Pão Nosso - Emmanuel, lição 161
“E perguntou-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou?” — (LUCAS, 9.20)
Nas discussões propriamente do mundo, existirão sempre escritores e cientistas dispostos a examinar o Mestre, na pauta de suas impressões puramente intelectuais, sob os pruridos da presunção humana.
Esses amigos, porém, não tiveram contato com a alma do Evangelho, não superaram os círculos acadêmicos e nem arriscam títulos convencionais, numa excursão desapaixonada através da revelação divina; naturalmente, portanto, continuarão enganados pela vaidade, pelo preconceito ou pelo temor que lhes são peculiares ao transitório modo de ser, até que se lhes renove a experiência nas estradas da vida imperecível.
Entretanto, na intimidade dos aprendizes sinceros e fiéis, a pergunta de Jesus reveste-se de singular importância.
Cada um de nós deve possuir opiniões próprias, relativamente à sabedoria e à misericórdia com que temos sido agraciados.
Palestras vãs, acerca do Cristo, quadram bem apenas a espíritos desarvorados no caminho da vida. A nós outros, porém, compete o testemunho da intimidade com o Senhor, porque somos usufrutuários diretos de sua infinita bondade. Meditemos e renovemos aspirações em seu Evangelho de Amor, compreendendo a impropriedade de mútuas interpelações, com respeito ao Mestre, porque a interrogação sublime vem d’Ele a cada um de nós e todos necessitamos conhecê-lo, de modo a assinalá-lo em nossas tarefas de cada dia.
O mesmo tema, vários artigos, para ajudar a alguém que está preparando uma exposição ou estudando um assunto
Estudando o Espiritismo
Observe os links ao lado. Eles podem ter artigos com o mesmo tema que você está pesquisando.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
GANDHI E O PROFESSOR ARROGANTE
Enquanto estudava Direito no Colégio Universitário da London University de Londres, um professor de sobrenome Peters tinha-lhe aversão, mas o estudante Gandhi nunca baixou a cabeça e os seus encontros eram frequentes.
Um dia Professor Peters estava a almoçar na sala de jantar da Universidade e o aluno vem com a bandeja e senta-se ao lado do professor.
Professor, altivo, diz:
- "Sr. Gandhi você não entende ... Um porco e um pássaro, não se sentam juntos para comer."
Ao que Gandhi respondeu:
- "Fique o professor tranquilo ... Eu vou voando", e mudou-se pra outra mesa.
Mr. Peters ficou cheio de raiva e decidiu vingar-se no teste seguinte, mas o aluno respondeu de forma brilhante a cada pergunta. Então o professor fez mais uma pergunta:
- "Mr. Gandhi, você está andando na rua e encontra um saco, dentro dele está a sabedoria e uma grande quantidade de dinheiro, qual dos dois tira?"
Gandhi responde sem hesitar:
- "É claro professor que tiro o dinheiro!"
O professor Peters sorrindo diz:
- "Eu, ao contrário, tinha agarrado a sabedoria, você não acha?"
- "Cada um tira o que não tem." responde Gandhi.
O professor Peters, fica histérico e escreve no papel da pergunta: Idiota!
E o jovem Gandhi recebe a folha e lê atentamente.
Depois de alguns minutos dirige-se ao professor e diz:
- "Mr. Peters, reparo que assinou a minha folha, mas não colocou a nota?"
E você? Costuma reagir com a mesma serenidade e perspicácia às ofensas que recebe?
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Irmão Natividade
Manuel da Natividade de Maria nasceu a 08 de setembro de 1845. Foi padre, exercendo sua profissão na Igreja dos Mares, no bairro Calçada, no município de Salvador - Bahia.
Foi nomeado coadjuntor de Romualdo Maria de Seixas Barroso (titular) por provisão de 15 de maio de 1875 e empossado no mesmo dia.
Valoroso sacerdote, reverendo e católico, desempenhou importantes atividades no tentame do auxilio, a exemplo de sua assistência aos “alagados”, tornando-se missionário da caridade e do amor.
Desencarnou em extrema pobreza a 01 de janeiro de 1922, em modestíssimo barracão de tábuas atrás da Igreja dos Mares.
Mas sua obra não pára por aí... agora, em estado de espírito liberto, medica os necessitados com o passe do “Irmão Natividade” nos Centros Espíritas: Casa de Oração Bezerra de Menezes em Brotas, no Centro Espírita Paulo e Estevão na Pituba, no Jesus de Nazaré nos Alagados, no Grupo da Prece, em Amaralina, bem como na Federação Espírita da Bahia, no bairro do Iguatemi.
Fonte:
Jornal Humberto de Campos Crestomatia da Imortalidade – Divaldo Pereira Franco
Documento Igreja dos Mares
Estranho Cansaço - André Luiz - Chico
Quando você estiver pensando:
nas hostilidades do mundo...
nas aflições capazes de surgir...
nos erros das pessoas queridas...
na desorientação de algum parente...
nos críticos que lhe observam a estrada...
na angústia que lhe ensombra o coração...
no desprezo de que se crê vítima...
nas ingratidões que supõe haver sofrido...
na deserção de algum ente amado...
nos seus próprios desejos desatendidos...
Não se admita em doença grave, nem julgue que você esteja querendo socorrer o mundo ou melhorá-lo.
Com semelhantes problemas você apenas demonstra que se cansou de estar unicamente em si mesmo, na concha do "eu", em que se isola.
Quando isso estiver acontecendo consigo, você tão-somente sofre de cansaço emocional e, para curar-se, basta uma indicação:
Busque esquecer-se, fuja de si mesmo, reflita nos problemas dos companheiros em dificuldades maiores do que as nossas e procuremos trabalhar.
nas hostilidades do mundo...
nas aflições capazes de surgir...
nos erros das pessoas queridas...
na desorientação de algum parente...
nos críticos que lhe observam a estrada...
na angústia que lhe ensombra o coração...
no desprezo de que se crê vítima...
nas ingratidões que supõe haver sofrido...
na deserção de algum ente amado...
nos seus próprios desejos desatendidos...
Não se admita em doença grave, nem julgue que você esteja querendo socorrer o mundo ou melhorá-lo.
Com semelhantes problemas você apenas demonstra que se cansou de estar unicamente em si mesmo, na concha do "eu", em que se isola.
Quando isso estiver acontecendo consigo, você tão-somente sofre de cansaço emocional e, para curar-se, basta uma indicação:
Busque esquecer-se, fuja de si mesmo, reflita nos problemas dos companheiros em dificuldades maiores do que as nossas e procuremos trabalhar.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Porque os médiuns se inibem em dar comunicação de mentor?
Wanderley Oliveira
Tem duas respostas que são apenas ideias pra gente pensar e discutir o tema.
A primeira é uma questão de cultura de inferioridade criada na nossa comunidade espírita como se somente alguns "médiuns especiais" pudessem receber a entidade x ou y com grande elevação. Nesse caso, somente médiuns muito especiais poderiam alcançar tal dádiva.
E a segunda é uma questão de baixa autoestima do próprio médium.
Habitualmente esses dois pontos se encontram e causam terríveis e lamentáveis obstáculos aos servidores da mediunidade.
Tem duas respostas que são apenas ideias pra gente pensar e discutir o tema.
A primeira é uma questão de cultura de inferioridade criada na nossa comunidade espírita como se somente alguns "médiuns especiais" pudessem receber a entidade x ou y com grande elevação. Nesse caso, somente médiuns muito especiais poderiam alcançar tal dádiva.
E a segunda é uma questão de baixa autoestima do próprio médium.
Habitualmente esses dois pontos se encontram e causam terríveis e lamentáveis obstáculos aos servidores da mediunidade.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
KARMA NÃO É A MESMA COISA QUE PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO
Wanderley Oliveira - Facebook
Se você tem uma relação afetiva complicada com um homem ciumento e controlador, por exemplo. Você pode até ter planejado na sua reencarnação vir ao lado dele para com novas posturas reorientar os excessos desse homem. Isso é uma escolha que realmente pode ser feita antes do renascimento carnal.
Entretanto, isso se chama planejamento reencarnatório. Karma é outra coisa.
Karma é o que você traz por dentro e que dificulta sua relação com essa pessoa difícil. Karma é o aprendizado que você tem que fazer. Karma, nesse caso, é a sua dificuldade em dizer NÃO para esse homem. É também o seu medo de colocar limites para ele e ficar sozinha.
Tem muita gente confundindo Karma com planejamento e sofrendo ao lado de alguém como se Karma fosse pagar uma dívida com alguém. Essa é uma visão incoerente com o Espiritismo, insensata e fonte alimentadora de doenças emocionais terríveis.
No novo livro de Ermance Dufaux, EMOÇÕES QUE CURAM, ela aprofunda esse assunto com uma sabedoria extremamente oportuna.
Se você tem uma relação afetiva complicada com um homem ciumento e controlador, por exemplo. Você pode até ter planejado na sua reencarnação vir ao lado dele para com novas posturas reorientar os excessos desse homem. Isso é uma escolha que realmente pode ser feita antes do renascimento carnal.
Entretanto, isso se chama planejamento reencarnatório. Karma é outra coisa.
Karma é o que você traz por dentro e que dificulta sua relação com essa pessoa difícil. Karma é o aprendizado que você tem que fazer. Karma, nesse caso, é a sua dificuldade em dizer NÃO para esse homem. É também o seu medo de colocar limites para ele e ficar sozinha.
Tem muita gente confundindo Karma com planejamento e sofrendo ao lado de alguém como se Karma fosse pagar uma dívida com alguém. Essa é uma visão incoerente com o Espiritismo, insensata e fonte alimentadora de doenças emocionais terríveis.
No novo livro de Ermance Dufaux, EMOÇÕES QUE CURAM, ela aprofunda esse assunto com uma sabedoria extremamente oportuna.
terça-feira, 12 de novembro de 2013
CULPA POR SER FELIZ
Por Wanderley Oliveira - facebook
A sensação de não merecer a felicidade é uma programação mental que pode causar prejuízos lamentáveis em sua vida.
Funciona assim: você tem o direito de usufruir de algo bom na vida e quando vê alguém que não tem aquilo, sente culpa por ser feliz e pena da pessoa. Para aliviar esse sofrimento você faz qualquer coisa (mesmo que absurda) para tirar a pessoa daquela dificuldade, principalmente se for um laço afetivo do seu coração.
Essa programação é inconsciente e destrutiva. O nome disso é sabotagem mental. O sabotador interno é um inimigo, é um padrão comportamental que necessita tratamento terapêutico para reciclar. Ele funciona com base na culpa de ser feliz.
As expressões preferidas desse padrão são: “tadinho”, “coitado”, “que dó”, “não aceito o sofrimento de fulano”, “estou sofrendo com o sofrimento dele”, “vou tirá-lo dessa situação”, “estou triste porque sicrano perdeu isso ou aquilo...”
Essa forma de agir, ao contrário do que pensam muitos, não é bondade ou caridade, mas doença. A doença de quem acha que tem que se sentir responsável pelas escolhas e acontecimentos dos outros ou a prepotência de que querer mudar o que acontece com o outro. Lembre-se disso: o que muitas pessoas estão precisando não é de dó, e sim de educação para saírem dos ciclos de dor e problemas que eles mesmo criaram.
Seja feliz, usufrua do direito que você conquistou à felicidade merecida, E, se quer fazer algo por alguém, faça sem retirar de você esse direito. Sua culpa não vai ajudar a ninguém, sua dó não ajuda a ninguém. Faça por amor e não por dor ou piedade.
Escolha o lado feliz da vida e dê ao outro o direito e o dever do outro também fazer as escolhas e viver as e experiência que pertencem a ele.
A sensação de não merecer a felicidade é uma programação mental que pode causar prejuízos lamentáveis em sua vida.
Funciona assim: você tem o direito de usufruir de algo bom na vida e quando vê alguém que não tem aquilo, sente culpa por ser feliz e pena da pessoa. Para aliviar esse sofrimento você faz qualquer coisa (mesmo que absurda) para tirar a pessoa daquela dificuldade, principalmente se for um laço afetivo do seu coração.
Essa programação é inconsciente e destrutiva. O nome disso é sabotagem mental. O sabotador interno é um inimigo, é um padrão comportamental que necessita tratamento terapêutico para reciclar. Ele funciona com base na culpa de ser feliz.
As expressões preferidas desse padrão são: “tadinho”, “coitado”, “que dó”, “não aceito o sofrimento de fulano”, “estou sofrendo com o sofrimento dele”, “vou tirá-lo dessa situação”, “estou triste porque sicrano perdeu isso ou aquilo...”
Essa forma de agir, ao contrário do que pensam muitos, não é bondade ou caridade, mas doença. A doença de quem acha que tem que se sentir responsável pelas escolhas e acontecimentos dos outros ou a prepotência de que querer mudar o que acontece com o outro. Lembre-se disso: o que muitas pessoas estão precisando não é de dó, e sim de educação para saírem dos ciclos de dor e problemas que eles mesmo criaram.
Seja feliz, usufrua do direito que você conquistou à felicidade merecida, E, se quer fazer algo por alguém, faça sem retirar de você esse direito. Sua culpa não vai ajudar a ninguém, sua dó não ajuda a ninguém. Faça por amor e não por dor ou piedade.
