Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

ASTROLOGIA



Publicado por Marcio-geec em 11/8/2006 (420 leituras)
Paulo da Silva Neto Sobrinho


Consultado a respeito do que a Doutrina Espírita diz sobre a Astrologia, fomos à pesquisa e levantamos alguns pontos que encontramos sobre este assunto.

Devemos, antes de qualquer coisa, saber o que significa este termo. Recorremos à Enciclopédia Encarta que traz o seguinte:

Astrologia, disciplina que observa, analisa e estuda as posições e movimentos dos astros, relacionando-os com fenômenos ocorridos na Terra. Os astrólogos afirmam que a posição dos astros na hora exata do nascimento das pessoas — além dos movimentos astrais posteriores — influem no caráter e destino dos seres humanos.

Cientistas negam os princípios da astrologia, mas milhões de pessoas crêem e praticam-na.

Os astrólogos fazem mapas astrais, também chamados de horóscopos, localizando a posição dos astros em um momento determinado. No mapa astral encontra-se a eclíptica — trajetória aparente do sol, através do céu, durante o ano — com as doze casas dos signos do zodíaco: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. A cada planeta (incluindo o Sol e a Lua) emprestam-se características, dependendo do lugar da elíptica e do momento em que o horóscopo é feito. O horóscopo também se divide em doze casas, relativas às 24 horas gastas pela Terra para dar uma volta completa em torno de seu eixo. Cada uma destas casas relaciona-se com situações da vida. Os astrólogos fazem suas previsões interpretando a posição dos astros dentro dos signos e das casas do horóscopo.

Sabendo o que é a Astrologia, podemos ver agora, o que sobre ela encontramos na Codificação Kardequiana.

Vamos primeiramente ao Livro dos Espíritos.

Perg. 867 – De onde vem a expressão: Nascer sob uma feliz estrela?

- Velha supertição que ligava as estrelas ao destino de cada homem; alegoria que certas pessoas têm a tolice de tomar ao pé da letra.

Assim a resposta dos Espíritos Superiores a Kardec coloca a influência dos astros simplesmente como uma supertição.

Perg. 859 – Há fatos que, forçosamente, devam acontecer e que a vontade dos Espíritos não possa evitar? (complemento da pergunta).

- Sim, mas tu, quando no estado de Espírito, viste e pressentiste, ao fazer a tua escolha. Entretanto não creiais que tudo o que ocorre esteja escrito, como se diz. Um acontecimento é, freqüentemente, a conseqüência de uma coisa que fizeste por um ato de tua livre vontade, de tal sorte que se não tivesses feito essa coisa, o acontecimento não ocorreria. Se queimas o dedo, isso não é nada; é o resultado de tua imprudência e a conseqüência da matéria. Não há senão as grandes dores, os acontecimentos importantes que podem influir sobre o moral, que são previstos por Deus, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.

Compreendemos, então, que certos acontecimentos ocorrem em nossa vida como conseqüência de atos ou fatos que nós mesmos praticamos. Se existe alguma influência são das nossas ações e não dos astros. Além de que essas são totalmente individuais, ao passo que a que querem dizer que os astros possuem é coletiva, pois atinge um grande número de pessoas. Por outro lado onde ficará o nosso livre-arbítrio se tudo para nós estivesse predeterminado pelos astros?

Perg. 860 – O homem, por sua vontade e por seus atos, pode fazer com que os acontecimentos que deveriam ocorrer não ocorram, e vice-versa?

- Ele o pode, desde que esse desvio aparente possa se harmonizar com a vida que escolheu. Ademais, para fazer o bem, como o deve ser, e como isso é o único objetivo da vida, pode impedir o mal, sobretudo aquele que poderia contribuir para um mal maior.

Claro fica que se podemos mudar algum acontecimento é porque ele não é fatal, ou um destino rigoroso que devemos cumprir. Em virtude disso não tem como estar definido por posição ou influência dos astros.

Perg. 868 – O futuro pode ser revelado ao homem?

- Em princípio, o futuro lhe é oculto e não é senão em casos raros e excepcionais que Deus permite a revelação.

