Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Caridade para com os criminosos

Caridade para com os criminosos

"O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XI, item 14"

Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Marcio Alves
Rio de Janeiro
23/10/2002

Dirigente do Estudo:

Marcio Alves

Mensagem Introdutória:

NEGADORES NECESSITADOS

Verdadeira conspiração. Programa que se transmite de incauto a incauto, propalando cepticismo, negação.

Religiosos em desalinho, combatendo afirmações imortalistas que foram hauridas nas fontes da sobrevivência. Pesquisadores honestos em teimosa dúvida, engendrando teorias fascinantes e complexas, para fugirem à realidade da vida extra-física.

Indiferentes, zombando das respeitáveis conquistas alcançadas no campo da informação espiritual, como se estivessem indenes à desencarnação e conseqüentemente ao prosseguimento da vida...

Pedem provas novas.

Exigem fatos atuais...

Preocupam-se e esperam que os outros lhes ofertem fatos probantes sobre a imortalidade, a comunicabilidade e a reencarnação dos espíritos, enquanto eles apenas negam, somente negam, sem provarem a validade de tal sistemática negação.

Cômodos, cooperam com a desordem que irrompe alarmante.

Apaixonados, açulam os instintos e as paixões da personalidade infeliz.

Neutros, pendem para a indiferença, numa neutralidade de niilistas, dizendo aguardarem resultados...

Continua tu o honesto labor da fé, penetrando cada vez mais as lições valiosas e consoladoras do Espiritismo libertador.

Aqueles espíritos que engendram dificuldades e criam cizânia, sempre os houve.

Alguns estão invariavelmente contra.

As próprias mazelas somente lhes permitem ver o que lhes apraz e convém.

Não evitarão, entretanto, a viagem através da porta do túmulo.

Conhecerão de perto a realidade, e despertarão, como ocorrerá contigo mesmo.

Confia, portanto, e ama, servindo sem cansaço, vinculado ao ideal de fé que te irmana a todos os homens, e ajuda-os. Se outro socorro não lhes puderes oferecer, ora por eles, compreende-os, pois que, embora não te reconheçam, também necessitam de ti.

Se parecer-te difícil essa atitude, repete mentalmente como fez Jesus, perdoando-os, ao clamar: "Eles não sabem o que fazem!" e prossegue tranqüilo.

Joanna de Ângelis
Do Livro: Celeiro de Bênçãos
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Editora: LEAL

Oração Inicial:

<Marcio_Alves> Senhor Jesus, mais uma vez aqui reunidos em Teu nome, rogamos a Tua inspiração para estes momentos de estudos em que juntos ao Teu coração bondoso, iremos estudar a mensagem da Boa Nova. Que nestes momentos de paz, possamos estar juntos aos bons espíritos dirigentes e inspiradores desta tarefa. Que Deus possa nos abençoar agora e sempre.

Que assim Seja!

Exposição:

<Marcio_Alves> Amigos, que Jesus possa nos abençoar na noite de hoje!

Observando as palavras de Jesus, na passagem anotada por Mateus, capítulo VII, versículo 12, que diz: "Fazei aos homens tudo o que desejais que eles vos façam, pois esta é a lei e os profetas", vemos que Jesus é realmente o maior psicoterapeuta que a humanidade conheceu.

Hoje, na sociedade que vivemos, em que a violência nos envolve todo o tempo, nas ruas, na mídia e muitas vezes dentro de nossos lares, o estudo deste item de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" provoca as mais variadas reações em nossos espíritos.

Quando tratamos o perdão no âmbito das pessoas que conhecemos e/ou convivemos, muitas vezes encontramos barreiras enormes, que muitas vezes, julgamos intransponíveis, para a prática do perdão.

Mas, quando pensamos no perdão e caridade para com os criminosos, nos encontramos muitas vezes a dizer para nós mesmos: perdoar, ser caridoso... nunca. Quando encontramos criaturas assim, ou nós mesmos agimos assim, podemos ter certeza de que o alerta de Jesus ainda não encontrou eco em nossos espíritos. O problema se torna maior em entender estas situações quando a idéia da imortalidade da alma não se encontra fixada em nossos espíritos.

