Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Acusações e Acusadores

Acusações e Acusadores

Quando o estudante da Boa Nova se adentrou pela senda luminosa do esclarecimento renovador, sentiu-se dominado por ignota emoção, permitindo-se arrastar por aspirações superiores, planejando programas abençoados a favor da própria paz e em volta dos passos que pretendia imprimir pela rota.
Tudo sorriam flores, ofertando largas dádivas de alegrias: amigos gentis, esclarecedores, de segura aparência interior, como se se encontrassem realmente forjados nos altos fornos do sofrimento e da abnegação; tarefas múltiplas favoráveis, em clima de fraternidade convidativa; oportunidades felizes de exercitar as lições vivas do Mestre no convívio comunitário...
Entusiasmo singular dominou-o com as mais agradáveis impressões que se convertiam em convites à doação total.
Legitimamente concitado à construção dos postulados formosos no dia-adia das lutas, envidou esforços e entregou-se ao labor.
A princípio, incipiente, era dirigido pelos companheiros mais experimentados, desconhecendo a escolha de serviços e a todos se entregando com alto espírito de abnegação.
Passou a despertar interêsse e granjeou simpatias, inspirando respeito A ociosidade que estava à espreita, vigilante, bradou por uma bôca malsã: "Tudo no comêço é fácil. Vejamos daqui a alguns anos".
Não obstante a decepção sofrida, o candidato ao bem afervorou-se mais e insistiu na realização dos serviços nobres.
A maledicência que lhe seguia os passos, almejando ensejo, não aguardou mais tempo e blasonou:
"Parece o dono da Casa, e apenas chegou ontem. Presunçoso e fingido, dará o golpe, quando menos se espere".
O estudante da lição evangélica anotou o apontamento soez e, embora sofrendo, superou os próprios melindres, laborando Infatigável.
A inveja que lhe não perdoava a ação elevada, surpreendeu-o através dos companheiros de trabalho e destilou veneno: "Interesseiro e falso que é. Será que pretende tomar todo o trabalho nas suas mãos? Não pergunta nada a ninguém e crê-se auto-suficiente. Merece desprezo e expulsão antes que seja tarde demais".
O servidor da gleba, coração ralado, asfixiou as lágrimas e, orando pelos ofensores, prosseguiu confiante.
A viciação segura das vitórias incessantes a que se acostumara nas continuas investidas à fraqueza humana, fez cerrado sitio e requisitou a seu serviço a sensualidade, que após os primeiros cometimentos foi rechaçada.
Ferida no brio, convocou a vaidade que envolveu o lidador no incenso da palavra vã, esparzindo os fluídos do egoísmo em forma de ardilosas insinuações que redundaram Inoperantes. O suborno pelo dinheiro foi, então, estimulado, e como não conseguisse desligar da órbita dos deveres o discípulo afervorado, êste, com os recursos de que dispunha, passou a engendrar dificuldades, multiplicando óbices e malquerenças onde medrava o despeito e campeava a disputa das cogitações inferiores.
Embrulhado, todavia, nas vibrações da prece, o seareiro da luz insistiu no serviço edificante, apesar da dor que o trespassava interiormente.
Nesse ínterim, porém, a calúnia resolveu comparecer ao campo das ações variadas, e, afrontosa, se impôs o compromisso de cravar as garras nas carnes da alma do operário incansável, O ácido da acusação indébita, produzindo a impiedade, desvelou os inimigos que jaziam ocultos e o fel do descrédito cobriu-lhe as pegadas; o enfado antecipou-lhe o avanço e malquerença, abraçada à ignorância, armou áspera e alta muralha; todavia, cansado e humilhado, o servo do Cristo se negou saltá-la, deixando-se abater, então, pelos ardis da calúnia habilmente manejada pelas mãos da mentira que, confundindo os frívolos e os vãos, estabeleceu primado, transformando o antes verde campo de esperança em caos de dor e reduto de animalidade...
*
Entrega-te a Deus, Nosso Pai, e deixa-te conduzir por Ele docilmente, confiantemente, até o momento da tua libertação...
Eles, também, os teus acusadores experimentarão em breve o trânsito para a própria libertação. Perdoa-os, e insiste no bem, haja o que haja, certo de que Jesus, a Quem amas, continuará com êles, mas contigo também.
*
"Não te envolvas na questão dêste Justo". Mateus: capítulo 27º, versículo 19.
*
"O Senhor apôs o seu sêlo em todos os que nêle crêem. O Cristo vos disse que com a fé se transportam montanhas e eu vos digo que aquêle que sofre, e tem a fé por amparo, ficará sob a sua égide e não mais sofrerá. Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 5º - Item 19 parágrafo 4.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

Intrigas e acusações


Quanto possível, abstém-te de assuntos infelizes.
Muitas vezes, quem te fala contra os outros pode trazer a imaginação doente ou superexcitada.
Quando alguém, porventura, se te faça veículo de alguma intriga,
tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bomba verbal, quanto a outra que a teria criado.
Uma frase mal ouvida será sempre uma frase mal interpretada.
A criatura que se precipita em julgamentos errôneos, a teu respeito,
talvez seja vítima de lastimável engano.
Muitas pessoas de hábitos cristalizados em comentários descaridosos,
em torno da vida alheia, estão a caminho de tratamentos médicos,
dos mais graves.
Se tens a consciência tranquila, opiniões negativas não te alcançam.
Diante de críticas recebidas, observa até que ponto são verídicas e aceitáveis, para que venhamos a retificar em nós aquilo que
nos desagrada nos outros.
Conhecendo algum desiquilíbrio em andamento, auxilia em silêncio naquilo em que possas cooperar sem alarde, sem referir a ninguém, quanto ao esforço de reajuste que seja capaz de desenvolver.
Compadece-te dos acusadores e ora em favor deles, rogando a Deus para que sejam favorecidos com a benção de paz que desejamos para nós.

Emmanuel

Reflexões sobre a calúnia

Reflexões sobre a calúnia

Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.



Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.



Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.



Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.



Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.



Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.



Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.



Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.



A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.



A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.



Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.



* * *



Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.



Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.



Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.



Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.



Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.



Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...



Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...



Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.



Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.



Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.



Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.



Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso



Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.



Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...



Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...



A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.



* * *



Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?



Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?



Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!



...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!



Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.



Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.



Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.







Joanna de Angelis.



Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,na manhã de 29 de outubro de 2010, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia

Ação das Trevas nos Grupos Espíritas


Ação das Trevas nos Grupos Espíritas

 Luiz Carlos Formiga

Na mensagem abaixo não consta o autor e nem mesmo o Centro Espírita no intuito de  preservar sua identidade e, assim sendo, evitar represálias daqueles que não crêem na vida após a morte.
Encaminho a vocês para que repassem àqueles que acreditam e, principalmente, àqueles que fazem algum trabalho em alguma casa espírita.
Infelizmente, muitos de nós acreditamos que pelo simples fato de sermos espíritas as “portas do paraíso” já estão escancaradas (hum….) e deixamos que nosso ego fale mais alto em nossos trabalhos quando deveríamos deixar que apenas o AMOR e a HUMILDADE fossem nosso guia.
Para mim, este e-mail caiu como uma luva!!!!!
Um super abraço e que tenhamos um fim de semana repleto de paz e de luz!


“Prezados irmãos. Que Jesus nos abençoe e nos fortaleça no seu amor.

Quando nos propomos a falar da Ação das Trevas nos Grupos Espíritas, antes de tudo precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos. No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, nós publicamos uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e percebemos que há uma grande diferença entre o que nós classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.
Eu estava presente na reunião na qual essa entidade se manifestou. Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse: “Seja bem vindo meu irmão!”. Ele respondeu: “em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece. Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”. Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse: “mas meu irmão, veja bem, isto aqui é um hospital”. Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto?”. Ela disse: “Sim”. “Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim? Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito
isto, enquanto que você faz o mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.
Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”. O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”. “Mas o amor não é ladainha meu irmão”. “Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos. Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece.
Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse: “Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces. Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”. “O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade. Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.

COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS NÚCLEOS ESPÍRITAS?

Como vimos, os verdadeiros representantes das trevas além de maldosos são, também, extremamente inteligentes. São Espíritos que não estão muito preocupados com as Casas Espíritas. Eles têm suas bases nas regiões da Sub-Crosta. São Espíritos que estiveram envolvidos, por exemplo, na 1ª e 2ª guerras mundiais e no ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos. São os mentores intelectuais de Bin Laden, de Sadam Hussein e de inúmeros outros ditadores que já passaram pelo mundo, porque eles têm um plano muito bem elaborado, que é o de dominar o mundo. Os grupos espíritas não apresentam tanto perigo para eles. Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente represente algum perigo para as intenções das trevas. Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral. Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas. Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e representem  algum perigo para eles.
Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas encontrados nas atividades desses grupos. Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita. Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: “Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”. Houve silêncio até que alguém perguntou: “Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”. O Espírito
respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça, tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, você mesmos são obsessores uns dos outros”.

 POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS? FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?

No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota. Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”. Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si. Negam a transformação interior. Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles. Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós. É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.

E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?

Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio. Uma Casa Espírita como esta possui o seu campo de proteção, uma cerca elétrica construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os trabalhadores encarnados. Toda vez que há brigas dentro do centro, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de energia, e as entidades  do mal entram. Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada, mas, as entidades do mal já entraram. O grande problema é que quase sempre nós não estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental.. Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito. Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores. No dia que
a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência. Por isso que não podemos nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores. Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre arbítrio.

COMO É QUE OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?

• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre todos os colaboradores do grupo.
• Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência espiritual..
• Havendo muito comprometimento com a causa espírita.
• Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos, para verificar se os três itens anteriores estão realmente acontecendo .

Ação das Trevas – Em outras palavras

Carlos Aveline nos fez pensar. Reproduzo trechos em itálico.(1)

Uma casa espírita deve pensar na “sociologia da solidariedade”. “Um modo solidário de produzir, trabalhar e viver em sociedade. Esse modo solidário de produção começa a ser possível quando os indivíduos definem como meta exigir mais de si mesmos do que dos outros, e decidem controlar mais a si mesmos que ao mundo externo”.

São inadequadas as estruturas de poder que repousam na idealização cega de uma pessoa ou aquelas baseadas na desconfiança e na competição. O exercício da sinceridade solidária é saudável. A dose certa de ceticismo evita a cegueira, embora dose excessiva possa asfixiar.

“Três coisas incorporam grande quantidade de valor a tudo o que é relativo ao caminho espiritual: conhecimento, trabalho e intenção solidária. Essa combinação ilumina o conceito de democracia e são indispensáveis para colocar uma instituição espiritualista em movimento”.

Inteligentes e procurando amar (6) uns aos outros, os membros da equipe de Jesus eram identificados. Até para os de fora isso era tarefa fácil: “Nisto todos os reconhecerão”.

“Os níveis de trabalho acumulado e de experiência são diferentes entre pessoas, por isso a democracia espiritual não significa que todos têm igual peso, necessariamente. Se a democracia impedisse o processo de liderança dos mais experientes, o grupo se nivelaria por baixo e teria apenas a força do mais fraco dos seus elos”.

Algumas pessoas, embora ocupem um cargo por muitos anos, nunca chegam a ser lideres. Liderança é transparente, aberta a questionamentos e só pode existir e manter-se pela constante renovação do seu reconhecimento por parte dos membros do grupo.

 “Com o passar do tempo, a liderança se torna cada vez mais interior e se refere menos aos procedimentos externos, salvo em certos momentos decisivos”.

A força de uma instituição está na clareza e na nobreza de suas metas; na eficiência dos seus métodos; na intensidade do seu trabalho e na confiança recíproca dos seus associados.

Líderes não procuram apegar-se aos cargos. Na casa espírita, o modelo é Jesus.(7)

Estudar a estratégia dos dragões: desconfiança uns nos outros.

Estudar a estratégia dos dragões: desconfiança uns nos outros.

