Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Dar a outra face

Coluna Espírita - Dar a outra face

Tendes aprendido que foi dito: olho por olho e dente por dente. Eu vos digo para não resistirdes ao mal que se vos queiram fazer; mas se alguém vos bate na face direita, apresentai-lhe também a esquerda - Jesus

No livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” encontramos a seguinte reflexão a respeito da passagem acima: Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar de ponto de honra dão essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir injúria por injúria, insulto por insulto, o que parece a justiça para aquele cujo senso moral não se eleva acima das paixões terrestres; (...) Cristo veio e disse: Retribui o mal com o bem. E disse mais, se te baterem na face direita, ofereça a esquerda. Para o orgulhoso esta máxima parece uma covardia. Entretanto, é preciso tomar esta máxima ao pé da letra? Não mais que aquela que diz para arrancar o olho, se ele for motivo de escândalo; se assim fosse, seria condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar o campo livre aos maus. O próprio instinto de conservação, que é uma lei natural, Diz que não é preciso estender benevolentemente o pescoço ao assassino. Por estas palavras, dizendo para apresentar a outra face, JESUS NÃO INTERDITOU A DEFESA, MAS CONDENOU A VINGANÇA.
(...) que é mais glorioso para si ser ferido do que ferir; suportar pacientemente uma injustiça, do que ele próprio cometer uma, que vale mais ser enganado do que enganador. (...) Só a fé na vida futura e na Justiça de Deus, que não deixa jamais o mal impune, pode dar a força de suportar com paciência os golpes dirigidos contra nossos interesses e nosso amor-próprio. (...) Dirigi vossos olhares para a frente; quanto mais vos eleveis pelo pensamento, acima da vida material, menos sereis magoados pelas coisas da Terra.                    ***      
Conta uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em determinado ponto da viagem discutiram e brigaram.
Um deles, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.
Seguiram caminho e chegaram a um oásis, onde resolveram se banhar. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um estilete e escreveu numa pedra:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME SALVOU A VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou:
- Por que depois que lhe bati, você escreveu na areia e agora que o salvei escreveu na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
- “Quando um amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; porém, quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar.”
Encerro desejando a todos os leitores que a paz de Jesus de Nazaré, o Cristo, esteja presente em nossas vidas.
Maria Lúcia Andreata Martins

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