Se o nosso futuro estiver determinado pela posição dos astros já não seria caso raro e excepcional, ficando, portanto em contradição com a resposta dos Espíritos.

Perg. 869 – Com que objetivo o futuro está oculto ao homem?

- Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade, porque seria dominado pelo pensamento de que, se uma coisa deve acontecer, não ter que se ocupar dela, ou então, procuraria dificultá-la. Deus não quis que fosse assim, a fim de que cada um concorresse para a realização das coisas, mesmo às quais gostaria de se opor. Assim, tu mesmo, freqüentemente, preparas, sem desconfiar disso, os acontecimentos que sobreviverão no curso da tua vida.

É a explicação dos Espíritos porque o futuro não nos é revelado. A morte é um fato que acontecerá a todos nós, quer dizer, que todos nós conhecemos este futuro, entretanto ninguém se prepara para ele, assim confirma o que disseram os Espíritos a Kardec.

Perg. 851 – Há uma fatalidade nos acontecimentos da vida, segundo o sentido ligado a essa palavra, quer dizer, todos os acontecimentos são predeterminados? Nesse caso, em que se torna o livre arbítrio?

- A fatalidade não existe senão pela escolha que fez o Espírito, em se encarnando, de suportar tal ou tal prova. Escolhendo, ele se faz uma espécie de destino que é a consequência mesma de posição em que se encontra. Falo das provas físicas, porque para o que é prova moral e tentações, o Espírito, conservando seu livre arbítrio sobre o bem e sobre o mal, é sempre senhor de ceder ou resistir. Um bom Espírito vendo-o fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar sua vontade. Um Espírito mau, quer dizer, inferior, mostrando-lhe, exagerando-lhe um perigo físico, pode abalá-lo e assustá-lo; mas a vontade do Espírito encarnado não fica menos livre de todos os entraves.

Se um Espírito bom não pode influir de maneira a dominar a vontade de alguém como um astro poderia? E se a fatalidade existe apenas pelo que nós escolhemos, onde entra a influência dos astros?

Perg. 852 – Há pessoas que uma fatalidade parece perseguir independentemente de sua maneira de agir; a infelicidade não está no seu destino?

- Pode ser que sejam provas que elas devem suportar e que escolheram. Mas, ainda uma vez, levais à conta do destino o que não é, o mais freqüentemente, senão a consequência de vossa própria falta. Nos males que te afligem, esforça-te para que a tua consciência seja pura, e serás consolado em parte.

Novamente confirmando que somente o que queremos denominar de destino é apenas um reflexo de nossas ações e não por qualquer outro tipo de influência.

Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, diz no livro O Consolador:

Perg. 140 – Os astros influenciam igualmente na vida do homem?

- As antigas assertivas astrológicas têm a sua razão de ser. O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra: porém, a existência planetária é sinônimo de luta. Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.

Da resposta de Emmanuel concluímos a influência dos astros existem somente no complexo celular do homem físico, ou seja, não existe influência no caráter ou no destino do homem, mas somente no físico. Quanto a essa influência ninguém poderá negar. Se fizermos uma pesquisa, fatalmente, iremos comprovar que nas noites de Lua cheia, ocorre um maior número de partos nos animais, aí também incluímos o homem (animal racional). A influência da lua nas marés é outro exemplo que citamos.

Não poderemos afirmar com absoluta certeza, mas em algumas situações o nosso comportamento poderá sofrer certas alterações, tais como: estado de mau humor ou de tristeza causados pelas condições ambientais, como dias nebulosos ou chuvosos.

Mas, ao que tudo indica, estas alterações não chegam a ponto de moldar o nosso caráter ou o nosso destino. Se isto ocorresse teríamos que forçosamente aceitar que todas as pessoas que nascem num mesmo dia e horário serão exatamente iguais em seu caráter e destino.

Perg. 141 – Há influências espirituais entre o ser humano e o seu nome, tanto na Terra, como no Espaço?

