessoas o que se dizerem, Jesus é muito claro, nos mostrando a necessidade de avaliar as nossas emoções, de avaliar as nossas intenções, e, se na maioria das vezes, fomos sinceros conosco mesmos.
O que nos falta é a vontade de prosseguir no esforço de cada instante.
Talvez, neste momento, alguns dos companheiros que nos assistem podem pensar: mas existe uma relação que eu não consigo mais levar adiante, porque posso até me comprometer muito mais, e nós dizemos: prossiga em silêncio, orando, abençoando, entregando esse companheiro que você não sabe mais lidar e, pedindo ao Pai que ilumine mais a sua alma, a sua mente para resgatar essa amizade, essa relação.
Na simplicidade do cotidiano, momento a momento o convite para a nossa melhoria. Vale a pena tentar. Pouco a pouco conseguiremos.
Deus abençoe aos nossos corações.
Oração Final:
<Moderador_> Jesus, mestre amigo, nós Te agradecemos pelos momentos de estudo e aproveitamento que tivemos nesta noite.
Ajuda-nos, mestre, a combater nossas imperfeições e a nos aproximarmos, cada vez mais, de um comportamento mais cristianizado. Que os amigos da espiritualidade nos abençoem e nos protejam em nossa caminhada terrena.
Que assim seja! Graças a Deus!
Fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam
parábola dos credores e dos devedores
"O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XI, itens 1 a 4"
Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br
Expositora: Vera Oliveira
Rio de Janeiro
31/07/2002
Dirigente do Estudo:
Márcio Alves
Mensagem Introdutória:
PSICOLOGIA DA CARIDADE
"Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas." - Jesus - Mateus, VII:12.
"Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo." - Cap. XI:4.
Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.
Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.
Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.
Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência.
Não se restringe, porém, à emotividade.
Pára e atende.
Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.
Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.
No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.
Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.
No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que poderia por si, sem nada pedir ou perguntar.
Sentiu e agiu, auxiliou e passou.
Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.
Emmanuel
Do Livro: Livro da Esperança
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Editora: CEC
Oração inicial:
<Moderador_> Senhor Jesus, aqui estamos, mestre querido, reunidos em Teu nome, buscando o aprendizado de Tua doutrina de luz. Que os amigos espirituais, com quem buscamos nos sintonizar neste momento, possam nos auxiliar o entendimento da lição a ser estudada na noite de hoje, que, sem dúvida, tem muito a nos acrescentar. Abençoe nossa companheira Vera, que fará uso da palavra nesta noite. Que ela possa ser intuída e amparada em seu estudo. Que em Teu nome, mestre querido, em nome da espiritualidade amiga que nos acompanha e sobretudo em nome de Deus possamos dar por iniciado o estudo da noite de hoje.
Que assim seja!
Exposição:
<Vera_Oliveira> Que sejam as nossas primeiras palavras uma rogativa à Deus para que Ele nos auxilie ao estudo da noite.
Certamente que o tema "Amar ao próximo como a si mesmo" é muito profundo para a nossa compreensão e a nossa forma de sentir, pois se assim não fosse, já há 2000 anos que esta mensagem está gravada em nossas almas e ainda exige de nós muito esforço para senti-la e, conseqüentemente praticá-la. Vamos nos deter mais especificamente no segundo mandamento que é semelhante ao primeiro: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo".
Observemos, queridos companheiros, que o próprio Mestre através de Suas palavras nos coloca uma medida.
Qual é a medida? A ti mesmo!
Vamos então parar e meditar sobre esta medida.
No item III, Ele nos trás a história do homem que devia dez mil talentos e foi perdoado. Logo a seguir, encontrou-se com um companheiro que lhe devia muito menos, entretanto, não conseguiu perdoar.
Buscando trazer para o nosso dia a dia estes comportamentos, certamente veremos que não estão tão distantes de nós. Analisemos em nós mesmos, já que somos a medida.
Quais são as nossas maiores dificuldades no relacionamento com o próximo? Certamente o mau humor e a grosseria com que muitas vezes tratamos o semelhante, porém, damos como desculpa o cansaço, a cabeça cheia de problemas. Não estaria, neste comportamento tão simples, um convite para exercitarmos com o outro o que gostaríamos que fizessem conosco?
Kardec, no item IV, nos diz que devemos ter indulgência e benevolência para com o semelhante. Quando analisamos esta observação , nos lembramos da necessidade que temos de ser mais fraternos uns com os outros. Ele chega mesmo a dizer que isto é uma regra de comportamento, e então, voltando a questão do mau humor, nos lembramos: Não seria uma regra de comportamento evitarmos esses obstáculos nas nossas relações, obstáculos esses que dificultam o nosso entrosamento?
Não gostamos que falem de qualquer maneira conosco, e por que não observamos que muitas vezes tratamos os outros com grosseria?
Os companheiros devem estar pensando: Mas, por que um comportamento tão simples, dentro de um tema tão complexo? E nós diríamos: seria uma forma de começarmos colocar esta regra em nosso comportamento.
Santo Agostinho, na questão 919-a do Livro dos Espíritos, nos diz que a reencarnação na qual ele mais progrediu foi quando adotou por comportamento perguntar todas as noite à sua consciência, se tivera feito alguma coisa ao outro que não fosse boa, ou se deixara de fazer algo de bom, ou ainda se tinha alguma queixa dele naquele dia. Remontava assim o seu dia, através das suas atitudes e se programava para não cometer no outro dia, os mesmo erros do dia anterior.
Ele afirma ser esta a maneira mais eficaz e mais eficiente para a auto-transformação.
Será que nós estaríamos dispostos a copiar essa regra de auto transformação de Santo Agostinho?
Não estaria faltando algo, ou melhor, uma metodologia criada por nós mesmos para nos impor um exercício de renovação, de esclarecimento mental, de ampliação de nossos sentimentos e de equilíbrio das nossas emoções?
Somos filhos de Deus, portanto, herdeiros de um Ser Supremo , que espera amadureçamos todo o nosso potencial para finalmente alcançarmos a felicidade que nos espera.
Mas, com certeza, sem aprendermos o grande desafio do relacionamento mútuo, ficará muito difícil para nós.
Como conhecer o sentimento fraterno e solidário, se não nos predispormos a dar o melhor de nós mesmos?
Dentro de tudo aquilo que fazemos e dentro da nossa convivência, cada criatura é uma individualidade que nos compete conhecer as suas características para que possamos aprender a lidar, a conviver e a amar. Cada criatura nos trás uma grande oportunidade de renovação.
Quantas vezes já ouvimos alguém dizer: Meu Deus, eu não sabia que o fulano era capaz de fazer isso ou aquilo... E realmente está certo, porque essa relação era uma relação
superficial, não havia um conhecimento mais profundo.
Costumamos conquistar amizades, mas não sabemos mantê-las. Joanna de Ângelis nos diz que assim agimos, justamente porque nos faltam os recursos para a cada dia doarmos algo de nós naquela relação. E, muitas vezes, dizemos assim: Eu não tenho mais como continuar com essa relação! E deveríamos estar dizendo: preciso me melhorar, preciso dilatar os meus sentimentos e os meus conhecimentos para voltar.
Nos lembra Kardec, no Capítulo XIII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo": caridade material sem a caridade moral é deficiente, mas já é um começo.
Kardec nos esclarece melhor a questão da benevolência. Ele nos convoca a tratar os homens da mesma maneira que queremos que os homens nos tratem.
Quando buscamos uma informação no dia a dia, gostamos que alguém nos informe com carinho e com atenção, gostamos que as pessoas compreendam as nossas dificuldades enfim gostamos de ser tratados com toda a educação.
Quando Jesus nos fala que o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos seus servos, nos detemos em uma outra parte que nos chama bastante atenção. “...Quando o servo lança-se aos pés do seu senhor e lhe suplica: Senhor, tenha um pouco de paciência e eu lhe pagarei tudo! As mesmas palavras que ele usou, tenha um pouco de paciência, logo ao sair, um seu irmão também lhe pediu, mas ele não quis escutá-lo e fez que o prendessem até que lhe pagasse o que lhe devia. Então o senhor chamou este servo e disse: servo mau, eu te perdoei tudo o que me devia, porque me implorastes, portanto tu também devias ter piedade de teu companheiro, como eu tive de ti. E finaliza dizendo: é assim que meu pai que está nos céus vos tratará se cada um de vós não perdoar do fundo do coração as faltas que seu irmão tiver cometido contra vós.