Escolha o lado feliz da vida e dê ao outro o direito e o dever do outro também fazer as escolhas e viver as e experiência que pertencem a ele.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
O PAPEL DO ESPIRITISMO NA RENOVAÇÃO SOCIAL - BREVE APONTAMENTO
Uma questão desde logo se apresenta: Qual o papel do Espiritismo nesse processo de transformação social da humanidade? Duas colocações de Kardec são fundamentais para chegarmos a uma resposta. Na primeira, Kardec afirma: “Por meio do Espiritismo, a Humanidade tem que entrar numa nova fase, a do progresso moral que lhe é consequência inevitável.” E, na segunda:
"O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento." [Grifo meu]
Não há uma contradição entre elas. Seria ingenuidade pensarmos que toda a humanidade se tornaria espírita ou se apropriaria do Espiritismo e, a partir daí, mudaria seus paradigmas de vida, operando-se a tão sonhada renovação social. Obviamente, entendemos que não foi a isso que Kardec se referiu. Ele atribui esse processo de mudança a “madureza da humanidade”, ou seja, a um estágio de superação da adolescência. Partindo da teoria espírita da evolução, Kardec nos autoriza a fazermos uma analogia entre o desenvolvimento do indivíduo e o da sociedade global. Assim como o crescimento individual se opera por fases (infância-adolescência-madureza), também a humanidade conquistaria sua maturidade passando, inicialmente, por outros estágios. Mas Kardec alude que o Espiritismo é “contemporâneo” a essa “transição” e, portanto, possui condições apropriadas para “secundar” (ajudar, auxiliar) esse processo.
Por que o Espiritismo está apto a auxiliar nessa mudança? É bom lembrarmos que o Espiritismo não se reduz a um simples discurso religioso, mas possui uma sólida base teórica que compreende: uma ciência de observação, uma filosofia otimista e, portanto, uma religião com base na fé racional, retomando a essência do pensamento cristão. Por isso, Kardec justifica, através de quatro fatores, que a Doutrina Espírita contribui para o melhoramento da humanidade:
a) Poder moralizador – Estimula pelo esclarecimento, o despertar de uma consciência muito mais lúcida e comprometida com os valores nobres da vida, tornando mais compreensível, para o ser humano, a necessidade de exercitar o princípio do: “Faça aos outros, tudo o que gostaria que os outros vos fizesse”;
b) Tendências progressistas – O Espiritismo acompanha o desenvolvimento da ciência, e aproveita toda a contribuição que esta lhe ofereça;
c) Amplitude de idéias – Oferece uma cosmovisão da vida, na medida em que associa: ciência, filosofia e religião;
d) Generalidade das questões que abrange – Estuda o mundo físico e o mundo espiritual, portanto, faz a confluência entre o físico e o metafísico, o corpo e o espírito, o individual e o coletivo.
Mas Kardec tem o cuidado, compreendendo a complexidade desse processo, de afirmar que:
"Fora presumir demais da natureza humana supor que ela possa transformar-se de súbito, por efeito das idéias espíritas. A ação que estas exercem não é certamente idêntica, nem do mesmo grau, em todos os que as professa. Mas, o resultado dessa ação, qualquer que seja, ainda que extremamente fraco, representa sempre uma melhora."
Se o conhecimento espírita oferece valiosos elementos para auxiliar o aperfeiçoamento dos indivíduos, também é verdade, que esse é um processo pessoal e que cada um possui seu ritmo próprio. As crises, os conflitos, as angústias e sofrimentos, também possuem o papel de estimular essas renovações. Essa mudança é naturalmente lenta, pois sedimentada numa nova ética comportamental. Sobre isso, Léon Denis foi enfático ao considerar: “A influência do Espiritismo no progresso da sociedade se processa, não no estímulo à luta de classe, mas no campo íntimo, ampliando os horizontes sobre a natureza humana e sua destinação.”
É comum pensar-se que as mudanças sociais se operam, tão somente, por revoluções, decretos políticos, ou por abalos apocalípticos. O Espiritismo, no entanto, coloca o sujeito no centro dessa questão, atribuindo-lhe a responsabilidade por aperfeiçoar seus impulsos e desejos. Atuando na sociedade onde se insere, o espírita oferecerá os exemplos possíveis, de ação solidária, fraterna, honestidade e justiça, sem se isolar ou deixar de ser jovial.
Ensinam os espíritos que cada um, da sua forma, poderá amadurecer – dentro de si – esse novo mundo, com o qual todos sonham. Certamente, um aspecto determinante de toda essa problemática, ocorre a partir das mudanças psíquicas na vida mental dos indivíduos. Evidentemente, temos os complicadores sociais, como o fator cultural, as estruturas mentais da sociedade que influenciam a família e a educação.
Apesar do pessimismo filosófico, que de certa forma tem sido característico da cultura Ocidental contemporânea, a perfectibilidade faz parte do espírito humano. O filósofo Jacques Julliard, tratando sobre o progresso escreveu: “Mas sobretudo, não ousamos imaginar um progresso moral da humanidade repousando sobre uma melhoria das condições de existência.” O progresso não é uma mera teoria criada na modernidade, mas, uma lei inexorável da vida.
Ao concluir o último capítulo de A Gênese , Allan Kardec praticamente de forma conclusiva, escreve: “A regeneração da humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão pré-dispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo.” Em tempos de crise de paradigmas, de fragilização de valores afirmativos da existência, de inquietudes e incertezas do mundo pós-globalizado, o texto kardequiano apresenta um enorme potencial filosófico, de referência sempre atual, para pensarmos em alternativas viáveis ao melhoramento da humanidade.
Evidentemente, Kardec não se referia a uma moral religiosa, caracterizada pelo artificialismo. Uma conduta artificial não renova ninguém, cria uma máscara temporária, para dar a impressão de pureza. Os apelos do mundo aí estão, fazem parte de nosso cotidiano, mas caberá a cada um delimitar o uso de sua liberdade. Tudo posso, mas nem tudo me convém! O equilíbrio interior é, certamente, o imperativo do progresso ético-espiritual do homem contemporâneo.
Hoje, parece óbvio que a saída para resolvermos os conflitos do espaço humano e social requer que busquemos um outro caminho. Esse “outro” caminho não é simples, pois exige trabalho e determinação. Não se trata de uma revolução social, impositiva, mas de uma “revolução individual” com base na consciência de que não estamos no mundo por um mero fatalismo biológico e que, portanto, necessitamos compartilhar uma ética do cuidado, comprometida com as Leis Morais da vida, orientadoras, em última instância, desse grande processo de renovação.
REFERÊNCIAS POR ORDEM DE CITAÇÃO NO TEXTO
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Conclusão V.
KARDEC, Allan. A Gênese. Cap. XVIII – São chegados os tempos. Item 25..
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Conclusão VII.
DENIS. Léon. Socialismo e Espiritismo. 2ª ed. Matão-SP: Casa Editora O Clarim, 1987.
JULLIARD, Jacques. Progresso. In. Café Philo: As grandes indagações da filosofia. Trad. Procópio Abreu. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. P. 107-111.
KARDEC, Allan. A Gênese. Cap. XVIII, item. 33.
http://jerrialmeida.blogspot.com.br/2010/05/o-papel-do-espiritismo-na-renovacao.html
Influência do Espiritismo no Progresso
Influência do Espiritismo no Progresso
O Espiritismo se tornará crença comum e marcará uma nova era na história da humanidade...
O Espiritismo está na natureza...
O Espiritismo já ocupa lugar entre os conhecimentos humanos...
O Espiritismo contribuirá para o progresso da humanidade destruindo o materialismo...
O Espiritismo tira o véu que paira sobre a morte e revela a vida...
O Espiritismo esclarece que por meio da vida presente e considerando a aprendizado adquirido no passado o homem prepara sua vida futura...
Sendo o progresso uma condição da natureza humana, ninguém tem o poder de se opor a ele. É uma força viva que as más leis podem retardar, mas não sufocar. Quando essas leis se tornam incompatíveis com a sua marcha, ele as destrói e a todos que tentam mantê-las. Será assim até que o homem coloque suas leis em concordância com a justiça e com o bem de todos, e não leis feitas pelo forte em prejuízo do fraco.
ENCERRAMENTO
O homem não pode permanecer perpetuamente na ignorância, porque tem de atingir o objetivo definido pela Providência; ele se esclarece pela força das coisas.
As revoluções morais, como as sociais, se infiltram pouco a pouco nas idéias, germinam durante séculos, explodem de repente e fazem desabar o edifício apodrecido do passado, que não está mais em harmonia com as novas necessidades e aspirações.
Muitas vezes, o homem percebe nessas transformações apenas a desordem e a confusão momentâneas que atingem seus interesses materiais.
Porém, aquele que eleva o pensamento acima dos interesses pessoais admira os desígnios da Providência, que do mal faz surgir o bem. É a tempestade e a agitação que purificam a atmosfera após a perturbação.
Há duas espécies de progresso que se apóiam mutuamente e que, entretanto, não marcham lado a lado: é o progresso intelectual e o progresso moral.
Entre os povos civilizados, o progresso intelectual recebeu, neste século, todos os incentivos possíveis e atingiu um grau desconhecido até os nossos dias.
Falta algo ao progresso moral para que esteja no mesmo nível, e, entretanto, comparando os costumes sociais de hoje aos de alguns séculos atrás, seria preciso ser cego para negar que houve progresso moral.
Por que razão deve a marcha ascendente do progresso moral atrasar-se em relação ao da inteligência? Por que duvidar que entre o século 19ºe o século 24º não ocorrerá tanto avanço, como houve no progresso intelectual entre os séculos 14º e 19º?
Duvidar dessa possibilidade será pretender que a humanidade tenha atingido o auge da perfeição. Seria um absurdo. Ou que ela é moralmente incapaz de se aperfeiçoar, o que é desmentido pela experiência.
É por isso que afirmamos... que o Espiritismo não é a religião do futuro... mas o seus ensinamentos e conteúdo sim... estes serão o futuro das religiões... que aliás nós já começamos a perceber como caminhos para isso...
Muita Saúde e Paz.
Reinaldo Macedo
E-Mail: rei@naldo.com.br
Site: http://rei.naldo.com.br
FONTES CONSULTADAS:
(1) Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Parte 3ª. - Das Leis Morais
Influência do Espiritismo no Progresso
Rodolfo Calligaris
O progresso da Humanidade, sem dúvida, é lento, muito lento mesmo, mas constante e ininterrupto.
Ainda quando pareça estar regredindo, o que ocorre em certos períodos transitórios, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa de ascensão.
O que a conduz sempre para a frente são as novas idéias, as quais, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe ativarem a marcha.
Acontece, entretanto, que “a Natureza não dá saltos”, e qualquer princípio mais avançado, que fuja aos padrões culturais estabelecidos, só ao cabo de várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.
Essa resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas em verdade é um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo que as destituídas de real valor desapareçam e caiam no olvido, para só
vingarem aquelas que devam contribuir, efetivamente, para o aperfeiçoamento das instituições.
O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas principalmente a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.
Talvez nos perguntem: se é assim, se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, porque os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e nas informações que nos trazem acerca do outro lado da Vida?
Respondemos: Porventura o Cristo conseguiu convencer os seus contemporâneos quando realizou, às suas vistas, os feitos mais surpreendentes, nos três anos em que com eles conviveu püblicamente?
Tais manifestações sempre ocorreram e continuam ocorrendo por toda a parte. No entanto, seja por orgulho ou outra razão qualquer, quantos lhes reconhecem a autenticidade ou se dignam levá-las a sério, tirando delas as deduções filosóficas que suscitam?
Não! Não é esse o meio pelo qual os homens haverão de ser convencidos, mas sim pela inteligência, pela razão, o que, como ficou dito de início, demanda algum tempo.
Não se pode negar importância aos fenômenos espíritas, pela comprovação que oferecem da existência e da imortalidade da alma; todavia, forçoso é convir, o Espiritismo começou a implantar-se no mundo, principalmente nas classes mais cultas, só depois de codificado, isto é, que se revestiu de um corpo de doutrina.
“Enquanto sua influência não atinge as massas — como bem observou Kardec —, vai ele felicitando os que o compreendem. Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado, dizem: à parte esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que nenhuma outra me havia explicado. Nela encontro, unicamente por meio do raciocínio, uma solução racional para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza. Ao lado de tudo isso, secundária se torna a questão dos fatos materiais.” (L.E. conclusão, V.)
Tomando por base a difusão extraordinária que alcançou em apenas um século de exis¬tência, século esse abalado e conturbado pelas mais terríveis guerras da História, é de se esperar que, muito em breve, venha o Espiritismo a tornar-se crença comum, ou melhor, um conhecimento universal, “porque o próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e lhe serve dc apoio”.
A venerável Federação Espírita Brasileira, através de sua Editora, uma das maiores do Continente, vem dando, nesse sentido, uma contribuição valiosíssima, Como nenhuma outra entidade o tem feito.
Suas edições de livros básicos da Doutrina, inclusive em Esperanto, além de se espalharem por todo o Brasil e pelas Américas, têm penetrado, também, em dezenas de outros países da Europa, da Ásia e da África, concorrendo sobremaneira para a reforma e a evangelização da Humanidade, apressando, assim, a construção de um mundo melhor, alicerçado no Amor, na Justiça, na Paz e na Fraternidade universais.
Que Deus, pois, a ampare e continue a iluminar seus dirigentes, a fim de que seja cada vez mais digna da sublime tarefa que Jesus lhe há confiado.
(L.E.Capítulo 8º questão 798 e seguintes)
O progresso da Humanidade, sem dúvida, é lento, muito lento mesmo, mas constante e ininterrupto.
Ainda quando pareça estar regredindo, o que ocorre em certos períodos transitórios, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa de ascensão.
O que a conduz sempre para a frente são as novas idéias, as quais, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe ativarem a marcha.
Acontece, entretanto, que “a Natureza não dá saltos”, e qualquer princípio mais avançado, que fuja aos padrões culturais estabelecidos, só ao cabo de várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.