Wanderley Oliveira

Na introdução de “Quem Perdoa Liberta”, Maria Modesto escreve: “Cientes do nosso hábito infeliz de criticar, julgar e maldizer, torna-se imprescindível uma literatura que investigue uma das mais destrutivas doenças da con¬vivência em grupo: a desconfiança. A desconfiança é o resultado emocional dos julgamentos crônicos.”
Essa desconfiança citada por dona Modesta faz parte da estratégia de ação da falange mais agressiva de inimigos do bem, “Os Dragões”. Em sua estrutura de manipulação psicológica eles insuflam e/ou exploram o adoecimento das relações, através da desconfiança.
Essa desconfiança surge exatamente quando permitimos a atitude de crescente destaque à sombra alheia. Por isso, a obra “Quem Perdoa Liberta” teve como foco central de suas reflexões a ação de misericórdia, ou seja, o destaque dos aspectos luminosos uns dos outros, como fonte de segurança e bem-estar na convivência. Investigando e ressaltando o valor de alguns cuidados quando o assunto é valorizar o próximo, mesmo quando percebemos suas imperfeições e limites. É preciso que se diga que essa ação das falanges organizadas no mal visa intoxicar os grupos criando um clima de desvalor até atingir a descrença.
Na medida em que são disseminados e fortalecidos os aspectos mais problemáticos de um relacionamento, ele se deteriora porque a mente cria clichês muito pessimistas e desgastantes, que impedem a formação de um ambiente saudável e agradável para trabalhar, aprender ou mesmo divertir. Essa metamorfose dos sentimentos de uns para com os outros é lenta e vai passando pelo desgosto, pela decepção, pela antipatia e por fim pela rejeição.
O conceito de perdoar no livro tem essa conotação de aceitar. Quem aceita está perdoando, porque a mágoa não acontece somente quando alguém nos ofende. Ela é um estado emocional que caracteriza a sensação ou sentimento de lesão, injustiça, inconformação ou defesa diante de alguma ameaça, mas o assunto é tão sutil que alguém ser do jeito que é pode ser ameaçador para a nossa estrutura psíquica, exigindo, portanto, perdão. Nesse caso, perdão por ela não ser como gostaríamos que fosse.
Pode parecer que está é uma realidade distante da nossa vida, entretanto, não tenho dúvida em afirmar que esse aspecto do relacionamento está mais presente que podemos supor na convivência humana.
Os Dragões sabem disso e, quando querem atingir objetivos destrutivos, exploram esse comportamento na criação desse estado de desconfiança, em muitos casos anulando as chances de entendimento e harmonia.
Sempre gosto de lembrar que essa atuação dos espíritos é sempre possível por conta dos sentimentos que nutrimos e desenvolvemos em nossa forma de conviver. Os Dragões apenas exploram algo que já foi gerado a partir de nós mesmos. Não são responsáveis pela desconfiança, apenas a insuflam, a alimentam, quando nós, em nossos descuidos de conduta permitimos abrigar na vida mental, a pior parte das pessoas com as quais tecemos relações.
Ao escrever sobre o assunto, no livro “Quem Perdoa Liberta”, encontramos uma contribuição do autor José Mario, que nos alerta para essa ocorrência ensinando-nos o que fazer diante de tal quadro emocional.
Seria muito útil que os grupos espíritas estudassem os livros da trilogia “Desafios da Convivência no Centro Espírita”. Muitos estão fazendo isso e colhendo ótimos resultados na busca de um clima mais agradável e motivador em suas casas doutrinárias.
Que fique claro: ficar responsabilizando espíritos por situações que são criadas por nós é no mínimo um ato de fuga e irresponsabilidade.
Quero terminar recordando mais um trecho inspirado de dona Modesta na introdução do livro: “Eis o princípio das relações sadias e libertadoras: a seletividade mental para a luz e a beleza exuberan¬te que cada criatura carrega em si mesma. Somente assim expandimos nosso próprio potencial de qua¬lidades e nos envolvemos na agradável psicosfera da bondade, que é a filha primogênita da misericórdia.”    

Vigiar não é desconfiar

  Neste mundo existem muitas armadilhas pelos caminhos, logo, vigiar é necessário. A melhor vigilância a ser empregada? Educar os seus pensamentos com coisas positivas e belas, assim, atraímos os bons espíritos, que nos ajudam na jornada aqui na Terra. O Espírito ANDRÉ LUIZ nos ensina: "Vigiar não é desconfiar. É acender a própria luz, ajudando os que se encontram nas sombras".

Desconfiança


Nos nossos dias, impelidos pelos instintos e pelos estímulos da matéria que nos envolve, sem nos darmos conta, vamos, pouco a pouco, colocando em nossos corações, a dúvida, a incerteza, fazendo com que a desconfiança passe gradativamente a nortear os nossos passos.

O nosso olhar, sutilmente passa a ser encoberto pela bruma obscurecida da desatenção, da falta de condescendência e compreensão e, às vezes, até mesmo do desrespeito e desconsideração, externando a desconfiança nítida que continuamente faz morada em nossa alma.

Nossos olhos, nossos ouvidos, nossa mente atentos vão adquirindo o lastro negregoso que nos torna especialistas em detectar os deslizes, as falhas, os equívocos e, portanto, as fragilidades daqueles que nos dão a caridade da sua companhia para deles nos valermos em benefício próprio.

Assim agindo, vamos fazendo com que nossas palavras, gestos, atitudes e mesmo nosso silêncio sejam cobertos pelo tênue verniz da superficialidade, excluindo o tesouro da sinceridade, simplesmente para nos precavermos de eventuais riscos futuros que, muitas vezes, amalgamamos nas nossas mentes como escudos a nos proteger de inimigos que somente nossa alma, em desequilíbrio, supõe existir.

Olvidamo-nos, porém, de que, ao desconfiarmos, o maior equívoco está em nós mesmos, pois, egoisticamente, somente levamos em conta o que pensamos, o que deduzimos, sem nos atermos a que o nosso interlocutor também é um ser humano possuidor de riquezas que não estamos sabendo auferir e que, conseqüentemente, nos fariam crescer.

Assim sendo, nossos olhos perdem a candura, nossas palavras, a sinceridade, nossos ouvidos, a paciência e, como conseqüência, todo o nosso ser vai se tornando impermeável às belezas do mundo, enregelando-nos interiormente.

Nosso coração passa a exteriorizar o amor, somente para aqueles que amamos, para aqueles que compactuam com nossos interesses, aptidões e pensamentos, negando aos demais o doce perfume da fraternidade.

Por isto, aproveitemos todos os momentos que a vida generosamente nos concede para fazer da sinceridade a nossa bandeira, externando-a com segurança, a todos aqueles que o Pai da Vida faz cruzar os nossos caminhos.

Entretanto se, em alguns momentos da nossa jornada, alguns corações não compreenderem a pureza das nossas palavras, atitudes e pensamentos, não nos decepcionemos, não nos entristeçamos, tendo sempre em mente que cada um oferece o que tem e nós, amorosamente, fizemos a nossa parte ofertando ao próximo o tesouro da sinceridade, sem exigir ou mesmo esperar que façam o mesmo para conosco.

Para que nos sintamos cada vez mais motivados a assim agir, torna-se necessário que tenhamos bem nítido em nossa mente o testemunho legado há quase dois mil anos pelo Divino Amigo quando, mesmo martirizado no madeiro infamante pôs em evidência para toda a humanidade a doçura e a sinceridade do seu amor, que se encontram latentes em nossos corações.

Desconfiança - o machado


Refletindo sobre desconfiança, percebi que agindo assim, sem darmos conta, vamos deixando a dúvida e a incerteza tapar nossos olhos, nossos ouvidos e obscurecer nossa mente, a ponto de perdemos o respeito, a compreensão e a caridade pelo próximo. Ao desconfiarmos de algúem passamos a ser egoistas, pois somente levamos em consideração a nossa própria opinião, sem nos atermos que podemos estar cometendo equívocos ou injustiças .
A seguir escolhi um texto do livro “Histórias para pais, filhos e netos” de Paulo Coelho, que ilustra muito bem esse sentimento:

O folclore alemão conta a história de um homem que, ao acordar, reparou que seu machado desaparecera. Furioso, acreditando que seu vizinho o tivesse roubado passou o resto do dia a observá-lo. Viu que o vizinho tinha jeito de ladrão, andava furtivamente como ladrão e sussurrava como um ladrão que deseja esconder seu roubo. Estava tão certo de sua suspeita que resolveu entrar em casa, trocar de roupa e ir até a delegacia dar queixa.
Porém, assim que entrou em casa encontrou o machado, que a mulher havia colocado em outro lugar.
O homem então, tornou a sair, examinou de novo o vizinho, e percebeu que ele andava, falava e se comportava como qualquer outra pessoa.


Que possamos aproveitar a oportunidade que  o Pai generosamente nos concede, para agirmos com fraternidade para com todas as pessoas que cruzam nossos caminhos.   Beijão! ♥♥

Desconfiança - Joanna

Desconfiança

Certamente, um coração que pulsa com equilíbrio é resultado de uma consciência pacificada.
Para que tal ocorra é indispensável que o homem adquira a sabedoria da confiança.
Graças a ela, goza de tranqüilidade íntima, agindo com inteireza moral e sem qualquer prevenção.
A confiança deflui de uma atitude sempre positiva em relação à vida, à criatura em si mesma e ao próximo.
Educando-se a vontade e corrigindo-se a óptica para melhor observar os acontecimentos, logra-se adquirir a confiança pessoal que é uma forma de segurança de conduta, elegendo o que fazer, como realizá-lo e para que executá-lo.
*
A desconfiança grassa entre os homens com ou sem motivo que a justifique.
Gera desconforto e mal-estar, armando indivíduos uns contra os outros, dando margem a suspeitas infundadas e a ódios que se instalam, prejudiciais.
Quem padece o mal da desconfiança, apresenta-se instável, arredio, caindo em alienações que estiolam a alegria de viver.
*
Se alguém age mal em relação a ti, ele é quem deve estar inquieto.
Se outrem te prejudica, propositadamente, o drama deve ser dele.
Em qualquer situação, espanca a desconfiança da tua agenda de atividade, permanecendo tranqüilo e feliz.
FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 15.

Suspeita

Suspeita

Livro: Celeiro de Bênçãos
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco



Suspeita é a "crença desfavorável, acompanhada de desconfiança", referente a alguma coisa ou a alguém. Mau juízo decorrente de idéia vaga, sem apoio legítimo, que, no entanto, se transforma em urze calamitosa, espraiando-se no campo mental e culminando por asfixiar os nobres ideais em que se devem sustentar as aspirações humanas.

De maleável contextura, a suspeita, semelhante ao miasma sutil, se adensa e se avoluma, logrando vencer quem a cultiva.

Normalmente, reflete o estado espiritual daquele que a agasalha.

A consciência reta não lhe dá guarida, enquanto o sentimento atormentado padece-lhe a constrição, o estigma.

Necessário cercear-lhe o avanço, porquanto, de fácil aceitação corrói as melhores estruturas, conseguindo exteriorizar-se em maledicência vinagrosa, que numa frase decepa uma existência digna e, num sorriso de mofa, ceifa as mais elevadas expressões de jovialidade e de progresso.

A suspeita é a genitora do ciúme, que dela se nutre, passando de simples idéia leviana a obsessão tormentosa, geradora de alucinação e impulsionadora de crimes.


* * *


Ninguém está imune à suspeita do próximo.

Cada um vê uma paisagem conforme a cor das lentes que tem sobre os olhos. Assim, muitos fatos parecem o que melhor convém aos espectadores ou às suas personagens.

Coarctado pela insidiosa suspeita dos levianos e maliciosos, não sintonizes os teus com os seus pensamentos enfermos.

Insiste na perseverança das realizações a que te vinculas, sem permitir-te diminuir a intensidade que lhe conferes.

Muitas vezes o que parece ser, verdadeiramente tem outra significação, que não pode ser apreendida de relance. Mesmo em acurada observação, fatos e coisas se expressam mais de acordo com o observador do que com a sua própria estrutura.

Abre, assim, o espírito à tranqüilidade e não estaciones nos degraus da mágoa que a suspeita dos outros coloca à tua frente, nem te facultes a leviandade de suspeitar de ninguém.

Quem erra, faz-se escravo do gravame que comete.

O culpado, embora se disfarce, conhece a face do engano ou do crime perpetrado.

Ninguém se evade da província da consciência culpada, antes de conseguiu o ônus da auto-recuperação.


