1 - QUE É REFORMA ÍNTIMA?
RESP.: O Espírito de Verdade nos disse: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento; instruí-vos, eis o segundo". Todas as verdades se encontram no Cristianismo. Para tanto, é preciso educar o Espírito para que possa, à Luz dos Ensinamentos de Jesus, transformar-se no "homem novo", substituindo o "homem velho" do passado. Como? Transformando seus defeitos e vícios em qualidades e virtudes. E, aos poucos, seus efeitos irão se manifestar nos sentimentos, nos pensamentos e nos atos exteriores. São as transformações morais.
2 - QUAL O SIGNIFICADO DA TRANSFORMAÇÃO DO "HOMEM VELHO" EM "HOMEM NOVO"?
2 - QUAL O SIGNIFICADO DA TRANSFORMAÇÃO DO "HOMEM VELHO" EM "HOMEM NOVO"?
RESP.: O significado é que o "homem velho" é aquele que possui os seus defeitos, os seus vícios enraizados. E o "homem novo" é aquele que sofreu sérias transformações morais pois, ele agora é constituído de qualidades. Essas transformações morais modificou a sua conceituação de vida, afinando-se bem com os ensinamentos do Divino Mestre.
3 - COMO DISTINGUIR O INDIVÍDUO QUE SE ESPIRITUALIZA?
RESP.: É fácil distinguir aquele que se espiritualiza: basta ver como se manifesta na vida comum os seus sentimentos, pensamentos e atos. Espiritualização é a exteriorização, é o vir à tona da centelha, isto é, do EU interior, no esforço de sintonizar-se à vibração universal divina, que é harmonia, luz, amor, é sobrepor-se ao homem material purificando-se para conquistar o direito de viver em mundos mais perfeitos.
4 - SOB QUE ASPECTO A ANÁLISE DE NOSSAS TENDÊNCIAS INSTINTIVAS É IMPORTANTE PARA A REFORMA ÍNTIMA?
RESP.: Mas, se não temos, durante a vida corpórea uma lembrança precisa daquilo que fomos e do que fizemos de bem ou de mal em nossas existências anteriores, temos, entretanto, a sua intuição. E as nossas tendências instintivas são uma reminiscência do nosso passado, às quais a nossa consciência,- que representa por nós concebido de não mais cometer as mesmas faltas - adverte que devemos resistir. Se o homem não tem, portanto, lembranças precisas do passado, tem sempre a voz da consciência e suas tendências instintivas, que lhe permite o conhecimento de si mesmo.
5 - O REMORSO É UMA PUNIÇÃO?
RESP.: O remorso é a força que prepara o arrependimento, como este é a energia que precede o esforço regenerador. Choque espiritual nas suas características profundas, o remorso é o interstício para a luz, através do qual recebe o homem a cooperação indireta de seus amigos do Invisível, a fim de retificar seus desvios e renovar seus valores morais, na jornada para Deus.
6 - COMO SE INTERPRETA O CIÚME NO PLANO ESPIRITUAL?
RESP.: O ciúme, propriamente considerado nas suas expressões de escândalo e de violência, é um indício de atraso moral ou de estacionamento no egoísmo, dolorosa situação que o homem somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para cooperar na elevação de cada um. Só a compreensão da vida, colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos, poderá aniquilar o ciúme no coração, de modo a cerrar-se a porta ao perigo, pela qual toda alma pode atirar-se a terríveis tentações, com largos reflexos nos dias do futuro.
7 - COMO DEVEMOS EFETUAR NOSSA AUTO-EDUCAÇÃO, ESCLARECIDA PELA LUZ DO EVANGELHO, NOS PROBLEMAS DAS ATRAÇÕES SEXUAIS, CUJAS TENDÊNCIAS EGOÍSTAS TANTAS VEZES NOS LEVAM A ATITUDES ANTIFRATERNAIS?
