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Estudando o Espiritismo
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segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Influência do Espiritismo no progresso
Apresentamos nesta edição o tema no 39 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.
Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões para debate
1. Qual é, em verdade, a fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus?
2. Que dizem os Espíritos superiores a respeito do futuro do Espiritismo?
3. Além de sua lentidão, que outras características podemos apontar no progresso da Humanidade?
4. A conhecida resistência que a sociedade apresenta ante as idéias novas é um mal ou é um bem?
5. Se o Espiritismo está fadado realmente a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles?
Texto para leitura
A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo
1. A primeira revelação personificada em Moisés, como a segunda em Jesus, foram produtos de um ensino individual e localizado, isto é, apareceram num só ponto, em torno do qual a idéia se propagou pouco a pouco, mas foram precisos muitos séculos para que atingissem as extremidades do mundo, sem mesmo o invadirem inteiramente.
2. A terceira revelação, que é o Espiritismo, tem isto de particular: não estando personificada em um só indivíduo, surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes, que se tornaram centros ou focos de irradiação.
3. Multiplicando-se esses centros, seus raios se reúnem pouco a pouco, como os círculos formados por uma multidão de pedras lançadas na água, de tal sorte que, em dado tempo, acabarão por cobrir toda a superfície do globo. Essa circunstância lhe dá força excepcional e irresistível poder de ação.
4. Se a ferirem num indivíduo, não poderão feri-la nos Espíritos, que são a fonte donde ela promana. Ora, como os Espíritos estão em toda a parte e existirão sempre, se conseguissem sufocá-la em todo o globo, ela reapareceria pouco tempo depois, porque repousa sobre um fato da natureza e não se podem suprimir as leis da Natureza. Eis aí uma verdade de que se devem persuadir os que sonham com o aniquilamento do Espiritismo.
O progresso da Humanidade é lento, mas constante
5. No tocante ao futuro do Espiritismo, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o seu triunfo, a despeito dos obstáculos que lhe criam. Ele, sem dúvida, se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas. Fácil é aos Espíritos fazer essa previsão. Primeiro, porque a sua propagação é obra pessoal deles mesmos. Concorrendo para o movimento, ou o dirigindo, eles sabem o que é preciso fazer. Segundo, porque vêem, ao longo do caminho, os poderosos auxiliares que Deus lhes suscita e que não tardarão a manifestar-se.
6. A doutrina ensinada por Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao povo judeu. A de Jesus, mais completa, espalhou-se por toda a Terra, mas não converteu a todos. O Espiritismo, ainda mais completo, com raízes em todas as crenças, converterá a Humanidade às suas idéias: a imortalidade, a reencarnação, o progresso, a lei de causa e efeito, as relações entre os homens e os Espíritos, o valor da caridade etc.
7. O progresso da Humanidade é, sem dúvida, muito lento, mas constante e ininterrupto.
8. Ainda quando pareça estar regredindo, o que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão prenúncio de nova etapa ascensional. O que o conduz sempre para a frente são as novas idéias, que, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe ativarem a marcha.
A resistência às novas idéias parece um mal, mas não o é
9. Como a Natureza não dá saltos, qualquer princípio mais avançado que fuja aos padrões culturais estabelecidos só ao cabo de várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.
10. A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas, em verdade, é um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo que as idéias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efetivamente, para o aprimoramento das instituições.
11. O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas, principalmente, a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.
Nem Jesus convenceu com seus prodígios todas as pessoas
12. Talvez alguém pergunte: Se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e nas informações acerca do que nos espera no outro lado da vida?
13. Os Espíritos já responderam a pergunta semelhante, afirmando que pedir isso é querer que ocorram milagres. Ora, Deus os espalha a mancheias e, no entanto, há homens que ainda O negam. Conseguiu o Cristo convencer os seus contemporâneos com os prodígios que realizou?
14. Há indivíduos que negam os fatos mais patentes ocorridos às suas vistas e existem muitos que afirmam que não acreditariam nas manifestações dos Espíritos, mesmo que os vissem. Não; não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, o Pai lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão, paulatinamente, gradativamente, sem nenhuma preocupação de atropelar o rumo natural das coisas.
Respostas às questões propostas
1. Qual é, em verdade, a fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus? R.: A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo, pois surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes. Os Espíritos superiores são, portanto, a fonte donde ela promana.
2. Que dizem os Espíritos superiores a respeito do futuro do Espiritismo? R.: A despeito dos obstáculos que lhe criam, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o triunfo do Espiritismo, que se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas.
3. Além de sua lentidão, que outras características podemos apontar no progresso da Humanidade? R.: O progresso da Humanidade é, como sabemos, muito lento, mas constante e ininterrupto. Ainda quando pareça estar regredindo, o que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa ascensional.
4. A conhecida resistência que a sociedade apresenta ante as idéias novas é um mal ou é um bem? R.: A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas é, em verdade, um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo com que as idéias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efetivamente, para o aprimoramento das instituições.
5. Se o Espiritismo está fadado realmente a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles? R.: Os Espíritos já responderam a pergunta semelhante, afirmando que pedir isso é querer que ocorram milagres. Ora, Deus os espalha a mancheias e, no entanto, há homens que ainda O negam. Nem Jesus Cristo conseguiu convencer seus contemporâneos com os prodígios que realizou. Assim, não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, o Pai lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão, paulatinamente, gradativamente, sem nenhuma preocupação de atropelar o rumo natural das coisas.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 789 a 802.
A Gênese, de Allan Kardec, cap. I, itens 46 e 47; cap. XVI, item 11; cap. XVII, item 40.
As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, págs. 132 e 133.
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