* * *


Não poucas vezes, no Colégio Galileu, quando medravam suspeitas e maledicências, o Mestre Irrepreensível conclamou ao amor integral e à confiança ilimitada.

Por essa razão, toda a mensagem da Boa Nova está estruturada no perdão e na humildade, com que o cristão deve pavimentar o caminho da sua ascensão espiritual.

... E apesar de seguir sob a perniciosa suspeita de quase todos que O cercavam, Jesus permaneceu integérrimo, edificando o Reino de Deus, até mesmo quando traído e sacrificado, atestando do alto da Cruz ser o símbolo perene da suprema vitória do Espírito ilibado, como estímulo para os caminhantes da retaguarda, que somos todos nós.

Guarda-te, portanto, na paz, sem suspeitar de ninguém.


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/suspeita/#ixzz2jA9t3SIn

SUSPEITAS INFUNDADAS

SUSPEITAS INFUNDADAS

Amor Imbatível Amor - Joanna de Angelis


O indivíduo, assinalado por consciência de culpa decorrente dos atos passados, que não soube ou não os quis regularizar quando do périplo carnal, renasce pos­suído por conflitos que procura ocultar, não conseguin­do superá-los no mundo íntimo.
Assim sendo, projeta no comportamento suspei­tas infundadas em relação às pessoas com quem con­vive, sempre temendo ser identificado pelos erros, desmascarado e trazido à realidade da reparação.
Essa conduta aflige e corrói os valores morais, trabalhando-o de maneira negativa e perturbadora, de tal forma que o torna arredio, agressivo e infeliz, levando-o, não poucas vezes, a situações vexatórias, neuróticas, por encontrar inimigos hipotéticos em toda parte, assim experimentando o fardo da culpa, que o anatematiza e procura manter oculta.
Toda vez que se encontra no grupo social, e duas ou mais pessoas dialogam, sorriem ou se tornam aus­teras, logo lhe surge a idéia infeliz, a suspeita tor­mentosa, de que se referem à sua pessoa, que co­mentam negativamente o seu comportamento, ou in­vejosas, inferiores, comprazem-se em persegui-lo e malsinar as suas horas.
Tal conduta patológica, torna-se um cruel ver­dugo para o paciente, que se afasta do meio social, sentindo-se rejeitado, de alguma forma detendo-se em conflito persecutório ou de ambição exagerada de grandeza, através de raciocínios lógicos, tomban­do num quadro paranóico.
Nesse estado torna-se refratário a qualquer aju­da, em considerando-se bem, sem apresentar neces­sidade de alguma espécie, ao que sobrepõe o ego doentio, que se supõe superior.
O ser humano é essencialmente sua conduta pre­gressa. Em cada etapa existencial adquire compro­missos que se transformam em asas de libertação ou algemas vigorosas, passando a sofrer as conseqüên­cias que se transferem de uma para outra existência física, do que lhe decorrem inevitáveis efeitos mo­rais. Ninguém, portanto, no grande périplo da evo­lução, que possa atravessar o processo de crescimento evadindo-se das responsabilidades estatuídas pelos Supremos Códigos e impressas na Lei natural, vi­gente em toda parte, que é o amor.
Toda e qualquer agressão a essa realidade trans­forma-se em contingente aflitivo, que atormenta até romper o elo retentor. Por outro lado, todas as con­quistas se transformam em mapas de elevação, apon­tando rumos para o Infinito e a Plenitude.
Uma análise, portanto, do ser integral, impõe a visão reencarnacionista, propiciadora dos valores de engrandecimento, estruturando-o, fortalecendo-o.
Recupera em uma etapa o que perdeu na ante­rior, não necessariamente na última experiência, se­não naquela que permanece como peso na economia da evolução, aguardando ressarcimento.
Está, portanto, no passado do Espírito, próximo ou remoto, a causa de qualquer transtorno psicoló­gico, psíquico e orgânico, por constituir alicerce pro­fundo do inconsciente, no qual se apoiam as novas conquistas e surgem os comportamentos decorren­tes.
A psicoterapia desempenha um papel relevante ao lado dos portadores de suspeitas infundadas, au­xiliando-os no autodescobrimento e na valorização da sua realidade, não das supostas qualidades que não existem, assim como das acusações que supõem lhes são feitas, e totalmente destituídas de funda­mento.
Nesse contubérnio de inquietação, mentes de­sassociadas do corpo, que deambulam no Mundo Causal, utilizam-se do conflito e passam a obsidiar o paciente, enviando-lhe mensagens telepáticas mais infelizes, que se tornam uma forma de autopensa­mento, tão freqüentes e contínuas se lhes fazem, que dão surgimento a processos alienantes muito graves e de conseqüências imprevisíveis.
Eis porque o Evangelho desempenha um papel fundamental como terapêutica em processos de tal envergadura como noutros, auxiliando o paciente a libertar-se das suspeições atordoantes e avassalado­ras.
Sob tal orientação, a da saúde espiritual, surgem as possibilidades de praxiterapias valiosas, que se sustentam na ação do bem ao próximo, na caridade para com ele, resultando em caridade para com a pessoa mesma.
Lentamente se vão instalando novos raciocínios, visão mais dilatada da realidade que se apresenta e a recuperação do distúrbio faz-se com segurança, pro­piciando equilíbrio e bem-estar.


Joana de Ângelis - Psicografado por Divaldo franco

Julgamentos precipitados


Julgamentos precipitados

Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam,
pois ele tinha um lindo cavalo branco...
Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:
- Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa.
E como se pode vender uma pessoa, um amigo ?
Mesmo pobre, ele jamais vendeu o cavalo.
Certa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
A aldeia inteira se reuniu, e lhe disseram: - Seu velho estúpido!
Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado.
Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça!
O velho disse: - Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento.
Se é uma desgraça ou uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir?
As pessoas riram do velho.
Elas sempre souberam que ele era um pouco louco.
Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou.
Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente, as pessoas se reuniram e disseram: -Velho, você estava certo. Não se trata de uma desgraça, provou ser uma benção.
O velho disse: -Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta... Quem poderá saber se é uma benção ou não ? Este é apenas um fragmento. Se você lê uma única palavra
de uma frase, como poderá julgar todo o livro?
Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas sabiam que ele estava errado. Afinal doze lindos cavalos tinham vindo...
O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo
e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram. Elas disseram: - Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca.
O velho disse: - Vocês estão obcecados por julgamento.
Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção.
A vida vem em fragmentos; mais que isso, nunca é dado.
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra,
e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistar. Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois recuperava-se das fraturas.
A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria.
Elas vieram até o velho e disseram:
- Você tinha razão, velho. Aquilo se revelou uma benção.
Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você.
Nossos filhos foram-se para sempre.
O velho disse: - Vocês continuam julgando. Ninguém sabe!
Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para
o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe
se isso é uma benção ou uma desgraça.


Não julguem, porque dessa maneira jamais se tornarão uno com a totalidade. Na verdade, a jornada nunca chega ao fim.
Um caminho termina e outro começa: uma porta fecha, outra abre.
Aqueles que não julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e nele crescer...
Somente eles são capazes de caminhar com Deus.
Na próxima vez que você for tirar alguma conclusão apressada
sobre algum assunto ou pessoa, lembre-se desta mensagem!

Julgamentos precipitados

Julgamentos precipitados

Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam,
pois ele tinha um lindo cavalo branco...
Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:
- Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa.
E como se pode vender uma pessoa, um amigo ?
Mesmo pobre, ele jamais vendeu o cavalo.
Certa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
A aldeia inteira se reuniu, e lhe disseram: - Seu velho estúpido!
Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado.
Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça!
O velho disse: - Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento.
Se é uma desgraça ou uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir?
As pessoas riram do velho.
Elas sempre souberam que ele era um pouco louco.
Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou.
Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente, as pessoas se reuniram e disseram: -Velho, você estava certo. Não se trata de uma desgraça, provou ser uma benção.
O velho disse: -Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta... Quem poderá saber se é uma benção ou não ? Este é apenas um fragmento. Se você lê uma única palavra
de uma frase, como poderá julgar todo o livro?
Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas sabiam que ele estava errado. Afinal doze lindos cavalos tinham vindo...
O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo
e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram. Elas disseram: - Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca.
O velho disse: - Vocês estão obcecados por julgamento.
Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção.
A vida vem em fragmentos; mais que isso, nunca é dado.
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra,
e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistar. Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois recuperava-se das fraturas.
A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria.
Elas vieram até o velho e disseram:
- Você tinha razão, velho. Aquilo se revelou uma benção.
Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você.
Nossos filhos foram-se para sempre.
O velho disse: - Vocês continuam julgando. Ninguém sabe!
Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para
o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe
se isso é uma benção ou uma desgraça.


Não julguem, porque dessa maneira jamais se tornarão uno com a totalidade. Na verdade, a jornada nunca chega ao fim.
Um caminho termina e outro começa: uma porta fecha, outra abre.
Aqueles que não julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e nele crescer...
Somente eles são capazes de caminhar com Deus.
Na próxima vez que você for tirar alguma conclusão apressada
sobre algum assunto ou pessoa, lembre-se desta mensagem!

"Não Julgues Teu Irmão"

"Não Julgues Teu Irmão"


Amigo,


Examina o trabalho que desempenhas.


Analisa a própria conduta.


Observa os atos que te definem.


Vigia as palavras que proferes.


Aprimora os pensamentos que emites.


Pondera as responsabilidades que recebeste.


Aperfeiçoa os próprios sentimentos.


Relaciona as faltas em que, porventura, incorreste.


Arrola os pontos fracos da própria personalidade.


Inventaria os débitos em que te inseriste.


Sê o investigador de ti mesmo, o defensor do próprio coração, o guarda de tua mente.


Mas, se não deténs contigo a função do juiz, chamado à cura das chagas sociais, não julgues o irmão do caminho, porque não existem dois problemas, absolutamente iguais, e cada espírito possui um campo de manifestações particulares.


Cada criatura tem o seu drama, a sua aflição, a sua dificuldade e a sua dor.


Antes de julgar, busca entender o próximo e compadece-te, para que a tua palavra seja uma luz de fraternidade no incentivo do bem.


E, acima de tudo, lembra-te de que amanhã, outros olhos pousarão sobre ti, assim como agora a tua visão se demora sobre os outros.


Então, serás julgado pelos teus julgamentos e medido, segundo as medidas que aplicas aos que te seguem.


ANDRÉ LUIZ
(De “Comandos do Amor”, de Francisco Cândido Xavier)

Julgamento alheio



Famosos são os julgamentos da História. O de Nuremberg, que o mundo todo acompanhou, opinando pela punição dos que, barbaramente, durante a Segunda Guerra Mundial, haviam torturado e matado seres humanos.

O de Jesus, em que se verifica a injustiça gritando alto e superando o bom senso da justiça e da verdade.

Julgamentos de pessoas famosas que cometeram atos criminosos ou desabonadores.

Julgamentos de criminosos que, de alguma forma, envolveram pessoas famosas, como o caso do raptor do filho de Lindenberg.

Em tais processos, sempre a opinião pública se inflama e, de alguma forma, influencia os próprios jurados, de maneira a que esses condenem ou absolvam.

Desde as primeiras idades, quando a chama tênue do pensamento de justiça acendeu no homem, ele começou a julgar os seus irmãos.

Muitas vezes, o sentimento de justiça ficou empanado pelas paixões e interesses mesquinhos, levando o homem a cometer erros, punindo seu semelhante com o cerceamento da liberdade, o confisco de bens e a morte.

Nos dias atuais, prosseguimos a julgar o semelhante com todo rigor, sem estabelecer critérios e princípios básicos.

Afoitos, opinamos e damos a nossa sentença tão logo a imprensa torne pública a conduta dessa ou daquela criatura, embora desconhecendo detalhes e razões.

E não tememos aumentar um pouco a intensidade da falta cometida, mesmo para justificar a impiedade com que julgamos e a sentença que proferimos.

Por vezes, a inveja por não ter conseguido alcançar a posição social, o cargo ou a função do julgado, nos incita ainda mais ao julgamento arbitrário.

E, mesmo assim, prosseguimos a nos afirmar cristãos. Seguidores de Jesus que ensinou:

Não julgueis para não serdes julgados, porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros.