RESP.: Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido como o impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações do amor divino, através da progressividade de sua espiritualização no devotamento e no sacrifício. Toda vez que experimentardes disposições antifraternais em seu círculo, isso significa que preponderam em vossa organização psíquica as recordações prejudiciais, tendentes ao estacionamento na marcha evolutiva. É aí que urge o esforço da auto-educação, porquanto toda criatura necessita resolver o problema da renovação de seus próprios valores. Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evolutir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos. Examinando-se, ainda, o elevado coeficiente de viciação do amor sexual, que os homens criaram para os seus destinos, somos obrigados a ponderar que, se muitos contraem débitos penosos, entre os excessos da fortuna, da inteligência e do poder, outros o fazem pelo sexo, abusando de um dos mais sagrados pontos de referência de sua vida. É por esse motivo que observamos, muitas vezes, almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do amor divino. Depreende-se, pois, que, ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo.
8 - QUAL A ATITUDE MENTAL QUE MAIS FAVORECERÁ O NOSSO ÊXITO ESPIRITUAL NOS TRABALHOS DO MUNDO?
RESP.: Essa atitude deve ser a que voz é ensinada pela lei divina, na reencarnação em que vos encontrais, isto é, a do esquecimento de todo o mal, para recordar apenas o bem e a sagrada oportunidade de trabalho, e edificação, no patrimônio eterno do tempo. Esquecer o mal é aniquilá-lo, e perdoar a quem o pratica é ensinar o amor, conquistando afeições sinceras e preciosas. Daí a necessidade do perdão, no mundo, para que o incêndio do mal possa ser exterminado, devolvendo-se a paz legítima aos corações.
9 - COMO PODEREMOS ENCONTRAR, DENTRO DE NÓS MESMOS, O ELEMENTO ESCLARECEDOR DE QUALQUER DÚVIDA, QUANTO À QUALIDADE FRATERNAL E EXCELENTE DO ATO QUE PRETENDAMOS REALIZAR NAS LUTAS COTIDIANAS DA VIDA DE RELAÇÃO?
RESP.: Aqui somos compelidos a recordar o antigo preceito do "amar o próximo como a nós mesmos". Em todos os seus atos, o discípulo de Jesus deverá considerar se estaria satisfeito, recebendo-os de um seu irmão, na mesma qualidade, intensidade e modalidade com que pretende aplicar o conceito, ou exemplo, aos outros. Com esse processo introspectivo, cessariam todas as campanhas levianas dos atos e das palavras, e a comunidade cristão estaria integrada, em conjunto, no seu legítimo caminho.
10 - COMO ENCARAM OS GUIAS ESPIRITUAIS AS NOSSAS QUEIXAS?
RESP.: Muitas são consideradas verdadeiras preces dignas de toda a carinhosa atenção dos amigos desencarnados. A maioria porém, não passa de lamentação estéril, a que o homem se acostumou como a um vício qualquer, porque, se tendes nas mãos o remédio eficaz com o Evangelho de Jesus e com os consoladores esclarecimentos da doutrina dos Espíritos, a repetição de certas queixas traduz má-vontade na aplicação legítima do conhecimento espiritista a vós mesmos.
11 - O "AMOR-PRÓPRIO", O "BRIO", O "CARÁTER", A "HONRA", SÃO ATITUDES QUE A SOCIEDADE HUMANA RECLAMA DA PERSONALIDADE; COMO PROCEDER EM TAL CASO, QUANDO OS FATOS COLIDEM COM OS NOSSOS CONHECIMENTOS EVANGÉLICOS?
RESP.: O círculo social exige semelhantes atitudes da personalidade e, contudo, essa mesma sociedade ainda não soube entendê-las, senão pela pauta das suas convenções, quando o amor-próprio, o brio, o caráter e a honra deveriam ser traços do aperfeiçoamento espiritual e nunca demonstrações de egoísmo, de vaidade e orgulho, quais se manifestam, comumente na Terra.