Buscando refletir um pouco mais na questão dos relacionamentos, quando eles muitas vezes chegam ao final por não terem mais as pessoas o que se dizerem, Jesus é muito claro, nos mostrando a necessidade de avaliar as nossas emoções, de avaliar as nossas intenções, e, se na maioria das vezes, fomos sinceros conosco mesmos.
O que nos falta é a vontade de prosseguir no esforço de cada instante.
Talvez, neste momento, alguns dos companheiros que nos assistem podem pensar: mas existe uma relação que eu não consigo mais levar adiante, porque posso até me comprometer muito mais, e nós dizemos: prossiga em silêncio, orando, abençoando, entregando esse companheiro que você não sabe mais lidar e, pedindo ao Pai que ilumine mais a sua alma, a sua mente para resgatar essa amizade, essa relação.
Na simplicidade do cotidiano, momento a momento o convite para a nossa melhoria. Vale a pena tentar. Pouco a pouco conseguiremos.
Deus abençoe aos nossos corações.
Oração Final:
<Moderador_> Jesus, mestre amigo, nós Te agradecemos pelos momentos de estudo e aproveitamento que tivemos nesta noite.
Ajuda-nos, mestre, a combater nossas imperfeições e a nos aproximarmos, cada vez mais, de um comportamento mais cristianizado. Que os amigos da espiritualidade nos abençoem e nos protejam em nossa caminhada terrena.
Que assim seja! Graças a Deus!
O Maior Mandamento - ESE
O Maior Mandamento
4 – Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se ajuntaram em conselho. E um deles,que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhes disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração,e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas. (Mateus, XII: 34-40)
5 – Caridade e humildade, esta é a única via de salvação; egoísmo e orgulho, esta é a via da perdição. Esse princípio é formulado em termos precisos nestas palavras: “Amarás a Deus de toda a tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo; estes dois pensamentos contêm toda a lei e os profetas”. E para que não houvesse equívoco na interpretação do amor de Deus e do próximo, temos ainda: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás a teu próximo como a ti mesmo”, significando que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus, porque tudo quanto se faz contra o próximo, é contra Deus que se faz. Não se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.
4 – Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se ajuntaram em conselho. E um deles,que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhes disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração,e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas. (Mateus, XII: 34-40)
5 – Caridade e humildade, esta é a única via de salvação; egoísmo e orgulho, esta é a via da perdição. Esse princípio é formulado em termos precisos nestas palavras: “Amarás a Deus de toda a tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo; estes dois pensamentos contêm toda a lei e os profetas”. E para que não houvesse equívoco na interpretação do amor de Deus e do próximo, temos ainda: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás a teu próximo como a ti mesmo”, significando que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus, porque tudo quanto se faz contra o próximo, é contra Deus que se faz. Não se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.
domingo, 23 de março de 2014
Necessidade do Trabalho
Necessidade do Trabalho
Postado por Romeu Leonilo Wagner em 4 maio 2013 às 9:25Exibir blog
“O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos”. (Allan Kardec).
Após uma jornada longa de trabalho diuturno, por tempo de serviço ou por idade, chega a aposentadoria. Nos primeiros seis meses tudo é felicidade. Ficamos livres da rotina, dos cargos e funções, das responsabilidades e do estresse, que ronda todo ambiente de serviço. Entretanto, logo vem a ociosidade e sentimos a falta da companhia dos amigos de jornada e das coisas relativas àqueles tempos tão agradáveis.
Por que isso acontece? Porque o trabalho é lei da Natureza, ensinou Kardec e o ser humano não pode viver sem ele. Mesmo que você tenha nascido em berço de ouro, o trabalho se constitui numa necessidade, porque ninguém quer passar pela vida como pessoa inútil, ficando imoto na sua evolução.
Allan Kardec nos ensinou: “O trabalho se impõe ao homem, por ser uma consequência da sua natureza corpórea. É expiação, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de corpo outorgou Deus a inteligência em compensação. Mas é sempre um trabalho”.
“Tudo em a Natureza trabalha. Como tu, trabalham os animais, mas o trabalho deles é de acordo com a inteligência de que dispõem e se limita a cuidarem da própria conservação. Daí vem que o do homem visa duplo fim: a conservação do corpo e o desenvolvimento da faculdade de pensar, o que também é uma necessidade e o eleva acima de si mesmo. Quando digo que o trabalho dos animais se cifra no cuidarem da própria conservação, refiro-me ao objetivo com que trabalham. Entretanto, provendo às suas necessidades materiais, eles se constituem, inconscientemente, executores dos desígnios do Criador e, assim, o trabalho que executam também concorre para a realização do objetivo final da Natureza, se bem quase nunca lhe descubrais o resultado imediato”. (Allan Kardec).
Por isso tudo, é que os governos têm grande responsabilidade em criar políticas que gerem empregos. O homem precisa exercitar sua dignidade, provendo a própria subsistência e a de sua família. As ajudas financeiras mensais podem e devem ser distribuídas aos mais pobres, sim e isso é meritório, todavia, nunca deverá substituir o trabalho. O homem está na Terra, para buscar a felicidade, mesmo que seja relativa, como disse Jesus e essa condição somente será alcançada com um trabalho digno.
Fontes:
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará;
www.guia.heu.nom.br; conteúdo: Necessidade do Trabalho;
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, questões 674, 676 e 677.
Postado por Romeu Leonilo Wagner em 4 maio 2013 às 9:25Exibir blog
“O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos”. (Allan Kardec).
Após uma jornada longa de trabalho diuturno, por tempo de serviço ou por idade, chega a aposentadoria. Nos primeiros seis meses tudo é felicidade. Ficamos livres da rotina, dos cargos e funções, das responsabilidades e do estresse, que ronda todo ambiente de serviço. Entretanto, logo vem a ociosidade e sentimos a falta da companhia dos amigos de jornada e das coisas relativas àqueles tempos tão agradáveis.
Por que isso acontece? Porque o trabalho é lei da Natureza, ensinou Kardec e o ser humano não pode viver sem ele. Mesmo que você tenha nascido em berço de ouro, o trabalho se constitui numa necessidade, porque ninguém quer passar pela vida como pessoa inútil, ficando imoto na sua evolução.
Allan Kardec nos ensinou: “O trabalho se impõe ao homem, por ser uma consequência da sua natureza corpórea. É expiação, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de corpo outorgou Deus a inteligência em compensação. Mas é sempre um trabalho”.
“Tudo em a Natureza trabalha. Como tu, trabalham os animais, mas o trabalho deles é de acordo com a inteligência de que dispõem e se limita a cuidarem da própria conservação. Daí vem que o do homem visa duplo fim: a conservação do corpo e o desenvolvimento da faculdade de pensar, o que também é uma necessidade e o eleva acima de si mesmo. Quando digo que o trabalho dos animais se cifra no cuidarem da própria conservação, refiro-me ao objetivo com que trabalham. Entretanto, provendo às suas necessidades materiais, eles se constituem, inconscientemente, executores dos desígnios do Criador e, assim, o trabalho que executam também concorre para a realização do objetivo final da Natureza, se bem quase nunca lhe descubrais o resultado imediato”. (Allan Kardec).
Por isso tudo, é que os governos têm grande responsabilidade em criar políticas que gerem empregos. O homem precisa exercitar sua dignidade, provendo a própria subsistência e a de sua família. As ajudas financeiras mensais podem e devem ser distribuídas aos mais pobres, sim e isso é meritório, todavia, nunca deverá substituir o trabalho. O homem está na Terra, para buscar a felicidade, mesmo que seja relativa, como disse Jesus e essa condição somente será alcançada com um trabalho digno.
Fontes:
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará;
www.guia.heu.nom.br; conteúdo: Necessidade do Trabalho;
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, questões 674, 676 e 677.
Necessidade do trabalho - síntese do LE
LE114 - Estudo Sintetico do Livro dos Espiritos
LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec. Da Lei do Trabalho
Parte Terceira. Capitulo III. Perguntas 674 a 681 .