Há necessidade de cultivarmos a indulgência e a empatia. A indulgência para olharmos os que erram com olhos de quem sabe que o equivocado é sempre um Espírito enfermo.

Não necessita do nosso frio julgamento, mas do nosso auxílio para superar sua problemática.

A empatia, a fim de nos situarmos no lugar daquele que julgamos e nos indagarmos se fôssemos nós os julgados, como nos sentiríamos?

Fosse nosso filho o julgado, como estaria o nosso coração?

A questão do julgamento nos parece fácil, porque os que são trazidos à barra pública do Tribunal não passam de números. Sequer nos recordamos que são seres humanos.

Mas são Espíritos imortais, exatamente como nós, e merecem receber justiça, não impiedade ou a carga das nossas frustrações.

*   *   *

A autoridade para censurar está na razão direta da moralidade daquele que censura.

Aos olhos de Deus, a única autoridade legítima é a que se apoia no exemplo do bem.

A base da Justiça Divina se assenta na misericórdia de nosso Pai Criador.

É por esse motivo que Ele nos concede a reencarnação como bendita oportunidade de reparação de nossas faltas, ao tempo que nos faculta crescer e produzir no bem.




Redação do Momento Espírita.
Em 16.11.2011.

Responsabilidade adquirida sobre o julgamento ao próximo..

Responsabilidade adquirida sobre o julgamento ao próximo..

Iremos refletir sobre como nossas palavras influenciam negativa ou positivamente dentro de uma casa espirita esqueçamos a questão doutrinaria um pouco e busquemos uma abordagem intra e interpessoal.

Como lideres supostamente religiosos dentro de uma casa Espirita ( sim .....sim..... exatamente o que você leu caro leitor LIDERES RELIGIOSOS pois é assim que a maioria dos dirigentes de casas espiritas são vistos e muitas vezes fazem questão pseudo inconsciente de se manter nesta posição ).Pois bem , como lideres ou como devíamos ser ao menos, pessoas comuns dentro de um Núcleo social,pecamos quando nossa língua é mais rápida em relação as falhas alheias do que nossas próprias e ao longo destes oito anos dentro das casas espiritas disse muitas besteiras devido a personalidade inflada e também já ouvi todos os variados tipos de barbaridades seja em palestras ou comentários feitos em corredores ( haaaa corredores ,se estes falassem!).

Bem, sobre a responsabilidade das palavras relatarei uma ocorrência entre milhares que acontecem no dia a dia com nomes fictícios e vícios usados de forma generalizada que serão necessários para não ferir novamente suscetibilidades.

É necessário que aqueles que estejam a frente das casas espiritas entrem em alerta urgente sobre a responsabilidade do controle dos resultados obtidos em tratamentos diversos seja com Atendimento Fraterno , Cursos Regulares e esporádicos e principalmente se não formam consultas baseados em personalismo....

Vamos ao caso em questão : Maria participava de um curso de especialização mediúnica numa de nossas casas co irmãs em Carapicuíba e ao chegar em casa apos o termino do dia de curso iniciou-se uma discussão com o marido e essa pessoa acabou também por devolver a agressividade.Ao chegar na semana seguinte no curso comentou sobre a situação com o instrutor e esse disse enfaticamente que tudo ocorrerá devido ao seu vicio particular e que enquanto ela não o abandona-se tudo seria desta forma devido a influenciação espiritual que isto atraia e que suas atividades nas casas espiritas estariam comprometidas não possuindo segurança para trabalhar devido ao vicio.A chamada a bronca publica ate que não abalou a pessoa.

Ela analisou da seguinte forma << bem se não ha segurança para os trabalhos devido a influência ,é obvio que não devo trabalhar em Passes , Psicografias , Mediúnicos na Evangelização e por fim optou por um trabalho administrativo , finalmente envolvida pelo desanimo da CULPA a que foi exposta , sucumbiu ao desânimo e parou de frequentar a casa ,parou o evangelho no lar e ate seu trabalho começou a se comprometer.>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>><<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<< (minuto de silêncio)

Neste ponto algumas pessoas estarão dizendo `` Horas mas isso é culpa dela , o desânimo e a desistência´´ e isso é um fato que concordo plenamente o que não concordo é a forma como foi exposta em turma a sua própria culpa e principalmente por não ter nada a ver apontar um vicio alheio como causa direta de uma serie de impossibilidades.
Após ficar em silêncio durante durante longos 15 segundos fiz uma pergunta: Então quer dizer que EU por ser arrogante,orgulhoso,ciumento, autoritário,descrente ,desinteressado, etc etc etc , deva parar o processo de crescimento moral e a oportunidade de interação e doação pessoal  por que alguém que não enxerga seus próprios defeitos aponta os meus se colocando como ÍCONE MORAL????????

Oras meus amigos , esse é o tipo de fato que deveríamos combater dentro de nossas casas Espiritas e isso seria simples se fosse disposto tempo e energia para formar trabalhadores para averiguar resultados sem preconcebimento de fatos , conversando com as pessoas pós tratamento e analisando suas necessidades `` caso tenha ficado alguma duvida´´ ou ouvindo talvez reclamações sobre abordagens ou apontamentos.

Infelizmente esse tipo de ocorrência tem relativa reincidência pois pessoas que agem costumeiramente desta forma sabem o terreno que pisam e invariavelmente suas vitimas conscientemente ou não são pessoas que ou simples no modo de reagir ou ignorantes doutrinários que se escondem devido a incompreensão do que ouvem e sua melhor maneira de lidar com a situação é assumir culpas e medos impostos por pessoas que se julgam pedagogos Espirituais.

Por fim antes de abrir olhos alheios, olhemos mais nosso intimo.

O JULGAMENTO

O JULGAMENTO


Uma lei tão simples em seus princípios quanto admirável em seus efeitos preside à classificação das almas no espaço.
Quanto mais sutis e rarefeitas são as moléculas constitutivas do perispírito tanto mais rápida é a desencarnação, tanto mais vastos são os horizontes que se rasgam ao espírito. Devido ao seu peso fluídico e às suas afinidades, ele se eleva para grupos espirituais que lhe são similares. Sua natureza e seu grau de depuração determinam-lhe nível e classe no meio que lhe é próprio.
O espírito é dotado de liberdade e não estando imobilizado em nenhum ponto, pode, dentro de certos limites, deslocar-se e percorrer os paramos etéreos.
Pode, em qualquer tempo, modificar suas tendências, transformar-se pelo trabalho e pelas provas, e, conseguintemente, elevar-se à vontade na escala dos seres.
É, pois, uma lei natural, análoga às leis da atração e da gravidade, a que fixa a sorte das almas depois da morte. O espírito impuro, acabrunhado pela densidade de seus fluidos materiais, confina-se nas camadas inferiores da atmosfera, enquanto a alma virtuosa, de envoltório depurado e sutil, arremessa-se, alegre, rápida como o pensamento, pelo azul infinito.
É também em si mesmo, em sua própria consciência que o espírito encontra sua recompensa ou seu castigo. Ele é seu próprio juiz. Caído o vestuário de carne, a luz penetra-o e sua alma aparece nua, deixando ver o quadro vivo de seus atos, de suas vontades, de seus desejos. Momento solene, exame cheio de angústia e de desilusão. As recordações despertam em tropel e a vida inteira desenrola-se com seu cortejo de faltas, de fraquezas, de miséria. Da infância à morte, tudo, pensamentos, palavras, ações, tudo sai da sombra, reaparece à luz, anima-se e revive. O ser contempla-se a si mesmo, revê, uma a uma, através dos tempos, suas existências passadas, suas quedas, suas ascensões,suas fases inumeráveis. Conta os estágios franqueados, mede o caminho percorrido, compara o bem e o mal realizados. Do fundo do passado obscuro, surgem, a seu apelo, como outros tantos fantasmas, as formas que vestiu através das vidas sucessivas. Reconhece a causa dos processos executados, das expiações sofridas, o motivo de sua posição atual. Eis para o espírito a hora da verdadeira tortura moral. Essa evocação do passado traz-lhe a sentença temível, a increpação da sua própria consciência, espécie de julgamento de Deus. Por mais lacerante que seja, esse exame é necessário porque pode ser o ponto de partida de resoluções salutares e da reabilitação.
O grau de depuração do espírito, a posição que ocupa no espaço representam a soma de seus progressos realizados e dão a medida do seu valor moral. È nisto que consiste a sentença infalível que lhe decide a sorte, sem apelo. Simplicidade maravilhosa que as instituições humanas não poderiam reproduzir; o princípio de afinidade regula todas as coisas e fixa a cada qual o seu lugar. Nada de julgamento, nada de tribunal, apenas existe a lei imutável executando-se por si própria, pelo jogo natural das forças espirituais e segundo o emprego que delas faz a alma livre e responsável. Todo pensamento tem uma forma, e essa forma, criada pela vontade, fotografa-se em nós como em um espelho onde as imagens se gravam por si mesmas. Nosso envoltório fluídico reflete e guarda, como em um registro, todos os fatos da nossa existência. Esse registro está fechado durante a vida, porque a carne é a espessa capa que nos oculta o seu conteúdo. Mas, por ocasião da morte, ele abre-se repentinamente e as suas páginas distendem-se aos nossos olhos.
O espírito desencarnado traz, portanto, em si, visível para todos, seu céu ou seu inferno. A prova irrecusável da sua elevação ou da sua inferioridade está inscrita em seu corpo fluídico.
Para distrair-se dos cuidados, das preocupações morais, o homem tem o trabalho, o estudo, o sono. Para o espírito não há mais esses recursos. Desprendido dos laços corporais, acha-se incessantemente em face do quadro fiel e vivo do seu passado. Assim, os amargores e pesares contínuos, que então decorrem, despertam-lhe, na maior parte dos casos, o desejo de, em breve, tomar um corpo carnal para combater, sofrer e resgatar esse passado acusador.

Do livro: Depois da Morte – Léon Denis

Julgamentos

Julgamentos

Amigo, você nos solicita algumas notas, mesmo ligeiras, sobre os julgamentos precipitados e trago à memória um fato simples, no entanto, capaz de acordar para a sensatez, com relação à análise de atitudes alheias.

Acompanhei, certa feita, dois amigos que deliberaram participar de um leilão beneficente.

Em praça enorme, adensava-se pequena multidão, interessada na aquisição fácil de prendas, muitas delas valiosas, que se expunham numa espécie de coreto, no qual o leiloeiro anunciava a peça e o preço provável que essa mesma peça atingiria na oferta de quem desejasse adquiri-la.

Os dois amigos, aos quais me referi, tentavam colher o melhor do extenso material, ali depositado pela generosidade popular, quando notaram que certa senhora oferecia sempre um preço muito alto e obtinha os brindes que brilhavam ante a curiosidade dos circunstantes.

Bastava que o leiloeiro apresentasse o elemento a ser disputado, para que a dama, evidentemente muito pobre, ofertasse uma importância difícil de ser superada por algum dos presentes, recebendo os objetos arrematados, ao lado de um rapazinho que a seguia de perto. Considerando que ela já havia gasto verdadeira fortuna, em pleno leilão, os amigos aos quais me reporto passaram ao diálogo em torno do que viam:

- Não entendo que uma senhora vestida de trapos, possa apresentar parcelas de um capital assim tão valioso – comentou um deles.

Atalhou o outro:

- Penso que se trata de uma vigarista. Naturalmente se traja mostrando penúria, a fim de aproveitar o empreendimento que se realiza, de modo a transformar-se no socorro a mendigos em necessidade e desvalimento.

- Sem dúvida, estamos à frente de mulher estranha, tão pobremente trajada e esnobando finança gorda.

Os dois, então, resolveram interpelá-la.

Um deles, principiou, afirmando-lhe matreiro:

- A senhora nos surpreende, conquistando os seus brindes a preço tão elevado. Acaso, trabalha para alguma casa de quinquilharias?

Ela replicou, humilde:

- Esse leilão de hoje se verifica uma só vez por ano e guardo todos os recursos que me sobram das despesas pessoais, de maneira a incentivar esta obra que se destina a socorrer aleijados e velhinhos doentes, mães sofredoras e acidentados sem ninguém que os ampare. Penso neles e faço o possível para prestigiar a festa de que os necessitados recebem preciosas migalhas...