Essa resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas em verdade é um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo que as destituídas de real valor desapareçam e caiam no olvido, para só
vingarem aquelas que devam contribuir, efetivamente, para o aperfeiçoamento das instituições.
O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas principalmente a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.
Talvez nos perguntem: se é assim, se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, porque os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e nas informações que nos trazem acerca do outro lado da Vida?
Respondemos: Porventura o Cristo conseguiu convencer os seus contemporâneos quando realizou, às suas vistas, os feitos mais surpreendentes, nos três anos em que com eles conviveu püblicamente?
Tais manifestações sempre ocorreram e continuam ocorrendo por toda a parte. No entanto, seja por orgulho ou outra razão qualquer, quantos lhes reconhecem a autenticidade ou se dignam levá-las a sério, tirando delas as deduções filosóficas que suscitam?
Não! Não é esse o meio pelo qual os homens haverão de ser convencidos, mas sim pela inteligência, pela razão, o que, como ficou dito de início, demanda algum tempo.
Não se pode negar importância aos fenômenos espíritas, pela comprovação que oferecem da existência e da imortalidade da alma; todavia, forçoso é convir, o Espiritismo começou a implantar-se no mundo, principalmente nas classes mais cultas, só depois de codificado, isto é, que se revestiu de um corpo de doutrina.
“Enquanto sua influência não atinge as massas — como bem observou Kardec —, vai ele felicitando os que o compreendem. Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado, dizem: à parte esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que nenhuma outra me havia explicado. Nela encontro, unicamente por meio do raciocínio, uma solução racional para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza. Ao lado de tudo isso, secundária se torna a questão dos fatos materiais.” (L.E. conclusão, V.)
Tomando por base a difusão extraordinária que alcançou em apenas um século de exis¬tência, século esse abalado e conturbado pelas mais terríveis guerras da História, é de se esperar que, muito em breve, venha o Espiritismo a tornar-se crença comum, ou melhor, um conhecimento universal, “porque o próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e lhe serve dc apoio”.
A venerável Federação Espírita Brasileira, através de sua Editora, uma das maiores do Continente, vem dando, nesse sentido, uma contribuição valiosíssima, Como nenhuma outra entidade o tem feito.
Suas edições de livros básicos da Doutrina, inclusive em Esperanto, além de se espalharem por todo o Brasil e pelas Américas, têm penetrado, também, em dezenas de outros países da Europa, da Ásia e da África, concorrendo sobremaneira para a reforma e a evangelização da Humanidade, apressando, assim, a construção de um mundo melhor, alicerçado no Amor, na Justiça, na Paz e na Fraternidade universais.
Que Deus, pois, a ampare e continue a iluminar seus dirigentes, a fim de que seja cada vez mais digna da sublime tarefa que Jesus lhe há confiado.
(L.E.Capítulo 8º questão 798 e seguintes)
Influência do Espiritismo no progresso
Apresentamos nesta edição o tema no 39 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.
Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões para debate
1. Qual é, em verdade, a fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus?
2. Que dizem os Espíritos superiores a respeito do futuro do Espiritismo?
3. Além de sua lentidão, que outras características podemos apontar no progresso da Humanidade?
4. A conhecida resistência que a sociedade apresenta ante as idéias novas é um mal ou é um bem?
5. Se o Espiritismo está fadado realmente a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles?
Texto para leitura
A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo
1. A primeira revelação personificada em Moisés, como a segunda em Jesus, foram produtos de um ensino individual e localizado, isto é, apareceram num só ponto, em torno do qual a idéia se propagou pouco a pouco, mas foram precisos muitos séculos para que atingissem as extremidades do mundo, sem mesmo o invadirem inteiramente.
2. A terceira revelação, que é o Espiritismo, tem isto de particular: não estando personificada em um só indivíduo, surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes, que se tornaram centros ou focos de irradiação.
3. Multiplicando-se esses centros, seus raios se reúnem pouco a pouco, como os círculos formados por uma multidão de pedras lançadas na água, de tal sorte que, em dado tempo, acabarão por cobrir toda a superfície do globo. Essa circunstância lhe dá força excepcional e irresistível poder de ação.
4. Se a ferirem num indivíduo, não poderão feri-la nos Espíritos, que são a fonte donde ela promana. Ora, como os Espíritos estão em toda a parte e existirão sempre, se conseguissem sufocá-la em todo o globo, ela reapareceria pouco tempo depois, porque repousa sobre um fato da natureza e não se podem suprimir as leis da Natureza. Eis aí uma verdade de que se devem persuadir os que sonham com o aniquilamento do Espiritismo.
O progresso da Humanidade é lento, mas constante
5. No tocante ao futuro do Espiritismo, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o seu triunfo, a despeito dos obstáculos que lhe criam. Ele, sem dúvida, se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas. Fácil é aos Espíritos fazer essa previsão. Primeiro, porque a sua propagação é obra pessoal deles mesmos. Concorrendo para o movimento, ou o dirigindo, eles sabem o que é preciso fazer. Segundo, porque vêem, ao longo do caminho, os poderosos auxiliares que Deus lhes suscita e que não tardarão a manifestar-se.
6. A doutrina ensinada por Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao povo judeu. A de Jesus, mais completa, espalhou-se por toda a Terra, mas não converteu a todos. O Espiritismo, ainda mais completo, com raízes em todas as crenças, converterá a Humanidade às suas idéias: a imortalidade, a reencarnação, o progresso, a lei de causa e efeito, as relações entre os homens e os Espíritos, o valor da caridade etc.
7. O progresso da Humanidade é, sem dúvida, muito lento, mas constante e ininterrupto.
8. Ainda quando pareça estar regredindo, o que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão prenúncio de nova etapa ascensional. O que o conduz sempre para a frente são as novas idéias, que, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe ativarem a marcha.
A resistência às novas idéias parece um mal, mas não o é
9. Como a Natureza não dá saltos, qualquer princípio mais avançado que fuja aos padrões culturais estabelecidos só ao cabo de várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.
10. A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas, em verdade, é um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo que as idéias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efetivamente, para o aprimoramento das instituições.
11. O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas, principalmente, a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.
Nem Jesus convenceu com seus prodígios todas as pessoas
12. Talvez alguém pergunte: Se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e nas informações acerca do que nos espera no outro lado da vida?
13. Os Espíritos já responderam a pergunta semelhante, afirmando que pedir isso é querer que ocorram milagres. Ora, Deus os espalha a mancheias e, no entanto, há homens que ainda O negam. Conseguiu o Cristo convencer os seus contemporâneos com os prodígios que realizou?
14. Há indivíduos que negam os fatos mais patentes ocorridos às suas vistas e existem muitos que afirmam que não acreditariam nas manifestações dos Espíritos, mesmo que os vissem. Não; não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, o Pai lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão, paulatinamente, gradativamente, sem nenhuma preocupação de atropelar o rumo natural das coisas.
Respostas às questões propostas
1. Qual é, em verdade, a fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus? R.: A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo, pois surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes. Os Espíritos superiores são, portanto, a fonte donde ela promana.
2. Que dizem os Espíritos superiores a respeito do futuro do Espiritismo? R.: A despeito dos obstáculos que lhe criam, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o triunfo do Espiritismo, que se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas.
3. Além de sua lentidão, que outras características podemos apontar no progresso da Humanidade? R.: O progresso da Humanidade é, como sabemos, muito lento, mas constante e ininterrupto. Ainda quando pareça estar regredindo, o que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa ascensional.
4. A conhecida resistência que a sociedade apresenta ante as idéias novas é um mal ou é um bem? R.: A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas é, em verdade, um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo com que as idéias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efetivamente, para o aprimoramento das instituições.
5. Se o Espiritismo está fadado realmente a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles? R.: Os Espíritos já responderam a pergunta semelhante, afirmando que pedir isso é querer que ocorram milagres. Ora, Deus os espalha a mancheias e, no entanto, há homens que ainda O negam. Nem Jesus Cristo conseguiu convencer seus contemporâneos com os prodígios que realizou. Assim, não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, o Pai lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão, paulatinamente, gradativamente, sem nenhuma preocupação de atropelar o rumo natural das coisas.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 789 a 802.
A Gênese, de Allan Kardec, cap. I, itens 46 e 47; cap. XVI, item 11; cap. XVII, item 40.
As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, págs. 132 e 133.
LEI DO PROGRESSO - Influência do Espiritismo no Progresso da Humanidade
O progresso da Humanidade, sem dúvida, é lento, muito lento mesmo, mas constante e ininterrupto.
Ainda quando pareça estar regredindo, o que ocorre em certos períodos transitórios, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa de ascensão.
O que a conduz sempre para a frente são as novas idéias, as quais, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe ativarem a marcha.
Acontece, entretanto, que “a Natureza não dá saltos”, e
qualquer princípio mais avançado, que fuja aos padrões culturais estabelecidos, só ao cabo de
várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.
Essa resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas em verdade é um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo que as destituídas de real valor desapareçam e caiam no olvido, para só vingarem aquelas que devam
contribuir, efetivamente, para o aperfeiçoamento das instituições.
O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas principalmente a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.
Talvez nos perguntem: se é assim, se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, porque os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e
nas informações que nos trazem acerca do outro lado da Vida?
Respondemos: Porventura o Cristo conseguiu convencer os seus contemporâneos quando realizou, às suas vistas, os feitos mais surpreendentes, nos três anos em que com eles conviveu publicamente?
Tais manifestações sempre ocorreram e continuam ocorrendo por toda a parte. No entanto, seja por orgulho ou outra razão qualquer, quantos lhes reconhecem a autenticidade ou se dignam levá-las a sério, tirando delas as deduções filosóficas que suscitam?
Não! Não é esse o meio pelo qual os homens haverão de ser convencidos, mas sim pela inteligência, pela razão, o que, como ficou dito de início, demanda algum tempo.
Não se pode negar importância aos fenômenos espíritas, pela comprovação que oferecem da existência e da imortalidade da alma; todavia, forçoso é convir, o Espiritismo começou a implantar-se no mundo,
principalmente nas classes mais cultas, só depois de codificado, isto é, que se revestiu de um corpo de doutrina.
“Enquanto sua influência não atinge as massas — como bem observou Kardec —, vai ele felicitando os que o compreendem. Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado, dizem: à parte esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que nenhuma outra me havia explicado. Nela encontro,
unicamente por meio do raciocínio, uma solução racional para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza. Ao lado de tudo isso, secundária se torna a questão dos fatos materiais.” (L.E. conclusão, V.)
Tomando por base a difusão extraordinária que alcançou em apenas um século de existência, século esse abalado e conturbado pelas mais terríveis guerras da História, é de se esperar que, muito em breve, venha o Espiritismo a tornar-se crença comum, ou melhor, um conhecimento universal, “porque o próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e lhe serve dc apoio”.
A venerável Federação Espírita Brasileira, através de sua Editora, uma das maiores do Continente, vem dando, nesse sentido, uma contribuição valiosíssima, Como nenhuma outra entidade o tem feito.
Suas edições de livros básicos da Doutrina, inclusive em Esperanto, além de se espalharem por todo o Brasil e pelas Américas, têm penetrado, também, em dezenas de outros países da Europa, da Ásia e da África, concorrendo sobremaneira para a reforma e a evangelizaçâo da Humanidade, apressando,
assim, a construção de um mundo melhor, alicerçado no Amor, na Justiça, na Paz e na Fraternidade universais.
Que Deus, pois, a ampare e continue a iluminar seus dirigentes, a fim de que seja cada vez mais digna da sublime tarefa que Jesus lhe há confiado.
LEIS MORAIS RODOLFO CALLIGARIS
Ainda quando pareça estar regredindo, o que ocorre em certos períodos transitórios, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa de ascensão.
O que a conduz sempre para a frente são as novas idéias, as quais, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe ativarem a marcha.
Acontece, entretanto, que “a Natureza não dá saltos”, e
qualquer princípio mais avançado, que fuja aos padrões culturais estabelecidos, só ao cabo de
várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.
Essa resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas em verdade é um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo que as destituídas de real valor desapareçam e caiam no olvido, para só vingarem aquelas que devam
contribuir, efetivamente, para o aperfeiçoamento das instituições.
O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas principalmente a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.
Talvez nos perguntem: se é assim, se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, porque os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e
nas informações que nos trazem acerca do outro lado da Vida?
Respondemos: Porventura o Cristo conseguiu convencer os seus contemporâneos quando realizou, às suas vistas, os feitos mais surpreendentes, nos três anos em que com eles conviveu publicamente?
Tais manifestações sempre ocorreram e continuam ocorrendo por toda a parte. No entanto, seja por orgulho ou outra razão qualquer, quantos lhes reconhecem a autenticidade ou se dignam levá-las a sério, tirando delas as deduções filosóficas que suscitam?
Não! Não é esse o meio pelo qual os homens haverão de ser convencidos, mas sim pela inteligência, pela razão, o que, como ficou dito de início, demanda algum tempo.
Não se pode negar importância aos fenômenos espíritas, pela comprovação que oferecem da existência e da imortalidade da alma; todavia, forçoso é convir, o Espiritismo começou a implantar-se no mundo,
principalmente nas classes mais cultas, só depois de codificado, isto é, que se revestiu de um corpo de doutrina.
“Enquanto sua influência não atinge as massas — como bem observou Kardec —, vai ele felicitando os que o compreendem. Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado, dizem: à parte esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que nenhuma outra me havia explicado. Nela encontro,
unicamente por meio do raciocínio, uma solução racional para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza. Ao lado de tudo isso, secundária se torna a questão dos fatos materiais.” (L.E. conclusão, V.)