Quando o homem se cristianizar, compreendendo essas posições morais no seu verdadeiro prisma, não mais se verificará qualquer colisão entre os acontecimentos da existência comum e os seus conhecimentos do Evangelho, porquanto o seu esforço será sempre o da cooperação sincera a favor do reerguimento e da elevação espiritual dos semelhantes.
Quando o homem se cristianizar, compreendendo essas posições morais no seu verdadeiro prisma, não mais se verificará qualquer colisão entre os acontecimentos da existência comum e os seus conhecimentos do Evangelho, porquanto o seu esforço será sempre o da cooperação sincera a favor do reerguimento e da elevação espiritual dos semelhantes.
12 - QUAL O MODO MAIS FÁCIL DE LEVAR A EFEITO A VIGILÂNCIA PESSOAL, PARA EVITAR A QUEDA EM TENTAÇÕES?
RESP.: A maneira mais simples é a de cada um estabelecer um tribunal de autocrítica, em consciência própria, procedendo para com outrem, na mesma conduta de retidão que deseja da ação alheia para consigo próprio.
13 - NOS TRABALHOS ESPIRITISTAS, ONDE PODEREMOS ENCONTRAR A FONTE PRINCIPAL DE ENSINO QUE NOS ORIENTE PARA A ILUMINAÇÃO? PODEREMOS OBTÊ-LA COM AS MENSAGENS DE NOSSOS ENTES QUERIDOS, OU APENAS COM O FATO DE GUARDARMOS O VALOR DA CRENÇA NO CORAÇÃO?
RESP.: Numerosos filósofos hão compendiado as teses e conclusões do Espiritismo no seu aspecto filósofico, científico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar. Aliás, o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo.
Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houve no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus-Cristo.
O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade. Só o trabalho de auto-evangelização, porém, é firme e imperecível. Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livres.
Teorias e fenômenos inexplicáveis sempre houve no mundo. Os escritores e os cientistas doutrinários poderão movimentar seus conhecimentos na construção de novos enunciados para as filosofias terrestres, mas a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus-Cristo.
O plano invisível poderá trazer-vos as mensagens mais comovedoras e convincentes dos vossos bem-amados; podereis guardar os mais elevados princípios de crença no vosso mundo impressivo. Todavia, esse é o esforço, a realização do mecanismo doutrinário em ação, junto de vossa personalidade. Só o trabalho de auto-evangelização, porém, é firme e imperecível. Só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livres.
14 - QUE SIGNIFICA O CHAMADO "TOQUE DA ALMA", AO QUAL TANTAS VEZES SE REFEREM OS ESPÍRITOS AMIGOS?
RESP.: Quando a sinceridade e a boa-vontade se irmanam dentro de um coração, faz-se no santuário íntimo a luz espiritual para a sublime compreensão da verdade. Esse é o chamado "toque da alma", impossível para quantos perseverem na lógica convencionalista do mundo, ou nas expressões negativas das situações provisórias da matéria, em todos os sentidos.
15 - HÁ TEMPO DETERMINADO NA VIDA DO HOMEM TERRESTRE PARA QUE SE POSSA ELE ENTREGAR, COM MAIS PROBABILIDADE DE ÊXITO, AO TRABALHO DE ILUMINAÇÃO?
RESP.: A existência na Terra é um aprendizado excelente e constante. Não há idades para o serviço de iluminação espiritual. Os pais têm o dever de orientar a criança, desde os seus primeiros passos, no capítulo das noções evangélicas, e a velhice não tem o direito de alegar o cansaço orgânico em face desses estudos de sua necessidade própria.
É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidade sadia, fisicamente falando; os homens mais avançados em anos têm contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.
É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidade sadia, fisicamente falando; os homens mais avançados em anos têm contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.
16 - AS ALMAS DESENCARNADAS CONTINUAM IGUALMENTE NO SERVIÇO DA ILUMINAÇÃO DE SI PRÓPRIAS?