O amigo prosseguiu, indagando:

- Mas a senhora não tem ligação com o comércio varejista, ao qual a senhora entregará todos esses brindes, com vasta margem de lucro?

Com grande surpresa para os meus companheiros, ela apenas respondeu:

- Meu senhor, eu também sou cega e, por isso mesmo, devo compreender a necessidade dos outros...

O assunto foi encerrado e todos nós que assistimos ao curioso diálogo, em grande silêncio, conseguimos entesourar a valiosa lição.

Transtorno de Personalidade Paranóide:


Indivíduos desconfiados, que se sentem enganados pelos outros, com dúvidas a respeito da lealdade dos outros, interpretando ações ou observações dos outros como ameaçadoras. São rancorosos e percebem ataques a seu caráter ou reputação, muitas vezes ciumentos e com desconfianças infundadas sobre a fidelidade dos seus parceiros e amigos.

Paranóia - Wiki

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paranoia

PROJEÇÃO

PROJEÇÃO

É também chamada transferência. Mecanismo de defesa que leva o indivíduo a interpretar os pensamentos, sentimentos e as atitudes de outras pessoas em função de suas próprias tendências.
O ego reprime os seus conflitos de personalidade, projetando-os em outras pessoas, fugindo da aceitação de seus próprios erros e da responsabilidade por eles.
A projeção dos sentimentos interiores no mundo exterior, comumente significa ver no outro, aquilo de que não se gosta em si mesmo.
Toda vez que alguém acusa com veemência, determinadas características negativas dos outros, está, na realidade, projetando-se nele, transferindo as negatividades do ego que o indivíduo não deseja reconhecer em si mesmo, para outra pessoa. Há uma necessidade de combater no outro, o que ele gostaria de ocultar em si mesmo.
Uma das formas mais comuns de projeção é a necessidade de culpar os outros pólas próprias atitudes, transferindo para outrem a responsabilidade sobre si mesmo.
A única forma de se libertar da projeção é interromper esse mecanismo de transferência, aceitando os seus defeitos e responsabilizando-se pelos seus erros e acertos e, com isso, tornar-se uma pessoa melhor.

Do livro: PSICOTERAPIA À LUZ DO EVANGELHO DE JESUS
            Alírio de Cerqueira Filho

A trave e o argueiro - Do Redação ME


Buscando sempre nas palavras de Jesus ensinamentos úteis para as nossas vidas, lembramos de um caso singular.

Ao final do dia, o trabalhador dialogava com a esposa, sobre diversos temas, quando enveredou pela crítica aos colegas de trabalho que, segundo ele, praticavam erros abomináveis.

Lamentava-se dizendo que não aguentava mais aquele pessoal da empresa.

A esposa, que ouvia atenta, perguntou-lhe:

O que foi desta vez?

Ao ouvir estas palavras ficou preocupado, pois teve a impressão de reincidência no mau hábito de criticar.

Todavia continuou: Sabe o que é? Lá na seção existe uma cadeira vazia que serve para o usuário se sentar quando vem falar conosco.

Pois bem, quando eles se retiram, não colocam a cadeira de volta no lugar de origem, o que já é um desrespeito.

E mais: os colegas não movem uma palha para colocá-la no lugar correto. Eu é que faço isso sempre, já que a cadeira fora do lugar atrapalha o trânsito.

A esposa, que até então ouvia sem dizer uma palavra, comentou: É engraçado!

O quê? Indagou o esposo curioso.

É engraçado tudo isso que você disse.

Por quê?

Você comenta sobre os colegas que não colocam uma cadeira no lugar, desrespeitando o ambiente de trabalho, quando você faz o mesmo dentro de sua própria casa.

Como assim? Perguntou com o coração em sobressalto, pela surpreendente revelação.

Você termina de almoçar, ou jantar, levanta-se, a cadeira vai parar distante da mesa, quase no meio da sala.

Seus filhos e eu observamos seu caminhar satisfeito até o sofá, atirando o corpo saciado nele, voltando em seguida o olhar sonolento para a televisão ou o jornal.

Enquanto isso, eu recolho os talheres e, ao final, recoloco a cadeira no lugar, antes que você mesmo tropece e reclame por ela estar fora de sua posição original.

Eu faço isso? Indagou assustado.

Há oito anos, respondeu a esposa.

Esse era o tempo que viviam juntos.

*   *   *

Jesus, em Sua sabedoria questiona:

Por que olhas para o cisco que está no olho de teu irmão e não notas a trave no teu olho?

Assim procedemos muitos de nós. Reprovamos os defeitos dos outros e esquecemos de dar uma olhada no nosso modo de ser.

Criticamos nos outros o que costumamos fazer habitualmente, sem nos darmos conta.

Jesus, após o questionamento, recomenda:

Tira primeiro a trave do teu olho, e então verás para tirar o cisco do olho do teu irmão.

*   *   *

Antes de levantar a voz para criticar quem quer que seja, voltemos o olhar para nossa própria situação.

Observemo-nos constantemente para não cairmos no mesmo equívoco do esposo que deixava a cadeira fora do lugar e criticava esse comportamento nos colegas.

Como podemos perceber, os ensinos de Jesus são sempre oportunos e atuais, basta que saibamos entendê­-los.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 3, ed. FEP.
Em 26.6.2013.

O “cisco” e a “trave” - Hammed

uma mensagem que consta do livro “Renovando atitudes“, do Espírito Hammed, psicografado pelo médium Fco. Espírito Santo Neto.

O “cisco” e a “trave”

"Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho? Ou como dizeis ao vosso irmão: Deixe-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, tirai primeiramente a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão." (ESE - Cap. X, Item 9)

Os indivíduos em plenitude não negam suas emoções; permitem que elas venham à tona, e, como elas estão sob seu controle, reconhecem o que estão lhes mostrando sobre seus sentimentos, suas inclinações e suas relações com as pessoas.

As emoções devem ser "integradas", ou seja, primeiramente, devemos nos permitir "senti-las"; logo após, devemos julgá-las e "pensar" sobre nossas necessidades ou desejos; e, a partir disso "agir" com nosso livre-arbítrio, executando ou não, conforme nossa vontade achar conveniente.

O mecanismo de nos "consentir", de "raciocinar" e de "integrar" emoções determinará nossos êxitos ou nossas derrotas nas estradas de nossa existência.

Emoções são muito importantes. Através delas é que nos individualizamos e nos diferenciamos uns dos outros. Ninguém sente, pois, exatamente igual, isto é, com a mesma potencia e intensidade, seja no entusiasmo em uma situação prazerosa, seja na frustração ao observar uma meta perdida. Podemos penar igual aos outros, mas para um mesmo pensamento criaturas diversas têm múltiplas reações emocionais.

Assim considerando, emoções não são certas ou erradas, boas ou impróprias, mas apenas energias que dependem do direcionamento que dermos a elas.

Reconhecê-las ou admiti-las não significa, de modo algum, que vamos sempre agir de acordo com elas.

Em face dessa conjuntura, quando negadas ou reprimidas, não desaparecem como por encanto; ao contrário, sendo energias, elas se alojarão em determinados órgãos e congestionarão as entranhas mais íntimas da estrutura psicossomática dos indivíduos.

Ao abafarmos as emoções, podemos gerar uma grande variedade de doenças auto destrutivas. Abafá-las pode também nos levar a reações muito exacerbadas ou à completa ausência de reações, a apatia.

Portanto, quando tomamos amplo contato com nosso lado emocional, começamos a reconhecer vestígios a respeito de nós mesmos, que nos proporcionarão auto descoberta, auto preservação, segurança íntima e crescimento pessoal.

Ora, se o Poder Divino, através de sua criação, pelo próprio mecanismo da Natureza, delegou as emoções, não poderemos simplesmente negá-las, como se não servissem para nada. Tristeza, alegria, raiva ou medo são emoções básicas e deveremos usá-las como bússolas que nos nortearão os caminhos da vida.

Elas estão conectadas a nosso sistema de pensamento "cognitivo" – atividades psicológicas superiores, tais como: a percepção, a intuição, a memória, a linguagem, a atenção e os demais processos intelectuais e espirituais.

Ao ignorarmos nossas reações emocionais, não investigando sua origem em nós mesmos, teremos sempre a tendência de projetá-las nos outros. Além do que, seremos seres psicologicamente claudicantes, por não integrarmos nossas emoções aos nossos cinco sentidos, que nos facilitam a análise das pessoas e de nós mesmos.

A tendência que certos indivíduos têm de atribuir falhas e erros a outras pessoas ou coisas, não enxergando e não admitindo como sendo suas, denomina-se "projeção".

Às vezes, tentamos fazer nossas emoções desaparecer, porque as tememos. Reconhecer o que realmente sentimos exigiria ação, mudança e decisão de nossa parte, e muitas vezes seríamos colocados face a face com verdades inadmissíveis e inconcebíveis por nós mesmos; e assim, tentamos projetá-las como sendo emoções não nossas, mas dos outros.

"Não sinta isso, é feio" - essa é uma das muitas velhas mensagens que ecoam em nossa mente desde a mais tenra infância; com o passar do tempo, julgamos não mais senti-las, porque as escondemos da recriminação dos adultos.

Em razão disso, certos indivíduos condenam com veemência os "ciscos" nos outros, pois vêem em tudo luxúria e perversão, desonestidade ou ambição. É possível que esses mesmos indivíduos estejam reprimindo o reconhecimento de que eles próprios trazem consigo emoções sexuais e perversidades mal resolvidas, ou, em outros casos, emoções desmedidas de fama e de dinheiro projetadas sobre todos os que são por eles denominados ambiciosos e desonestos.

Na indagação "ou como dizeis ao vosso irmão: deixai-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso?", Jesus reconhecia a universalidade desse processo psicológico, "a projeção", e, como sempre, asseverava a necessidade da busca de si mesmo, para não transferirmos nossos traços de personalidade desconhecidos às coisas, às situações e aos outros.

O Mestre nos inspirava ao mergulho em nossa própria intimidade, a fim de que pudéssemos enxergar o "lado obscuro" de nossa personalidade. Ao tomarmos esse contato imprescindível com nossas "sombras", a consciência se torna mais lúcida, crítica e responsável, descortinando amplos e novos horizontes para o seu desenvolvimento e plenitude espiritual.

Finalizando, atentemos para a análise: “as condutas alheias que mais nos irritam são aquelas que não admitimos estar em nós mesmos” “os outros nos servem de espelho, para que realmente possamos nos reconhecer”.

o argueiro e a trave - Slides

http://ivanquoos.blogspot.com.br/2012/07/palestra-espirita-o-argueiro-e-trave-no.html

O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO - Leda

 O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ALLAN KARDEC
CAPÍTULO X : BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS
ITENS 9 E 10 : O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO


             “Porque vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou, como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão.” (Mateus, VII: 3 a 5)


             A palavra argueiro significa partícula leve, cisco; por extensão: coisa insignificante.
             Trave significa viga; pedaço de madeira ou de outro material utilizado para sustentar ou reforçar uma estrutura.

             Os orgulhosos e os pseudo-sábios sorriem á vista da descrição dessa situação inverossímil.

             Mas, esse é mais um exemplo da preocupação de Jesus em usar de coisas simples e chamativas, às vezes pela situação absurda, a fim de que suas palavras não se perdessem e se fixassem na memória dos que o ouviam, porque ele sabia da necessidade de um longo tempo de desenvolvimento espiritual para que grande parte da humanidade entendesse seus ensinos.

             As palavras ficaram, foram entendidas por muitos, mas, muitos mais, somente agora, estão percebendo seu real significado e sua importância, e outros muitos, nem chegaram até aí.

             Quanto mais se estuda os Evangelhos, mais Jesus se agiganta, se eleva, se sublima aos nossos olhos, à nossa ainda imperfeita capacidade de compreensão e entendimento, e seus ensinos de mais de dois mil anos, mostram-se atuais e cada vez mais necessários a toda humanidade da Terra.

             Nessas palavras, citadas por Mateus, Jesus destaca a facilidade que o homem tem em perceber os erros alheios e a dificuldade que tem em perceber os seus.