Tomando por base a difusão extraordinária que alcançou em apenas um século de existência, século esse abalado e conturbado pelas mais terríveis guerras da História, é de se esperar que, muito em breve, venha o Espiritismo a tornar-se crença comum, ou melhor, um conhecimento universal, “porque o próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e lhe serve dc apoio”.
A venerável Federação Espírita Brasileira, através de sua Editora, uma das maiores do Continente, vem dando, nesse sentido, uma contribuição valiosíssima, Como nenhuma outra entidade o tem feito.
Suas edições de livros básicos da Doutrina, inclusive em Esperanto, além de se espalharem por todo o Brasil e pelas Américas, têm penetrado, também, em dezenas de outros países da Europa, da Ásia e da África, concorrendo sobremaneira para a reforma e a evangelizaçâo da Humanidade, apressando,
assim, a construção de um mundo melhor, alicerçado no Amor, na Justiça, na Paz e na Fraternidade universais.
Que Deus, pois, a ampare e continue a iluminar seus dirigentes, a fim de que seja cada vez mais digna da sublime tarefa que Jesus lhe há confiado.
LEIS MORAIS RODOLFO CALLIGARIS
Influência do Espiritismo no “ Progresso da Humanidade"
Influência do Espiritismo no “ Progresso da Humanidade “- 06/05/2010
Objetivo
Explicar de que forma o Espiritismo contribui para o progresso da Humanidade.
Estudo
Questionamento inicial: “ Poderia a humanidade alcançar o bem-estar moral com as suas crenças e instituições atuais?”
Gênese
5. A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral. PERGUNTAS: 1) Pelo texto acima podemos dizer que existe uma grande batalha a ser vencida para que reine a espiritualidade? 2) Contra o que é principalmente esta batalha?
Não poderiam consegui-lo nem com as suas crenças, nem com as suas instituições antiquadas, restos de outra idade, boas para certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, havendo dado tudo o que comportavam, seriam hoje um entrave. Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e, para isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho. PERGUNTA: Qual o principal excitante para o egoísmo e para o orgulho e que precisa ser destruído?
Tal o período em que doravante vão entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade. Essa fase, que neste momento se elabora, é o complemento indispensável do estado precedente, como a idade viril o é da juventude. Ela podia, pois, ser prevista e predita de antemão
e é por isso que se diz que são chegados os tempos determinados por Deus. PERGUNTA: Então nós que nos intitulamos espíritas podemos considerar que a fase que estamos entrando é de paz e muita tranqüilidade?
6. Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se, e os homens, que mais opostos lhe são, para ela trabalham a seu mau grado. A geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, se achará possuída de idéias e de sentimentos muito diversos dos da geração presente, que se vai a passo de gigante. O velho mundo estará morto e apenas viverá na História, como o estão hoje os tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas. PERGUNTA: Pelo que podemos entender a transformação acima indicada será exclusiva para os espíritas?
9. Sim, decerto, a Humanidade se transforma, como já se transformou noutras épocas, e cada transformação se assinala por uma crise que é, para o gênero humano, o que são, para os indivíduos, as crises de crescimento. Aquelas se tornam, muitas vezes, penosas, dolorosas, e arrebatam consigo as gerações e as instituições, mas, são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral. PERGUNTA: Cite exemplos na história em que houve a necessidade de haver um abalo na estrutura da sociedade para que viesse o progresso do comportamento?
“Uma coisa que vos parecerá estranhável, mas que por isso não deixa de ser rigorosa verdade, é que o mundo dos Espíritos, mundo que vos rodeia, experimenta o contrachoque de todas as comoções que abalam o mundo dos encarnados. Digo mesmo que aquele toma parte ativa nessas comoções. Nada tem isto de surpreendente, para quem sabe que os Espíritos fazem corpo com a Humanida-de; que eles saem dela e a ela têm de voltar, sendo, pois, natural se interessem pelos movimentos que se operam entre os homens. Ficai, portanto, certos de que, quando uma revolução social se produz na Terra, abala igualmente o mundo invisível, onde todas as paixões, boas e más, se exacerbam, como entre vós. Indizível efervescência entra a reinar na coletividade dos Espíritos que ainda pertencem ao vosso mundo e que aguardam o momento de a ele volver. PERGUNTA: Com base no descritivo acima, como podemos considerar a reação no mundo invisível relativo aos momentos da crucificação de Jesus, já que tudo está interligado?
Questão800 (LE). Não será de temer que o Espiritismo não consiga triunfar da negligência dos homens e do seu apego às coisas materiais? “Conhece bem pouco os homens quem imagine que uma causa qualquer os possa transformar como que por encanto. As idéias só pouco a pouco se modificam, conforme os indivíduos, e preciso é que algumas gerações passem, para que se apaguem totalmente os vestígios dos velhos hábitos. A transformação, pois, somente com o tempo, gradual e progressivamente, se pode operar. Para cada geração uma parte do véu se dissipa. O Espiritismo vem rasgá-lo de alto a baixo. Entretanto, conseguisse ele unicamente corrigir num homem um único defeito que fosse e já o haveria forçado a dar um passo. Ter-lhe-ia feito, só com isso, grande bem, pois esse primeiro passo lhe facilitará os outros.” PERGUNTAS: Baseado no texto acima, podemos então considerar que aquele que cai numa falta e após esta se arrepende, pode ser considerado livre daquilo que o arrastou ao ato? Com certeza é um novo homem? Como devemos agir com relação a estas pessoas?
350 (LM). Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em conseqüência do aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja? Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionária. Tais, porém, não são os desígnios de Deus. Para o objetivo providencial, portanto, é que devem tender todas as Sociedades espíritas sérias, grupando todos os que se achem animados dos mesmos sentimentos. Então, haverá união entre elas, simpatia, fraternidade, em vez de vão e pueril antagonismo, nascido do amor-próprio, mais de palavras do que de fatos; então, elas serão fortes e poderosas, porque assentarão em inabalável alicerce: o bem para todos; então, serão respeitadas e imporão silêncio à zombaria tola, porque falarão em nome da moral evangélica, que todos respeitam. PERGUNTA: Pelo exposto está claro a salvação daquele que estuda a doutrina espírita como nós aqui?
Objetivo
Explicar de que forma o Espiritismo contribui para o progresso da Humanidade.
Estudo
Questionamento inicial: “ Poderia a humanidade alcançar o bem-estar moral com as suas crenças e instituições atuais?”
Gênese
5. A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral. PERGUNTAS: 1) Pelo texto acima podemos dizer que existe uma grande batalha a ser vencida para que reine a espiritualidade? 2) Contra o que é principalmente esta batalha?
Não poderiam consegui-lo nem com as suas crenças, nem com as suas instituições antiquadas, restos de outra idade, boas para certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, havendo dado tudo o que comportavam, seriam hoje um entrave. Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e, para isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho. PERGUNTA: Qual o principal excitante para o egoísmo e para o orgulho e que precisa ser destruído?
Tal o período em que doravante vão entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade. Essa fase, que neste momento se elabora, é o complemento indispensável do estado precedente, como a idade viril o é da juventude. Ela podia, pois, ser prevista e predita de antemão
e é por isso que se diz que são chegados os tempos determinados por Deus. PERGUNTA: Então nós que nos intitulamos espíritas podemos considerar que a fase que estamos entrando é de paz e muita tranqüilidade?
6. Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se, e os homens, que mais opostos lhe são, para ela trabalham a seu mau grado. A geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, se achará possuída de idéias e de sentimentos muito diversos dos da geração presente, que se vai a passo de gigante. O velho mundo estará morto e apenas viverá na História, como o estão hoje os tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas. PERGUNTA: Pelo que podemos entender a transformação acima indicada será exclusiva para os espíritas?
9. Sim, decerto, a Humanidade se transforma, como já se transformou noutras épocas, e cada transformação se assinala por uma crise que é, para o gênero humano, o que são, para os indivíduos, as crises de crescimento. Aquelas se tornam, muitas vezes, penosas, dolorosas, e arrebatam consigo as gerações e as instituições, mas, são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral. PERGUNTA: Cite exemplos na história em que houve a necessidade de haver um abalo na estrutura da sociedade para que viesse o progresso do comportamento?
“Uma coisa que vos parecerá estranhável, mas que por isso não deixa de ser rigorosa verdade, é que o mundo dos Espíritos, mundo que vos rodeia, experimenta o contrachoque de todas as comoções que abalam o mundo dos encarnados. Digo mesmo que aquele toma parte ativa nessas comoções. Nada tem isto de surpreendente, para quem sabe que os Espíritos fazem corpo com a Humanida-de; que eles saem dela e a ela têm de voltar, sendo, pois, natural se interessem pelos movimentos que se operam entre os homens. Ficai, portanto, certos de que, quando uma revolução social se produz na Terra, abala igualmente o mundo invisível, onde todas as paixões, boas e más, se exacerbam, como entre vós. Indizível efervescência entra a reinar na coletividade dos Espíritos que ainda pertencem ao vosso mundo e que aguardam o momento de a ele volver. PERGUNTA: Com base no descritivo acima, como podemos considerar a reação no mundo invisível relativo aos momentos da crucificação de Jesus, já que tudo está interligado?
Questão800 (LE). Não será de temer que o Espiritismo não consiga triunfar da negligência dos homens e do seu apego às coisas materiais? “Conhece bem pouco os homens quem imagine que uma causa qualquer os possa transformar como que por encanto. As idéias só pouco a pouco se modificam, conforme os indivíduos, e preciso é que algumas gerações passem, para que se apaguem totalmente os vestígios dos velhos hábitos. A transformação, pois, somente com o tempo, gradual e progressivamente, se pode operar. Para cada geração uma parte do véu se dissipa. O Espiritismo vem rasgá-lo de alto a baixo. Entretanto, conseguisse ele unicamente corrigir num homem um único defeito que fosse e já o haveria forçado a dar um passo. Ter-lhe-ia feito, só com isso, grande bem, pois esse primeiro passo lhe facilitará os outros.” PERGUNTAS: Baseado no texto acima, podemos então considerar que aquele que cai numa falta e após esta se arrepende, pode ser considerado livre daquilo que o arrastou ao ato? Com certeza é um novo homem? Como devemos agir com relação a estas pessoas?
350 (LM). Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em conseqüência do aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja? Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionária. Tais, porém, não são os desígnios de Deus. Para o objetivo providencial, portanto, é que devem tender todas as Sociedades espíritas sérias, grupando todos os que se achem animados dos mesmos sentimentos. Então, haverá união entre elas, simpatia, fraternidade, em vez de vão e pueril antagonismo, nascido do amor-próprio, mais de palavras do que de fatos; então, elas serão fortes e poderosas, porque assentarão em inabalável alicerce: o bem para todos; então, serão respeitadas e imporão silêncio à zombaria tola, porque falarão em nome da moral evangélica, que todos respeitam. PERGUNTA: Pelo exposto está claro a salvação daquele que estuda a doutrina espírita como nós aqui?
Influência do Espiritismo no Progresso da Humanidade
Influência do Espiritismo no Progresso da Humanidade
Por Lindemberg Jackson Sousa de Castro
O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por provas irrecusáveis, a existência e a natureza no mundo espiritual, e suas relações com o mundo corporal; ele no-lo mostra, não mais como uma coisa sobrenatural, mas, ao contrário, como uma das forças vivas e incessantemente ativas da Natureza, como a fonte de uma multidão de fenômenos incompreendidos, até então atirados, por essa razão, ao domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo faz alusão, em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse permaneceram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave com a ajuda da qual tudo se explica com facilidade (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. I, item 5).
Pelo o exposto acima percebe-se a finalidade e o alcance da Doutrina dos Espíritos, atingindo o aspecto científico dos fenômenos, mas, porém, vai mais longe, deduz desses fenômenos que estuda, as conseqüências morais para a Humanidade, e erra-se quem pensa serem os fenômenos o aspecto mais importante do Espiritismo, sua força é toda moral. Sobre isso, o filósofo José Herculano[1] Pires aponta: “O Espiritismo é uma doutrina que existe nos livros e precisa ser estudada. Trata-se, pois, não de fazer sessões, provocar fenômenos, procurar médiuns, mas de debruçar o pensamento sobre si mesmo, examinar a concepção espírita do mundo e reajustar a ela a conduta através da moral espírita”.
Segundo O Livro dos Espíritos, no item 799, os Espíritos Superiores deixam claro que o Espiritismo contribuirá para o progresso “destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreenderá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo os preconceitos de seitas, de castas e de cor, ele ensina aos homens a grande solidariedade que deve uni-los como irmãos”,
Na história da Humanidade, vê-se claramente que as idéias não se espargem senão muito demoradamente, e verdades incontestáveis de outrora caíram por terra, e pensamentos considerados loucos hoje são a expressão da mais pura verdade; hoje o Espiritismo tem o seu lugar de respeito entre os conhecimentos humanos, embora todo um conjunto de preconceitos ainda existentes oriundos mais da ignorância do que do saber. Sobre a evolução das idéias, Allan Kardec[2] aludi: “As idéias não se transformam senão com o tempo, e jamais subitamente. Elas se enfraquecem de geração em geração e acabam por desaparecer, pouco a pouco, com aqueles que as professaram, e que são substituídos por outros indivíduos, imbuídos de novos princípios, como ocorre com as idéias políticas. (...) Ocorrerá o mesmo com o Espiritismo; ele fez muito progresso, mas haverá ainda, durante duas ou três gerações, um fermento de incredulidade que só o tempo dissipará”.