RESP.: Nos planos invisíveis, o Espírito prossegue na mesma tarefa abençoada de aquisição dos próprios valores, e a reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.
17 - COMO ENTENDER A SALVAÇÃO DA ALMA E COMO CONSEGUÍ-LA?
RESP.: Dentro das claridades espirituais que o Consolador vem espalhando nos bastidores religiosos e filosóficos do mundo, temos de traduzir o conceito de salvação por iluminação de si mesma, a caminho das mais elevadas aquisições e realizações no Infinito. Considerando esse aspecto real do problema de "salvação da alma", somos compelidos a reconhecer que, se a Providência Divina movimentou todos os recursos indispensáveis ao progresso material do homem físico na Terra, o Evangelho de Jesus é a dádiva suprema do Céu para a redenção do homem espiritual, em marcha para o amor e sabedoria universais.
Jesus é o Modelo Supremo. O Evangelho é o roteiro para a ascensão de todos os Espíritos em luta, o aprendizado na Terra para os planos superiores do Ilimitado. De sua aplicação decorre a luz do espírito. No turbilhão das tarefas de cada dia, lembrai a afirmativa do Senhor: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida".
Se vos cercam as tentações de autoridade e poder, de fortuna e inteligência, recordai ainda as suas palavras: "Ninguém pode ir ao Pai senão por mim". E se vos sentis tocados pelo sopro frio da adversidade e da dor, se estais sobrecarregados de trabalhos no mundo, buscai ouví-Lo sempre no imo d'alma: - "Quem deseje encontrar o Reino de Deus tome a sua cruz e siga os meus passos".
Jesus é o Modelo Supremo. O Evangelho é o roteiro para a ascensão de todos os Espíritos em luta, o aprendizado na Terra para os planos superiores do Ilimitado. De sua aplicação decorre a luz do espírito. No turbilhão das tarefas de cada dia, lembrai a afirmativa do Senhor: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida".
Se vos cercam as tentações de autoridade e poder, de fortuna e inteligência, recordai ainda as suas palavras: "Ninguém pode ir ao Pai senão por mim". E se vos sentis tocados pelo sopro frio da adversidade e da dor, se estais sobrecarregados de trabalhos no mundo, buscai ouví-Lo sempre no imo d'alma: - "Quem deseje encontrar o Reino de Deus tome a sua cruz e siga os meus passos".
18 - A AUTO-ILUMINAÇÃO PODE SER CONSEGUIDA APENAS COM A TAREFA DE UMA EXISTÊNCIA NA TERRA?
RESP.: Uma encarnação é como um dia de trabalho. E para que as experiências se façam acompanhar de resultados positivos e proveitosos na vida, faz-se indispensável que os dias de observação e de esforço se sucedam uns aos outros. No complexo das vidas diversas, o estudo prepara; todavia, somente a aplicação sincera dos ensinamentos do Cristo pode proporcionar a paz e a sabedoria, inerentes ao estado de plena iluminação dos redimidos.
19 - COMO ENTENDER O TRABALHO DE PURIFICAÇÃO NOS AMBIENTES DO MUNDO?
RESP.: A purificação na Terra ainda é qual o lirio alvo, nascendo do lodo das amarguras e das paixões. Todos os Espíritos encarnados, porém, devem considerar que se encontram no planeta como em poderoso cadinho de acrisolamento e regeneração, sendo indispensável cultivar a flor da iluminação íntima, na angústia da vida humana, no círculo da família ou da comunidade social, através da maior severidade para consigo mesmo e da maior tolerância com os outros, fazendo cada qual, da sua existência, um apostolado de educação onde o maior beneficiado seja o seu próprio espírito.
20 - COMO INICIAR O TRABALHO DE ILUMINAÇÃO DA NOSSA PRÓPRIA ALMA?
