Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

As pessoas e os seus “defeitinhos”



As pessoas e os seus "defeitinhos"
Você vigia a si mesmo? Você fiscaliza seus comportamentos e atitudes? Ainda bem que sim (você respondeu que sim, não respondeu?), porque não podemos confiar no nosso piloto automático. Temos que estar sempre atentos a nós mesmos.
Quando você se fiscaliza você cobra a si mesmo. Você não deixa passar em branco atitudes suas que você sabe que são erros, atitudes que devem ser corrigidas. Mas, por favor, não confunda cobrança interna com culpa. Uma coisa é você perceber seus erros e procurar corrigi-los e não os repetir. Outra coisa é sentir culpa. Culpa não resolve nada, é atraso de vida.
Não somos melhores que os outros. Mas é evidente que o interesse por assuntos como esse só é despertado em quem está em busca do aperfeiçoamento moral e social, em quem conhece sua condição de espírito imortal, em quem está construindo a reforma íntima. Mas você certamente conhece pessoas, provavelmente muitas, que não reconhecem seus erros, que não tem consciência de seus defeitos, que nem imaginam que apresentam falhas de caráter gritantes, escancaradas.
Quando alguém se recusa a corrigir seu erro, quando se nega a consertar o estrago que causou, por orgulho, por não dar o braço a torcer, sua responsabilidade em relação ao erro cometido é grande. Saber que errou e não voltar atrás é um atentado contra si mesmo, é um atentado contra a própria integridade moral.
Mas é muito mais chocante ver alguém que simplesmente não percebe que errou, não reconhece, não se dá conta de que está errado. São pessoas especializadas em justificar todos os seus atos. Dão nomes carinhosos aos seus defeitos. Ganância, para elas, é ambição. Mau humor é seriedade. Orgulho é apenas amor-próprio. Não importa o que tenham feito, nunca se acham errados. Sempre tem justificativas, explicações.
De nada adianta se exasperar com alguém assim. A maioria ainda está nesse estágio, de não reconhecer seus erros. Não é cara de pau, como pode parecer. Elas realmente não percebem. O mais complicado, ao nos depararmos com alguém assim, é que essas pessoas, como todo mundo, têm qualidades, e às vezes qualidades importantes e visíveis, como a solicitude, a prestatividade, a generosidade, a hospitalidade. São qualidades facilmente reconhecidas pelos que os cercam.
A evidência dessas qualidades os mantém iludidos quanto ao próprio caráter.  Enxergam em si essas qualidades, e seus defeitos são sufocados debaixo do orgulho. Isso torna difícil uma abordagem mais direta, uma tentativa de esclarecimento. É perda de tempo querer esclarecer alguém assim sobre seus próprios erros. Não se extirpam tumores morais milenares em apenas uma reencarnação.
Não podemos julgar, nem queremos isso. Temos que valorizar o que essas pessoas têm de bom, de positivo, e passar por cima dos seus defeitos, na medida do possível. Mas é inegável que essas pessoas terão que enfrentar duras crises para despertarem da ilusão que vivem sobre si mesmas.
Quando o espiritismo valoriza a dor como elemento regenerador, às vezes é mal interpretado. Mas é pelo mecanismo da dor que se aprende a reconhecer os próprios erros como causadores do sofrimento. Examine cuidadosamente a si mesmo e veja se já não esteve em erro, alguma vez, sem que tivesse consciência disso. Por acaso não foi a dor que o fez despertar do erro?
Do site Espírito Imortal

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