O FLUÍDO CÓSMICO UNIVERSAL
Introdução:
Vivemos, todos nós, os encarnados e os desencarnados, em um meio comum formado de Fluído Cósmico Universal. Mergulhados nos encontramos nessa “substância primitiva” que absorvemos automática e inconscientemente, por várias portas de entrada, destacando-se a respiração e os centros de força vital, também chamado “chakras” (discos ou vórtices energéticos).
Ä O Fluido Cósmico Universal – FCU:
Constitui-se na própria matéria primitiva, da qual derivam todas as demais formas de matéria e energias. Preenche todos os vazios do espaço, estando presente em toda a natureza. Por ser o elemento gerador de todo o restante das manifestações materiais e energéticas, guarda similaridade e afinidade com estas, podendo, muito facilmente, sob a ação de uma vontade, interagir com todas, inclusive mudando suas propriedades físicas, temporária ou permanentemente. Os espíritos utilizam-se do FCU para realização de muitas ações, inclusive como “matéria prima” para suas intervenções sobre a matéria, no plano espiritual e no plano material. Os espíritos utilizam o FCU como “amálgama” (s. m. Liga de mercúrio com outro metal; (fig.) mistura de coisas diversas. (Do lat. amalgama, do ár. almalgama.) para compatibilizar a utilização conjunta de diferentes tipos de fluidos, energias e mesmo matéria, graças a afinidade do FCU com todos, por ser o elemento primitivo. A possibilidade de manipulação consciente do FCU é proporcional ao grau de evolução do espírito.
Ä Bases do Fenômeno:
O mundo espiritual é constituído como o nosso, de matéria física, com a diferença de que este que vemos e tocamos é denso e o espiritual é fluídico e de freqüência mais alta. Esta tem menos densidade e força de coesão (s. f. (fís.) Ligação recíproca das moléculas de um corpo; força atrativa que mantém essa ligação; (fig.) associação íntima; ligação moral; harmonia. (Do lat. cohaesione.) mais fraca entre as moléculas. Sua constituição é maleável, com extrema mobilidade, bastando o impulso da força mental do pensamento para plasmá-la (verbo plasmar - v. tr. dir. Modelar em gesso, barro ou outra substância; preparar para a modelagem. (Do lat. plasmare.). Daí vem a grande mobilidade e as mutações repentinas das paisagens e locais do plano espiritual.
Neste plano a matéria encontra-se em estado energético (dinâmico) em contraposição ao plano material denso em que a matéria parece em estado de repouso (estático).
Nosso corpo sólido, de matéria densa, é completamente insensível. Nenhum dos cinco sentidos lhe pertence: são apenas aberturas na matéria, nas quais se localizam as pontas dos nervos, preparadas de acordo com a sensação que devam captar.
O perispírito é que, através dos nervos, possui sensibilidade; se eliminarmos os nervos (anestesia) nada sentimos no corpo. Só vemos através dos olhos, quando as vibrações da luz ferem o nervo ótico. Ao sentirmos gosto, odores e tato, quer dizer que os nervos gustativos, olfativos e extremidades nervosas sob a epiderme são/foram atingidos. O corpo físico denso amortece todas as sensações. Nos desencarnados são muito mais agudas e vibrantes, pois para as percepções não necessitam de órgãos especializados. As percepções se dão por todo o corpo.
O sistema nervoso liga o plano etéreo ao plano físico. O estado energético é o intermediário entre Espírito e matéria. A mente espiritual precisa dessa matéria energética para agir sobre a matéria densa.
O sistema nervoso é complexo e permeia (verbo permear - v. tr. dir. e ind. Fazer passar pelo meio; entremear; tr. dir. penetrar; atravessar; furar; tr. ind. estar de permeio. (Conjug.: permeio, -eia [s],-eamos, -eais, -eiam.) (Do lat. permeare.) todo o corpo físico denso, formando em certos pontos do corpo uma espécie de rede compacta (emaranhados). São os chamados plexos nervosos, (plexo - s. m. (anat.) Entrelaçamento de várias ramificações de nervos ou de quaisquer vasos sanguíneos. (Do lat. plexu.) que existem em número elevado. Esses plexos nervosos apresentam no corpo menos denso (perispírito) seus correspondentes etéreos, que não se materializam, e que possuem funções e trabalhos específicos. É como se o sistema nervoso contasse de duas partes: uma física, densa e tangível e outra fluídica, menos densa e invisível para os encarnados. Correspondendo aos locais dos plexos no físico, o perispírito possui turbilhões que servem de ligação das vibrações e dos elementos fluídicos do plano etéreo.