- Na Terra ou no plano invisível, temos a simbologia sagrada das palavras; todavia, o estudo dessas influências requer um grande volume de considerações especializadas e, como o nosso trabalho humilde é uma apologia ao esforço de cada um, ainda aqui temos de reconhecer que cada homem recebe as influências a que fez jus, competindo a cada coração renovar seus próprios valores, em marcha para realizações cada vez mais altas, pois que o determinismo de Deus é o do bem, e todos os que se entregam realmente ao bem, triunfarão de todos os óbices do mundo.

O pensamento de Emmanuel, se bem entendemos, é que determinados nomes podem ter para nós um significado especial e isso acaba por exercer algum tipo de influência sobre aqueles que receberam este nome. Recentemente o mundo ficou chocado com a morte trágica da Princesa Diana. Este nome tornou-se venerado por muitas pessoas, primeiro porque a Princesa era uma pessoa que se empenhava em ajudar os necessitados e segundo pela própria tragédia de sua morte. Vejamos um outro exemplo o nome Hitler. O que você acha? Só de falar nele já nos traz um enorme sentimento de repulsa, não é mesmo? Diferentemente do nome Diana, traz-nos lembranças ruins, por isso raramente vemos alguém com este nome.

Recentemente escutávamos um programa da Rádio Boa Nova onde foi falado que a NASA estava fazendo uma pesquisa sobre o comportamento humano.

A equipe de pesquisadores colocou numa sala muitas garrafas cheias de água coloridas da cor de uísque. Buscaram vários voluntários e lhes disseram que naquela sala tinha muitas garrafas de uísque e que cada um poderia tomar o quanto quisesse ou agüentasse, dito isso, saíram para deixar os voluntários mais à vontade. Passado algum tempo, voltaram e observaram que, por mais estranho que pareça, alguns deles estavam completamente bêbados inclusive nos testes de laboratório detectou-se a presença do álcool no sangue deles. Assim como o acontecido nesta experiência pode ocorrer em mil e uma situações em que a “força do pensamento” provoca a ocorrência de determinado fato ou situação sugestionada pela própria ou por outra pessoa. Não poderia ser o caso das informações passadas a uma pessoa por um astrólogo? Pelo resultado da experiência realizada pela NASA acreditamos que sim.

Poderemos concluir disso tudo, que os astros, pelas energias que emitem, inegavelmente exercem influência uns sobre outros. E na Terra, via de conseqüência, determinados fenômenos naturais e determinadas matérias absorvem também tais radiações de energia. Mas a nossa maneira de ser, o nosso caráter e o nosso destino são frutos de nossas aquisições ou ações pretéritas, ou seja, recebemos influências de nós mesmos ou no máximo de um ser humano para outro, não dos astros.

Mas isso não nos dá o direito de perseguir ou condenar os que nela acreditam, pois é nosso dever cristão respeitar-nos uns aos outros e se hoje já encontramos a luz, todos algum dia a encontrarão.

Jun/2001.

Bibliografia
O Consolador, Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, FEB, RJ, 1986, 13ª edição.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, IDE, Araras, SP, 37ª edição 1987.
Enciclopédia Microsoft Encarta. 1993-1999.


CONSULTADO A RESPEITO DO QUE A DOUTRINA ESPÍRITA DIZ SOBRE A ASTROLOGIA, FOMOS À PESQUISA E LEVANTAMOS ALGUNS PONTOS QUE ENCONTRAMOS SOBRE ESTE ASSUNTO.
Publicado por Marcio-geec em 11/8/2006 (727 leituras)
Nelson Oliveira e Souza

A nossa vida é uma seqüência infinita de decisões. A cada instante, para viver, cada um de nós tem que tomar decisões, com graus variados de importância, que passam a modelar o nosso comportamento de forma marcante, gerando conseqüências para os outros e para nós mesmos, automaticamente, pois que o homem não vive isoladamente, mas em sociedade, com dependência de uns para com os outros. É o uso do livre-arbítrio, da liberdade de viver, que Deus sabiamente nos concede.