RESP.: Esse esforço individual deve começar com o auto domínio, com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores, com o trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões. Nesse particular, não podemos prescindir do conhecimento adquirido por outras almas que nos precederam nas lutas da Terra, com as suas experiências santificantes - água pura de consolação e de esperança, que poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo.
Todavia, o conhecimento é a porta amiga que nos conduzirá aos raciocínios mais puros, porquanto, na reforma definitiva de nosso íntimo, é indispensável o golpe da ação própria, no sentido de modelarmos o nosso santuário interior, na sagrada iluminação da vida.
Todavia, o conhecimento é a porta amiga que nos conduzirá aos raciocínios mais puros, porquanto, na reforma definitiva de nosso íntimo, é indispensável o golpe da ação própria, no sentido de modelarmos o nosso santuário interior, na sagrada iluminação da vida.
21 - EM MATÉRIA DE CONHECIMENTO, ONDE PODEREMOS LOCALIZAR A MAIOR NECESSIDADE DO HOMEM?
RESP.: Como nos tempos mais recuados das civilizações mortas, temos de reafirmar que a maior necessidade da criatura humana ainda é a do conhecimento de si mesma.
22 - POR QUE RAZÃO O HOMEM DA TERRA TEM SIDO TÃO LENTO NA SOLUÇÃO DO PROBLEMA DO SEU CONHECIMENTO PRÓPRIO?
RESP.: Isso é explicável. Somente agora, a alma humana poderá ensimesmar-se o bastante para compreender as necessidades e os escaninhos da sua personalidade espiritual. Antigamente a existência do homem resumia-s na luta com as forças externas, de modo a criar uma lei de harmonia entre ele próprio e a natureza terrestre. Muitos séculos decorreram, até que lobrigasse a conveniência da solidariedade para enfrentar os perigos comuns.
A organização da tribo, da família, das tradições, das experiências coletivas, exigiu muitos séculos de luta e de infortúnios dolorosos. A ciência das relações , o aproveitamento das forças materiais que o rodeavam, não requisitaram menor porção de tempo. Agora, porém, nas culminâncias da sua evolução física, o homem não necessitará preocupar-se, de modo tão absorvente, com a paisagem que o cerca, razão pela qual todas as energias espirituais se mobilizam, nos tempos modernos, em torno das criaturas, convocando-as ao sagrado conhecimento de si mesmas, dentro dos valores infinitos da vida.
A organização da tribo, da família, das tradições, das experiências coletivas, exigiu muitos séculos de luta e de infortúnios dolorosos. A ciência das relações , o aproveitamento das forças materiais que o rodeavam, não requisitaram menor porção de tempo. Agora, porém, nas culminâncias da sua evolução física, o homem não necessitará preocupar-se, de modo tão absorvente, com a paisagem que o cerca, razão pela qual todas as energias espirituais se mobilizam, nos tempos modernos, em torno das criaturas, convocando-as ao sagrado conhecimento de si mesmas, dentro dos valores infinitos da vida.
23 - QUE DIZER DOS QUE PROPUGNAM LEIS PARA O BEM-ESTAR SOCIAL, POR PROCESSOS MECÂNICOS DE APLICAÇÃO, SEM ATENDER À ILUMINAÇÃO ESPIRITUAL DOS INDIVÍDUOS?
RESP.: Os estadistas ou condutores de multidões, que procuram agir nesse sentido, em pouco tempo caem no desencanto de suas utopias políticas e sociais. A harmonia do mundo não virá por decretos, nem de parlamentos que caracterizam sua ação por uma força excessivamente passageira. Não vedes que o mecanismo das leis humanas se modifica todos os dias? Os sistemas de governo não desaparecem para dar lugar a outros que, por sua vez, terão de renovar-se com o transcorrer do tempo? Na atualidade do planeta, tendes observado a desilusão de muitos utopistas dessa natureza, que sonharam com a igualdade irrestrita das criaturas, sem compreender que, recebendo os mesmos direitos de trabalho e de aquisição perante Deus, os homens, por suas próprias ações, são profundamente desiguais entre si, em inteligência, virtude, compreensão e moralidade.