Esses vórtices giram com intensidade, estabelecendo canais de sucção ou de expulsão, tais como exaustores ou ventiladores.
Essas rodas (Chakras em sânscrito) giram ao dar passagem à matéria fluídica, de dentro para fora ou de fora para dentro.
Ä Os Centros de Força - Chakras:
Tanto encarnados como desencarnados, os Espíritos assimilam energias das mais diversas, de forma contínua, automática e inconsciente, em decorrência de seu maior ou menor equilíbrio físico e espiritual.
O Perispírito metaboliza essas energias nos Centros de Força e as distribui em nosso organismo.
No homem comum, o Chakra (Centro de Energia ou força vital), se apresenta como um círculo de mais ou menos 05 cm. de diâmetro, quase sem brilho; porém no indivíduo mais espiritualizado, se apresenta como um vórtice luminoso e refulgente (adj. 2 gên. Que refulge; resplandecente. (Do lat. refulgente.).
Quanto mais ativo ou desenvolvido for o chakra, maior capacidade de energia ele comporta, e, portanto, maiores possibilidades de emprego dessa mesma energia.
Os chakras existem aos milhares, sendo que sete deles são de maior importância, por coordenarem a metabolização (metabolismo - s. m. (quím.) Mudança da natureza molecular dos corpos; (biol.) conjunto de transformações físicas, químicas e biológicas que, nos organismos vivos, sofrem as substâncias introduzidas ou as que neles se formam. (Do gr. metabole.) de energias e fluidos em grandes áreas específicas.
O Espírito André Luiz, no seu Livro “Entre a Terra e o Céu”, refere-se à denominação “Centros de Força”, para disignar esses centros perispirituais. O Instrutor Clarêncio, estudando a fisiologia do perispírito, explica a existência dos Centros de Força e os apresenta em número de 07 principais.
1) – Centro Coronário: É responsável pelas energias oriundas do plano espiritual (liga os planos espiritual e material). Relacionando-se materialmente com a epífise, também chamada de Glândulal Pineal, ou Corpo Pineal
Situa-se no centro da cabeça e contêm 12 pás no centro e 960 pás na periferia. É chamado por isso de “Lótus de mil pétalas”. Sua cor e brilho variam de acordo com o desenvolvimento da criatura.
Epífise: “Também denominada Glândula Pineal ou Corpo Pineal, está situada na região denominada Epitálamo , tem a forma de uma pinha, e é pouco conhecida pela
ciência, embora desde Galeno (130 a 201 A . C.) e na antigüidade grega já fosse descrita. Os neurologistas situam-na à frente de Cerebelo, acima dos Tubérculos Quadrigêmeos e por baixo do Corpo Caloso. As funções do Corpo Pineal são desconhecidas, porem, a
verificação de casos de puberdade precoce (acrogenitosomia precoce) e de tumor da Epífise levou os cientistas a concluírem que a glândula tem papel importante no controle sexual no período infantil”. (Semiologia de lãs glândulas de secresion interna –
Enrique Del Castillo).
O Espírito André Luiz, no entanto, no seu livro “Missionários da Luz”, traduzindo a palavra do Instrutor Alexandre, trouxe preciossísimas informações a respeito da Epífise:
“...Enquanto o nosso companheiro se aproveitava da organização mediúnica, vali-me das forças magnéticas que o instrutor me fornecera, para fixar a máxima atenção no médium. Quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz crescente que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula transformara-se em núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes...” “...Sobre o núcleo, semelhante agora a flor resplandecente, caíam luzes suaves, de Mais Alto, reconhecendo eu que ali se encontrava em jogo vibrações delicadíssimas, imperceptíveis para mim...”
“Segundo os orientadores clássicos, circunscreviam-se suas atribuições ao controle sexual do período infantil. Não passava de velador (1. adj. Que vela; que está vigilante; que faz velar. – velar: 1. v. tr. dir. Vigiar; passar sem dormir, em vigília. (fig.) dispensar cuidados a; interessar-se muito por; proteger; patrocinar (Do lat. vigilare.)) dos instintos, até que as rodas da experiência sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana. Depois, decrescia em força, relaxava-se quase desaparecia, para que as glândulas genitais a sucedessem no campo da energia plena...”
“Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições – prosseguiu Alexandre. É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre...”
“Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na seqüência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida.