Pelo Espiritismo a Humanidade deve entrar numa fase nova, a do progresso moral, que é a sua conseqüência inevitável. Portanto, cessai de vos espantar da rapidez com a qual se propagam as idéias espíritas; a sua causa está na satisfação que elas proporcionam a todos os que as aprofundam, e que nelas vêem outra coisa que um fútil passatempo. Ora, como cada um quer a felicidade antes de tudo, não é de admirar que se interesse por uma idéia que o torna feliz (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Conclusão, item V).
Segundo Allan Kardec[3], são três períodos que se apresentam da o desenvolvimento das idéias espíritas: “o primeiro é o da curiosidade provocada pela estranheza dos fenômenos que se produzem; o segundo, o do raciocínio e da filosofia, e o terceiro o da aplicação. O período da curiosidade passou. A curiosidade não tem senão um tempo e, uma vez satisfeita, muda de objeto para a um outro. O mesmo não sucede com aquele que recorre ao pensamento sério a ao julgamento. Começando o segundo período, o terceiro o seguirá inevitavelmente. O Espiritismo tem progredido, sobretudo, depois que foi melhor compreendido em sua essência íntima, depois que se lhe viu a importância, porque toca o ponto mais sensível do homem: o da sua felicidade, mesmo neste mundo. Nisso está a causa da sua propagação, o segredo da força que o fará triunfar”.
Não é o Espiritismo que cria a renovação social, é a madureza da humanidade que faz de tal renovação uma necessidade. Pela sua potência moralizadora, por suas tendências progressivas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abraça, o Espiritismo, mais que qualquer outra doutrina, está apto a secundar o movimento regenerador; por isso mesmo são contemporâneos. Ele veio no momento que podia ser mais útil, pois também para ele os tempos são chegados; mais cedo, teria encontrado obstáculos insuperáveis; teria sucumbido inevitavelmente, pois que os homens, satisfeitos com o que tinham, não experimentavam ainda a necessidade do que ele traz (A Gênese, Allan Kardec, cap. XVIII, item 25).
Sobre o Espiritismo, Emmanuel[4] nos diz: “(...) O Espiritismo, na sua feição de Evangelho redivivo, pertence ao Cristo e seus prepostos, antes de qualquer esforço humano, precário e perecível. A necessidade imediata dos Arrais espiritistas é a do conhecimento a aplicação legítima do Evangelho, da parte de quantos militem nas suas fileiras, desejosos de luz e evolução. (...) Os fenômenos acordam o espírito adormecido pela carne, mas não fornecem as luzes interiores, somente conseguidas a custa de muito esforço e trabalho individual”.
A aceitação dos princípios espíritas não faz melhores as pessoas, em princípio. A melhoria do Espírito ficará patente quando, em decorrência do esforço individual, a pessoa implementar mudanças no comportamento, as quais garantirão uma verdadeira transformação moral. Neste sentido, os Espíritos Superiores[5] nos alertam: “Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em conseqüência da aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade?”.
Emmanuel[6] nos diz ainda numa vez: “Combatendo os vícios e estimulando o desenvolvimento das virtudes, o Espiritismo oferece condições para influir no progresso da Humanidade”.
A crença no Espiritismo ajuda a melhorar-se fixando as idéias sobre certos pontos do futuro. Ela apressa o adiantamento dos indivíduos e das massas, porque permite conhecer o que seremos um dia; é um ponto de apoio, uma luz que nos guia. O Espiritismo ensina a suportar as provas com paciência e resignação. Ele desvia os atos que podem retardar a felicidade futura e é assim que contribui para a felicidade, mas não diz que sem isso não se pode alcançá-la (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, comentário ao item 982).
[1] Introdução à Filosofia Espírita, José Herculano Pires, Perfil da Filosofia Espírita.
[2] O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, comentário ao item 798.
[3] O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Conclusão, item V.
[4] O Consolador, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, item 218.
[5] O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 350.
[6] Roteiro. Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, cap. 38 (Missão do Espiritismo).
Por Lindemberg Jackson Sousa de Castro
O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por provas irrecusáveis, a existência e a natureza no mundo espiritual, e suas relações com o mundo corporal; ele no-lo mostra, não mais como uma coisa sobrenatural, mas, ao contrário, como uma das forças vivas e incessantemente ativas da Natureza, como a fonte de uma multidão de fenômenos incompreendidos, até então atirados, por essa razão, ao domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo faz alusão, em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse permaneceram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave com a ajuda da qual tudo se explica com facilidade (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. I, item 5).
Pelo o exposto acima percebe-se a finalidade e o alcance da Doutrina dos Espíritos, atingindo o aspecto científico dos fenômenos, mas, porém, vai mais longe, deduz desses fenômenos que estuda, as conseqüências morais para a Humanidade, e erra-se quem pensa serem os fenômenos o aspecto mais importante do Espiritismo, sua força é toda moral. Sobre isso, o filósofo José Herculano[1] Pires aponta: “O Espiritismo é uma doutrina que existe nos livros e precisa ser estudada. Trata-se, pois, não de fazer sessões, provocar fenômenos, procurar médiuns, mas de debruçar o pensamento sobre si mesmo, examinar a concepção espírita do mundo e reajustar a ela a conduta através da moral espírita”.
Segundo O Livro dos Espíritos, no item 799, os Espíritos Superiores deixam claro que o Espiritismo contribuirá para o progresso “destruindo o materialismo, que é uma chaga da sociedade, ele faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreenderá melhor que ele pode assegurar seu futuro pelo presente. Destruindo os preconceitos de seitas, de castas e de cor, ele ensina aos homens a grande solidariedade que deve uni-los como irmãos”,
Na história da Humanidade, vê-se claramente que as idéias não se espargem senão muito demoradamente, e verdades incontestáveis de outrora caíram por terra, e pensamentos considerados loucos hoje são a expressão da mais pura verdade; hoje o Espiritismo tem o seu lugar de respeito entre os conhecimentos humanos, embora todo um conjunto de preconceitos ainda existentes oriundos mais da ignorância do que do saber. Sobre a evolução das idéias, Allan Kardec[2] aludi: “As idéias não se transformam senão com o tempo, e jamais subitamente. Elas se enfraquecem de geração em geração e acabam por desaparecer, pouco a pouco, com aqueles que as professaram, e que são substituídos por outros indivíduos, imbuídos de novos princípios, como ocorre com as idéias políticas. (...) Ocorrerá o mesmo com o Espiritismo; ele fez muito progresso, mas haverá ainda, durante duas ou três gerações, um fermento de incredulidade que só o tempo dissipará”.
Pelo Espiritismo a Humanidade deve entrar numa fase nova, a do progresso moral, que é a sua conseqüência inevitável. Portanto, cessai de vos espantar da rapidez com a qual se propagam as idéias espíritas; a sua causa está na satisfação que elas proporcionam a todos os que as aprofundam, e que nelas vêem outra coisa que um fútil passatempo. Ora, como cada um quer a felicidade antes de tudo, não é de admirar que se interesse por uma idéia que o torna feliz (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Conclusão, item V).
Segundo Allan Kardec[3], são três períodos que se apresentam da o desenvolvimento das idéias espíritas: “o primeiro é o da curiosidade provocada pela estranheza dos fenômenos que se produzem; o segundo, o do raciocínio e da filosofia, e o terceiro o da aplicação. O período da curiosidade passou. A curiosidade não tem senão um tempo e, uma vez satisfeita, muda de objeto para a um outro. O mesmo não sucede com aquele que recorre ao pensamento sério a ao julgamento. Começando o segundo período, o terceiro o seguirá inevitavelmente. O Espiritismo tem progredido, sobretudo, depois que foi melhor compreendido em sua essência íntima, depois que se lhe viu a importância, porque toca o ponto mais sensível do homem: o da sua felicidade, mesmo neste mundo. Nisso está a causa da sua propagação, o segredo da força que o fará triunfar”.
Não é o Espiritismo que cria a renovação social, é a madureza da humanidade que faz de tal renovação uma necessidade. Pela sua potência moralizadora, por suas tendências progressivas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abraça, o Espiritismo, mais que qualquer outra doutrina, está apto a secundar o movimento regenerador; por isso mesmo são contemporâneos. Ele veio no momento que podia ser mais útil, pois também para ele os tempos são chegados; mais cedo, teria encontrado obstáculos insuperáveis; teria sucumbido inevitavelmente, pois que os homens, satisfeitos com o que tinham, não experimentavam ainda a necessidade do que ele traz (A Gênese, Allan Kardec, cap. XVIII, item 25).
Sobre o Espiritismo, Emmanuel[4] nos diz: “(...) O Espiritismo, na sua feição de Evangelho redivivo, pertence ao Cristo e seus prepostos, antes de qualquer esforço humano, precário e perecível. A necessidade imediata dos Arrais espiritistas é a do conhecimento a aplicação legítima do Evangelho, da parte de quantos militem nas suas fileiras, desejosos de luz e evolução. (...) Os fenômenos acordam o espírito adormecido pela carne, mas não fornecem as luzes interiores, somente conseguidas a custa de muito esforço e trabalho individual”.
A aceitação dos princípios espíritas não faz melhores as pessoas, em princípio. A melhoria do Espírito ficará patente quando, em decorrência do esforço individual, a pessoa implementar mudanças no comportamento, as quais garantirão uma verdadeira transformação moral. Neste sentido, os Espíritos Superiores[5] nos alertam: “Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em conseqüência da aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade?”.
Emmanuel[6] nos diz ainda numa vez: “Combatendo os vícios e estimulando o desenvolvimento das virtudes, o Espiritismo oferece condições para influir no progresso da Humanidade”.
A crença no Espiritismo ajuda a melhorar-se fixando as idéias sobre certos pontos do futuro. Ela apressa o adiantamento dos indivíduos e das massas, porque permite conhecer o que seremos um dia; é um ponto de apoio, uma luz que nos guia. O Espiritismo ensina a suportar as provas com paciência e resignação. Ele desvia os atos que podem retardar a felicidade futura e é assim que contribui para a felicidade, mas não diz que sem isso não se pode alcançá-la (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, comentário ao item 982).
[1] Introdução à Filosofia Espírita, José Herculano Pires, Perfil da Filosofia Espírita.
[2] O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, comentário ao item 798.
[3] O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Conclusão, item V.
[4] O Consolador, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, item 218.
[5] O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 350.
[6] Roteiro. Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, cap. 38 (Missão do Espiritismo).
A Influência do Espiritismo no Progresso - IRC
A Influência do Espiritismo no Progresso
Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Palestrante: Mário Coelho
Rio de Janeiro
18/06/1999
Organizadores da palestra:
Moderador: "Wania" (nick: |Moderador|)
"Médium digitador": "jaja" (nick: Mario_Coelho)
Oração Inicial:
<lflavio> Jesus, Nosso Mestre Querido, que a sua luz esteja em nossos corações. Que possamos, Mestre, unindo nossos pensamentos em prece, rogar ao Pai Celestial que abençoe a todos de nosso planeta e, em especial, àqueles que se empenham em aprender e buscar novos conhecimentos para se melhorarem intimamente e renovar a humanidade, difundindo o amor ao próximo e exercitando este mesmo amor. Abençoe, Pai, ao nosso irmão, responsável pela palestra da noite e que possamos, com a proteção de nossos mentores espirituais e trabalhadores Vossos, dar inicio ao trabalho da noite. Que assim seja !!
Apresentação do palestrante:
<Mario_Coelho> Sou médium receitista do Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro.
Considerações iniciais do palestrante:
<Mario_Coelho> Sabemos que o progresso é Lei de Deus, e, sendo Lei de Deus, abrange a todas as criaturas, a todos os espíritos. E é isso que iremos, no dia de hoje, reafirmar, trazendo as considerações da Doutrina Espírita sobre a Influência do Espiritismo no Progresso. (t)
Perguntas/Respostas:
<|Moderador|> [1] <Homeover> Grande irmão! A paz do Mestre Nazareno! Como nós, espíritas, podemos, efetivamente, ajudar com rapidez para o progresso nacional e planetário?
<Mario_Coelho> Fazendo a nossa parte no que toca ao progresso pessoal, conseguiremos transmitir com mais convicção a existência do mundo espiritual e assim ajudar a destruir o materialismo, ou as ações típicas do materialismo, que obstam o progresso moral do planeta. (t)
<|Moderador|> [2] <homeover> Qual das interfaces do Espiritismo, poderia, mais efetivamente, ajudar ao progresso geral do nosso orbe: religião, filosofia ou ciência?
<Mario_Coelho> Valer-me-ei de uma resposta de Divaldo Pereira Franco, publicado no livro "Diálogo", edições USE, em que ele diz: "Não podemos dar preferência a um dos aspectos da Doutrina em detrimento dos outros." - pág. 133 (t)
<|Moderador|> [3] <homeover> O progresso individual conta muito para o coletivo? O espírita deveria servir como exemplo do homem novo de que nos fala o apóstolo Paulo?
<Mario_Coelho> Sim, o progresso individual atuará pouco a pouco no progresso coletivo, conforme a assertiva de Jesus: "Um pouco de fermento leveda toda a massa." Emmanuel, em um de seus livros da série "Caminho, Verdade e Vida", edições FEB, cita, numa das páginas, a gama de conhecimento que o espírita desfruta, por exemplo, o conhecimento acerca do mundo espiritual, o conhecimento acerca da reencarnação, o conhecimento acerca da lei de ação e reação, o conhecimento acerca dos fluidos e cita outros, e no final nos questiona: "Diante disso tudo, o que fazeis de especial?" Cabe portanto, caro amigo, ao espírita buscar ser o homem novo diante das verdades que já conhece. (t)
<|Moderador|> [4] <LLLLUUUUAAAAA> Kardec disse que o conhecimento básico da Doutrina, em suas bases (imortalidade da alma, reencarnação, lei e ação e reação), por si só já seriam , ou deveriam ser deficientes para promover uma reestruturação do homem. Hoje, diante deste conhecimentos, a comunidade espírita é um agente de mudanças, visando o progresso?
