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Estudando o Espiritismo
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016
O benfeitor anônimo
Não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita. As palavras do Mestre de Nazaré foram colhidas pelo Apóstolo Mateus e inseridas no capítulo sexto do seu Evangelho.
Certamente seguindo este especial ensinamento, é que aquele homem, muito rico, distribuía benefícios.
Primava pelo anonimato. Certa vez, chegando em uma pequena cidade, a negócios, entrou em uma lanchonete para um rápido lanche.
Observou que entre os garotos que brincavam na rua, um mancava por causa de um dos pés deformado.
Chamando-o, lhe perguntou se o pé o incomodava, ao que o menino respondeu que não podia correr, como os demais.
Também falou que precisava cortar um pedaço do sapato para poder pisar melhor.
Você gostaria de ter seu pé curado? – Perguntou o homem.
É claro! Respondeu o garoto, com os olhos brilhando.
Pois eu vou providenciar que seu pé fique normal. – Prometeu o estranho.
Em seguida, pediu ao seu motorista que descobrisse o endereço do menino Jimmy, de oito anos.
Depois, que falasse com os seus pais, conseguindo autorização para a realização da cirurgia.
Não foi tarefa difícil ao empregado, pois todos conheciam o garoto do pé defeituoso.
Ele encontrou uma casa muito pobre, com vestidos remendados e algumas camisas velhas no varal.
Foi preciso conversar muito para convencer os pais que tudo não passava de armação.
Afinal, disse a mãe, ninguém dá nada de graça.
Mas o meu patrão, afirmou o motorista, costuma fazer isso sempre.
Jimmy foi para uma clínica especializada e submeteu-se a cinco cirurgias. Tornou-se o xodó da enfermagem.
O fiel motorista acompanhou tudo, a pedido de seu empregador, providenciando o que fosse preciso.
Finalmente, chegou o dia de voltar para casa. Sapatos novos foram providenciados.
Jimmy não cabia em si de contentamento e ansiedade.
Quando o luxuoso carro parou na porta da sua casa, ele disse:
Espere! Quero entrar sozinho.
Os pais e os irmãos vieram à porta. E um menino de pés sem defeitos, calçando sapatos novos, desceu do automóvel e andou, sorridente, de braços abertos, ao encontro deles.
Naquele Natal, o empresário ainda providenciou que toda a família fosse levada a uma grande loja da cidade, para que cada um deles escolhesse um par de sapatos.
Jimmy se tornou um bem sucedido homem de negócios, e jamais soube o nome do seu benfeitor.
Tudo porque seu benfeitor, Henry Ford, pioneiro da indústria automobilística americana, sempre dizia que é mais divertido fazer algo pelas pessoas quando elas não sabem quem lhes fez o bem.
* * *
Fazer o bem sem ostentação é grande mérito. Mais meritório ainda é ocultar a mão que dá.
É mesmo marca de grande superioridade moral, porque renuncia à satisfação do aplauso dos homens.
Os que assim agem, provam sua real modéstia e se enquadram exatamente no ensino evangélico: Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. O benfeitor secreto,
do livro Histórias para aquecer o coração dos pais, de Jack Canfield,
Mark Victor Hansen, Jeff Aubery, Mark & Chrissy Donnelly, ed. Sextante
e no cap. XIII, item 3, de O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 5.10.2015.
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