Tema: Necessidade do trabalho
a) O trabalho é uma lei da natureza, por isto é uma
necessidade
b) Toda ocupaçao util é trabalho, seja no fisico ou
espiritual.
c) O Trabalho é o resultado da natureza corporea do homem, é
uma expiaçao e uma forma de exercitar sua inteligencia.
d) Tudo trabalha na natureza, os animais trabalham porem seu
trabalho é limitado aos cuidados da conservaçao.
e) A natureza do trabalho é relativa à natureza das
necessidades, quando menos necessidades materiais, menos o
trabalho é material.
f) O homem que possui grandes bens materias nao esta isento
de trabalhar, pois tem obrigaçao de se tornar util na
proporcao dos meios que possui, de aperfeiçoar sua
inteligencia ou a dos outros, o que é tambem um trabalho.
g) Cada um deve se tornar util, na proporcao de suas
faculdades.
h) Os filhos devem trabalhar para os pais, como os pais
trabalham para os filhos, consequencia do amor filial.
PERGUNTAS PARA ESTUDO E DEBATE VIRTUAL.
1) Como os Espíritos definem o trabalho?
2) Por que o trabalho representa uma necessidade para o homem?
3) Podemos considerar que os animais também estão submetidos à Lei do Trabalho
4) Nos mundos mais elevados, a Lei do Trabalho é também um mandamento divino?
5) Haverá homens dispensados do atendimento à Lei do Trabalho?
LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec. Da Lei do Trabalho
Parte Terceira. Capitulo III. Perguntas 674 a 681 .
Tema: Necessidade do trabalho
a) O trabalho é uma lei da natureza, por isto é uma
necessidade
b) Toda ocupaçao util é trabalho, seja no fisico ou
espiritual.
c) O Trabalho é o resultado da natureza corporea do homem, é
uma expiaçao e uma forma de exercitar sua inteligencia.
d) Tudo trabalha na natureza, os animais trabalham porem seu
trabalho é limitado aos cuidados da conservaçao.
e) A natureza do trabalho é relativa à natureza das
necessidades, quando menos necessidades materiais, menos o
trabalho é material.
f) O homem que possui grandes bens materias nao esta isento
de trabalhar, pois tem obrigaçao de se tornar util na
proporcao dos meios que possui, de aperfeiçoar sua
inteligencia ou a dos outros, o que é tambem um trabalho.
g) Cada um deve se tornar util, na proporcao de suas
faculdades.
h) Os filhos devem trabalhar para os pais, como os pais
trabalham para os filhos, consequencia do amor filial.
PERGUNTAS PARA ESTUDO E DEBATE VIRTUAL.
1) Como os Espíritos definem o trabalho?
2) Por que o trabalho representa uma necessidade para o homem?
3) Podemos considerar que os animais também estão submetidos à Lei do Trabalho
4) Nos mundos mais elevados, a Lei do Trabalho é também um mandamento divino?
5) Haverá homens dispensados do atendimento à Lei do Trabalho?
Necessidade do trabalho
Necessidade do trabalho
Apresentamos nesta edição o tema no 43 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.
Questões para debate
1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho?
2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação?
3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal?
4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores?
5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê?
Texto para leitura
O trabalho objetiva o desenvolvimento das pessoas
1. Genericamente, o vocábulo trabalho pode ser definido como: “ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa”. O trabalho é toda ocupação útil e integra o rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.
2. O trabalho não se restringe, no entanto, somente aos esforços de ordem física e material, pois abrange a atividade intelectual que objetiva as manifestações da Cultura, do Conhecimento, da Arte e da Ciência.
3. Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual.
4. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora. Utilizando-se do primeiro recurso, conquista simpatia e respeito, gratidão e amizade. Pela autodoação consegue superar-se, revelando-se instrumento da Misericórdia Divina na construção da felicidade de todos.
O momento perigoso para o homem é o do ócio
5. Sem o trabalho, dizem os Espíritos Superiores, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. É por isso que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao homem fraco de corpo Deus outorgou, em compensação, a inteligência, cuja utilização constitui também trabalho.
6. O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porquanto permite a conquista de valores incalculáveis com que o Espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade.
7. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.
8. Nos mundos mais evoluídos, assim como nos planetas inferiores à Terra, a natureza do trabalho não é idêntica à do trabalho desenvolvido pelos homens em nosso orbe, porque a natureza do trabalho está em relação com a natureza das necessidades.
O progresso do homem depende apenas dele mesmo
9. Quanto menos materiais são as necessidades humanas, menos material é o trabalho. Mas não se deduza disso que em meio dessa natureza o homem se conserve inativo e inútil, porque a ociosidade seria um suplício em vez de ser um benefício.
10. Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.
11. Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diferentes das da vida na Terra. Entretanto, não se pense que os mundos felizes sejam orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial com nenhum de seus filhos.
12. Como os Espíritos podem, sem qualquer exceção, ascender às mais altas categorias da evolução, cumpre-lhes tão-somente conquistá-las por seu trabalho e alcançá-las em tempo maior ou menor, de acordo com o esforço aplicado nesse objetivo, cientes de que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.
Respostas às questões propostas
1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho? R.: O trabalho é toda ocupação útil e faz parte do rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.
2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação? R.: Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora.
3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal? R.: Sem nenhuma dúvida, é o trabalho. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.
4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores? R.: Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.
5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê? R.: Depende de seu trabalho e do esforço aplicado nesse propósito. É por isso que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 674 a 678.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 3, itens 8, 9 e 12.
Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, págs. 91, 95 e 96.
Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 31 e 32.
Apresentamos nesta edição o tema no 43 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.
Questões para debate
1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho?
2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação?
3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal?
4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores?
5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê?
Texto para leitura
O trabalho objetiva o desenvolvimento das pessoas
1. Genericamente, o vocábulo trabalho pode ser definido como: “ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa”. O trabalho é toda ocupação útil e integra o rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.
2. O trabalho não se restringe, no entanto, somente aos esforços de ordem física e material, pois abrange a atividade intelectual que objetiva as manifestações da Cultura, do Conhecimento, da Arte e da Ciência.
3. Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual.
4. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora. Utilizando-se do primeiro recurso, conquista simpatia e respeito, gratidão e amizade. Pela autodoação consegue superar-se, revelando-se instrumento da Misericórdia Divina na construção da felicidade de todos.
O momento perigoso para o homem é o do ócio
5. Sem o trabalho, dizem os Espíritos Superiores, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. É por isso que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao homem fraco de corpo Deus outorgou, em compensação, a inteligência, cuja utilização constitui também trabalho.
6. O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porquanto permite a conquista de valores incalculáveis com que o Espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade.
7. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.
8. Nos mundos mais evoluídos, assim como nos planetas inferiores à Terra, a natureza do trabalho não é idêntica à do trabalho desenvolvido pelos homens em nosso orbe, porque a natureza do trabalho está em relação com a natureza das necessidades.
O progresso do homem depende apenas dele mesmo
9. Quanto menos materiais são as necessidades humanas, menos material é o trabalho. Mas não se deduza disso que em meio dessa natureza o homem se conserve inativo e inútil, porque a ociosidade seria um suplício em vez de ser um benefício.
10. Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.
11. Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diferentes das da vida na Terra. Entretanto, não se pense que os mundos felizes sejam orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial com nenhum de seus filhos.
12. Como os Espíritos podem, sem qualquer exceção, ascender às mais altas categorias da evolução, cumpre-lhes tão-somente conquistá-las por seu trabalho e alcançá-las em tempo maior ou menor, de acordo com o esforço aplicado nesse objetivo, cientes de que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.
Respostas às questões propostas
1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho? R.: O trabalho é toda ocupação útil e faz parte do rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.
2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação? R.: Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora.
3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal? R.: Sem nenhuma dúvida, é o trabalho. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.
4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores? R.: Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.
5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê? R.: Depende de seu trabalho e do esforço aplicado nesse propósito. É por isso que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 674 a 678.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 3, itens 8, 9 e 12.
Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, págs. 91, 95 e 96.
Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 31 e 32.
Valorização da vida: lei de trabalho
Valorização da vida: lei de trabalho
Rose Mary Grebe
O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho
674. O trabalho é uma lei da Natureza?
O trabalho é uma lei da natureza e por isso mesmo é uma necessidade. A civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta as suas necessidades e os seus prazeres.
