Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

VII - DIFICULDADES NA PRÁTICA DA REFORMA INTIMA



44- Lutar ou não? Essa indagação muitos encarnados se fazem a fim de avaliar a utilidade do complexo empreendimento da reforma íntima.

45- O sofrimento lhes será inevitável, pois os seus conflitos internos estarão em ebulição e não bastará a aparência para concretizar verdadeiramente qualquer modificação substancial.

46- Um dos primeiros entraves a ser removido é a ausência ou a dormência da autocrítica. As pessoas, de um modo geral, julgam-se isentas de avaliações ou se concedem o benefício da dúvida, o que dificulta ou impede o reconhecimento dos seus erros e dos desvios de toda ordem, muitas vezes a movimentá-las com frequência no cotidiano.

47- Não que todos os seres humanos considerem-se perfeitos. Expressam aos outros que não o são, por certo; intimamente, porém, acham que são menos errados que o seu vizinho, portanto, mais perfeitos que o próximo. Aí está a chave inicial do insucesso na reforma íntima.

48- A persistência do indivíduo no descobrimento dos próprios defeitos ampliará consideravelmente o âmbito de possibilidades de êxito. Somente quem sabe os males que possui, pode curá-los. A ignorância é um sério entrave na renovação interior.

49- Forças negativas produzem reações similares. Cultivar maus sentimentos, portanto, cria um universo contraproducente ao encarnado.

50- Abrindo o coração para o bem, estará tecendo condições para um envolvimento positivo e, com isso, surgirá a possibilidade de ouvir críticas e estabelecer o diálogo acerca dos problemas que cercam sua personalidade e seu modo de agir.
51 - Após ter assimilado o processo de autocrítica, o segundo passo será agir com sinceridade. De nada adianta enganar-se na reforma íntima, porque se assim o fizer ela não será autêntica.

52- A sinceridade prevê a vontade de ouvir críticas para poder solucionar problemas, não com o sentido de retorsão ou revanche.

53- Quem critica pode estar ou não no mesmo processo. Se estiver, sua censura será fraterna, com o objetivo de esclarecer e não de ferir, tendo por pressuposto a mansuetude e o amor, príncipe dos sentimentos cristãos. Caso não esteja, ainda assim, será a objeção recebida com naturalidade e incidirá o perdão sobre aquele que não soube expressar-se ou mesmo assacou uma inverdade.

54- Uma terceira dificuldade a ser enfrentada é a bagagem secular de erros e mazelas que o Espírito traz consigo ao longo do seu processo evolutivo. São fatores determinantes para a sua maior ou menor resistência ao processo de reforma íntima.

55- Não se trata de uma desculpa, nem de uma justificativa excludente, mas somente de mais um entrave na sua luta por um progresso interior.

56- Obstáculo implacável constitui o maior ou menor desapego aos valores cristãos. Sem fé, não há força interna que seja capaz de levar o encarnado ao áspero combate que irá travar consigo mesmo, visando produzir, com eficácia, a sua reforma íntima.


Cairbar Schutel

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