<Mario_Coelho> Sim, mormente aqui no Brasil, em que vemos a proliferação de casas espíritas, de Congressos Espíritas, de Feiras de Livro Espíritas, de participações de livrarias espíritas junto às chamadas Bienais do Livro e, com tudo isso, vemos o Espiritismo ensinando o povo a pensar como espírito e, desse modo, estimulando-os a modificar o próprio meio onde vivem. Citemos, por exemplo: quantos médicos conhecemos que já trazem o conhecimento espírita? Quantos deles, mesmo não podendo, no seu dia-a-dia, usar da terapêutica que a fluidoterapia ou passes oferece, já que ninguém pode violentar as convicções de ninguém, conseguem enxergar a doença não só apenas de causa física, mas consegue detectar outros ascendentes para a mesma. É uma modificação da visão comum da ciência, é uma visão nova e isso é progresso. (t)
<|Moderador|> [5] <Wania> Como poderemos relacionar o atual estágio da nossa sociedade com o progresso?
<Mario_Coelho> Ainda estamos num mundo de provas e expiações e, como tal, percebemos, de maneira gritante, as marcas da inferioridade no planeta. Mas, a par disto, devemos lembrar que nunca, em tempo algum da história da humanidade, se falou tanto no bem e se agiu tanto no bem quanto agora. Não precisamos nem citar as outras religiões que trabalham pelo progresso da humanidade. Analisemos apenas aquilo que conhecemos mais de perto, que é o movimento espírita. Relacionemos as milhares de casas espíritas no Brasil e no mundo, estimulando-nos a ser bons. Lembremo-nos dos milhões de livros espíritas, mediúnicos ou não, publicados e vendidos anualmente e perceberemos que, apesar de todo alarde do mal, o bem caminha a passos largos. Não nos esqueçamos do que disse os espíritos a Kardec em "O Livro dos Espíritos", na questão 932: "Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão." (t)
<|Moderador|> [6] <Wania> Pode o homem embaraçar o Progresso? Como?
<Mario_Coelho> Não. Na questão 781, de "O Livro dos Espíritos", lemos o seguinte: "Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso?" A resposta: "Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la." Na subpergunta a: "Que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde?" Respondem os espíritos: "Pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter." Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de leis feitas pelo forte em detrimento do fraco. (t)
<|Moderador|> [7] <_Alves_> Mário_Coelho, boa noite! Sabemos, pelos livros de Kardec, que os espíritos nos influenciam mais do que imaginamos. Esta interferência não significaria uma quebra do livre-arbítrio?
<Mario_Coelho> Embora a pergunta não esteja tão relacionada ao tema da noite, podemos responder-te, conforme diz-nos "O Livro dos Espíritos", na parte terceira, Cap. X, questão 851, em que os espíritos dizem a Kardec: "...pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir." Desse modo, os espíritos podem nos influenciar, mas a decisão no campo da vida moral, entre aceitar ou resistir será escolha sempre nossa. (t)
<|Moderador|> [9] <Wania> Qual o maior obstáculo ao Progresso?
<Mario_Coelho> Na questão 785, de "O Livro dos Espíritos", encontramos a resposta para esta pergunta: ""O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual reduplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura." (t)
<|Moderador|> [10] <LLLLUUUUAAAAA> O tema acima é tratado em "O Livro dos Espíritos" e têm como base a destruição do materialismo, que o Espiritismo é capaz de operar, mas pergunto: é somente através deste enfoque de que se deve servir a Doutrina no auxílio ao progresso?
<Mario_Coelho> Ampliemos o conceito da palavra materialismo para que apreendamos toda a grandeza das respostas dos espíritos a Kardec, pois por materialismo devemos entender não só aquele que só acredite na matéria e que, por isso mesmo, não tem nenhuma religião, mas também aquele que, mesmo trazendo noções de uma vida após a morte, age como se fosse materialista. Quantos de nós, mesmo trazendo noções espiritualistas (sejamos espíritas, católicos, protestante, budistas, etc) e agimos, muitas das vezes, como se nada disso nos lembrassem que o corpo é perecível. Sendo assim, não nos esqueçamos que, apenas com esse enfoque da destruição das ações materialistas em nós, conseguiremos agilizar o progresso, pois um homem transforma o ambiente onde vive e transforma a sua atuação em qualquer área do conhecimento humano, onde milite. (t)
<|Moderador|> [11] <Try-out> Se houvesse uma comunicação mais direta do mundo material com as cidades espirituais, o progresso espiritual dos encarnados não seria maior?
<Mario_Coelho> Na questão 802 de "O Livro dos Espíritos", encontramos a resposta para esse seu questionamento: "Visto que o Espiritismo tem que marcar um progresso da Humanidade, por que não apressam os Espíritos esse progresso, por meio de manifestações tão generalizadas e patentes, que a convicção penetre até nos mais incrédulos? A resposta: "Desejaríeis milagres; mas Deus os espalha a mancheias diante dos vossos passos e, no entanto, ainda há homens que o negam. Conseguiu, porventura, o próprio Cristo convencer os seus contemporâneos, mediante os prodígios que operou? Não conheceis, presentemente, alguns que negam os fatos mais patentes, ocorridos às suas vistas? Não há os que dizem que não acreditariam, mesmo que vissem? Não; não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em Sua bondade, Ele lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão." Devemos sempre lembrar que os espíritos não fazem aquilo que nos compete fazer, em termos de aprendizado humano. (t)
<|Moderador|> [13] <LLLLUUUUAAAAA> Não poderia ser a grande chave do progresso o conhecimento, entenda-se aqui também, e, principalmente, o auto conhecimento, que o Espiritismo nos proporciona? Afinal, como interagir num meio se não conhecemos todas as nossas possibilidades?
<Mario_Coelho> Já disse Santo Agostinho, em "O Livro dos Espíritos", que o mais importante para o progresso individual é o conhecimento de si mesmo, vide questão 919 a. Sabemos que o conhecimento científico e o dito conhecimento humano é importante, pois conforme mesmo disseram os espíritos a Kardec, o progresso intelectual engendra o progresso moral, por tornar compreensivo o bem do mal, vide questão 780 de "O Livro dos Espíritos" mas este não é tudo, pois há necessidade da transformação moral, pois, caso contrário, seríamos apenas povos esclarecidos e não povos civilizados, na acepção lata da palavra. (t)
<|Moderador|> [14] <Wania> No estado atual da sociedade, a severidade das leis penais seria uma necessidade?
<Mario_Coelho> Muitas das vezes, as leis são severas não apenas porque os homens que cometem erros precisam de severidade. Mas são severas, muitas das vezes, porque os homens que as fazem ainda são duros de coração. Muitas das vezes, quando colocamos um criminoso na cadeia, o fazemos com sentido de vingança, de vingarmo-nos de alguém que nos molestou e não com o fim de cercear a sua liberdade, mas visando a sua reeducação. (t)
<|Moderador|> [15] <Dimmi> A partir da codificação, este progresso se acentuou?
<Mario_Coelho> Decerto que sim. pois se olharmos o quanto de noções espíritas já estão "no ar", desde o lançamento de "O Livro dos Espíritos", veremos que a Doutrina Espírita foi o elemento capaz de popularizar essas noções. Reparemos que hoje livros não-espíritas, novelas, filmes, etc abordam, mesmo sem a noção clara da Doutrina Espírita, muitos desses temas, que, para nós, já são corriqueiros. É um começo da aceitação de uma idéia. (t)
<|Moderador|> [16] <LLLLUUUUAAAAA> Mas há alguma outra maneira de colaborar para o progresso geral, não se partindo do progresso individual?
<Mario_Coelho> Não, não há! O que pode haver é uma falsa noção de progresso geral, mas se não se mudam as bases para atuar no progresso individual, estaremos apenas vendo a ponta do iceberg, pensando estar vendo o todo. As leis humanas até te forçam a um progresso coletivo, mas se não houver aceitação individual, seremos apenas indivíduos contidos pela lei, mas não indivíduos com aceitação daquilo que é certo. Por exemplo: o espírita não usa uma arma não é porque a lei o proíbe, mas porque ele sabe que não é dessa maneira que se resolvem as coisas e tem a plena noção de quanto um gesto impensado pode prejudicar ao seu futuro e o de outrem. (t)
<|Moderador|> [17] <Wania> De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o Progresso?
<Mario_Coelho> Já respondemos esta pergunta, utilizando trecho da questão 799 de "O Livro dos Espíritos", a qual transcreveremos aqui. "Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos." (t)
Considerações finais do palestrante:
<Mario_Coelho> O progresso humano há de acontecer mesmo que não queiramos, mas devemos ser daqueles que marcham a favor do progresso, embora pequeninos diante da obra a fazer, somos cada um de nós elementos que estamos sendo chamados à maneira de trabalhadores da última hora a implantar o Reino de Deus na Terra. Desse modo, façamos a nossa parte no que tange ao progresso individual e todos nós, que formamos uma coletividade de espíritos que já se coloca, mesmo que precariamente, a serviço do bem e estaremos atuando na transformação do progresso coletivo. Foi muito bom estarmos juntos. As perguntas de vocês, sempre pertinentes, nos estimularam bastante a estudar cada vez mais e a reconhecer a grandiosidade das obras básicas de Allan Kardec, que serviram de base para as nossas respostas. Agradecemos de coração o incentivo de todos. Jesus abençoe a todos nós! (t)
Oração Final:
<|Moderador|> Senhor Jesus, amigo de todas as horas, Te agradecemos, Mestre, pela oportunidade que nos concede, de estudarmos a Doutrina Espírita, mesmo distante das Casas Espíritas. Que amparados e fortalecidos no Teu exemplo, possamos continuar nossa jornada evolutiva, rumo ao objetivo do Pai. Abençoe o nosso propósito, ilumine nossos espíritos, fortalecendo a nossa fé. Que seja em Teu nome, em nome dos Espíritos responsáveis por este trabalho, mas, sobretudo em nome de Deus, o encerramento de mais uma palestra virtual. Que assim seja!
Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Palestrante: Mário Coelho
Rio de Janeiro
18/06/1999
Organizadores da palestra:
Moderador: "Wania" (nick: |Moderador|)
"Médium digitador": "jaja" (nick: Mario_Coelho)
Oração Inicial:
<lflavio> Jesus, Nosso Mestre Querido, que a sua luz esteja em nossos corações. Que possamos, Mestre, unindo nossos pensamentos em prece, rogar ao Pai Celestial que abençoe a todos de nosso planeta e, em especial, àqueles que se empenham em aprender e buscar novos conhecimentos para se melhorarem intimamente e renovar a humanidade, difundindo o amor ao próximo e exercitando este mesmo amor. Abençoe, Pai, ao nosso irmão, responsável pela palestra da noite e que possamos, com a proteção de nossos mentores espirituais e trabalhadores Vossos, dar inicio ao trabalho da noite. Que assim seja !!
Apresentação do palestrante:
<Mario_Coelho> Sou médium receitista do Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro.
Considerações iniciais do palestrante:
<Mario_Coelho> Sabemos que o progresso é Lei de Deus, e, sendo Lei de Deus, abrange a todas as criaturas, a todos os espíritos. E é isso que iremos, no dia de hoje, reafirmar, trazendo as considerações da Doutrina Espírita sobre a Influência do Espiritismo no Progresso. (t)
Perguntas/Respostas:
<|Moderador|> [1] <Homeover> Grande irmão! A paz do Mestre Nazareno! Como nós, espíritas, podemos, efetivamente, ajudar com rapidez para o progresso nacional e planetário?
<Mario_Coelho> Fazendo a nossa parte no que toca ao progresso pessoal, conseguiremos transmitir com mais convicção a existência do mundo espiritual e assim ajudar a destruir o materialismo, ou as ações típicas do materialismo, que obstam o progresso moral do planeta. (t)
<|Moderador|> [2] <homeover> Qual das interfaces do Espiritismo, poderia, mais efetivamente, ajudar ao progresso geral do nosso orbe: religião, filosofia ou ciência?
<Mario_Coelho> Valer-me-ei de uma resposta de Divaldo Pereira Franco, publicado no livro "Diálogo", edições USE, em que ele diz: "Não podemos dar preferência a um dos aspectos da Doutrina em detrimento dos outros." - pág. 133 (t)
<|Moderador|> [3] <homeover> O progresso individual conta muito para o coletivo? O espírita deveria servir como exemplo do homem novo de que nos fala o apóstolo Paulo?
<Mario_Coelho> Sim, o progresso individual atuará pouco a pouco no progresso coletivo, conforme a assertiva de Jesus: "Um pouco de fermento leveda toda a massa." Emmanuel, em um de seus livros da série "Caminho, Verdade e Vida", edições FEB, cita, numa das páginas, a gama de conhecimento que o espírita desfruta, por exemplo, o conhecimento acerca do mundo espiritual, o conhecimento acerca da reencarnação, o conhecimento acerca da lei de ação e reação, o conhecimento acerca dos fluidos e cita outros, e no final nos questiona: "Diante disso tudo, o que fazeis de especial?" Cabe portanto, caro amigo, ao espírita buscar ser o homem novo diante das verdades que já conhece. (t)
<|Moderador|> [4] <LLLLUUUUAAAAA> Kardec disse que o conhecimento básico da Doutrina, em suas bases (imortalidade da alma, reencarnação, lei e ação e reação), por si só já seriam , ou deveriam ser deficientes para promover uma reestruturação do homem. Hoje, diante deste conhecimentos, a comunidade espírita é um agente de mudanças, visando o progresso?
