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Estudando o Espiritismo
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Estudos Espíritas do Evangelho – COMO JESUS DIALOGAVA
Jesus sabia valorizar a palavra como instrumento divino de comunicação. Seus diálogos com o povo sempre resultavam em um ensinamento, quer fosse uma simples pergunta e resposta ou uma conversa mais demorada. Merecem, por isso, ser estudados. Vejamos alguns exemplos.
Perguntas dos Apóstolos
-Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim e eu lhe perdoarei? Até sete? (MT;18vs21/22.) Foi Pedro quem perguntou, após Jesus ter falado sobre o perdão e como agir quando um irmão “peca” contra nós.
- Não te digo até sete mas até setenta vezes sete.
.Ensino: Quantas vezes for necessário, perdoemos.
- Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que primeiro venha Elias? (MT.17 vs 9/13)
Interrogam os discípulos a Jesus, após verem-no transfigurado e Moisés e Elias conversando com ele.
- De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu, porém vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles.
Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista.
Ensino: João Batista é Elias reencarnado.
- Por que não pudemos nós expulsá-lo? (MT. 17 vs 14/21.)
Indagam os apóstolos, quando Jesus afasta o mau espírito que eles não haviam conseguido afastar do menino obsidiado.
= Por causa da vossa pouca fé. Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível. (Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.)
Ensino: É preciso ter condições de convicção espiritual para ser respeitado pelos espíritos inferiores. Essa fé somente se consegue com conhecimento e vivência das leis divinas.
Respondendo aos adversários
- Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? ( Lc. 5 vs. 27/32.)
Jesus respondeu pelos discípulos à pergunta dos fariseus:
- Os sãos não precisam de médico e, sim, os doente. Ide, porém e aprendei o que significa: “Misericórdia quero e não holocaustos”, pois não vinha chamar justos, e sim, pecadores (ao arrependimento).
Ensino: Não podemos deixar sem assistência espiritual aos sofredores e perturbados que nos procuram. Eles é que mais precisam dela.
- Moisés mandou que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? (Jô. 8 vs. 1/11)
Perguntaram os escribas e fariseus, apresentando-lhe uma mulher adúltera. A pergunta era uma armadilha, pois do Decálogo proibia matar. Queriam ver como Jesus responderia.
- Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra.
Acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos, ficando somente Jesus e a mulher.
- Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?
- Ninguém, Senhor.
- Nem eu tampouco te condeno. Vai, e não peques mais.
Ensino: Não nos cabe condenar quem erra, porque também erramos.
– É lícito pagar o tributo a César? (MT. 22 vs. 15/22.)
Pergunta formulada pelos discípulos dos fariseus aliados com os herodianos (partidários de Herodes e amigos de Roma). Antes, simulando deferência e pensando espicaçar orgulho em Jesus, saudaram:
- Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois, que te parece? – então fizeram a pergunta acima.
- Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo.
Apresentara-lhe um denário e Jesus perguntou:
- De quem é esta efígie e inscrição?
- De César.
- Daí, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
Ensino: Devemos atender aos deveres materiais sem descurar dos deveres espirituais.
- É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? (MT. 19 vs.3/12.)
A pergunta foi dos fariseus, ‘experimentando a Jesus’.
- Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homens e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?; de modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
- Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio e repudiar?
- Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto, não foi assim desde o princípio.
Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de adultério, e casar com outra, comete adultério (e o que casar com a repudiada comete adultério).
- Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar. (disseram os discípulos).
- Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram assim; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir, admita.
Ensinos: Como instituição divina, o casamento tem propósitos superiores e não deve ser desfeito sem motivo sério. Ainda hoje os espíritos instrutores ‘permitem’ o divórcio pela dureza dos corações humanos.
Quanto à atividade sexual, alguns a ela renunciam buscando maior realização espiritual mas nem todos têm condições para essa renúncia.
- Na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram. (MT. 22 vs. 23/33.)
Não acreditando na ressurreição (continuidade da existência espiritual após a morte) os saduceus apresentaram a Jesus uma situação:
- Mestre, Moisés disse: Se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão casatá com a viúva e suscitará descendência ao falecido.
Ora, havia eentre nós 7 irmãos; o 1°, tendo casado, morreu, e não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão; o mesmo sucedeu com o 2°, com o 3°, até o 7°, depois de todos eles, morreu também a mulher.
Finalmente, fizeram a pergunta acima, ao que Jesus respondeu:
- Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem casam nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu.
Quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” Ele não é Deus de mortos e, sim, de vivos.
Ensino: Espiritualmente imortais, para Deus todos sempre somos vivos. Na vida espiritual perdurará o sentimento de amor mas não as condições físicas do casamento (a não ser para espíritos ainda muito apegados às sensações terrenas).
Seguindo a Jesus, valorizemos a palavra empregando-a com justiça e com amor, procurando dizer: “sim, sim; não, não”, porque como adverte o Mestre, o que passa disso “procede do maligno”(MT 5 v. 37).
Este registro foi postado em 15 de abril de 2012 às 15:36. Você pode acompanhar qualquer respostas para este registro através do RSS 2.0 feed. Você pode deixar uma resposta, ou trackback do seu próprio site.
Postado em Quando o Evangelho Fala por Therezinha Oliveira
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