Estudando o Espiritismo

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domingo, 9 de junho de 2013

Reforma Íntima

Amigos,

Falando em relatividades (clique aqui para ler o texto), comecei a pensar sobre a tal da “Reforma Íntima”, citada algumas vezes pelos nossos escritores espíritas. Sempre dizem que precisamos fazer a reforma íntima, ou seja, precisamos pensar em nós e em nossas posições perante a vida e a relação com os irmãos. Mas, será que até mesmo essa reforma íntima é relativa? E quando sabemos que estamos indo bem nesse aspecto ou não?

Eu não tenho as respostas mais corretas para essas questões, mas tenho algo que, para mim, faz muito sentido. Olhemos nossas vidas com sinceridade. Ela é a resposta.

Sim, a vida nos responde no dia a dia. Quando vamos reencarnar, aceitamos uma série de questões a serem melhoradas em nossos “eus” espirituais. Quanto espíritos, temos uma visão sem os limites da matéria e conseguimos entender que algumas situações ruins de nossa existência acontecem para facilitar nosso aprendizado. Obviamente esse aprendizado é extremamente individual, cada um sabe o que tem que ser desenvolvido e isso tudo é acertado antes mesmo da concepção.

Certo, entendemos que alguns problemas pelos quais passamos são frutos dessa nossa escolha com a finalidade única de aprendermos alguma coisa. Esse é, também, mais ou menos o princípio da reforma íntima: observarmos nossos passos para ver se nos mantemos em linha reta e, acima de tudo, andamos para frente.

Bom, como a vida pode nos responder a isso tudo? Simples: quando nossa vida está bem em seu sentido mais amplo. Como está sua reação com a família? Com os amigos? Com seus pares? Você anda sorrindo mais do que chorando? Você tem mais respostas boas que ruins? Lembram-se que estudamos que os iguais se atraem, quando falamos de energias e de espíritos? Pois bem; se sua reforma íntima está em dia, se você está progredindo como pessoa, a tendência é que você tenha mais respostas positivas em sua vida. Quando isso falhar, a vida se encarregará de te dar respostas negativas novamente.

Nós, espiritualistas, às vezes temos nesse pequeno pormenor a vaidade de apontar um irmão e dizer que ele não faz corretamente sua reforma íntima. Mas esquecemos de olharmos para nós e observarmos a nossa própria reforma. Às vezes temos a tendência de observar as conquistas do irmão com certo desdém mas, se é uma conquista, é porque ele fez por merecer. O julgo é complicado nesses momentos porque, quase sempre, é carregado de egoísmo, vaidade e, muitas vezes, rancor.

Eu não sei, na verdade. Vocês que me acompanham há algum tempo sabem como costumo agir: no final do dia, relembro o dia todo tentando encontrar as situações pelas quais passei e ver onde agi mal e onde agi bem. Quando vejo que agi bem, deixo isso passar. Quando vejo que agi mal, tomo como lição e tento não deixar mais acontecer. Não sei se esse é o melhor caminho mas é o qual eu acredito e, para ser sincero, é isso que me faz um Soldado de Oxalá: a noção de que não sou perfeito e de que posso errar.

E o que eu quero dizer com isso tudo?

Reforma íntima é íntima. É de cada um para consigo mesmo. Não é algo que importe a outros e não é algo dos outros que importe a você. Cada um segue seu caminho rumo ao Pai Maior, seja lá qual nome damos a Ele e achar que um irmão não faz isso direito é, no mínimo, vaidade de sua parte. Afinal, quem seria você, nesse meio, para julgar alguém?

Cuidado com seus apontamentos. Dificilmente nós conseguimos ver no irmão aquilo que não temos em nosso coração. Se você só vê maldade, talvez seja hora de repensar sua própria reforma íntima.

Abs.

http://www.artefolk.com.br/novo/blog/2013/06/03/reforma-intima/

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