Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Allan Kardec, o Codificador.


I. Rivail, o Educador
Seu nascimento e nome
Hippolyte Léon Denizard Rivail era seu nome (conforme livro de batismo). Nasceu a 3/10/1804, em Lião, França, de antiga família lionesa, católica, cujos antepassados se distinguiram na advocacia, na magistratura e no trato dos problemas educacionais.

Estudou com Pestalozzi
Ao redor dos 11 anos de idade, seus pais o enviaram para estudar em Yverdum, na suíça, no Instituto de Educação do célebre pedagogo Pestalozzi.
Acredita-se tenha ali estudado ( e ensinado, pois os mais aplicados eram elevados a submestres) até 1822, quando voltou à França, estabelecendo-se em Paris, como professor.

O Pedagogo
De 1824 a 1848, além de lecionar, Rivail escreveu inúmeras e importantes obras pedagógicas, especialmente sobre aritmética e gramática francesa, além de tratados sobre educação pública, tendo um deles sido premiado pela Academia Real das Ciências de Arras (1831).
Em meados de 1825, fundou e dirigiu uma “Escola de Primeiro Grau”, que funcionou até 1834, quando foi fechada por dificuldades financeiras que um seu tio lhe causara.
Passou, então alguns anos trabalhando como contabilista, dedicando, porém, as noites ao labor na área da educação, a saber:
- elaborando novos livros de ensino;
- traduzindo obras literárias ou de estudo (principalmente do alemão e do inglês, embora também conhecesse holandês, grego, latim e outros idiomas);
- preparando cursos que ministrava em escolas (inclusive sobre lógica e retórica);
- organizando e ministrando, em sua própria casa, cursos gratuitos de química, física, astronomia, fisiologia, anatomia comparada etc., para alunos carentes.
Educador emérito, caráter ilibado, exemplificava fraternidade e amor aos semelhantes. Foi homem de grande projeção na França como em outros países da Europa, sendo membro de várias sociedades sábias e tendo recebido muitos títulos e honras.

Seu casamento
Em 6/2/1832, casou-se com a Professora Amélia-Gabriele Boudet, que lhe foi companheira dedicada e valiosa colaboradora. Não tiveram filhos.

II. Como se tornou espírita

As mesas girantes
Reunindo-se em torno de mesa de três pés, as pessoas faziam perguntas a que os espíritos respondiam através de pancadas. Essa prática tornara-se moda na Europa, ao redor de 1850-52, e alcançara os salões de Paris, onde morava o Professor Rivail.
Homem de cultura geral, Rivail já se interessara pelos estudos do magnetismo animal mas foi somente a partir de 1855 que começou a ter contato com os fenômenos da “mesas girantes” e “comunicação do além-túmulo” .
Estudando os fenômenos
Convidado a presenciar os fenômenos (1854), de início o Senhor Rivail não se interessou pelo que parecia ser, simplesmente, uma diversão social.
Pela insistência de amigos, foi observá-los (maio/1855) e constatou que eram verdadeiros e devidos a uma causa inteligente; essa mesma causa revelou que eram as almas dos homens que já viveram na Terra. Pesquisando mais, verificou que os espíritos manifestantes não eram todos iguais em conhecimento e moralidade, mas que suas informações eram valiosas, como as dos viajantes que nos relatam o que puderam ver e sentir dos países onde estiveram.
Prosseguindo nesses estudos, observou os fenômenos mediúnicos em todos os aspectos. Revisou 50 cadernos de escritos mediúnicos, formulando indagações aos espíritos. Serviu-se, para tanto, de mais de dez médiuns, especialmente as Srtas. Baudin e Japhet.
Deduzindo conseqüências dos fenômenos, aplicando invariavelmente o espírito crítico e o raciocínio filosófico nos estudos e experiências (para isso tinha preparo suficiente). Formou a sua convicção “sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade – segundo os ensinos dados por espíritos superiores” constituindo a Doutrina dos Espíritos, que ele denominou Espiritismo.

III. Kardec, o Codificador
Para apresentar ao público a Doutrina Espírita, escreveu cinco livros básicos, que são chamados “o Pentateuco Espírita”:
- “O Livros dos Espíritos”, 18/4/1857;
- “O Livro dos Médiuns”, 1861;
- “O Evangelho segundo o Espiritismo”, 1864;
- “O Céu e o Inferno”, 1865;
- “A Gênese”, 1868.
Importantes também, como detalhes, argumentação e com a finalidade de divulgação mais rápida e acessível ao grande público, escreveu pequenos livros como “O Que é o Espiritismo”.
Editou, a partir de janeiro/1858, a Revista Espírita (mais antiga do mundo), que circulou até recentemente, sofreu interrupção mas voltou a ser editada.
Fundou também a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, a 1º de abril de 1858, que foi modelo de organização espírita quanto à parte mediúnica e de estudos.

O nome Allan Kardec
Para a publicação das obras espíritas, objetivando distingui-las das que produzira pelo seu próprio saber, como pedagogo, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, nome que, conforme revelação feita, usara em encarnação anterior, ainda em solo francês, ao tempo dos druidas.

Kardec, o Codificador
Como ele mesmo diz, su aparte na obra, de revelar a Doutrina Espírita foi a de haver coletado, coordenado e divulgado os ensinos. E, por organizar os ensinos revelados pelos Espíritos formando uma coleção de leis (um código) é que Allan Kerdec foi chamado “O Codificador”.

Sua desencarnação
Foi a 31/03/1869, em Paris, pelo rompimento de um aneurisma, em pleno labor de estudos e organização de novas tarefas espíritas e assistenciais.
Agradecemos a Kardec o trabalho e dedicação de sua vida à codificação dos ensinos dos espíritos, a fim de que também pudéssemos entender melhor as leis divinas, recebendo com isso conforto, bom ânimo e esperança para nossas vidas.
Para honrar-lhe a memória, procuremos aperfeiçoarmo-nos e servir, para que todos reconheçam no Espiritismo a doutrina capaz de modificar o homem para melhor e influir benéfica e poderosamente na sociedade.
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua formação moral e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações”.
“Trabalho, solidariedade, tolerância.”


Livros consultados:
- “Vida e Obra de Allan Kardec”, André Moreil, Edicel;
- “Allan Kardec”, Deolindo Amorim, editado pelo Instituto Maria e Instituto de Cultura Espírita de Juiz de Fora;
- “Allan Kardec”, Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, Edição FEB;
- “A Missão de Allan Kardec”, Carlos Imbassahy, Ed. F.E. do Paraná;
- “O Que é Espiritismo”, Allan Kardec,
Biografia de Kardec, feita por Henri Sausse.

Extraído do Livro Iniciação ao Espiritismo.

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