675. Devem-se entender por trabalho somente as ocupações materiais?
– Não; o Espírito também trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.
Conceito atual de trabalho: ocupação, física ou mental, remunerada ou não que vise o bem comum.
Os Espíritos nos dizem que toda ocupação útil é trabalho.
Precisamos estar muito atentos a algumas ocupações, que rendem dinheiro, estimulam o intelecto, sofisticando a prática, mas não é trabalho. Desta forma, muito dinheiro é ganho facilmente, estimulando a violência, segregando seres, escravizando, enfim destruindo famílias e a própria sociedade.
Pelo trabalho o ser humano desenvolve suas habilidades físicas, a imaginação, aprende a conhecer as forças da natureza e a desafiá-las, aprende a conhecer suas próprias forças e limitações, relaciona-se com os companheiros, impõe-se uma disciplina.
Quanto de benefícios tem o ser que trabalha! Quantas potencialidades que nem imagina estão se desenvolvendo ao executar um trabalho.
Se observarmos a criação, tudo na natureza concorre com o seu trabalho, muito embora, animais o façam inconscientemente, pela lei de conservação a que estão sujeitos.
Joanna de Angelis no livro Estudos Espíritas, psicografado por Divaldo Franco nos diz que: (p. 83)
“A princípio, o homem, à semelhança do próprio animal, procurava apenas prover as necessidades imediatas, produzindo um fenômeno eminentemente predatório, numa vida nômade, em que se utilizava das reservas animais e vegetais para a caça, a pesca e colheita de frutos silvestres, seguindo adiante, após a destruição das fontes naturais de manutenção.”
Então o homem, sendo um ser em evolução, aprimorando o seu intelecto, continuou este já início de trabalho tendo que criar suas rudes ferramentas, plantar, construir para abrigar-se, dando grande impulso ao que a lei prevê que é o adiantamento dos seres, como já foi dito.
Sabemos que o trabalho, historicamente era visto como desonra pelas classes nobres.
Vocábulo que vem do latim, TRIPALIUM, que era um instrumento de tortura formado por três paus, ao qual eram atados os condenados ou os animais difíceis de conter para ferrar.
Ele era reservado aos servos, escravos, aos pobres, vivendo a nobreza daquilo que estas classes produziam. Nem o próprio clero estava livre disto; Santo Tomás de Aquino, na idade média, até tentou reabilitar o trabalho manual dizendo que os trabalhos se equivalem, mas o próprio pensamento da igreja é calcado na visão grega que valoriza a contemplação. E muitos textos da época mostram a arte mecânica como uma arte inferior.
Como toda a lei natural nos cobra os desvios, o trabalho não foge à regra, e é por isso que para alguns é expiação, para outros oportunidade de elevação.
Rodolfo Calligaris no seu livro “As Leis Morais” nos diz que, sendo uma lei da natureza, ninguém dele pode furtar-se. Quando bem executado: (p.58)
Fortalece o significado de dignidade pessoal;
Torna a pessoa respeitada na comunidade em que vive;
Contribui para a sensação de segurança.
Então o trabalho, além do sustento que se busca deve proporcionar também realizações. Por isso devemos tentar uma ocupação que esteja dentro de nossas tendências e habilidades. E sabemos que num mundo capitalista, alguns ganharão muito, outros menos e muitos ganharão pouco, salários de exploração.
Por que isto acontece?
Sendo lei, o trabalho deveria ser facultado a todos que o procuram, que tenham suas capacidades preservadas. Deveria prover o sustento digno. Mas nem sempre isto acontece, pois estamos vivendo bolsões de desemprego, fome, doença, etc, em razão, segundo Calligaris, de uma sociedade mal organizada e necessitando de reformas radicais que visem à Justiça Social. (p. 59/60)
Quando falamos de trabalho, podemos refletir sobre alguns pontos:
Atestados: Será que temos a noção de quantos atestados médicos são expedidos sem que exista a real doença? Quantos encostados, vivendo da previdência?
Aposentadorias: Quantos esperam ansiosamente pela aposentadoria, muito jovens, alguns usam de recursos menos lícitos para isto, para viver na ociosidade. Que engano, pois esta ociosidade o fará candidato à depressão, pela própria inutilidade a que se impõe.
Repouso: Todo corpo tem um limite e precisa do repouso. Responderão aqueles que fugirem disto, patrões e empregados.
Fuga: Das obrigações familiares, educação de filhos, justificando estar dando uma vida melhor e com mais conforto.
Uma curiosidade de Kardec foi saber se existe a lei em outros mundos. E ele pergunta aos Espíritos:
78. Nos mundos mais aperfeiçoados, o homem está sujeito à mesma necessidade de trabalho?
– A natureza do trabalho é relativa à natureza das necessidades. Quanto menos as necessidades são materiais, menos o trabalho é material; mas não deveis crer, por isso, que o homem fica inativo e inútil: a ociosidade seria um suplício, em vez de ser um benefício.
E nosso planeta está caminhando para um estágio de melhora, estamos em transição. Uma mostra disto é um trabalho que já se divulga bastante, não só nos meios espíritas, O TRABALHO VOLUNTÁRIO.
“Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, este que não rende moeda, nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica. Este é o trabalho-abnegação, do qual não produz troca ou remuneração mas que redunda em crescimento de si mesmo no sentido moral e espiritual”. (Vera Meira Bestene)
É neste sentido que devemos caminhar, imaginando que cada um de nós tem a capacidade de fazer alguma coisa por alguém sem esperar a recompensa, os louros, a divulgação. Entendendo que não basta só não fazermos o mal, mas fazermos todo bem de que somos capazes.
Bibliografia
1. CALLIGARIS, Rodolfo. As leis Morais. 9 ed. Rio de Janeiro: FEB. 2001.
2. FRANCO, Divaldo. Estudos Espíritas. Pelo Espírito Joanna de Angelis. 9 ed., Rio de Janeiro: FEB. 2011.
3. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução: José Herculano Pires. 66 ed. São Paulo: LAKE- Livraria Allan Kardec, 2006.
Rose Mary Grebe
O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho
674. O trabalho é uma lei da Natureza?
O trabalho é uma lei da natureza e por isso mesmo é uma necessidade. A civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta as suas necessidades e os seus prazeres.
675. Devem-se entender por trabalho somente as ocupações materiais?
– Não; o Espírito também trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.
Conceito atual de trabalho: ocupação, física ou mental, remunerada ou não que vise o bem comum.
Os Espíritos nos dizem que toda ocupação útil é trabalho.
Precisamos estar muito atentos a algumas ocupações, que rendem dinheiro, estimulam o intelecto, sofisticando a prática, mas não é trabalho. Desta forma, muito dinheiro é ganho facilmente, estimulando a violência, segregando seres, escravizando, enfim destruindo famílias e a própria sociedade.
Pelo trabalho o ser humano desenvolve suas habilidades físicas, a imaginação, aprende a conhecer as forças da natureza e a desafiá-las, aprende a conhecer suas próprias forças e limitações, relaciona-se com os companheiros, impõe-se uma disciplina.
Quanto de benefícios tem o ser que trabalha! Quantas potencialidades que nem imagina estão se desenvolvendo ao executar um trabalho.
Se observarmos a criação, tudo na natureza concorre com o seu trabalho, muito embora, animais o façam inconscientemente, pela lei de conservação a que estão sujeitos.
Joanna de Angelis no livro Estudos Espíritas, psicografado por Divaldo Franco nos diz que: (p. 83)
“A princípio, o homem, à semelhança do próprio animal, procurava apenas prover as necessidades imediatas, produzindo um fenômeno eminentemente predatório, numa vida nômade, em que se utilizava das reservas animais e vegetais para a caça, a pesca e colheita de frutos silvestres, seguindo adiante, após a destruição das fontes naturais de manutenção.”
Então o homem, sendo um ser em evolução, aprimorando o seu intelecto, continuou este já início de trabalho tendo que criar suas rudes ferramentas, plantar, construir para abrigar-se, dando grande impulso ao que a lei prevê que é o adiantamento dos seres, como já foi dito.
Sabemos que o trabalho, historicamente era visto como desonra pelas classes nobres.
Vocábulo que vem do latim, TRIPALIUM, que era um instrumento de tortura formado por três paus, ao qual eram atados os condenados ou os animais difíceis de conter para ferrar.