O homem que se ilumina conquista a ordem e a harmonia para si mesmo. E para que a coletividade realize semelhante aquisição, para o organismo social, faz-se imprescindível que todos os seus elementos compreendam os sagrados deveres de auto-iluminação.
O homem que se ilumina conquista a ordem e a harmonia para si mesmo. E para que a coletividade realize semelhante aquisição, para o organismo social, faz-se imprescindível que todos os seus elementos compreendam os sagrados deveres de auto-iluminação.
24 - HÁ OUTRAS FONTES DE CONHECIMENTO PARA A ILUMINAÇÃO DOS HOMENS, ALÉM DA CONSTITUÍDA PELOS ENSINAMENTOS DIVINOS DO EVANGELHO?
RESP.: O mundo está repleto de elementos educativos mormente no referente às teorias nobilitantes da vida e do homem, pelo trabalho e pela edificação das faculdades e do caráter. Mas, em se tratando de iluminação espiritual, não existe fonte alguma além da exemplificação de Jesus, no seu Evangelho de Verdade e Vida.
Os próprios filósofos que falaram na Terra, antes d'Ele, não eram senão emissários da sua bondade e sabedoria, vindos à carne de modo a preparar-lhe a luminosa passagem pelo mundo das sombras, razão por que o modelo de Jesus é definitivo e único para a realização da luz e da verdade em cada homem.
Os próprios filósofos que falaram na Terra, antes d'Ele, não eram senão emissários da sua bondade e sabedoria, vindos à carne de modo a preparar-lhe a luminosa passagem pelo mundo das sombras, razão por que o modelo de Jesus é definitivo e único para a realização da luz e da verdade em cada homem.
25 - A VIRTUDE É CONCESSÃO DE DEUS, OU É AQUISIÇÃO DA CRIATURA?
RESP.: A dor, a luta e a experiência constituem uma oportunidade sagrada concedida por Deus às suas criaturas, em todos os tempos, todavia, a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio.
26 - QUE É A PACIÊNCIA E COMO ADQUIRÍ-LA?
RESP.: A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação. Esse amor é a expressão fraternal que considera todas as criaturas como irmãs, em quaisquer circunstâncias, sem desdenhar a energia para esclarecer a incompreensão, quando isso se torne indispensável.
É com a iluminação espiritual do nosso íntimo que adquirimos esse valores sagrados da tolerância esclarecida, faz-se mister educar a vontade, curando enfermidades psíquicas seculares que nos acompanham através das vidas sucessivas, quais sejam as de abandonarmos o esforço próprio, de adotarmos a indiferença e de nos queixarmos das forças exteriores, quando o mal reside em nós mesmos.
Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos, considerando a liberdade do mundo interior, de onde o homem da qual pode a alma atingir, mais facilmente, o desiderato da sua redenção.
É com a iluminação espiritual do nosso íntimo que adquirimos esse valores sagrados da tolerância esclarecida, faz-se mister educar a vontade, curando enfermidades psíquicas seculares que nos acompanham através das vidas sucessivas, quais sejam as de abandonarmos o esforço próprio, de adotarmos a indiferença e de nos queixarmos das forças exteriores, quando o mal reside em nós mesmos.
Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos, considerando a liberdade do mundo interior, de onde o homem da qual pode a alma atingir, mais facilmente, o desiderato da sua redenção.
27 - DEVEMOS NÓS, OS ESPIRITISTAS, PRATICAR SOMENTE A CARIDADE ESPIRITUAL, OU TAMBÉM A MATERIAL?
RESP.: A divisa fundamental da codificação kardequiana, formulada no "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO", é bastante expressiva para que nos percamos em minuciosa considerações. Todo serviço da caridade desinteressada é um reforço na obra da fraternidade humana e da redenção universal.
Urge, contudo, que os espiritistas sinceros, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência.