<Mario_Coelho> Sim, mormente aqui no Brasil, em que vemos a proliferação de casas espíritas, de Congressos Espíritas, de Feiras de Livro Espíritas, de participações de livrarias espíritas junto às chamadas Bienais do Livro e, com tudo isso, vemos o Espiritismo ensinando o povo a pensar como espírito e, desse modo, estimulando-os a modificar o próprio meio onde vivem. Citemos, por exemplo: quantos médicos conhecemos que já trazem o conhecimento espírita? Quantos deles, mesmo não podendo, no seu dia-a-dia, usar da terapêutica que a fluidoterapia ou passes oferece, já que ninguém pode violentar as convicções de ninguém, conseguem enxergar a doença não só apenas de causa física, mas consegue detectar outros ascendentes para a mesma. É uma modificação da visão comum da ciência, é uma visão nova e isso é progresso. (t)
<|Moderador|> [5] <Wania> Como poderemos relacionar o atual estágio da nossa sociedade com o progresso?
<Mario_Coelho> Ainda estamos num mundo de provas e expiações e, como tal, percebemos, de maneira gritante, as marcas da inferioridade no planeta. Mas, a par disto, devemos lembrar que nunca, em tempo algum da história da humanidade, se falou tanto no bem e se agiu tanto no bem quanto agora. Não precisamos nem citar as outras religiões que trabalham pelo progresso da humanidade. Analisemos apenas aquilo que conhecemos mais de perto, que é o movimento espírita. Relacionemos as milhares de casas espíritas no Brasil e no mundo, estimulando-nos a ser bons. Lembremo-nos dos milhões de livros espíritas, mediúnicos ou não, publicados e vendidos anualmente e perceberemos que, apesar de todo alarde do mal, o bem caminha a passos largos. Não nos esqueçamos do que disse os espíritos a Kardec em "O Livro dos Espíritos", na questão 932: "Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão." (t)
<|Moderador|> [6] <Wania> Pode o homem embaraçar o Progresso? Como?
<Mario_Coelho> Não. Na questão 781, de "O Livro dos Espíritos", lemos o seguinte: "Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso?" A resposta: "Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la." Na subpergunta a: "Que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde?" Respondem os espíritos: "Pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter." Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de leis feitas pelo forte em detrimento do fraco. (t)
<|Moderador|> [7] <_Alves_> Mário_Coelho, boa noite! Sabemos, pelos livros de Kardec, que os espíritos nos influenciam mais do que imaginamos. Esta interferência não significaria uma quebra do livre-arbítrio?
<Mario_Coelho> Embora a pergunta não esteja tão relacionada ao tema da noite, podemos responder-te, conforme diz-nos "O Livro dos Espíritos", na parte terceira, Cap. X, questão 851, em que os espíritos dizem a Kardec: "...pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir." Desse modo, os espíritos podem nos influenciar, mas a decisão no campo da vida moral, entre aceitar ou resistir será escolha sempre nossa. (t)
<|Moderador|> [9] <Wania> Qual o maior obstáculo ao Progresso?
<Mario_Coelho> Na questão 785, de "O Livro dos Espíritos", encontramos a resposta para esta pergunta: ""O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual reduplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura." (t)
<|Moderador|> [10] <LLLLUUUUAAAAA> O tema acima é tratado em "O Livro dos Espíritos" e têm como base a destruição do materialismo, que o Espiritismo é capaz de operar, mas pergunto: é somente através deste enfoque de que se deve servir a Doutrina no auxílio ao progresso?
<Mario_Coelho> Ampliemos o conceito da palavra materialismo para que apreendamos toda a grandeza das respostas dos espíritos a Kardec, pois por materialismo devemos entender não só aquele que só acredite na matéria e que, por isso mesmo, não tem nenhuma religião, mas também aquele que, mesmo trazendo noções de uma vida após a morte, age como se fosse materialista. Quantos de nós, mesmo trazendo noções espiritualistas (sejamos espíritas, católicos, protestante, budistas, etc) e agimos, muitas das vezes, como se nada disso nos lembrassem que o corpo é perecível. Sendo assim, não nos esqueçamos que, apenas com esse enfoque da destruição das ações materialistas em nós, conseguiremos agilizar o progresso, pois um homem transforma o ambiente onde vive e transforma a sua atuação em qualquer área do conhecimento humano, onde milite. (t)
<|Moderador|> [11] <Try-out> Se houvesse uma comunicação mais direta do mundo material com as cidades espirituais, o progresso espiritual dos encarnados não seria maior?
<Mario_Coelho> Na questão 802 de "O Livro dos Espíritos", encontramos a resposta para esse seu questionamento: "Visto que o Espiritismo tem que marcar um progresso da Humanidade, por que não apressam os Espíritos esse progresso, por meio de manifestações tão generalizadas e patentes, que a convicção penetre até nos mais incrédulos? A resposta: "Desejaríeis milagres; mas Deus os espalha a mancheias diante dos vossos passos e, no entanto, ainda há homens que o negam. Conseguiu, porventura, o próprio Cristo convencer os seus contemporâneos, mediante os prodígios que operou? Não conheceis, presentemente, alguns que negam os fatos mais patentes, ocorridos às suas vistas? Não há os que dizem que não acreditariam, mesmo que vissem? Não; não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em Sua bondade, Ele lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão." Devemos sempre lembrar que os espíritos não fazem aquilo que nos compete fazer, em termos de aprendizado humano. (t)
<|Moderador|> [13] <LLLLUUUUAAAAA> Não poderia ser a grande chave do progresso o conhecimento, entenda-se aqui também, e, principalmente, o auto conhecimento, que o Espiritismo nos proporciona? Afinal, como interagir num meio se não conhecemos todas as nossas possibilidades?
<Mario_Coelho> Já disse Santo Agostinho, em "O Livro dos Espíritos", que o mais importante para o progresso individual é o conhecimento de si mesmo, vide questão 919 a. Sabemos que o conhecimento científico e o dito conhecimento humano é importante, pois conforme mesmo disseram os espíritos a Kardec, o progresso intelectual engendra o progresso moral, por tornar compreensivo o bem do mal, vide questão 780 de "O Livro dos Espíritos" mas este não é tudo, pois há necessidade da transformação moral, pois, caso contrário, seríamos apenas povos esclarecidos e não povos civilizados, na acepção lata da palavra. (t)
<|Moderador|> [14] <Wania> No estado atual da sociedade, a severidade das leis penais seria uma necessidade?
<Mario_Coelho> Muitas das vezes, as leis são severas não apenas porque os homens que cometem erros precisam de severidade. Mas são severas, muitas das vezes, porque os homens que as fazem ainda são duros de coração. Muitas das vezes, quando colocamos um criminoso na cadeia, o fazemos com sentido de vingança, de vingarmo-nos de alguém que nos molestou e não com o fim de cercear a sua liberdade, mas visando a sua reeducação. (t)
<|Moderador|> [15] <Dimmi> A partir da codificação, este progresso se acentuou?
<Mario_Coelho> Decerto que sim. pois se olharmos o quanto de noções espíritas já estão "no ar", desde o lançamento de "O Livro dos Espíritos", veremos que a Doutrina Espírita foi o elemento capaz de popularizar essas noções. Reparemos que hoje livros não-espíritas, novelas, filmes, etc abordam, mesmo sem a noção clara da Doutrina Espírita, muitos desses temas, que, para nós, já são corriqueiros. É um começo da aceitação de uma idéia. (t)
<|Moderador|> [16] <LLLLUUUUAAAAA> Mas há alguma outra maneira de colaborar para o progresso geral, não se partindo do progresso individual?
<Mario_Coelho> Não, não há! O que pode haver é uma falsa noção de progresso geral, mas se não se mudam as bases para atuar no progresso individual, estaremos apenas vendo a ponta do iceberg, pensando estar vendo o todo. As leis humanas até te forçam a um progresso coletivo, mas se não houver aceitação individual, seremos apenas indivíduos contidos pela lei, mas não indivíduos com aceitação daquilo que é certo. Por exemplo: o espírita não usa uma arma não é porque a lei o proíbe, mas porque ele sabe que não é dessa maneira que se resolvem as coisas e tem a plena noção de quanto um gesto impensado pode prejudicar ao seu futuro e o de outrem. (t)
<|Moderador|> [17] <Wania> De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o Progresso?
<Mario_Coelho> Já respondemos esta pergunta, utilizando trecho da questão 799 de "O Livro dos Espíritos", a qual transcreveremos aqui. "Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos." (t)
Considerações finais do palestrante:
<Mario_Coelho> O progresso humano há de acontecer mesmo que não queiramos, mas devemos ser daqueles que marcham a favor do progresso, embora pequeninos diante da obra a fazer, somos cada um de nós elementos que estamos sendo chamados à maneira de trabalhadores da última hora a implantar o Reino de Deus na Terra. Desse modo, façamos a nossa parte no que tange ao progresso individual e todos nós, que formamos uma coletividade de espíritos que já se coloca, mesmo que precariamente, a serviço do bem e estaremos atuando na transformação do progresso coletivo. Foi muito bom estarmos juntos. As perguntas de vocês, sempre pertinentes, nos estimularam bastante a estudar cada vez mais e a reconhecer a grandiosidade das obras básicas de Allan Kardec, que serviram de base para as nossas respostas. Agradecemos de coração o incentivo de todos. Jesus abençoe a todos nós! (t)
Oração Final:
<|Moderador|> Senhor Jesus, amigo de todas as horas, Te agradecemos, Mestre, pela oportunidade que nos concede, de estudarmos a Doutrina Espírita, mesmo distante das Casas Espíritas. Que amparados e fortalecidos no Teu exemplo, possamos continuar nossa jornada evolutiva, rumo ao objetivo do Pai. Abençoe o nosso propósito, ilumine nossos espíritos, fortalecendo a nossa fé. Que seja em Teu nome, em nome dos Espíritos responsáveis por este trabalho, mas, sobretudo em nome de Deus, o encerramento de mais uma palestra virtual. Que assim seja!
Influência do Espiritismo no progresso - HEU
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http://www.guia.heu.nom.br/influencia_do_espiritismo_no_progresso.htm |
VI – Influência do Espiritismo no Progresso - O LE
798. O Espiritismo se tornará uma crença comum ou será apenas a de algumas pessoas?
- Certamente ele se tomará uma crença comum e marcara uma nova era na História da Humanidade, porque pertence à Natureza e chegou o tempo em que deve tomar lugar entre os conhecimentos humanos. Haverá, entretanto grandes lutas a sustentar, mais contra os interesses do que contra a convicção porque não se pode dissimular que há pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio e outras por motivos puramente materiais. Mas os seus contraditares, ficando cada vez mais isolados, serão afinal forçados a pensar como todos os outros, sob pena de se tornarem ridículos.
Comentário de Kardec: As idéias só se transformam com o tempo e não subitamente; elas se enfraquecem de geração em geração e acabam por desaparecer com os que as professavam e que são substituídos por outros indivíduos imbuídos de novos princípios, como se verifica com as idéias políticas. Vede o paganismo; não há ninguém, certamente que professe hoje as idéias religiosas daquele tempo; não obstante, muitos séculos depois do advento do Cristianismo, ainda haviam deixado traços que somente a completa renovação das raças pôde apagar. O mesmo acontecerá com o Espiritismo; ele faz muito progresso, mas haverá ainda, durante duas ou três gerações, um fenômeno de incredulidade que só o tempo fará desaparecer. Contudo, sua marcha será mais rápida que a do Cristianismo porque é o próprio Cristianismo que lhe abre as vias sobre as quais ele se desenvolvera. O Cristianismo tinha que destruir; o Espiritismo só tem que construir(1).
799. De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o progresso?
— Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A ‘vida futura não estando mais velada pela dúvida, o homem compreenderá melhor que pode assegurar o seu futuro através do presente. Destruindo os preconceitos de seita, de casta e de cor, ele ensina aos homens a grande solidariedade que os deve unir como irmãos.
800. Não é de temer que o Espiritismo não consiga vencer a indiferença dos homens e o seu apego às coisas materiais?
—Seria conhecer bem pouco os homens, pensar que uma causa qualquer pudesse transformá-los como por encanto. As idéias se modificam pouco a pouco, com os indivíduos, e são necessárias gerações para que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos. A transformação, portanto, não pode operar-se a não ser com o tempo, gradualmente, pouco a pouco. Em cada geração uma parte do véu se dissipa. O Espiritismo vem rasgá-lo de uma vez; mas mesmo que só tivesse o efeito de corrigir um homem de um só dos seus defeitos, isso seria um passo que ele afaria dar e por isso um grande bem, porque esse primeiro passo lhe tornaria os outros mais fáceis.
801. Por que os Espíritos não ensinaram desde todos os tempos o que ensinam hoje?
— Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um alimento que ele não possa digerir. Cada coisa tem o seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou desfiguraram, mas que atualmente podem compreender. Pelo seu ensinamento,mesmo incompleto, prepararam o terreno para receber a semente que vai agora frutificar.
802. Desde que o Espiritismo deve marcar um progresso da Humanidade, por que os Espíritos não apressam esse progresso através de manifestações tão gerais e patentes que pudessem levar a convicção aos mais incrédulos?
— Desejaríeis milagres, mas Deus os semeia a mancheias nos vossos passos e tendes ainda homens que os negam. O Cristo, ele próprio, convenceu os seus contemporâneos com os prodígios que realizou? Não vedes ainda hoje os homens negarem os fatos mais patentes que se passam aos seus olhos? Não tendes os que não acreditariam, mesmo quando vissem? Não, não é por meio de prodígios que Deus conduzirá os homens. Na sua bondade, ele quer deixar-lhes o mérito de se convencerem através da razão.