Ele era reservado aos servos, escravos, aos pobres, vivendo a nobreza daquilo que estas classes produziam. Nem o próprio clero estava livre disto; Santo Tomás de Aquino, na idade média, até tentou reabilitar o trabalho manual dizendo que os trabalhos se equivalem, mas o próprio pensamento da igreja é calcado na visão grega que valoriza a contemplação. E muitos textos da época mostram a arte mecânica como uma arte inferior.
Como toda a lei natural nos cobra os desvios, o trabalho não foge à regra, e é por isso que para alguns é expiação, para outros oportunidade de elevação.
Rodolfo Calligaris no seu livro “As Leis Morais” nos diz que, sendo uma lei da natureza, ninguém dele pode furtar-se. Quando bem executado: (p.58)
Fortalece o significado de dignidade pessoal;
Torna a pessoa respeitada na comunidade em que vive;
Contribui para a sensação de segurança.
Então o trabalho, além do sustento que se busca deve proporcionar também realizações. Por isso devemos tentar uma ocupação que esteja dentro de nossas tendências e habilidades. E sabemos que num mundo capitalista, alguns ganharão muito, outros menos e muitos ganharão pouco, salários de exploração.
Por que isto acontece?
Sendo lei, o trabalho deveria ser facultado a todos que o procuram, que tenham suas capacidades preservadas. Deveria prover o sustento digno. Mas nem sempre isto acontece, pois estamos vivendo bolsões de desemprego, fome, doença, etc, em razão, segundo Calligaris, de uma sociedade mal organizada e necessitando de reformas radicais que visem à Justiça Social. (p. 59/60)
Quando falamos de trabalho, podemos refletir sobre alguns pontos:
Atestados: Será que temos a noção de quantos atestados médicos são expedidos sem que exista a real doença? Quantos encostados, vivendo da previdência?
Aposentadorias: Quantos esperam ansiosamente pela aposentadoria, muito jovens, alguns usam de recursos menos lícitos para isto, para viver na ociosidade. Que engano, pois esta ociosidade o fará candidato à depressão, pela própria inutilidade a que se impõe.
Repouso: Todo corpo tem um limite e precisa do repouso. Responderão aqueles que fugirem disto, patrões e empregados.
Fuga: Das obrigações familiares, educação de filhos, justificando estar dando uma vida melhor e com mais conforto.
Uma curiosidade de Kardec foi saber se existe a lei em outros mundos. E ele pergunta aos Espíritos:
78. Nos mundos mais aperfeiçoados, o homem está sujeito à mesma necessidade de trabalho?
– A natureza do trabalho é relativa à natureza das necessidades. Quanto menos as necessidades são materiais, menos o trabalho é material; mas não deveis crer, por isso, que o homem fica inativo e inútil: a ociosidade seria um suplício, em vez de ser um benefício.
E nosso planeta está caminhando para um estágio de melhora, estamos em transição. Uma mostra disto é um trabalho que já se divulga bastante, não só nos meios espíritas, O TRABALHO VOLUNTÁRIO.
“Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, este que não rende moeda, nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica. Este é o trabalho-abnegação, do qual não produz troca ou remuneração mas que redunda em crescimento de si mesmo no sentido moral e espiritual”. (Vera Meira Bestene)
É neste sentido que devemos caminhar, imaginando que cada um de nós tem a capacidade de fazer alguma coisa por alguém sem esperar a recompensa, os louros, a divulgação. Entendendo que não basta só não fazermos o mal, mas fazermos todo bem de que somos capazes.
Bibliografia
1. CALLIGARIS, Rodolfo. As leis Morais. 9 ed. Rio de Janeiro: FEB. 2001.
2. FRANCO, Divaldo. Estudos Espíritas. Pelo Espírito Joanna de Angelis. 9 ed., Rio de Janeiro: FEB. 2011.
3. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução: José Herculano Pires. 66 ed. São Paulo: LAKE- Livraria Allan Kardec, 2006.
Lei do Trabalho
O verme aduba.
A terra acalenta.
O orvalho protege.
O vento renova.
A semente produz.
O arado sulca.
A enxada coopera.
O tronco ampara.
A flor embalsama.
O fruto alimenta.
A pedra segura.
A fonte enriquece.
O fio agasalha.
A agulha compõe.
A estrada aproxima.
O sinal informa.
A ponte reúne.
A pena grava.
O martelo afeiçoa.
O serrote corrige.
O teto recolhe.
A mesa atende.
O vaso auxilia.
A lâmpada clareia.
O leito socorre.
A própria chama condicionada é a bênção da lareira doméstica
e a gota de veneno, controlada a rigor, é o remédio que cura.
Repare, desse modo, a lei do trabalho e a disciplina, funcionando junto
de ti, através de fatos e coisas, aparentemente sem importância.
Tudo age.
Tudo obedece.
Tudo evolui.
Tudo responde.
Tudo serve.
E, sabendo que cada criatura deve ser útil, conforme as faculdades
de que disponha, observa o que fazes com o tesouro das horas,
porquanto o tempo chamado "hoje", é recurso em teu favor, na contabilidade da vida, marcando-te acerto de contas para amanhã.
Emmanuel
A progressista lei do trabalho
O trabalho é uma lei para todas as humanidades planetárias.
Desde o ser mais rudimentar até os Espíritos angélicos que velam pelos destinos dos mundos, cada um executa sua obra, sua parte, no grande concerto universal.
Penoso e grosseiro para os seres inferiores, o trabalho suaviza à medida que o Espírito se purifica.
Torna-se uma fonte de gozos para o Espírito adiantado, insensível às atrações materiais, exclusivamente ocupado com estudos elevados.
É pelo trabalho que o homem doma as forças cegas da natureza e se preserva da miséria.
É pelo trabalho que as civilizações se formam, que o bem-estar e a ciência se difundem.
O trabalho é a honra, é a dignidade do ser humano. O ocioso que se aproveita do trabalho dos outros, sem nada produzir, não passa de um parasita.
Quando o homem está ocupado com sua tarefa, as paixões se aquietam.
A ociosidade, pelo contrário, as instiga, abrindo um vasto campo de ação para que se manifestem.
O trabalho é também um grande consolador, é um preservativo salutar contra as nossas aflições, contras as nossas tristezas.
Acalma as angústias do nosso Espírito e fecunda a nossa inteligência.
Não há dor moral, decepções ou reveses que não encontrem nele um alívio.
Não há vicissitudes que resistam à sua ação prolongada.
O trabalho é sempre um refúgio seguro na provação, um verdadeiro amigo na tribulação.
Pelo trabalho os homens se aproximam uns dos outros, aprendem a se auxiliar, a se unir. Daí à fraternidade só há um passo.
Quando a Antigüidade romana desonrou o trabalho, fazendo dele uma condição de escravatura, resultou em sua esterilidade moral e corrupção.
O trabalho é Lei Divina, vinculado à Lei de progresso. Através dele, se faz o aperfeiçoamento dos seres.
Frente às necessidades que o homem percebe, no mundo em que está vivendo, coloca em ação a sua inteligência e engendra ações, melhorando a sua e a condição de muitos.
É assim que a Tecnologia avançou e continua avançando, a Medicina traz, a cada dia, novas e importantes descobertas para diminuir muitas dores e curar enfermidades.
É assim que se aprimoram técnicas cirúrgicas, que se inventam artefatos, tudo objetivando o bem-estar do ser, na Terra em que se encontra.
Surge um problema. O homem pensa e cria algo. Alguma coisa, senão para resolvê-lo, ao menos para o amenizar.
Pensando em seu conforto e no desejo do belo, todo dia o homem cria novas e arrojadas formas arquitetônicas, embelezando a paisagem urbana.
Máquinas são colocadas à disposição para o amanho da terra, o plantio, a colheita com o mínimo de desperdício.
Tudo isso é trabalho. Trabalho de quem sua a camisa, no esforço físico.
Também o daqueles que elaboram leis, no intuito de preservar a vida, o planeta, de ofertar melhores condições à Humanidade.
Trabalha, portanto, quem utiliza a força, tanto quanto aquele que aciona a sua inteligência.
Unindo-se, uns e outros, alcança-se o progresso mais rapidamente.
E tudo, graças à bendita Lei do trabalho. Que seria de nossos dias, sem a bênção do trabalho?