Dentro desses imperativos, é lícito encarecermos a excelência dos planos educativos da evangelização, de modo a formar uma mentalidade espírita-cristã, vistas ao porvir. Não podemos desprezar a caridade material que faz do Espiritismo evangélico um pouso de consolação para todos os infortunados; mas não podemos esquecer as expressões religiosas sectárias também organizaram as edificações materiais para a caridade no mundo, sem olvidar os templos, asilos, orfanatos e monumentos. Todavia, quase todas as suas obras se desvirtuaram vista do esquecimento da iluminação dos Espíritos encarnados.
A Igreja Romana é um exemplo típico. Senhora de uma fortuna considerável e ha' construído numerosas obras tangíveis, de assistência social, sente hoje que as suas edificações são apenas pedra, porquanto, em seus estabelecimentos suntuosos o homem contemporâneo experimenta os mais dolorosos desenganos.
As obras da caridade material somente alcançam a sua feição divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque, reformada a criatura humana em Jesus-Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada, onde o lar genuinamente cristão será naturalmente o asilo de todos os que sofrem.
Depreende-se, pois, que o serviço de cristianização sincera das consciências constitui a edificação definitiva, para a qual os espiritistas devem voltar os olhos, antes de tudo, entendendo a vastidão e a complexidade da obra educativa que lhes compete efetuar, junto de qualquer realização humana, nas lutas de cada dia, na tarefa do amor e da verdade.
Urge, contudo, que os espiritistas sinceros, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência.
Dentro desses imperativos, é lícito encarecermos a excelência dos planos educativos da evangelização, de modo a formar uma mentalidade espírita-cristã, vistas ao porvir. Não podemos desprezar a caridade material que faz do Espiritismo evangélico um pouso de consolação para todos os infortunados; mas não podemos esquecer as expressões religiosas sectárias também organizaram as edificações materiais para a caridade no mundo, sem olvidar os templos, asilos, orfanatos e monumentos. Todavia, quase todas as suas obras se desvirtuaram vista do esquecimento da iluminação dos Espíritos encarnados.
A Igreja Romana é um exemplo típico. Senhora de uma fortuna considerável e ha' construído numerosas obras tangíveis, de assistência social, sente hoje que as suas edificações são apenas pedra, porquanto, em seus estabelecimentos suntuosos o homem contemporâneo experimenta os mais dolorosos desenganos.
As obras da caridade material somente alcançam a sua feição divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque, reformada a criatura humana em Jesus-Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada, onde o lar genuinamente cristão será naturalmente o asilo de todos os que sofrem.
Depreende-se, pois, que o serviço de cristianização sincera das consciências constitui a edificação definitiva, para a qual os espiritistas devem voltar os olhos, antes de tudo, entendendo a vastidão e a complexidade da obra educativa que lhes compete efetuar, junto de qualquer realização humana, nas lutas de cada dia, na tarefa do amor e da verdade.
28 - COMO INTERPRETAR A ESMOLA MATERIAL?
RESP.: No mecanismo de relações comuns, o pedido de uma providência material tem o seu sentido e a sua utilidade oportuna, como resultante da lei de equilíbrio que preside o movimento das trocas no organismo da vida. A esmola material, porém, é índice da ausência de espiritualização nas características sociais que a fomentam.
Ninguém, decerto, poderá reprovar o ato de pedir e, muito menos, deixará de louvar a iniciativa de quem dá a esmola material; todavia é oportuno considerar que, à medida que o homem se cristianiza, iluminando as suas energias interiores, mais se afasta da condição de pedinte para alcançar a condição elevada do mérito, pelas expressões sadias do seu trabalho.
Quem se esforça, nos bastidores da consciência retilínea, dignifica-se e enriquece o quadro de seus valores individuais. E o cristão sincero, depois de conquistar os elementos da educação evangélica, não necessita materializar a idéia da rogativa da esmola material compreendendo que, esperando ou sofrendo, agindo ou lutando, nos esforços da ação e do bem, há de receber, sempre, de acordo com as suas obras e de conformidade com a promessa do Cristo.