             “Para julgar-se a si mesmo, seria necessário poder mirar-se num espelho, transportar-se de qualquer maneira fora de si mesmo, e considerar-se como outra pessoa, perguntando: Que pensaria eu, se visse alguém fazendo o que faço?”

             Admirável Kardec, com sua sabedoria de tornar sua escrita acessível a todos, escrevendo de maneira simples sobre coisas difíceis de serem entendidas e vividas!

             Olhar-se para si mesmo, como se outra pessoa fosse, é a maneira melhor, talvez a única, de conhecer-se a si próprio, idéia já conhecida desde antes de Sócrates, que a divulgou há mais de trezentos anos antes de Cristo nascer.

             Isso é possível ao homem, observando, perseverantemente, as suas reações aos acontecimentos, às situações da vida e às pessoas com as quais se relaciona ou convive.

             Analisando essas reações com objetividade, sem complacência, nem justificativas, como se outra pessoa fosse, vai - se conhecendo a si próprio.

             A partir desse hábito, fica mais fácil, conhecer suas qualidades em desenvolvimento, as que estão quais novas plantinhas, ainda frágeis, requerendo cuidados e atenções especiais, suas imperfeições e suas qualificações negativas.

             Aceitá-las todas, as boas e as más, na compreensão de ser um Espírito em evolução, portanto, sujeito a erros, equívocos e omissões, é um novo passo.

             Não parar aí, a fim de que o progresso, que é inevitável, não precise ser feito através de dores e sofrimentos.

             Querer progredir no bem, pelo bem e para o bem, no cumprimento das leis divinas, exige que se combata, até eliminá-lo, o mal que existe dentro do ser, criado por ele mesmo, ao mesmo tempo em que se esforce, o mais possível, para desenvolver as virtudes por brotar, as já plantinhas novas e as mais crescidinhas.

             Essa é a tarefa maior dos habitantes da Terra, a finalidade das inúmeras reencarnações.

             Nas descobertas sobre si mesmo, o homem vai perceber que o orgulho que o leva a sentir-se ofendido e o impede de perdoar, também está presente na dificuldade que tem de ver-se como é, no disfarce dos “seus próprios defeitos, tanto morais quanto físicos”.

             É o orgulho que o leva a perceber e destacar no outro o mal que se recusa a ver em si. Isso é falta de caridade, porque ressaltando o defeito alheio é como se dissesse: “Eu não faço isso, sou melhor do que ele”.

             Querendo que os outros o vejam como ele pensa que é ou deseja parecer ser, destacando os defeitos alheios, pensa que esconde os seus, desviando a atenção.

             Por isso Kardec afirma que “o orgulho, além de ser a fonte de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes. Encontramo-lo no fundo e como móvel de quase todas as ações. Foi por isso, que Jesus se empenhou em combatê-lo, como o principal obstáculo ao progresso.”

             Assim, o orgulhoso não é ou tem dificuldade em ser caridoso, indulgente, tolerante, generoso, paciente, obediente, resignado, manso, pacífico...

             Busquemos, todos nós, que consideramos Jesus como nosso Guia e Modelo, procurar ver e destacar o bem que existe nos outros, sendo benevolentes com suas faltas, tanto quanto desejamos que os outros o sejam para conosco.

             Deixemos o rigor e a exigência para conosco, na luta contra nossas imperfeições morais, com a certeza de que todos nós trazemos em nós a perfectibilidade, ou seja, a capacidade de tornarmo-nos perfeitos.


Bibliografia:


KARDEC, Allan -“ O Evangelho Segundo o Espiritismo”

Leda de Almeida Rezende Ebner
Agosto / 2008

O Argueiro e a Trave No Olho - IRC

O Argueiro e a Trave No Olho

“O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo X, itens 9 e 10.”

Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositora: Vera Oliveira
Rio de Janeiro
29/05/2002

Dirigente do Estudo:

Márcio Duarte

Mensagem Introdutória:

NÃO CENSURES

Não censures. Onde o mal apareça, retifiquemos amando, empreendendo semelhante trabalho a partir de nós mesmos.

O cirurgião ampara o corpo enfermo, empregando atenção e carinho, com bisturis adequados.

O artista afeiçoa a pedra ao próprio sonho, aformoseando-lhe a estrutura com paciência e vagar.

Ninguém desfaz a treva sem luz.

E reconhecendo-se que a luz nasce da força que se desgasta, em louvor da cooperação e do benefício, o amor procede do coração que se entrega ao trabalho para compreender e auxiliar.

Quando estiveres a ponto de desanimar ante os empeços do mundo, de espírito inclinado à acusação e à amargura, lembra-te de Deus cuja presença fulge nas faixas mais simples da natureza.

A divina sabedoria apoia a semente para que a semente germine, propiciando-lhe recursos imprescindíveis à existência; nutre-lhe os rebentos, doando-lhes condições precisas para que se desenvolvam, e, convertida a planta em árvore benfeitora, assegura-lhe a seiva e aguarda-lhe ocasião justa para a colheita dos frutos de que enriquecerá o celeiro.

Em toda a parte da Terra, surpreendemos a esperança de Deus, em função ativa, seja na pedra que se erguerá em utilidade, no carvão que se fará diamante, no espinheiral que se metamorfoseará em ninho de flores, na gleba inculta que se transfigurará em jardim.

Deus opera com tempo igual para todos.

E a própria sabedoria divina nos auxilia a todos indistintamente, agindo, criando, renovando e sublimando com apoio nas horas; sempre que nos vejamos defrontados por dificuldades e incompreensões, saibamos servir com paciência e aprenderemos que, à frente dos problemas da vida, sejam eles quais forem, não existem razões para que venhamos a esmorecer ou desesperar.

Oração Inicial:

<Moderador_> Senhor, nosso Mestre e Irmão maior, queremos nos reunir, Senhor, em Teu nome, para falarmos de Tua palavra, que nos foi trazida há dois mil anos. Que possamos aproveitar bem este tempo e esta oportunidade de estudar o Teu evangelho. Pedimos a assistência dos bons espíritos, que orientam este trabalho. Que eles nos inspirem e inspirem a nossa companheira, Vera Oliveira, na sua exposição. Pedimos, Senhor, que seja em Teu nome, e em nome de Deus, que possamos dar por iniciado o Estudo sobre o Evangelho Segundo o Espiritismo.

Que assim Seja!

Exposição:

<Vera_Oliveira> Meus queridos companheiros, que Jesus nos abençoe a noite de estudos e que nos conduza ao que tiver de melhor no tema de hoje, para que juntos possamos refletir em lições tão valiosas para as nossas almas.

Recordemos o Capítulo VII - Bem aventurados os pobres de espírito, do Evangelho Segundo o Espiritismo, quando Kardec nos esclarece que o orgulho é a catarata que tolda a visão.

Interessante esse esclarecimento de Kardec. Se o orgulho é a catarata que tolda a visão, certamente nos deixa um desconhecimento de nós mesmos. E isso significa que olhamos mais o que acontece fora de nós, e, mesmo assim , ainda ficamos sem bases para direcionar e discernir aquilo que identificamos no outro, segundo os nossos conceitos, os nossos padrões e o nosso sentimento. Por isso, devemos refletir profundamente na necessidade intransferível de identificarmos e trabalharmos esse grande obstáculo do nosso progresso, que é o orgulho.

E por que nós estamos falando disso nesse item?

Justamente, porque é no item 10 que Kardec nos diz : "Se o orgulho é o pai de muitos vícios é também a negação de muitas virtudes e pode-se encontrá-lo na base e como motivo de quase todas as nossas ações".

Foi por isso que Jesus se interessou em combatê-lo como principal obstáculo ao nosso progresso. Se a Lei é de Progresso para o espírito imortal, faz-se imprescindível retirar os obstáculos do nosso caminho.

Em quê o orgulho dificulta a nossa relação com o outro?

Achamos que somos melhores em muitas situações. Isso, muitas vezes, nos distancia da possibilidade de desenvolvermos uma relação amorosa com o outro.

Sentimos medo de ser ofendido por alguma coisa que o outro nos faça. Nos sentimos enciumados quando descobrimos que o outro tem outros afetos. Enfim, são muitas as dificuldades que o nosso orgulho cria na intimidade do nosso ser, nos trazendo insegurança, insatisfação e desentendimento, nos nossos relacionamentos.

Quando apontamos defeitos nos outros, não podemos esquecer que o outro, necessariamente, não tem o defeito que dizemos que ele tem. Atribuímos um determinado defeito a alguém, segundo a nossa opinião. É a forma que vemos as coisas, daí a necessidade termos muito cuidado.

Analisamos o semelhante segundo os nossos conceitos que, muitas vezes, estão baseados em preconceitos e equívocos, que não condizem com a realidade do nosso companheiro. Jesus nos ensinou o grande método de viver bem com o outro, o que geralmente, achamos ser impossível exercitar , porque o catalogamos como ensino de santificação. Por outro lado, sabemos não ser real este sentimento. Trata-se apenas de uma forma de viver melhor, de viver bem, de crescer, de aprender com o outro, de trocarmos experiências. Mas só poderemos crescer nesse sentido, se nos sentirmos livres dessas mesquinharias que nos fazem tão pequenos quando podemos ser grandes nos sentimentos, nas emoções de amor e consequentemente nos sentirmos felizes.

Olhe para o outro e tente senti-lo em sua melhor forma, pois todos nós temos o nosso lado bom. Podemos, ainda, esquecer seu lado negativo , que não cabe a nenhum de nós analisar por não termos competência para tal. Jesus nos ensina : "Atira a primeira pedra, aquele que tiver sem pecado." Estava aí o Mestre, indiscutivelmente, dizendo da nossa incompetência em julgar o outro.

Ao olharmos o lado bom, poderemos nos descobrir e nos relacionar com nossos semelhantes pelo lado positivo. Experimente, tente descobrir, estimule esse lado bom. Incentive-o. Arranque de dentro do outro, os sentimentos nobres e você verá, nós veremos, que a relação se torna mais fácil, mais compensadora, enfim, nos trará valores que nem imaginávamos.

Em O Livro dos Espíritos, na parte que fala das Leis Morais - Lei de Liberdade, nos dizem os espíritos, que nós fazemos os hipócritas porque não aceitamos a sua forma de pensar. Ou seja, quando alguém percebe que não aceitamos a forma com que ele pensa, não se mostra como é. No entanto, prosseguem os espíritos dizendo, que todo ser é livre para pensar. Imagine que, se Deus deu ao homem a liberdade de pensar, quem somos nós para aceitar, ou não, o que outro pensa. Quando refletimos sobre esse esclarecimento dos espíritos, percebemos quanto é grande a nossa infantilidade.

E por que nós recorremos a essa pergunta?

Justamente porque no item 9, que estamos estudando, Jesus conclui a abordagem evangélica, dizendo: "Hipócritas. Tirai primeiro a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar a palha do olho do vosso irmão."

Eis aí a grande direção que o Mestre nos dá, nos convocando a cuidar, primeiro de nós mesmos, no sentido de trabalhar nossos defeitos.

E, quando falamos em olhar para o nosso interior, não podemos esquecer, e nem deixar de citar Joanna de Angelis, através da sua valiosa obra, onde aborda aspectos psicológicos e doutrinários, nos auxiliando a detectar sempre o que precisamos modificar em nossos espíritos para o processo da renovação.

Tentemos, na noite de hoje, refletir na questão do orgulho.

Somos orgulhosos? Por que somos? Do quê temos orgulho?

Para quê temos orgulho? Aonde chegaremos com orgulho?

O que ele nos trará de bom para a nossa felicidade?

Eis aí questões que se desdobram em nossa mente e, certamente, as nossas emoções também se movimentam no sentido de avaliarmos e reavaliarmos o nosso próprio conteúdo.

E nessa reflexão, busquemos nesse momento nossos amigos espirituais, que tudo fazem para o nosso progresso moral, para que eles nos ajudem, nos direcionem nesta noite, quando sairmos dos nossos corpos físicos, para uma das muitas salas de estudos no plano espiritual, para que possamos fazer um curso rápido sobre a humildade, a chave do progresso individual.