Assim, quando começamos a observar a criatura sob o ponto de vista da reencarnação e da imortalidade da alma, podemos, com um pouco de estudo e boa vontade, começar a entender tais criaturas, e mais, podemos começar a entender o porquê de sermos caridosos para com elas, ensaiando até mesmo os primeiros passos rumo ao perdão.

Observamos, intimamente, que quanto mais o nosso conceito de caridade se amplia, rompendo as barreiras da esmola que damos, alcançando o aperto de mão, o abraço, a palavra amiga, ou mesmo o silêncio, começamos a perceber a caridade praticada por Jesus.

Ele não possuía bens para distribuir, mas possuía a palavra que elevava. Não possuía os recursos materiais, mas possuía os ouvidos do Bom Pastor, que percebe a ovelha perdida ao longe. Conseguia com o olhar, aliviar as dores e entender os sofrimentos mais profundos daquele povo, que ainda assim muitas vezes não o compreendia.

É nesse sentido de caridade, que vê o homem como um ser integral, que precisamos começar a praticar. A caridade que não espera o agradecimento, a compreensão que é invisível para os que passam.

Exemplos de criaturas assim, não nos faltam.

Coloquemos a nossa vontade em ação e veremos como as forças aparecem, a vergonha, o medo e a insegurança em sermos caridosos passarão ao longe.

Como dizíamos no início, a reencarnação nos mostra muitas vezes o porquê de toda a situação que vivenciamos hoje em dia.

Quando, nós, espíritos imortais, compreendermos a reencarnação como oportunidade de avanço e de progresso, deixaremos de presenciar muitas destas cenas que vemos hoje em dia.

E quanto a nós, que já compreendemos e estudamos a reencarnação, comecemos a ajudar com as nossas preces, com a conversa fraterna aos jovens que se encontram nas ruas, na nossa vizinhança. Muitas vezes perdemos oportunidades de auxiliar àquele espírito, que está buscando somente uma palavra amiga e um gesto de carinho.

Como nos alerta o Espírito Elisabeth de França, aproveitemos a oportunidade que Deus nos concede de ter entre nós grandes criminosos, para que, com o exemplo que eles nos dão, podermos compreender o verdadeiro sentido da reencarnação: progresso, iluminação, felicidade!

Auxiliar com a nossa prece, voltamos a repetir, para que um dia não tenhamos mais que precisar destes tristes exemplos e gozar de um mundo mais pacífico.

E, à medida que compreendermos cada vez mais a caridade, a idéia de perdoar se tornará mais fácil ao nosso espírito.

Robin Casarjian, psicoterapeuta americana, em seu livro "O Livro do Perdão", nos faz ver que na grande maioria das vezes o agressor está, por trás de toda a violência, pedindo socorro! Fica difícil entender e compreender como uma criatura que comete atrocidades com outra pessoa pode estar pedindo socorro.

Analisando somente do ponto de vista material, ao examinarmos a vida da criatura, veremos que ela está refletindo a sua vivência, muitas vezes violenta, da infância. Com a visão do espírito, percebemos que muitas vezes este socorro está sendo pedido a muito tempo.

E o que ela propõe: que nós comecemos a ver a criatura que agride como uma criatura que está pedindo socorro, mas que deve também saber que terá um dia de corrigir estes desacertos.

Não mais a idéia do pecado que gera a idéia de punição, que não permite que eu me veja em condições de reparar o erro e que devo sofrer, mas sim a idéia de responsabilidade, que me faz senhor dos meus créditos e débitos e RESPONSÁVEL em corrigir as faltas, não mais sofrer somente.

Vamos assim, como nos alerta ao longo de sua mensagem, seguir o conselho de Elisabeth de França: Ajudar, da forma que me for possível, estas almas que sofrem e acumulam mais sofrimento, a sair do "lamaçal" que se encontram.

Que Jesus nos abençoe.

Oração Final:

<Marcio_Alves> Jesus! Que Tua paz e harmonia que nos envolveram durante todo o estudo de hoje possa servir sempre de leme seguro em nossas vidas. Ampara a todos nós que estivemos aqui e abençoa-nos para que, compreendendo o Teu evangelho, possamos nos tornar pessoas melhores e felizes. Sendo assim, em Teu nome, mas acima de tudo em nome de Deus, pedimos a permissão para encerrarmos os nossos trabalhos.

Que assim seja!

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