* * *
O trabalho é vida, é a glória, é a paz da Humanidade.
Esmeremo-nos, pois, em sondar os grandes problemas, em estudar a natureza e propagar a ciência, espalhando por toda parte tudo o que consola, anima e fortifica.
Que de uma extremidade a outra do Mundo, unidos na obra gigantesca, cada um de nós se esforce a fim de contribuir para enriquecer o domínio material, intelectual e moral da Humanidade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. LII
do livro Depois da morte, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 06.02.2008.
Voluntariado Espírita
Voluntariado Espírita
Vera Meira Bestene
Cada vez mais estamos conscientes que estudar é preciso, trabalhar é necessário e amar ao próximo o menor caminho para chegar à Deus.
O trabalho, a consciência do trabalho, da atividade constante em prol de nós mesmo e de outrem, é necessidade evolutiva e oferecida a todos em igualdade de condições, depende de nós, diante das responsabilidades assumidas, colocarmos a prova as nossas atitudes.
Na conceituação genérica trabalho é a “ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa”
Nos mundos mais evoluídos e nos inferiores, a natureza do trabalho não é a mesma, pois que ela está diretamente ligada às necessidades de cada um, sendo a inatividade, a ociosidade, um verdadeiro suplício.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” Allan Kardec nos norteia o princípio da Lei do Trabalho através das máximas “ajuda-te que o céu te ajudará e, análoga a esta, “buscai e achareis”, pois que aí encontramos a verdadeira noção que instiga, incita o homem a trabalhar, fazer a sua parte, para que possa, assim ser ajudado por Deus.
Diz o Cap. XXV, item 3:
”Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho do corpo, seus membros estariam atrofiados; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal; por isso, lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e achará, trabalha e produzirás; dessa maneira, serás o filho das tuas obras, delas terás o mérito e serás recompensado segundo o que tiveres feito.”
Na realidade não importa o esforço físico que cada qual tenha que desprender para atender as faixas menos favorecidas da cultura e do destaque social, pois que o trabalho dignifica quem o executa e é-lhe garantia de crescimento. Não se há de fazer comparações ou medições de quanto trabalho se tem de executar, o que importa é ir à luta, semear para poder frutificar.
Sendo a Lei do Trabalho uma lei natural, motivo porque é uma necessidade, engloba os trabalhos materiais, assim como toda ocupação útil. (O Livro dos Espíritos p. 675)
O trabalho está alicerçado em princípios morais, principalmente no amor, e, por isto mesmo, ao lado da oração, é um dos maiores antídotos contra o mal, pois que corrige imperfeições e disciplina a vontade. “A ociosidade é a casa do demônio” é a máxima popular que bem explica que quando nada se faz se faz muito mal, pois que aí estão o egoísmo, o pensamento deprimente, a negatividade e as tentações.
O trabalho, entretanto, longe de ser apenas aquele de ordem material, física, é também aquele que se desenvolve através de ações inteligentes, intelectuais, objetivando a cultura, a arte, o conhecimento, o desenvolvimento e a ciência.
O trabalho do homem objetiva a transformação para melhor. Isto na generalidade. Desdobra-se o arquiteto para produzir imóveis cada vez mais modernos e adequados à realidade de um local e época; o economista busca ajustar as riquezas sociais a fim de que haja sempre progresso financeiro. O carpinteiro trabalha em móveis de estrutura rígida que se lhe justifiquem a tarefa e estejam íntegros para o ambiente a que se propõem. O médico trabalha com afinco para salvar vidas e fazer a prevenção. O cientista submete-se a buscas longas, aparentemente intermináveis, com o fim de ampliar e melhorar as condições de vida do planeta e seus habitantes. Todos motivam-se por atividades instintivas de conservação da vida e de conhecimento social.
Esta é a ação natural e primeira do homem: produzir para suprir suas necessidades imediatas.
Buscando um pouco na história, vemos o homem se utilizando das reservas animais e vegetais. Com o decorrer dos tempos as reservas foram se rareando, As fontes naturais se exaurindo. No período da pedra lascada já jogou-se a buscar mais recursos, ampliando assim seu trabalho já com a ajuda de instrumentos rudes. Mais tarde lançou-se à agricultura e, da terra, passou a extrair os bens necessários a sua subsistência e também ao seu crescimento financeiro. Depois, domesticou animais e os rebanhos renderam-lhes atividades mais estáveis. Com o aparecimento de instrumentos mais aprimorados, do comércio crescente, do aparecimento e evolução da indústria, foram fomentados recursos novos e, paulatinamente, as dificuldades iniciais serviram de base ao equilíbrio social e, posteriormente, o trabalho remunerado, a divisão de classes decorrente do próprio trabalho.
Podemos ver que a própria evolução material do homem está ligada diretamente ao trabalho. Com os tempos e as reencarnações, as evoluções oriundas do trabalho intelectual, produzindo melhoramento da forma de produzir, pois que ao homem cabe a missão de trabalhar pela melhoria do planeta.
Assim, podemos dizer que o trabalho remunerado é a forma que o homem tem de modificar o meio que vive e produzir a melhoria do Planeta.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu cap. XVI, item 7, em uma simples leitura, podemos verificar a verdade das necessidades materiais, compreendendo também que “na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividades, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso.”
Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, este que não rende moeda, nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica. Este é o trabalho-abnegação, do qual não produz troca ou remuneração mas que redunda em crescimento de si mesmo no sentido moral e espiritual. Modernamente a este trabalho dá-se o nome de TRABALHO VOLUNTÁRIO.
O primeiro caso, o trabalho gerando crescimento material e progresso social, se desenvolve uma melhora exterior da criatura, enquanto o segundo, o trabalho voluntariado, ascende no sentido vertical da vida e modifica, transforma o homem de dentro para fora, superando a si mesmo como instrumento da misericórdia divina.
Jesus é exemplo destes dois tipos de trabalho. Enquanto carpinteiro, dedicado, com José laborava. Ele, ativamente, mostrando a importância do trabalho, ensinando que o trabalho em atividade honrada é o dever primeiro para a manutenção do corpo e da vida terrena. Seguidamente a isto teve Jesus um ministério de amor, um verdadeiro trabalho de autodoação até o sacrifício da própria vida.
Seu exemplo infunde coragem estimula o trabalho-serviço, o trabalho-redenção, fraternal, procurando manter a sociedade unida, acalentando os menos favorecidos, dando conforto aos necessitados de toda ordem.
Podemos perceber, portanto, que o trabalho voluntariado é muito antigo, pois que foi inventado por Jesus Cristo, quando às margens da Galiléia chamou os pescadores Simão Pedro Barjonas e seu irmão André, João e seu irmão Tiago, os dois filhos de Zebedeu, para uma jornada que jamais terminaria. Trabalho voluntário e mais trabalho voluntário os esperava ao longo do tempo, das horas, dos dias, dos anos, dos séculos e milênios.
Aceitaram trabalhar de graça, e como lucraram!
Na Segunda Carta de Timóteo (2:6) Paulo adverte que o lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar os frutos.
Hão de se perguntar: Como gozar os frutos se não recebemos dinheiro pelo que produzimos?
Emmanuel, no livro Perante Jesus nos fala do trabalho voluntariado explicando–nos como nos chega a remuneração mais do que compensadora por trabalharmos pelo simples prazer de servir, desinteressadamente.
Quando o trabalho se transforma em prazer de servir surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: Toda vez que a justiça divina nos procura no endereço exato para a execução da sentença que determinamos a nós próprios, segundo a lei de causa e efeito, se nos encontra a serviço do próximo, manda a justiça divina que seja suspensa a execução, por tempo indeterminado.
Assim, podemos entender que todo mal que cometemos estamos nos sentenciando de forma a constituir dívida correspondente a que estamos obrigados a pagar pela lei de causa e efeito. É dando que se recebe, nos ensinou Jesus. O que fazemos ao próximo volta com a mesma intensidade.
Sócrates já considerava que o bem e o mal nada mais eram que a sabedoria e a ignorância, pois que o ignorante concretiza o mal porque não sabe que mais tarde será obrigado a quita-lo, a ajustar contas. Mas, como dissemos, quando se nos encontramos a serviço do próximo, a Justiça Divina manda que o pagamento seja suspenso. Pedro, na sua Carta Universal (4.8) já profetisava: “Tende caridade para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados”.
