Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

REFORMA ÍNTIMA



A identificação do homem com a mensagem evangélica, não raro se revela mediante o desapego aos objetos e valores materiais. 

Constitui um sinal de compreensão dos deveres humanos em relação ao próximo a generosidade fraternal, em forma de dádivas. No entanto, muitos daqueles que distendem os seus recursos amoedados, mesmo que forrados de propósitos salutares, impõe condições, formulam exigências, conseguindo, assim, minimizar o significado dos auxílios, quando não humilhando os beneficiários. 

O conhecimento cristão, quando penetra o âmago da criatura, torna-se uma claridade que vence as resistências das sombras egoístas que teimam por perdurar. 

Como conseqüência, impõe a necessidade da renovação interior, vencendo as paixões que ferreteiam o caráter e atormentam os sentimentos. 

Superar as más inclinações e submeter às tendências dissolventes, eis o campo de trabalho silencioso e difícil que não pode ser marginalizado. 

Para que se logrem os resultados positivos, o empreendimento exige disciplina e resolução firme, cujas resistências se haurem no estudo da doutrina do Mestre, na prece e na meditação, com a atitude constante da caridade que faz desabrocharem os tesouros que jazem no espírito. 

Sem a decisão firme da renovação íntima, o homem faz-se joguete de forças em choque, contras as quais se vê obrigado a lutar. 

É uma batalha árdua e demorada, porque objetiva anular o efeito dos hábitos infelizes, milenarmente fixados na tessitura do próprio ser. 

Essa disposição se deve apoiar na humildade, que é a célula-máter para cometimentos de tal parte. 

A humildade desencoraja qualquer força de violência e de crime. 

Consegue anestesiar os efeitos do mal e provar a excelência do bem. 

O seu exercício produz resultados opimos, favorecendo a sementeira dos objetivos elevados, bem como a fecundação deles nas terras do sentimento. 

Talvez não seja notório para a observação descuidada de terceiros, o programa da renovação íntima. 

Aquele, porém, que se dedica ao compromisso liberativo, descobre a felicidade e a paz que lhe passam a lenir a vida, emulando-o ao prosseguimento do esforço, mediante o qual se eleva. 

Quantos, porém, se preocupam na demonstração exterior dos vínculos com Jesus, prosseguem, não obstante, irritados, insatisfeitos e queixosos, em razão da ausência do Espírito do Cristo, que deveria neles, refletir em forma de amor e harmonia íntima. 

 Livro: Alerta
Joanna de Ângelis & Divaldo Franco


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