(1) O transcurso do primeiro século do Espiritismo, a 18 de abril de 1957 veio confirmar plenamente essa extraordinária previsão de Kardec. No primeiro século do seu desenvolvimento o Cristianismo era ainda uma seita obscura e terrivelmente perseguida. Somente nos fins do terceiro século atingiu as proporções de desenvolvimento e universalização que o Espiritismo apresenta no seu primeiro século. A marcha do Espiritismo se fez com muito maior rapidez e sua vitória brilhará mais rápida do que se espera. (N. do T.)
INFLUÊNCIA DO ESPIRITISMO NO PROGRESSO DA HUMANIDADE
Por Rosalina Vale
A questão 798 do Livro dos Espíritos nos esclarece que o espiritismo será uma crença comum entre os povos, e isso se dará de forma inexorável. A certeza na vida futura, e de que somos seres imortais, está modificando o comportamento moral do homem, na medida em que, senhor do seu destino, constrói seu próprio futuro.
“Nós existimos, pois o nada não existe; eis o que somos, e eis o que sereis; o futuro está para vós como está para nós (...). Com a certeza do futuro, os espaços infinitos se povoam ao infinito, o vazio e a solidão não estão em nenhuma parte, a solidariedade liga todos os seres, para além e para aquém da tumba (...). Cada um por todos e todos para cada um” (1)
A vida futura sob a visão da Doutrina Espírita modifica a conduta do indivíduo no presente. Começa ele, então a raciocinar sob a perspectiva do amanhã, uma vez que esse amanhã é construído por ele próprio. Aprendemos na Doutrina Espírita que não precisamos recorrer a totens para solucionar os nossos problemas e dificuldades, numa tentativa de transferência de responsabilidades, pois o grande milagre é a vida e o poder de escolha que está em cada um de nós. Se somos, herdeiros de nós mesmos, somos hoje o resultado do nosso ontem e, seremos amanhã, o que construirmos hoje e nessa perspectiva, o homem passa a conhecer o seu porvir.
A teoria filosófica dos que não admitem outra substância senão a matéria e a realidade física, que é o materialismo, vai perdendo seu espaço, pois como diz Divaldo Franco: “(...) o Espiritismo matou a morte”(2) . Nascemos de novo quantas vezes for preciso para o nosso progresso, aperfeiçoamento e busca da maturidade intelectual e moral sempre.
Qual seria então a nossa contribuição individual enquanto espíritas, para que de forma efetiva essa influência se produza na humanidade sem conjecturas ao proselitismo? Ao longo do tempo teimamos em permanecer numa conduta contemplativa que retarda o nosso crescimento interior e, consequentemente o do nosso semelhante. Abandonar essa postura, na tomada de atitudes em prol ao nosso irmão, nos auxiliará a avançar mais rápido no rumo da perfeição e nos impulsionará a um avanço mais rápido numa perfeita interação de homem para homem.
O Espiritismo vai proporcionar ao homem o mérito de suas próprias conquistas realizadas no exercício do seu livre arbítrio, ensinando a observância de si mesmo, da natureza e impulsionando a conquista de valores espirituais.
Lembremo-nos de que não basta só agir, é preciso agir bem, numa constante prática de renovação interior, pois, assim encontraremos no nosso semelhante, um instrumento de crescimento, uma vez que, a prática do bem e o exercício do amor se darão na convivência com esses seres.
O Espiritismo, então, Influencia decisivamente o progresso intelectual e moral da humanidade. Toda conquista do saber humano é uma obra coletiva, uns partem de onde outros param e param de onde outros irão começar numa fusão de aprimoramento e comprometimento mútuo do homem pelo homem.
_____________________________________________________________________________
(1) A Gênese – p 45 item 62.
(2) Entrevistas e Lições – p 85, Divaldo Franco.
domingo, 10 de novembro de 2013
ATENDIMENTO FRATERNO
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CC0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.paraespirita.com.br%2Fsite3%2Findex.php%2Facervo%2Fcategory%2F27-material-de-apoio%3Fdownload%3D46%253Aatendimento-fraterno&ei=ad2QUuz2A8WtkAea5YCIBw&usg=AFQjCNHDMtVPdK-ukmVmUxRoYtAYTxO63A&sig2=F-Zlde8NpJE6SdWSG3jW1Q&bvm=bv.56988011,d.eW0
AFIRMAÇÕES POSITIVAS
Por Wanderley Oliveira - Facebook
Criar afirmações positivas e usá-las é uma ótima ferramenta de programação mental na busca de seus objetivos.
Seguem três pequenas dicas:
1) Sempre as faça no tempo presente. Exemplo: “parei de fumar e valorizo minha saúde”. O inconsciente só acata programação no tempo presente ou com data pré-determinada. Exemplo: vou parar de fumar até 15 de novembro, às 15 horas.
2) Nunca utilize o NÃO, porque ele não tem sentido no inconsciente. Exemplo: “não vou mais fumar”. O inconsciente só registra: vou mais fumar.
3) Diga algo a respeito do seu objetivo e não se preocupe de ser mentira, porque o inconsciente não registra verdade ou mentira, ele registra aquilo que você fala com intenção forte. Exemplo: “parei de fumar e adoro cuidar de meu corpo”. Mesmo que você esteja fumando, essa programação vai lhe ajudar.
Em meu trabalho profissional uso afirmações positivas como prática de educação emocional e life coaching, por meio de diagnósticos específicos no comportamento de meus pacientes.
Conheça meu trabalho em www.wanderleyoliveira.com.br
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O Atendimento Fraterno
O Atendimento Fraterno
O Atendimento Fraterno é porta de serviço edificante aberta a todas as criaturas que perderam o rumo ou se perderam em si mesmas.
Ouve sem cansaço, todos os problemas, com capacidade de entendimento e tolerância.
Não se afadiga; nunca se exaspera; permite que cada qual viva conforme sua capacidade intelectomoral; no entanto, se propõe a ajudá-lo a ascender.
Não anui com aquele que erra; todavia combate o erro; não se levanta contra o criminoso; antes, o ampara, invectivando contra o crime.
O atendimento fraterno é campo de trabalho solidário entre quem pede e aquele que doa. Graças a ele irmanam-se os indivíduos, compartem suas dores e repartem suas alegrias.
É da Lei que, aquele que mais possui deve multiplicar os bens, repartindo-os com aqueles outros que sofrem carência.
O atendimento fraterno objetiva acender luz na treva, oferecer roteiro no labirinto, proporcionar esperança no desencanto.
Felizes aqueles que se encontram a serviço da fraternidade, atendendo aos seus irmãos em sofrimento e contribuindo com segurança para sua elevação.
Jesus foi o exemplo superior do atendente fraterno, por excelência.
Não carregou o fardo das pessoas, porém ensinou-as, com seu sacrifício, a conduzirem os próprios grilhões a que se prendem voluntariamente, para que os arrebentem no calvário da imolação.
Abre-te, desse modo, ao atendimento fraternal, doando as tuas horas excedentes aos sofredores do caminho e auxiliando-os a entender o significado da vida e das existências corporais.
Não te escuses jamais, recordando-te d’Aquele que jamais se negou a ajudar fraternalmente.
Joanna de Angelis
(Psicografia de Divaldo P. Franco)
O Atendimento Fraterno é porta de serviço edificante aberta a todas as criaturas que perderam o rumo ou se perderam em si mesmas.
Ouve sem cansaço, todos os problemas, com capacidade de entendimento e tolerância.
Não se afadiga; nunca se exaspera; permite que cada qual viva conforme sua capacidade intelectomoral; no entanto, se propõe a ajudá-lo a ascender.
Não anui com aquele que erra; todavia combate o erro; não se levanta contra o criminoso; antes, o ampara, invectivando contra o crime.
O atendimento fraterno é campo de trabalho solidário entre quem pede e aquele que doa. Graças a ele irmanam-se os indivíduos, compartem suas dores e repartem suas alegrias.
É da Lei que, aquele que mais possui deve multiplicar os bens, repartindo-os com aqueles outros que sofrem carência.
O atendimento fraterno objetiva acender luz na treva, oferecer roteiro no labirinto, proporcionar esperança no desencanto.
Felizes aqueles que se encontram a serviço da fraternidade, atendendo aos seus irmãos em sofrimento e contribuindo com segurança para sua elevação.
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Não te escuses jamais, recordando-te d’Aquele que jamais se negou a ajudar fraternalmente.
Joanna de Angelis
(Psicografia de Divaldo P. Franco)
Atendimento Fraterno
AUTOR: ALCIOLI SANTOS
O trabalho de Atendimento Fraterno na Casa Espírita tem como objetivo principal, levar o atendido a refletir sobre os próprios problemas e como a Doutrina Espírita pode lhe ajudar nesse momento de sua vida. Esclarecer sobre tudo que lhe acontece neste período de existência, que vive reencarnado e como conviver com as diversidades do mundo.
Nós espíritas, de uma forma geral, adotamos uma postu-ra de achar que temos todas as respostas e que os Centros Espíritas estão preparados para resolver todos os problemas das pessoas que o procuram. Grande engano.
O trabalho de Atendimento Fraterno através dos postula-dos doutrinários, embasados e fundamentados na Doutrina, pode oferecer um caminho seguro para as pessoas que pro-curam os Centros Espíritas, estabelecendo critérios de me-lhoria de vida através da compreensão da Filosofia Espírita. O estudo da Doutrina é um dos principais caminhos para essa nova postura de mudança, transformando pensamentos e, conseqüentemente, atitudes perante tudo que está em sua volta. É o renascer de um novo homem.
O Atendimento Fraterno nas Casas Espíritas não tem como finalidade resolver os problemas das pessoas, mas fazer com que o conhecimento espírita possa ajudar a pessoa a conviver com as diversidades da vida e levar aqueles que procuram uma solução para os seus problemas, descobrir uma forma mais equilibrada para viver o seu dia-a-dia.
“A função do Espiritismo não é curar corpos, mas animar o homem, a fim de que se autocure espiritualmente, e a saúde seja-lhe uma conseqüência da própria transformação moral.” (*)
Ouvir as pessoas não é algo tão fácil como parece. O atendente vai precisar ser conciliador, paciente, empático sem ser conivente, e, junto com o atendido, encontrar o melhor caminho para seu problema que tanto lhe aflige naquele momento.
A Casa Espírita tem enorme responsabilidade sobre esse trabalho de Atendimento Fraterno, uma vez que estamos trabalhando com sentimentos e sentimentos têm um campo de fragilidade profundo e bastante vasto de várias possibilidades. Por esse motivo, a conversa fraterna tem que ser sempre direcionada para o que é melhor para o atendido e deixando sempre as soluções em suas mãos. Somente o atendido sabe realmente o que lhe aflige. O caminho pode e deve ser sempre o indicado pela Doutrina Espírita, uma vez que a pessoa procurou o Centro, mas nunca devemos esquecer de respeitar as convicções religiosas do atendido. O respeito pelo outro é sempre fundamental nesse trabalho.
Nunca o Atendente deve se envolver emocionalmente com os problemas abordados no atendimento, mesmo que o diálogo possua profundo contexto emocional. Devemos par-ticipar com atenção e respeito, nunca, porém, se deixar levar pelos problemas relatados. (**)
Ouvir é diferente de escutar, temos que ter sempre isso em mente. Escutar, segundo o dicionário Aurélio é tornar-se ou estar atento para ouvir; prestar atenção para ouvir alguma coisa. E, Ouvir é perceber, entender, dar atenção a, ou ouvido as palavras de; atender. Ouvir é diferente de escutar. Ouvir requer doação. Muitas vezes precisamos mais de um ouvido amigo do que de pão; ouvir e ser ouvido são um dos grandes remédios para o espírito, um conforto para a alma.
Nós espíritas temos uma preocupação constante com a caridade material, mas não devemos nunca esquecer da caridade moral. Levar o alimento do corpo a quem tem fome é louvável, sem nos esquecer, porém, do alimento para a alma. Um espírito esclarecido, liberta consciência. Pensemos neste ponto. ▲
______________________
(*) – Do livro “Atendimento Fraterno”, projeto Manoel Philo-
meno de Miranda. Livraria Espírita Alvorada Editora,
Salvador-BA, 2003. Pág. 33.
(**) N.R. – Quando, porém, o Atendente se sentir afetado em um determinado atendimento, deve buscar auxílio imediato junto aos companheiros de tarefa. Percebe-se quando se está sendo afetado, se houver reflexos nos seus atos e pensa
Alcioli Galdino
Links sobre atendimento Fraterno
http://www.lardasvovozinhas.org.br/2010/01/o-atendimento-fraterno.html
http://www.espiritizar.com.br/storage/arquivos/slides/fraternidade06.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=Lg2uQrHjVkg
http://www.youtube.com/watch?v=YeCVS655U9M
http://www.clodomiro.xpg.com.br/e223.html
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=21&ved=0CDwQFjAAOBQ&url=http%3A%2F%2Fwww.uniluzpe.org.br%2Fseminarios%2FAtendimento%2520Fraterno.ppt&ei=nbx_UqLXKsyIkQfD8oGIBw&usg=AFQjCNHxOyt3HQYUT18urH1u8K84JEVhFw&sig2=nmRQyDxd1YpUIX9CM6bUAw&cad=rja
http://www.tvcei.com/portal/atendimento-fraterno/respostas-23-video_0cc0900d1.html
http://www.allankardec.ca/books/comofazeratendimentofraterno.pdf
http://www.vademecumespirita.com.br/goto/store/texto/151/roteiro-para-atendimento-fraterno
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http://www.tvcei.com/portal/atendimento-fraterno/respostas-23-video_0cc0900d1.html
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