Sérgio Biagi Gregório
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Evolução do instinto sexual: 3.1. Reino Vegetal; 3.2. Reino animal; 3.3. Reino hominal. 4. Sexo nos Espíritos. 5. Amor. 6. Criação. 7. Conclusão. 8. Fonte de Consulta.
1. INTRODUÇÃO
O que significa a palavra sexo? Ela difere do termo sexualidade? Pode haver sexo sem amor e amor sem sexo? Como podemos interpretar a sexualidade e a sensualidade, constantemente exploradas pelos meios de comunicação social? Como analisar o amor e sexo sob a ótica do Espiritismo?
2. CONCEITO
Amor – Totalidade dos sentimentos e desejos que estruturam o pensamento para a liberação de energia e forças que guiam a ação na produção do bem e possibilitam a aquisição de qualidades constituintes de crescimento do Espírito. (Curti, 1981, p. 81)
Sexo – Conformação particular que distingue o macho da fêmea, nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes um papel determinado na geração e conferindo-lhes certas características distintivas. (Dicionário Aurélio)
3. EVOLUÇÃO DO INSTINTO SEXUAL
O Espírito André Luiz, no capítulo XVIII do livro Evolução em Dois Mundos, trata da evolução do instinto sexual nos vários reinos da natureza.
3.1. REINO VEGETAL
"Por milênios e milênios o princípio inteligente se demorou no hermafroditismo das plantas, como por exemplo, nos fanerógamos, em cujas flores os estames e os pistilos articulam, respectivamente, elementos masculinos e femininos".
Nas plantas criptogâmicas celulares e vasculares ensaiara longamente a reprodução sexuada, na formação de gametos (anterozóides e oosfera)" (Xavier, 1977, p. 138)
Nos protozoários, há ensaios de reprodução monogâmica.
3.2. REINO ANIMAL
"Longo tempo foi gasto na evolução do instinto sexual em vários tipos de animais inferiores, alternando-se-lhe os estados de hermafroditismo com os de unissexualidade para que se lhe aperfeiçoasse as características na direção dos vertebrados." (Idem, p. 138)
3.3. REINO HOMINAL
Nesse reino, o princípio inteligente adquire o pensamento contínuo, o livre-arbítrio, a razão, o sentimento e a responsabilidade moral. Temos a reprodução sexuada como continuidade dos outros reinos da natureza.
4. SEXO NOS ESPÍRITOS
Pergunta n.º 200 de O Livro dos Espíritos – Os Espíritos têm sexo? – Não como o entendeis, porque os sexos dependem da constituição orgânica. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos.
Deduz-se daí, e com a contribuição do Espírito André Luiz, que a sede real do sexo não se acha no veículo físico, mas na estrutura mais complexa da entidade espiritual.
No âmbito da Doutrina Espírita, a maioria da população terrestre trás consigo dramas e problemas não resolvidos de outras encarnações, de modo que todos nós, indistintamente, devemos ter muito cuidado em nossa análise e comentários sobre o assunto.
Nesse sentido, o homossexualismo, o celibato, a transexualidade devem ser vistos com moderação e respeito.
5. AMOR
O sexo, muitas vezes, é tomado como sinônimo de amor.
O amor é muito mais amplo, pois representa a totalidade dos sentimentos e desejos que estruturam as nossas ações para a produção do bem.
É como aquele sol ardente que fecunda e reúne em um único foco todas as aspirações humanas e sobre humanas.
O amor não reclama, não exige, não se apodera.
Quem verdadeiramente ama está sempre pronto a doar-se, a renunciar aos seus desejos e até à sua própria personalidade se as circunstâncias assim o exigirem.
6. CRIAÇÃO
O instinto sexual liga-se à co-criação. Há a co-criação em plano maior e co-criação em plano menor. Em plano maior, observa-se o trabalho dos Espíritos superiores a produzirem novos mundos; em plano menor, é a proliferação da espécie humana.
A co-criação é um direcionamento das forças sexuais da alma para um determinado fim.
Quanto mais animalizado for o Espírito, mais tenderá para os gozos sensíveis. Conforme for depurando o instinto sexual, mais tenderá para a sua integração com a Humanidade.
Nesse "status quo" o amor assume dimensões mais elevadas tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência.
Objetivo maior é a sublimação do instinto sexual.
7. CONCLUSÃO
Sublimemos o instinto sexual, dilatando o amor ao infinito. Mantendo-nos firmes neste propósito, verticalizaremos substancialmente as virtudes de nossa alma.
8. FONTE DE CONSULTA
XAVIER, F. C. e VIEIRA, W. Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, 4. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
CURTI, R. Espiritismo e Reforma Íntima. 3. ed., São Paulo, FEESP, 1981.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
CURTI, R. Espiritismo e Reforma Íntima. 3. ed., São Paulo, FEESP, 1981.
São Paulo, julho de 2000
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