Paz aos filhos da Nova Consciência e Amor incondicional a todos...Eis que nos chega as ponderações de alguns em oposição às fundamentações espiritistas por julgarem estas como enaltecedoras do sofrimento enquanto caminho de ascese. Embora não podendo deixar de reconhecer a incidência do sofrimento naquilo que se faz o estágio transitório do espírito na condição carnal, asseveram eles, e não sem razão, que é dever do homem se opor a toda forma de sofrimento e contra ele exercer todos os meios cabíveis para erradicá-lo, assegurando ao mesmo felicidade e bem-estar. Portanto, passível de crítica se torna o espiritismo por apregoar as benesses do sofrimento. Justo, se assim o fosse. Contudo não percebem os flutuantes que o espiritismo se assemelha a um anjo de luz que trás um bálsamo para a dor e uma espada para o sofrimento. Explicamo-nos. Dor e sofrimento não são sinônimos. Toda dor pode ser tomada como uma benção de Deus para retificação humana. Todo sofrimento pode e deve ser tomado como uma resistência humana para ação retificadora divina. A dor é inerente à condição da alma em expiações e provações na circunstancialidade carnal. O sofrimento é imanente à condição humana reativa às provas e expiações que lhe são próprias. Simplificando, diríamos que o sofrimento é derivado da incompreensão de uma dor ali posta por ação da lei de amor, justiça e caridade e a resistência a que esta cumpra seus desígnios. Assim posto, tomaríamos por exemplo uma pessoa que passa por transtornos físicos e sente dor, mas, por ter a compreensão do processo e a aceitação espiritual, esta dor não se verte para ela em sofrimento. Sofrer é estar resistente e contrário aos vetores do Amor que é o alinhamento cósmico para toda as manifestações de vida. E o sofrimento independe da dor. Há espíritos sofredores em plenitude dos prazeres físicos. Sofrimento é condição da alma ou do espírito, se encarnado ou não, cuja consciência obscura reage à ação purificativa da luz que impõe reajustes que causam sensações agudas e, quase sempre, dolorosas. As regiões umbralinas estão repletas de sofrimento por não se saber transmutar a dor pelo processo alquímico do amor. Observemos todo o martiriológio de Jesus; foi sem dúvida doloroso, mas não houve sofrimento para o Mestre que em momento algum se desviou da senda do amor. Seu espírito subiu ao calvário em paz. Portanto, nunca o espiritismo exaltou o sofrimento. Antes, não há uma ação mais contundente do que as práticas espíritas para resgate dos seres presos ao sofrimento. O que o espiritismo faz com mestria é compreender a natureza da dor e sua função no processo evolutivo humano. A dor em si não é boa nem ruim, é apenas necessária; se esta vai ser um balsamo edificante em nossas vidas ou um jogral de sofrimentos, depende apenas de nos mesmos. Cientes de que toda dor perverte-se em sofrimento ou converte-se em amor, que cada filho da Nova Consciência saiba lidar com este instrumento de intercessão divina para sua elevação e transubstanciação planetária. Que todos permaneçam sob a regência da Luz...Paz...Muita Paz...
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