O ato decisório está intimamente ligado às escolhas seletivas que fazemos nas ações de cada segundo. Abrange pequenas e grandes coisas como, por exemplo, decidir (escolher) o tipo de alimento que vamos ingerir nas refeições do dia a dia; o tipo de condução que vamos utilizar para ir de casa para o trabalho (ônibus, táxi, trem ou metrô), ou se vamos ou não casar dom determinada pessoa; se vamos abraçar esta ou aquela carreira profissional, e assim por diante. Tomada a decisão, escolhido o que vamos fazer, só nos resta aguardar as conseqüências dos nossos atos, que um dia virão.

Algumas decisões são tomadas quase que instintivamente, sem sequer nos apercebermos que estamos decidindo, ou seja, fazendo uma escolha.

Doutras vezes, a decisão é complexa e, por isso mesmo, causa em nós preocupações sérias, podendo causar estresse e não raras vezes depressão, por não conseguirmos descobrir, de imediato, qual a melhor decisão.

O livre-arbítrio nos é concedido por Deus como uma verdadeira dádiva, mas a utilização dessa liberdade de viver tem que se alicerçar em decisões responsáveis, ou seja, ninguém tem o direito de prejudicar ninguém e, desta forma, a liberdade de ação que todos possuímos, não é totalmente absoluta, muito pelo contrário, é relativa, possuindo limites que precisam ser bem visualizados. Essas barreiras divisórias estão colocadas na posição exata em que os direitos de uma pessoa terminam e os direitos dos seus semelhantes começam.

Sempre que esses limites de liberdade são ultrapassados, acabamos prejudicando alguém, consciente ou inconscientemente e, pela lei de justiça divina, passamos a ser infratores perante a harmonia do Universo, condição que terá que ser reparada, oportuna e convenientemente, para que a lei de causa e efeito se cumpra.

Daí uma das razões das dores e sofrimentos aqui na Terra, que não são eternos, mas exatamente proporcionais às dores e sofrimentos que causamos aos nossos semelhantes.

Allan Kardec explica no livro O CÉU E O INFERNO, que os deslizes que cometemos, criam como que manchas no Espírito, de maior ou menos intensidade, de acordo com a extensão do mal que criamos. Só há um meio de apagar estas manchas do Espírito, meio este composto de três etapas fundamentais: Arrependimento, Expiação e Reparação.

O primeiro passo é o arrependimento sincero, isto é, o reconhecimento de que fizemos algo errado. Esta fase do processo é importantíssima, pois significa que o discernimento entre o bem e o mal já existe. Há pessoas que, infelizmente, praticam o mal, achando que estão fazendo um bem. Estas pessoas ainda não despertaram a consciência para distinguir corretamente o bem do mal. É nosso dever supremo praticar, única e exclusivamente o bem, mas se, por qualquer motivo, não pudermos o bem realizar, jamais devemos praticar o mal.

A depuração quanto aos erros cometidos, começam com o arrependimento.

Somente o arrependimento, porém, não é suficiente para apagar a mancha criada pelo erro cometido. É preciso passar pela expiação, isto é, sofrer conforme fizemos os outros sofrer. É bem verdade que esta fase do processo pode ser atenuada, desde que o infrator pratique, por livre e espontânea vontade, muita caridade em beneficio dos seus semelhantes, anulando, para isso, o seu próprio egoísmo, o que nem sempre é tão fácil.

Chamamos a atenção para um outro ponto essencial, pois poderia parecer que o arrependimento, seguido da expiação das faltas fosse suficiente para nos livrarmos dos estragos que causamos com os nossos erros. E não é bem assim.

Torna-se necessária uma terceira e ultima etapa: a reparação, que consiste em nós fazermos o bem a que fizemos o mal. Só depois que passamos por tal procedimento é que conseguimos nos livrar totalmente das nódoas dos nossos erros.

Portanto, usar mal o livre-arbítrio, isto é, decidir erradamente, não é um bom negócio, pois as conseqüências para o Espírito são desastrosas, exigindo muita compreensão, determinação, coragem, força de vontade e resignação, além do dispêndio de muito tempo para a concretização das três etapas assinaladas: Arrependimento, Expiação e Reparação.

Autor: Nelson Oliveira e Souza - Presidente do CETJ
Fonte: O Mensageiro

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