E, para concluirmos, vamos recordar uma resposta de Baltazar, um dos diretores espirituais do Centro Espírita Léon Denis.

Perguntou-lhe, o médium Altivo, o que ele fazia para trabalhar conosco encarnados, já que tínhamos tantas dificuldades? Como ele fazia para administrar as nossas dificuldades.

E Baltazar respondeu:

- Para trabalhar com vocês, fiz um curso, na espiritualidade, de bom ânimo!

O princípio é o mesmo. Roguemos a Jesus, que nos conceda a oportunidade de fazermos pequenos cursos, para voltarmos aos nossos corpos mais animados, mais capazes de superar os nossos limites e as nossas dificuldades.

Um espírita nunca deverá crer que não vencerá uma dificuldade, porque ele sabe que, diante das dificuldades, a providência sempre enviará os recursos.

Oração Final:

<Moderador_> Façamos a nossa prece de encerramento, unindo nossos corações e pensando em Jesus.

Mestre amigo e nosso irmão Jesus. Queremos Te agradecer a oportunidade do estudo, na noite de hoje. Te agradecemos pela Doutrina Espírita, que vem nos consolar e nos ensinar e ir ao Teu encontro, em nosso caminho da evolução. Fique conosco, Senhor, nos abençoe e abençoe a nossa amiga Vera, que nos trouxe a Tua palavra, em uma bela exposição. É em Teu nome, Senhor, e em nome de Deus que pedimos para encerrar o Estudo de Hoje.

Que assim seja!

Bem-aventurados os misericordiosos: “O argueiro e a trave no olho”.

ARTIGO DE AUTORIA DE ANA BLUME

Bem-aventurados os misericordiosos: “O argueiro e a trave no olho”.

É bem conhecida a analogia que fez Jesus, ao nos explicar um dos mais profundos males da humanidade.

Por que vês o argueiro no olho do teu irmão?

Temos conosco, em razão de nosso grau inferior de evolução, a tendência de julgar duramente os outros por seus erros, ao passo que, em relação a nossos próprios erros, somos poços de indulgência.

Onde está nisso a caridade e o perdão?

Por tantas vezes já ouvimos sobre os benefícios infinitos do perdão, da humildade e da misericórdia; ainda assim, a mensagem já decorada pelo cérebro pouco afeta o coração.

Continuamos reproduzindo, apesar de nossas boas intenções, os erros originados no orgulho e na arrogância. E até mesmo nossa formação espírita pode se tornar uma armadilha e fazer com que nos acreditemos mais importantes, mais informados ou até mesmo, de certa forma, superiores àqueles que seguem outras doutrinas ou que não seguem doutrina alguma.

Tal conduta só serve para mostrar a nós mesmos nossa própria insegurança, que tem por origem a sensação de inferioridade natural que sentimos por termos nos afastado do Criador, caindo nas fileiras da maldade.

Assim, uma das melhores formas de reconstruir as pontes que nos ligam a Deus é exatamente a autoaceitação, o reconhecimento de nossas fraquezas, a misericórdia com os outros, a alegria sincera pelo sucesso alheio, a tomada da responsabilidade por nós mesmos. Tudo isso tem apenas um nome: o autoamor.

Quando nos aceitamos e nos amamos, não temos necessidade de procurar o mal em outrem para nos envaidecermos. Sabemos quem somos, compreendemos os limites que nos impõe nosso grau de evolução e, em contato com o outro, buscamos nele o melhor, perdoando-o por suas próprias limitações.

É esta uma das formas mais belas de caridade.

Procuremos, através da reforma íntima e do autoconhecimento, a retirada da trave de nossos olhos, através da aceitação e do amor a nós mesmos; é esta a única forma de amarmos também ao próximo.

Ana Blume é estudante de Sociologia e espírita desde os 7 anos – Idealizadora do blog “O Evangelho Segundo o Espiritismo Simplificado”

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O Argueiro e a Trave no Olho - ESE


            9 – Por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeira a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão. (Mateus, VII: 3-5).



            10 – Um dos caprichos da humanidade é ver cada qual o mal alheio antes do próprio. Para julgar-se a si mesmo, seria necessário poder mirar-se num espelho, transportar-se de qualquer maneira fora de si mesmo, e considerar-se como outra pessoa, perguntando: Que pensaria eu, se visse alguém fazendo o que faço? É o orgulho, incontestavelmente, o que leva o homem a disfarçar os seus próprios defeitos, tanto morais como físicos. Esse capricho é essencialmente contrário à caridade, pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. A caridade orgulhosa é um contra senso, pois esses dois sentimentos se neutralizam mutuamente. Como, de fato, um homem bastante fútil para crer na importância de sua personalidade e na supremacia de suas qualidades, poderia ter ao mesmo tempo, bastante abnegação para ressaltar nos outros o bem que poderia eclipsá-lo, em lugar do mal que poderia pô-lo em destaque? Se o orgulho é a fonte de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes. Encontramo-lo no fundo e como móvel de quase todas as ações. Foi por isso que Jesus se empenhou em combatê-lo, como o principal obstáculo ao progresso.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Yvonne do Amaral Pereira

Nascida em Rio das Flores (RJ), Yvonne completaria 78 anos de idade no dia 24 de dezembro de 1984, ano em que faleceu. Sua desencarnação ocorreu em março.

Solteira, Yvonne residia com uma irmã e sobrinhos no bairro da Piedade, no Rio, após ter residido nas cidades mineiras de Lavras e Juiz de Fora, o que levou muitos confrades a pensarem que ela tivesse nascido em Minas Gerais, terra de grandes médiuns e vultos notáveis do Espiritismo, como Chico Xavier, Eurípedes Barsanulfo, Abel Gomes e tantos outros.

Entre os anos 60 e 80, Yvonne do Amaral Pereira teve artigos seus publicados na revista Reformador, sob o pseudônimo de Frederico Francisco, nome escolhido em homenagem ao compositor polonês F. F. Chopin, com quem ela certamente mantinha estreitos laços espirituais com origem no passado.

Yvonne apresentou como médium diversas aptidões mediúnicas, assunto a que ela se refere da seguinte forma:

Tipos de mediunidade − Como médium psicógrafa trabalhei a vida inteira, desde 1926 até 1980, como receitista, assistida por entidades de grande elevação, como Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Augusto Silva, Charles, Roberto de Canalejas e outros cujos nomes nunca soube. Fui e até hoje sou  médium conselheiro (ver O Livro dos Espíritos, classificação dos médiuns), psicoanalista e passista, assistida pelos mesmos Espíritos.

Como médium de incorporação, não fui da classe de sonambúlicos, mas falante (ver O Livro dos Médiuns) e tive especialidade para os casos de obsessão e suicidas, e um longo trabalho tenho exercido nesse setor.

Materializações − Fui igualmente médium de efeitos físicos (materializações) e cheguei a realizar algumas materializações à revelia da minha vontade, naturalmente, sem o desejar, durante sessões do gênero a que eu assistia, em plena assistência, isto é, sem cabina ou outra qualquer formalidade. Eram luminosas essas materializações. Mas não cheguei a me interessar por esse gênero de fenômeno, nunca o apreciei e não o cultivei, a conselho de Bezerra de Menezes e Charles, que não viam necessidade de me dedicar a tal setor da mediunidade.

Curas − Durante 54 anos e meio pratiquei curas espíritas através do receituário homeopata e passes e até através de preces. Consegui, muitas vezes, curas em obsidiados com certa facilidade, coadjuvada por companheiros afins. Senti sempre um grande amor pelos Espíritos obsessores e sempre os tive como amigos. Fui correspondida por eles e nunca me prejudicaram.
Burocracias como obstáculo à prática do bem − Conservei-me sempre espírita e médium muito independente, jamais consenti que a direção dos núcleos onde trabalhei bitolasse e burocratizasse as minhas faculdades mediúnicas.

Consagrei-as aos serviços de Jesus e apenas obedecia, irrestritamente, à Igreja do Alto, e com ela exercia a caridade em qualquer dia e hora em que fosse procurada pelos sofredores. Para isso, aprofundei-me no estudo severo da doutrina, a fim de conhecer o terreno em que caminhava e conservar com razão a minha independência. No entanto, observei a rigor o critério e os horários fixados pelos poucos centros onde servi, mas jamais me submeti à burocracia mantida por alguns. Se não me permitiam atender necessitados no Centro, por isso ou por aquilo, em determinados dias, eu os atendia em qualquer outra parte, fosse em minha residência ou na deles, e assim consegui curas significativas, pois aprendi com o Evangelho e a Doutrina Espírita que não há hora nem dia para se exercer o bem.
As curas que consegui foram realizadas com simplicidade, sem formalismo nem inovações na prática espírita. Fui sempre avessa à propaganda dos meus próprios trabalhos e jamais aceitei as homenagens que me quiseram prestar.

Federação Espírita Brasileira − Amei e respeitei a Casa-Máter do Espiritismo no Brasil desde a minha infância, guiada por meu pai, que igualmente a amava e respeitava. A ela submeti-me mais tarde, aconselhada por meus amados Guias Espirituais Bezerra de Menezes e Charles.
Diziam-se as duas entidades: ‘Somente à Federação Espírita Brasileira confia as tuas produções literárias mediúnicas. Se, um dia, alguma delas for rejeitada, submete-te: Guarda-a, a fim de refazê-la mais tarde, ou destrua-a. Mas, não a confies a outrem.’
Essa foi a razão pela qual nunca doei nenhum livro por mim recebido às editoras que me solicitaram publicações.

            No texto que segue, Yvonne A. Pereira fala de sua infância, de seus pais e do surgimento do fenômeno mediúnico em sua vida e informa que, ao contrário do que muitos pensam, não chegou a formar-se professora:

Descendência − Nasci a 24 de dezembro de 1906, após um baile na residência de minha avó materna, num sítio nos arredores do Rio de Janeiro, hoje cidade de Rio das Flores.
Por linha paterna, certamente que descendo de judeus portugueses... e também descendo de índios brasileiros da tribo Goitacás, pois que minha bisavó paterna era Índia Goitacás.
Influência dos pais − Meu pai era generoso de coração, muito desinteressado dos bens de fortuna, e por essa razão não pôde ser bom negociante. Por três vezes foi negociante e arruinou-se, visto que favorecia os fregueses em prejuízo próprio.

Fui criada com muita modéstia, mesmo pobreza, conheci dificuldades de todo gênero, coisa que me beneficiou muito, pois bem cedo alheei-me das vaidades do mundo.
Aprendi assim, com meus pais, a servir o próximo mais necessitado do que nós, pois, em nossa casa, eram acolhidas com carinho e respeito, e até hospedadas, pobres criaturas destituídas de recursos e até mesmo mendigos, alguns dos quais foram por eles sustentados durante muito tempo.

Influência religiosa − Nasci em ambiente espírita, por assim dizer, e por isso nunca tive outra crença senão a espírita. Meu pai tornou-se espírita, embora não militante, desde antes do meu nascimento.
Recebi, portanto, de meu próprio pai as primeiras lições de doutrina espírita e prática do Espiritismo e Evangelho.
Ele fazia, já naquele tempo, reuniões de estudos doutrinários com os filhos, semanalmente, o que a todos nós solidificou na Doutrina Espírita.

Escolaridade − Ao contrário do que muitos amigos supuseram a meu respeito, não sou professora diplomada nem fiz outro qualquer curso escolar, a não ser o primário, fato que, para mim, constituiu grande provação.

Surgimento da mediunidade − A mediunidade apresentou-se em minha vida ainda na infância.
Com um mês de idade, ia sendo enterrada viva devido a um fenômeno de catalepsia, 'morte aparente', que sofri, fenômeno que no decorrer de minha existência repetiu-se muitas vezes.

Aos 5 anos eu já via Espíritos e com eles falava.

Desenvolvimento mediúnico − Nunca desenvolvi a mediunidade, ela apresentou-se por si mesma, naturalmente, sem que eu me preocupasse em atraí-la, pois, em verdade, não há necessidade de se desenvolver a faculdade mediúnica, ela se apresentará sozinha, se realmente existir, e se formos dedicados às operosidades espíritas.