A caridade e todo o bem que conseguirmos amealhar na vida presente, será descontado na dívida que contraímos no passado, seja nesta ou em existência anterior. No acerto de conta, quando forem colocar nossa conta na balança, certamente haverá a compensação de nossas ações caridosas e nossas dívidas diminuirão ou até desaparecerão, dependendo do crédito de amor que acumularmos.
O trabalho é alimento da alma e cumpre-nos observar que o trabalho desinteressado não é objeto de troca ou remuneração, de quaisquer espécies. Precisamos compreender que doar trabalho é doar amor, boa vontade, sem escolher a quem e muito menos julgando o merecimento deste ou daquele para quem está rendendo o trabalho.
As pessoas nem imaginam o bem que estão fazendo a si próprias quando se dedicam a realizar algum trabalho sem a respectiva recompensa financeira. O Voluntariado é hoje uma verdadeira explosão, uma vez que está transformando hábitos, sobretudo quando realizado por jovens. É uma característica comum aos jovens a vontade de ajudar, de ser útil, de diminuir a dor alheia, praticando assim a solidariedade. O incentivo cabe a nós, mais velhos, exerce-lo.
Querem eles oferecer um pouco do seu tempo, uma parcela apenas do fruto de sua profissão, um pedacinho de seu coração a instituições voltadas para causas nobres ou que cuidem de seres humanos com provas dolorosas. O voluntariado espírita é essencialmente um doador de seu próprio trabalho e a princípio poucos são os que percebem, mas são felizes porque têm algo para oferecer; sobra-lhes boa vontade e disposição.
As maravilhosas obras beneméritas e de caridade erguem-se no planeta, materializando pensamentos de bondade. Todos somos chamados a produzir obras de trabalho desinteressado, aquele que é abnegado e exige a doação plena.
Ao trabalho voluntariado todos fomos chamados, basta parar para pensar que esta é a mais pura verdade. Entretanto, aos que deixaram passar a oportunidade, conclamamos agora: Venha compor esta fileira. Deixe as desculpas do “não tenho tempo”, “meus filhos são pequenos”, “meu marido é sistemático”, “quando aposentar vou ajudar vocês”, “minha família necessita de mim”. Estas são apenas umas das muitas desculpas usuais e corriqueiras daqueles que fogem, adiam a tarefa do auxílio. É necessário se conscientizar da responsabilidade que temos em relação ao próximo. A firmeza de propósitos, o espírito de altruísmo precisam ser ativados. O maior beneficiado é sempre quem auxilia. Emmanuel, no Livro Pronto Socorro recomenda:
“Não te esqueças do tempo e auxilia agora”.
É tempo de agir, de aprender que o doar-se de forma absolutamente desinteressada, é semeadura de amor e libertação, pois que a justiça divina dá a cada um segundo o seu merecimento e o seguimento da máxima de Cristo “Ama o próximo como a ti mesmo” extirpando o egoísmo e a arbitrariedade que devem ser banidos o quanto antes de nosso comportamento. O trabalho é e será o único meio de evolução do ser encarnado ou desencarnado e, sem trabalho, não há progresso, sem trabalho voluntariado não há evolução espiritual e não há luz. A forma que cada um pode ser mais útil para o maior número de pessoas, é análise pessoal, mas nos cabe alertar a importância do auxílio, da cooperação de acordo com a capacidade e possibilidade de cada um, mas sempre há e haverá um trabalho, uma tarefa que diante da boa vontade e do amor, será sempre, simples, prazerosa e fácil.
Realiza o teu compromisso, por menos significante que te pareça, pois que esta será a base para grandes realizações futuras.
Hoje, tantos anos já passados, o trabalho tem leis que o regem para que a sociedade possa ser mais justa, devido a imperfeição natural dos homens que neste Planeta habitam. Cumpre às Casas Espíritas o cuidado de fazer o registro de seu corpo de voluntariado, cumprindo assim as necessidades das leis humanas.
Os valores de fé, de amor e de persistência, nos levam à reflexão de que a caridade deve substituir a filantropia, sendo trabalho útil, ativo, passando a existir nos moldes dos mundos superiores, onde o trabalho em lugar de ser impositivo, é conquista do homem livre que serve sempre, sem cessar, buscando sempre assistir mas promover o ser humano, buscando ensinar a pescar, não apenas dando o peixe, como nos ensinou .
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” Pedro 1: 4.10 .
Vera Meira Bestene
Cada vez mais estamos conscientes que estudar é preciso, trabalhar é necessário e amar ao próximo o menor caminho para chegar à Deus.
O trabalho, a consciência do trabalho, da atividade constante em prol de nós mesmo e de outrem, é necessidade evolutiva e oferecida a todos em igualdade de condições, depende de nós, diante das responsabilidades assumidas, colocarmos a prova as nossas atitudes.
Na conceituação genérica trabalho é a “ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa”
Nos mundos mais evoluídos e nos inferiores, a natureza do trabalho não é a mesma, pois que ela está diretamente ligada às necessidades de cada um, sendo a inatividade, a ociosidade, um verdadeiro suplício.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” Allan Kardec nos norteia o princípio da Lei do Trabalho através das máximas “ajuda-te que o céu te ajudará e, análoga a esta, “buscai e achareis”, pois que aí encontramos a verdadeira noção que instiga, incita o homem a trabalhar, fazer a sua parte, para que possa, assim ser ajudado por Deus.
Diz o Cap. XXV, item 3:
”Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho do corpo, seus membros estariam atrofiados; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal; por isso, lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e achará, trabalha e produzirás; dessa maneira, serás o filho das tuas obras, delas terás o mérito e serás recompensado segundo o que tiveres feito.”
Na realidade não importa o esforço físico que cada qual tenha que desprender para atender as faixas menos favorecidas da cultura e do destaque social, pois que o trabalho dignifica quem o executa e é-lhe garantia de crescimento. Não se há de fazer comparações ou medições de quanto trabalho se tem de executar, o que importa é ir à luta, semear para poder frutificar.
Sendo a Lei do Trabalho uma lei natural, motivo porque é uma necessidade, engloba os trabalhos materiais, assim como toda ocupação útil. (O Livro dos Espíritos p. 675)
O trabalho está alicerçado em princípios morais, principalmente no amor, e, por isto mesmo, ao lado da oração, é um dos maiores antídotos contra o mal, pois que corrige imperfeições e disciplina a vontade. “A ociosidade é a casa do demônio” é a máxima popular que bem explica que quando nada se faz se faz muito mal, pois que aí estão o egoísmo, o pensamento deprimente, a negatividade e as tentações.
O trabalho, entretanto, longe de ser apenas aquele de ordem material, física, é também aquele que se desenvolve através de ações inteligentes, intelectuais, objetivando a cultura, a arte, o conhecimento, o desenvolvimento e a ciência.
O trabalho do homem objetiva a transformação para melhor. Isto na generalidade. Desdobra-se o arquiteto para produzir imóveis cada vez mais modernos e adequados à realidade de um local e época; o economista busca ajustar as riquezas sociais a fim de que haja sempre progresso financeiro. O carpinteiro trabalha em móveis de estrutura rígida que se lhe justifiquem a tarefa e estejam íntegros para o ambiente a que se propõem. O médico trabalha com afinco para salvar vidas e fazer a prevenção. O cientista submete-se a buscas longas, aparentemente intermináveis, com o fim de ampliar e melhorar as condições de vida do planeta e seus habitantes. Todos motivam-se por atividades instintivas de conservação da vida e de conhecimento social.
Esta é a ação natural e primeira do homem: produzir para suprir suas necessidades imediatas.
Buscando um pouco na história, vemos o homem se utilizando das reservas animais e vegetais. Com o decorrer dos tempos as reservas foram se rareando, As fontes naturais se exaurindo. No período da pedra lascada já jogou-se a buscar mais recursos, ampliando assim seu trabalho já com a ajuda de instrumentos rudes. Mais tarde lançou-se à agricultura e, da terra, passou a extrair os bens necessários a sua subsistência e também ao seu crescimento financeiro. Depois, domesticou animais e os rebanhos renderam-lhes atividades mais estáveis. Com o aparecimento de instrumentos mais aprimorados, do comércio crescente, do aparecimento e evolução da indústria, foram fomentados recursos novos e, paulatinamente, as dificuldades iniciais serviram de base ao equilíbrio social e, posteriormente, o trabalho remunerado, a divisão de classes decorrente do próprio trabalho.