Ninguém, decerto, poderá reprovar o ato de pedir e, muito menos, deixará de louvar a iniciativa de quem dá a esmola material; todavia é oportuno considerar que, à medida que o homem se cristianiza, iluminando as suas energias interiores, mais se afasta da condição de pedinte para alcançar a condição elevada do mérito, pelas expressões sadias do seu trabalho.
Quem se esforça, nos bastidores da consciência retilínea, dignifica-se e enriquece o quadro de seus valores individuais. E o cristão sincero, depois de conquistar os elementos da educação evangélica, não necessita materializar a idéia da rogativa da esmola material compreendendo que, esperando ou sofrendo, agindo ou lutando, nos esforços da ação e do bem, há de receber, sempre, de acordo com as suas obras e de conformidade com a promessa do Cristo.
29 - A ESPERANÇA E A FÉ DEVEM SER INTERPRETADAS COMO UMA SÓ VIRTUDE?
RESP.: A Esperança é a filha dileta da Fé. Ambas estão, uma para outra, como a luz reflexa dos planetas está para a luz central e positiva do Sol. A Esperança é como o luar que se constitui dos bálsamos da crença. A Fé é a divina claridade da certeza.
30 - NO CAMINHO DA VIRTUDE, O POBRE E O RICO DA TERRA PODEM SER IDENTIFICADOS COMO DISCIPULOS DE JESUS?
RESP.: O título de discípulo é conferido pelo Divino Mestre a todos os homens de boa-vontade, sem distinção de situações, de classes ou de qualquer expressão sectária. Com responsabilidade dos bens materiais ou sem ela, o homem é sempre rico pela sua posição de usufrutuário das graças divinas e, além do mais,temos de ponderar que, em toda situação, a criatura encontrará responsabilidade na existência, razão por que os sinceros discípulos do Senhor são iguais aos seus olhos, sem preferência de qualquer natureza.
31 - NO QUE SE REFERE À PRATICA DA CARIDADE, COMO INTERPRETAR O ENSINAMENTO DE JESUS: "ÀQUELE QUE TEM SERÁ CONCEDIDO EM ABUNDÂNCIA E ÀQUELE QUE NÃO TEM ATÉ MESMO O QUE TIVER, LHE SERÁ TIRADO"?
RESP.: A palavra de Jesus, em todas as circunstâncias, foi tocada de uma luz oculta, apresentando reflexos prismáticos, em todos os tempos, para a alma humana, na sua ascensão para a sabedoria e para o amor. Antes de tudo, busquemos ajustar o conceito a nós próprios. Se possuímos a verdadeira caridade espiritual, se trabalhamos pela nossa iluminação íntima, irradiando luz, espontaneamente, para o caminho dos nossos irmãos em luta e aprendizado, mais receberemos das fontes pura dos planos espirituais mais elevados, porque, depois de valorizarmos a oportunidade recebida, horizontes infinitos se abrirão no campo ilimitado do Universo.
Para as nossas almas, o que não poderá acontecer aos que lançaram mão do sagrado ensejo de iluminação própria nas estradas da vida,com a mais evidente despreocupação de seus legítimos deveres, esquecendo o caminho melhor, trocado, então, pelas sensações efêmeras da existência terrestre, contraindo novas dívidas e afastando de si mesmo as oportunidades para o futuro, então mais difíceis e dolorosas.
Para as nossas almas, o que não poderá acontecer aos que lançaram mão do sagrado ensejo de iluminação própria nas estradas da vida,com a mais evidente despreocupação de seus legítimos deveres, esquecendo o caminho melhor, trocado, então, pelas sensações efêmeras da existência terrestre, contraindo novas dívidas e afastando de si mesmo as oportunidades para o futuro, então mais difíceis e dolorosas.
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