A primeira vez em que me sentei a uma mesa de sessão prática recebi uma comunicação do Espírito Roberto de Canalejas, tratando de suicídios.

Decepção no primeiro encontro com a FEB

O primeiro encontro de Yvonne A. Pereira com a cúpula da Federação Espírita Brasileira não poderia ter sido mais decepcionante. Eis como Yvonne se refere ao assunto:
A primeira vez que visitei a FEB, levando uma obra mediúnica, esta não foi recebida, nem mesmo lida. Foi pelo ano de 1944, e quem me recebeu, no topo da escadaria principal, foi o Sr. Manuel Quintão, na época um dos seus diretores e examinadores das obras literárias a ela confiadas.
Quando expliquei que levava dois livros ao exame da Federação (eram eles Memórias de um Suicida e Amor e Ódio), aquele senhor cortou-me a palavra, dizendo: −Não, não e não! Aqui só entram livros mediúnicos de Chico Xavier. Estou muito ocupado, tenho duzentos livros para examinar e traduzir e não disponho de tempo para mais...
E voltou a conversar com o Dr. Carlos Imbassahy, com quem falava à minha chegada.
Retirei-me sem me agastar. Eu reconhecia a minha incapacidade e não insisti. Aliás, eu mesma não soubera compreender o enredo de 'Memórias de um Suicida', acreditava tratar-se de uma grande mistificação e, silenciei.
Em chegando à minha residência, tomei de uma caixa de fósforos e dos originais dos dois livros e dirigi-me ao quintal, a fim de queimá-los, pois nem mesmo tinha local conveniente para guardá-los. Mas, ao riscar o fósforo e aproximar as páginas da chama, vi, de súbito, o braço e a mão de um homem, transparentes e levemente azulados, estendidos como protegendo as páginas, e uma voz assustada, dizendo-me ao ouvido: ‘ − Espera! Guarda-os!’ Meu coração reconheceu-a como sendo vibrações de Bezerra de Menezes.

Certa manhã, porém, após as preces e o receituário que eu fazia em meu humilde domicílio, para os necessitados que me procuravam, apresentou-se Léon Denis dizendo: − Vamos refazer o livro sobre o suicídio. Ele está incompleto, não poderá ser publicado como está.
Então, compreendi que o Sr. Quintão fora inspirado pelos amigos espirituais para não me receber quando o procurei na Federação.
De fato, foi somente no ano de 1955 que Yvonne pôde concluir a obra de Camilo Castelo Branco, então corrigida doutrinariamente por Léon Denis e legar à humanidade essa preciosidade literária mediúnica intitulada Memórias de um Suicida, que acabou sendo publicada pela FEB.

A desencarnação de Yvonne

Yvonne A. Pereira desencarnou em 9 de março de 1984, no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade. O sepultamento do seu corpo foi realizado no dia 10, às 16h30, no Cemitério de Inhaúma, com acompanhamento de familiares e confrades, dentre os quais havia muitos jornalistas e escritores espíritas e dirigentes de Centros Espíritas, doInstituto de Cultura Espírita do Brasil e da Federação Espírita Brasileira.

Yvonne dedicou-se à mediunidade desde os 20 anos de idade, psicografando inúmeros livros e mensagens de Espíritos como Dr. Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Augusto Elias da Silva, Charles, Roberto de Canalejas, Léon Tolstoi, Camilo Castelo Branco e outros.

Dentre as obras que psicografou destacam-se o clássico Memórias de um Suicida, obra escrita por Camilo Castelo Branco, e o romance Amor e Ódio, de Charles, que é, juntamente com Ave, Cristo, de Emmanuel, considerado por muitos estudiosos o melhor romance espírita já produzido em nosso País.
Foi em Lavras (MG) que ela exerceu sua primeira atividade de grande responsabilidade no meio espírita, quando, ainda muito jovem, pertenceu à diretoria do Centro Espírita de Lavras, como secretária. Ali ela dirigiu o Posto Mediúnico e foi durante vários anos a médium responsável pelo intercâmbio espiritual no setor de receituário e de curas.

Em Juiz de Fora (MG), foi secretária, bibliotecária e vice-presidente da Casa Espírita, além de colaboradora na Fundação João de Freitas. Na Casa Espírita fundou aBiblioteca James Jansen e ensinou trabalhos manuais no Instituto Profissional Eugênia Braga, gratuitamente.
Em Barra do Piraí (RJ), participou ativamente do Grêmio Espírita de Beneficência, como médium receitista e expositora de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho segundo o Espiritismo. Na mesma época, ensinou moral cristã às crianças no Colégio Ismael e integrou o grupo de senhoras que cuidavam da área de assistência social doGrêmio Espírita de Beneficência.

Veja também aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=Pbz75OnR5Fs

http://pt.wikipedia.org/wiki/Yvonne_do_Amaral_Pereira







Yvonne do Amaral Pereira - Outra Biografia

Yvonne do Amaral Pereira nasceu na antiga Vila de Santa Tereza de Valença, hoje Rio das Flores, sul do estado do Rio de Janeiro, às 6 horas da manhã.

O pai, um pequeno negociante, Manoel José Pereira Filho e a mãe Elizabeth do Amaral Pereira.

Teve 5 irmãos mais moços e um mais velho, filho do primeiro casamento da mãe.

Aos 29 dias de nascida, depois de um acesso de tosse, sobreveio uma sufocação que a deixou como morta (catalepsia ou morte aparente).

O fenômeno foi fruto dos muitos complexos que carregava no espírito, já que, na última existência terrestre, morrera afogada por suicídio. Durante 6 horas permaneceu nesse estado.

O médico e o farmacêutico atestaram morte por sufocação. O velório foi preparado. A suposta defunta foi vestida com grinalda e vestido branco e azul. O caixãozinho branco foi encomendado.

A mãe se retirou a um aposento, onde fez uma sincera e fervorosa prece a Maria de Nazaré, pedindo para que a situação fosse definida, pois, não acreditava que a filha estivesse morta.

Instantes depois, a criança acorda aos prantos. Todos os preparativos foram desfeitos. O funeral foi cancelado e a vida seguiu seu curso normal.

O pai, generoso de coração, desinteressado dos bens materiais, entrou em falência por três vezes, pois favorecia os fregueses em prejuízo próprio.

Mais tarde, tornou-se funcionário público, cargo que ocupou até sua desencarnação, em 1935.

O lar sempre foi pobre o modesto, conheceu dificuldades inerentes ao seu estado social, o que, segundo ela, a beneficiou muito, pois bem cedo alheou-se das vaidades mundanas e compreendeu as necessidades do próximo. O exemplo de conduta dos pais teve influência capital no futuro comportamento da médium.

Era comum albergar na casa pessoas necessitadas e mendigos.

Aos 4 anos já se comunicava audio-visualmente com os espíritos, aos quais considerava pessoas normais encarnadas. Duas entidades eram particularmente caras: O espírito Charles, a quem considerava pai terreno real, devido a lembranças vivas de uma encarnação passada, em que este espírito fora seu pai carnal.

Charles, o espírito elevado, foi seu orientador durante toda a sua vida e atividade mediúnica.

O espírito Roberto de Canalejas, que foi médico espanhol em meados do século XIX era a outra entidade pela qual nutria um profundo afeto e com a qual tinha ligações espirituais de longa data e dívidas a saldar.

Mais tarde, na vida adulta, manteria contatos mediúnicos regulares com outras entidades não menos evoluídas, como o Dr. Bezerra de Menezes, Camilo Castelo Branco, Frederic Chopin e outras.

Aos 8 anos repetiu-se o fenômeno de catalepsia, associado a desprendimento parcial. Aconteceu à noite e a visão que teve, a marcou pelo resto da vida. Em espírito, foi parar ante uma imagem do “Senhor dos Passos”, na igreja que freqüentava. Pedia socorro, pois sofria muito. A imagem, então, cobrando vida, lhe dirigiu as seguintes palavras: “Vem comigo minha filha, será o único recurso que terás para suportar os sofrimentos que te esperam”, aceitou a mão que lhe era estendida, subiu os degraus e não lembra de mais nada.

De fato, Yvonne Pereira foi uma criança infeliz.

Vivia acossada por uma imensa saudade do ambiente familiar que tivera na sua última encarnação na Espanha e que lembrava cm extraordinária clareza.

Considerava seus familiares, principalmente seu pai e irmãos, como estranhos. A casa, a cidade onde morava, eram totalmente estranhas. Para ela, o pai verdadeiro era o espírito Charles e a casa, a da Espanha. Esses sentimentos desencontrados e o afloramento das faculdades mediúnicas, faziam com que tivesse comportamento considerado anormal por seus familiares.

Por esse motivo, até os dez anos, passou a maior parte do tempo na casa da avó paterna. O seu lar era espírita.

Aos 8 anos teve o primeiro contato com um livro espírita. Aos 12, o pai deu-lhe de presente “O Evangelho segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos”, que a acompanharam pelo resto da vida, sendo a sua leitura repetida, um bálsamo nas horas difíceis.

Aos 13 anos começou a freqüentar as sessões práticas de Espiritismo, que muito a encantavam, pois via os espíritos comunicantes.

Teve como instrução escolar o curso primário. Não pode, por motivos econômicos, fazer outros cursos, o que representou uma grande provação para ela, pois amava o estudo e a leitura.

Desde cedo teve que trabalhar para o seu próprio sustento, e o fez com a costura, bordado, rendas, flores, etc... A educação patriarcal que recebeu, fez com que vivesse afastada do mundo. Isto, por um lado, favoreceu o desenvolvimento e recolhimento mediúnico, mas por outro, a tornou excessivamente tímida e triste.

Como já vimos, a mediunidade apresentou-se nos primeiros dias de vida terrena, através do fenômeno de catalepsia, vindo a ser este, um fenômeno comum na sua vida a partir dos 16 anos.

A maior parte das reportagens de além-túmulo, dos romances, das crônicas e contos relatados por Yvonne Pereira, foram coletados no mundo espiritual através deste processo, na hora do sono reparador.

A sua mediunidade, porém, foi diversificada. Foi médium psicógrafo e receitista (Homeopatia) assistida por entidades de grande elevação, como Bezerra de Menezes, Charles, Roberto de Canalejas, Bittencourt Sampaio.

Praticou a mediunidade de incorporação e passista. Possuía mediunidade de efeitos físicos, chegando a realizar algumas sessões de materialização, mas nunca sentiu atração por esta modalidade mediúnica.

Os trabalhos, no campo da mediunidade, que mais gostava de fazer eram os de desdobramento, incorporação e receituário.

Como foi dito, através do desdobramento noturno que Yvonne Pereira navegava através do mundo espiritual, amparada por seus orientadores, coletando as crônicas, contos e romances com os quais hoje nos deleitamos.

Como médium psicofônico, pode entrar em contato com obsessores, obsidiados, e suicidas, aos quais, devotava um carinho especial, sendo que muitos deles tornaram-se espíritos amigos.

No receituário homeopático trabalhou em diversos centros espíritas de várias cidades em que morou durante os 54 anos de atividade.

Foi uma médium independente, que não se submetia aos entraves burocráticos que alguns centros exercem sobre seus trabalhadores, seguia sempre a “Igreja do Alto” e com ela exercia a caridade a qualquer hora e a qualquer dia em que fosse procurada pelos sofredores.

Foi uma esperantista convicta e trabalhou arduamente na sua propaganda e difusão, através de correspondência que mantinha com outros esperantistas, tanto no Brasil, quanto no exterior.

Desde muito pequena cultivou o estudo e a boa leitura.

Aos 16 anos já tinha lido obras dos grandes autores como Goethe, Bernardo Guimarães, José de Alencar, Alexandre Herculano, Arthur Conan Doyle e outros.

Escreveu muitos artigos publicados em jornais populares. Todos foram perdidos.

A obra mediúnica de Yvonne Pereira consta de 20 livros.

Yvonne do Amaral Pereira Nasceu no Rio de Janeiro em 24-12-1906

Desencarnou no Rio de Janeiro em 19-03-1984

Fonte: Jornal Macaé Espírita - Nº 289/290 - Janeiro e Fevereiro de 2000

Biografia compilada por Rocky Antonio Valencia Oyola