Podemos ver que a própria evolução material do homem está ligada diretamente ao trabalho. Com os tempos e as reencarnações, as evoluções oriundas do trabalho intelectual, produzindo melhoramento da forma de produzir, pois que ao homem cabe a missão de trabalhar pela melhoria do planeta.
Assim, podemos dizer que o trabalho remunerado é a forma que o homem tem de modificar o meio que vive e produzir a melhoria do Planeta.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu cap. XVI, item 7, em uma simples leitura, podemos verificar a verdade das necessidades materiais, compreendendo também que “na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividades, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso.”
Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, este que não rende moeda, nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica. Este é o trabalho-abnegação, do qual não produz troca ou remuneração mas que redunda em crescimento de si mesmo no sentido moral e espiritual. Modernamente a este trabalho dá-se o nome de TRABALHO VOLUNTÁRIO.
O primeiro caso, o trabalho gerando crescimento material e progresso social, se desenvolve uma melhora exterior da criatura, enquanto o segundo, o trabalho voluntariado, ascende no sentido vertical da vida e modifica, transforma o homem de dentro para fora, superando a si mesmo como instrumento da misericórdia divina.
Jesus é exemplo destes dois tipos de trabalho. Enquanto carpinteiro, dedicado, com José laborava. Ele, ativamente, mostrando a importância do trabalho, ensinando que o trabalho em atividade honrada é o dever primeiro para a manutenção do corpo e da vida terrena. Seguidamente a isto teve Jesus um ministério de amor, um verdadeiro trabalho de autodoação até o sacrifício da própria vida.
Seu exemplo infunde coragem estimula o trabalho-serviço, o trabalho-redenção, fraternal, procurando manter a sociedade unida, acalentando os menos favorecidos, dando conforto aos necessitados de toda ordem.
Podemos perceber, portanto, que o trabalho voluntariado é muito antigo, pois que foi inventado por Jesus Cristo, quando às margens da Galiléia chamou os pescadores Simão Pedro Barjonas e seu irmão André, João e seu irmão Tiago, os dois filhos de Zebedeu, para uma jornada que jamais terminaria. Trabalho voluntário e mais trabalho voluntário os esperava ao longo do tempo, das horas, dos dias, dos anos, dos séculos e milênios.
Aceitaram trabalhar de graça, e como lucraram!
Na Segunda Carta de Timóteo (2:6) Paulo adverte que o lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar os frutos.
Hão de se perguntar: Como gozar os frutos se não recebemos dinheiro pelo que produzimos?
Emmanuel, no livro Perante Jesus nos fala do trabalho voluntariado explicando–nos como nos chega a remuneração mais do que compensadora por trabalharmos pelo simples prazer de servir, desinteressadamente.
Quando o trabalho se transforma em prazer de servir surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: Toda vez que a justiça divina nos procura no endereço exato para a execução da sentença que determinamos a nós próprios, segundo a lei de causa e efeito, se nos encontra a serviço do próximo, manda a justiça divina que seja suspensa a execução, por tempo indeterminado.
Assim, podemos entender que todo mal que cometemos estamos nos sentenciando de forma a constituir dívida correspondente a que estamos obrigados a pagar pela lei de causa e efeito. É dando que se recebe, nos ensinou Jesus. O que fazemos ao próximo volta com a mesma intensidade.
Sócrates já considerava que o bem e o mal nada mais eram que a sabedoria e a ignorância, pois que o ignorante concretiza o mal porque não sabe que mais tarde será obrigado a quita-lo, a ajustar contas. Mas, como dissemos, quando se nos encontramos a serviço do próximo, a Justiça Divina manda que o pagamento seja suspenso. Pedro, na sua Carta Universal (4.8) já profetisava: “Tende caridade para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados”.
A caridade e todo o bem que conseguirmos amealhar na vida presente, será descontado na dívida que contraímos no passado, seja nesta ou em existência anterior. No acerto de conta, quando forem colocar nossa conta na balança, certamente haverá a compensação de nossas ações caridosas e nossas dívidas diminuirão ou até desaparecerão, dependendo do crédito de amor que acumularmos.
O trabalho é alimento da alma e cumpre-nos observar que o trabalho desinteressado não é objeto de troca ou remuneração, de quaisquer espécies. Precisamos compreender que doar trabalho é doar amor, boa vontade, sem escolher a quem e muito menos julgando o merecimento deste ou daquele para quem está rendendo o trabalho.
As pessoas nem imaginam o bem que estão fazendo a si próprias quando se dedicam a realizar algum trabalho sem a respectiva recompensa financeira. O Voluntariado é hoje uma verdadeira explosão, uma vez que está transformando hábitos, sobretudo quando realizado por jovens. É uma característica comum aos jovens a vontade de ajudar, de ser útil, de diminuir a dor alheia, praticando assim a solidariedade. O incentivo cabe a nós, mais velhos, exerce-lo.
Querem eles oferecer um pouco do seu tempo, uma parcela apenas do fruto de sua profissão, um pedacinho de seu coração a instituições voltadas para causas nobres ou que cuidem de seres humanos com provas dolorosas. O voluntariado espírita é essencialmente um doador de seu próprio trabalho e a princípio poucos são os que percebem, mas são felizes porque têm algo para oferecer; sobra-lhes boa vontade e disposição.
As maravilhosas obras beneméritas e de caridade erguem-se no planeta, materializando pensamentos de bondade. Todos somos chamados a produzir obras de trabalho desinteressado, aquele que é abnegado e exige a doação plena.
Ao trabalho voluntariado todos fomos chamados, basta parar para pensar que esta é a mais pura verdade. Entretanto, aos que deixaram passar a oportunidade, conclamamos agora: Venha compor esta fileira. Deixe as desculpas do “não tenho tempo”, “meus filhos são pequenos”, “meu marido é sistemático”, “quando aposentar vou ajudar vocês”, “minha família necessita de mim”. Estas são apenas umas das muitas desculpas usuais e corriqueiras daqueles que fogem, adiam a tarefa do auxílio. É necessário se conscientizar da responsabilidade que temos em relação ao próximo. A firmeza de propósitos, o espírito de altruísmo precisam ser ativados. O maior beneficiado é sempre quem auxilia. Emmanuel, no Livro Pronto Socorro recomenda:
“Não te esqueças do tempo e auxilia agora”.
É tempo de agir, de aprender que o doar-se de forma absolutamente desinteressada, é semeadura de amor e libertação, pois que a justiça divina dá a cada um segundo o seu merecimento e o seguimento da máxima de Cristo “Ama o próximo como a ti mesmo” extirpando o egoísmo e a arbitrariedade que devem ser banidos o quanto antes de nosso comportamento. O trabalho é e será o único meio de evolução do ser encarnado ou desencarnado e, sem trabalho, não há progresso, sem trabalho voluntariado não há evolução espiritual e não há luz. A forma que cada um pode ser mais útil para o maior número de pessoas, é análise pessoal, mas nos cabe alertar a importância do auxílio, da cooperação de acordo com a capacidade e possibilidade de cada um, mas sempre há e haverá um trabalho, uma tarefa que diante da boa vontade e do amor, será sempre, simples, prazerosa e fácil.
Realiza o teu compromisso, por menos significante que te pareça, pois que esta será a base para grandes realizações futuras.
Hoje, tantos anos já passados, o trabalho tem leis que o regem para que a sociedade possa ser mais justa, devido a imperfeição natural dos homens que neste Planeta habitam. Cumpre às Casas Espíritas o cuidado de fazer o registro de seu corpo de voluntariado, cumprindo assim as necessidades das leis humanas.
Os valores de fé, de amor e de persistência, nos levam à reflexão de que a caridade deve substituir a filantropia, sendo trabalho útil, ativo, passando a existir nos moldes dos mundos superiores, onde o trabalho em lugar de ser impositivo, é conquista do homem livre que serve sempre, sem cessar, buscando sempre assistir mas promover o ser humano, buscando ensinar a pescar, não apenas dando o peixe, como nos ensinou .
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” Pedro 1: 4.10 .
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