“... As glândulas genitais segregam os hormônios do sexo, mas glândula Pineal, se me posso exprimir assim, segrega “hormônios psíquicos” ou “unidades-forças” que
vão atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras...”
“... Segregando delicadas energias psíquicas – prosseguiu ele – a glândula Pineal conserva ascendência em todo o sistema endocrínico. Ligado à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade... Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta.”
“...No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles a potência divina dorme embrionária”. (Missionário da Luz – André Luiz – Cap. I e II).
2) – Centro Frontal: Centro de força com 96 pás, localizado entre as sobrancelhas; relaciona-se materialmente com os lobos frontais do cérebro.
É responsável pelo funcionamento dos centros superiores da inteligência e do sistema nervoso.
Governa o intelecto (cérebro), com todos os seus neurônios. Assim, comandam os cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato).
É responsável pela vidência, audiência clareza de raciocínio e percepção intelectual.
Gira para fora, e, por isso, segundo a vontade do indivíduo, poderá girar rapidamente, emitindo irradiação que pode ser dirigida às pessoas com diversos objetivos (calma, conforto, equilíbrio, coragem, etc.).
3) – Centro Laríngeo: É responsável pelas energias na área da fala. Atua no funcionamento das glândulas do timo, da tireóide. Relaciona-se materialmente com o plexo cervical.
4) – Centro Cardíaco: Responsável pelas energias das emoções superiores e sentimentos. Atua na área do coração e da circulação. Relaciona-se materialmente com o plexo cardíaco.
É o chakra que vibra fortemente quando sentimos simpatia, amor, piedade, compaixão por nossos irmãos. Bem desenvolvido, leva ao amor universal a todas as criaturas.
5) – Centro Esplênico: É o responsável pela eliminação das energias descartáveis do nosso perispírito. Atua em todas as áreas das defesas orgânicas através do sangue. Relaciona-se materialmente com o plexo mesentérico (intestino inferior) e o baço. É um dos responsáveis pela vitalização do nosso organismo.
6) – Centro Gástrico: Vitaliza o sistema digestivo e é também responsável pelas emoções. Está relacionado materialmente com o plexo solar.
7) – Centro Genésico ou Básico: É o responsável pelas energias oriundas da reprodução, da sexualidade e da criatividade. Relaciona-se materialmente com o plexo sacro e o hipogástrico.
Quando contrariamos as leis Naturais, no nível do perispírito, ficam registradas energicamente (lesões perispirituais), influenciando de forma decisiva a encarnação atual, bem como as posteriores.
Esses registros são energéticos e constituídos de cargas negativas ligados a determinados centros de força. Estão relacionados com a Lei de Causa e Efeito, como conseqüência do uso do livre-arbítrio.
O Fluído Cósmico Universal ao ser absorvido por um destes centros de força é metabolizado em fluído vital e canalizado, para todo o organismo, com maior ou menor intensidade, de acordo com o estado emocional da criatura, irradiando-se posteriormente em seu derredor, formando o que poderíamos chamar de aura psíquica.
É fácil compreender que pela tonalidade de nossa aura psíquica, pela sua forma, pelo seu brilho e pela sensação que causa (devido aos seus fluídos serem mais ou menos densos, escuros, desagradáveis), seremos facilmente identificáveis.
No processo da irradiação, transmitimos aos outros, pelo mecanismo da nossa vontade, a carga de força vital que dispomos para doar.
Bibliografia:
Xavier, Francisco Cândido – Evolução em Dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz, capítulo II.
Xavier, Francisco Cândido – Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz, capítulo II.
Xavier, Francisco Cândido – Entre a Terra e o Céu. Pelo Espírito André Luiz, capítulo XX.
Xavier, Francisco Cândido – Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 150.
Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica – do Centro Espírita Luz Eterna em Curitiba. 7.ª sessão de exercício prático – Irradiação, Bases do Fenômeno. 24.ª sessão teórica - A Epífise e os Centros de Energia Vital.
Leadbeater, C.W Rev. – Os Chakras ou Os Centros Magnéticos Vitais do Ser Humano. Editora Pensamento.
Brennan, Bárbara Ann – Mãos de Luz. Cap. 8, páginas 110/111.
Dicionário Brasileiro Globo Multimídia.
Página Carlos Auguto Parchen (trabalhador do Centro Espírita Luz Eterna e Sociedade Espírita Fraternidade) – www.parchen.hpg.com.br
Publicada por Curso de Introdução ao Espiritismo em 15:40
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