Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Criei um remédio que salvou o meu filho


"Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível."
(Mateus, XVII: 14-19)

O Evangelho Segundo o Espiritismo, uma das veneráveis obras da Codificação Espírita legada por Allan Kardec possui o capítulo XIX intitulado como "A Fé Transporta Montanhas", em referência à linda citação do Mestre Galileu que nos esclarece quanto a importãncia de cultivarmos a fé dentro do nosso coração como virtude indispensável.

Contudo, apesar de o ensinamento poder ser aplicado às diversas situações do cotidiano, já que todo ser que possui confiança se capacita para executar seus projetos, o ensinamento deve ser compreendido propriamente em seu aspecto moral pois as verdadeiras montanhas que a fé nos ajuda a transpor são as montanhas de dificuldades, além das imperfeições que jazem em nosso interior dificultando nossa evolução.


Criei um remédio que salvou o meu filho

O senhor Adolfo Celso Guidi, profissional autônomo de 54 anos apareceu no Programa Fantástico dedicado ao dia dos pais em uma matéria que homenageava os homens que constituíam um exemplo de amor no exercício da função paterna e logo após a sua história comovente que também é um exemplo de fé inabalável, ressurgiu na mídia com maiores detalhes publicada por uma revista semanal.

Vitor, seu filho que hoje tem 23 anos é portador de uma doença neurológica rara chamada gangliosidose, em que as células neuronais vão se degenerando gradativamente e até há bem pouco tempo não havia perspectiva de tratamento.

O menino começou a apresentar sinais característicos da doença como a perda da coordenação motora desde os 4 anos e meio de idade e sem saberem do que se tratava seus pais chegaram a lhe transferir para uma escola de crianças especiais mas somente aos 9 anos após um neurologista examiná-lo e solicitar um exame de eletrorretinografia é que a família poderia ter o diagnóstico preciso da doença.

Para realizar o exame tiveram de viajar até a Argentina, Seu Adolfo foi demitido e custeou as despesas da viagem com o dinheiro da rescisão, entretanto o resultado viria somente três meses depois com a sentença de que Vitor teria no máximo mais um ano de vida.

"A fé em Deus não te arredará das provas inevitáveis, mas te investirá na força devida para suportá-las" (Emmanuel)


Naquele momento, o pai de Vitor prometeu a si mesmo que iria encontrar uma solução capaz de conter o avanço da doença e sem nunca antes ter feito um curso ligado as áreas de saúde e biologia, nos oito meses seguintes tornou-se um assíduo frequentador da biblioteca da faculdade de medicina da Universidade Federal do Paraná, onde pôde ler por conta própria mais de trinta livros e revistas, além de pesquisas na internet a respeito de genética, fisiologia e patologia.

Um dia, deixando escorrer lágrimas pelo rosto enquanto tateava as prateleiras das estantes, sem saber explicar o porquê (provavelmente intuído por um espírito bondoso) teve a intuição de retirar um livro intitulado "Tay Sachs" e ali finalmente encontrou a resposta que procurava, relacionando os sintomas que Vitor apresentava aos descritos no livro como sendo de gangliosidose.


"A fé é uma necessidade imprescindível para a felicidade, fator essencial para as conquistas íntimas nos rumos da evolução." (Joanna de Ângelis)


A partir desse momento, Seu Adolfo elaborou a teoria da substituição enzimática, a qual diz que a reposição de uma enzima que está em falta no organismo dos portadores da doença poderia estacionar a enfermidade.

Sem saber como adquirir a enzima, entrou em contato com vários laboratórios até conseguir a doação feita por um e então através de uma farmácia de manipulação, pôde produzir um remédio homeopático com a fórmula que criou para a reposição da enzima.

Em suas pesquisas, descobriu também que a aloe vera auxiliava as substâncias a chegarem exatamente onde se faziam necessárias dentro do organismo e por isso incluiu suplementos alimentares com esse composto na alimentação de Vitor.

Criticado por médicos por ser um leigo, testou o remédio em si mesmo por uma semana antes de oferecer ao filho e quando um novo exame foi feito no menino meses depois, veio a boa notícia: a doença praticamente deixou de evoluir!

Para alcançar a vitória, o caminho foi árduo pois além de todo esforço e abnegação, chegou a contrair dívidas que só foram saldadas com o auxílio de pessoas religiosas que se compadeceram com a causa e para manter sua subsistência Seu Adolfo possui uma oficina mecânica desde 2004.

Atualmente, o teoria da substituição enzimática tem sido estudada por médicos brasileiros com grande credibilidade por ter respaldo científico e o medicamento já está sendo testado em outros portadores da doença com bons resultados.

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Muitas vezes histórias como essa chegam até nós através dos veículos de comunicação e passam despercebidas diante de nossos olhos sem lhes darmos maior atenção, neste caso poderíamos listar inúmeras virtudes no amor de um pai que abdicou de cuidar da própria vida para se dedicar inteiramente à pesquisa de algo que pudesse conter o avanço da doença de seu filho, entretanto uma das virtudes que mais se sobressaem é a sua fé em persisitir em seu intento.

Sendo assim, precisamos desenvolver os chamados "olhos de ver" para estarmos atentos aos exemplos vivos dos ensinamentos de Cristo que estão à nossa volta pois então constataremos com alegria que eles são numerosos.




FONTE:
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XIX: "A Fé Transporta Montanhas".
- Revista Sou Mais Eu, edição 302. 30 de agosto de 2012. Matéria "Criei um remédio que salvou o meu filho". Reportagem feita por Luiza Furquim.
- Fotos do acervo pessoal de Adolfo Celso Guidi.


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