Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS , A DIVISÃO - Flávio Mendonça



ESTUDO ESPÍRITA



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TEMA:“ NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS , A DIVISÃO - I


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAPÍTULO XXIII, ITENS 9 A 12.

EXPOSITOR: Flavio Mendonça    

João Pessoa
 12/03/2005

Prece Inicial:


<@Flavio_Mendonca> Com o coração agradecido, vamos nos recolher a prece. Deus, Pai de infinita bondade, gratos estamos por tudo que somos e tempos. Por nossa saúde, pelo mundo que nos ofertaste, pelo amor que nos dedicas. Jesus querido amigo, mas uma vez, em teu nome, vamos realizar os estudos da noite. Que tua luz desça sobre nossas mentes, permitindo-nos discernir teus ensinamentos a fim de nos tornarmos pessoas mais justas e felizes. Que teu Evangelho de amor seja lamparina a nos iluminar o caminho tortuoso que geralmente traçamos. Que possamos através da sua compreensão, nos melhorarmos como pessoas, deixando as trevas que nos abate nos instantes de egoísmo. Que a luz de teus ensinamentos se perpetue em nossos corações. Que assim seja, graças a Deus!


Exposição:


Queridos irmãos, estudantes das verdades eternas, é com imenso prazer que divido com vocês estes instantes de aprendizado e renovação fundamentados nos ensinos do Cristo. Que possamos juntos apreender tudo que estudaremos hoje, possibilitando a sua prática em nossas ações diárias. Que Jesus nos abençoe a todos! A lição de hoje refere-se às questões 9 a 12 -  Não vim trazer a paz, mas, a divisão I. – ESE  Cap. XXIII.

Não penseis que eu tenha vindo trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; — porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; — e o homem terá por inimigos os de sua própria casa.  (S. MATEUS, cap. X, vv. 34 a 36.)


Contradição estranha entre as doutrinas do “Fazer ao próximo o mesmo que desejamos a nós mesmos” e a “Não vim trazer a paz, mas a espada”.
Seria Jesus uma pessoa de idéias contraditórias?
Numa avaliação superficial e descuidada, sim.
Porém, observando o verdadeiro sentido do ensinamento, podemos concluir que Ele, Jesus, compreendendo a natureza humana, seu nível espiritual, sua moralidade ainda inferior, sabia que sua doutrina traria incômodos diversos. Principalmente para aqueles afeitos ao poder, perpetuado na manipulação das massas: os Fariseus, os Escribas, os Doutores da lei do seu tempo. Compreensível, pois, é que Jesus falasse dos acontecimentos com tanta propriedade.
Nada de contraditório há em suas palavras. Se não vejamos: Quando Ele fala que não veio promover a Paz, estava se referindo a sua doutrina que enseja uma mudança estrutural na base do poder. Eis porque os Fariseus perseguiram Jesus.
Sua doutrina de amor e justiça, antes era uma ameaça à hierarquia judaica. Os que gozavam do poder estariam ameaçados por uma doutrina que pregava a transcendência da alma em detrimento das coisas materiais, do poder temporal. Desta forma, sabendo que sua doutrina impunha a discórdia, pois, ensejando ela, a mudança nas estruturas sociais, traria o embate proporcional.
Evidente que Jesus não estava perpetuando esta previsão de embate, pois, sabia que o progresso moral, no instante certo atingiria seu ápice e traria a verdadeira Paz das consciências lúcidas, o chamado Reino de Deus. Lembremos aqui o sermão do monte onde Ele estimula os sofredores e injustiçados pelo poder temporal, a seguir a marcha visando à recompensa maior.
Portanto, o “não vim trazer a Paz, mas sim a espada” era apenas a constatação da inferioridade moral dos homens. Jesus sabedor disso, anunciou antes mesmo de ocorrer, as coisas que estava por vir. Fácil para ele, espírito superior, perceber que o nosso egoísmo, a nossa inferioridade geraria os conflitos na ordem das coisas.

Interessante é que, mesmo hoje, passados dois mil anos da vinda do Cristo, ainda perdura na natureza humana, ainda ligada a ilusão que prende o homem as coisas transitórias, a sua inferioridade moral como a querer se perpetuar no tempo. Nas religiões, as hierarquias nem sempre visam a ordem da instituição. Quase sempre ela atende aos mesmos propósitos de outrora, ou seja, o poder temporal, a vaidade mesquinha e ao egoísmo desenfreado. Chaga humana que dilacera os corações mais frágeis, não obstante servir de aprendizado através das provas e expiações.

Jesus, no entanto, não se prende apenas a constatação das ocorrências difíceis para humanidade, também nos estimula a seguir a marcha com resignação, mostrando que a recompensa virá inexoravelmente. As Boas-Aventuranças vem justificar isso. Quando ele profere todas elas, está na verdade estabelecendo um roteiro seguro para toda humanidade sofredora. Médico das almas que era estava sempre estimulando a todos, a seguir o caminho reto do bem. Apesar de saber das conseqüências de sua doutrina, também compreendia a lei do progresso ( “Não se turve o vosso coração” – “Não vos preocupeis com o dia de amanhã” – “Faça brilhar a vossa luz” – “Vos sois o sal da Terra”. ). Sabia ele que nosso destino era a angelitude, o amor incondicional, como um rio que nasce pequeno e se encontra com o mar após inúmeros embates no decorrer do caminho.

Que possamos nos ajuntar a ele no sagrado viver do amor de Deus!


Perguntas/Respostas:


[01] <Corgan_> Pelo que foi exposto depreende-se que Jesus não tinha medo de romper com alguns conceitos e sistemas que não satisfaziam mais, os interesses da maioria. Daí a importância de não se prender e forma inerte a uma crença já arcaica, por medo de conseqüências ou castigos, então não devemos nos esquecer dos ensinamentos bíblicos tampouco nos manter inertes perante a necessidade de se evoluir, certo?


<Flavio_Mendonca> Corgan_, o Espiritismo como também a Doutrina de Jesus jamais propôs o conformismo, antes estimulou a todos a progredir. No entanto, para tanto, necessário é agir com retidão e justiça. Evidente que para isso, o "fazer ao próximo o mesmo que queremos para nós" é o mandamento principal. Portanto, a resignação diante das injustiças não é ação de conformismo, mas de confiança nas leis superiores de Deus. Como foi dito na exposição, o Sermão do Monte justifica as ações de Jesus, não no conformismo, mas no estímulo a sermos sempre justos. Eis o caminho da plenitude. (t)




[02]<Corgan_> Na verdade ele veio trazer a paz, só que era preciso romper com aquela conjuntura. Ele veio trazer a paz, mas sabia que para que a paz chegasse iria ter que lutar, daí a simbologia da espada. Não significa que ele fosse a favor de guerras, Certo?


<Flavio_Mendonca> Corgan_, perfeitamente! Sua Doutrina promovia a paz, no entanto, sabedor da inferioridade moral dos homens, previu os conflitos entre aqueles afeitos ao poder(t)







Oração Final:


<Klaravojo>  Boa noite a todos. Vamos aproveitar esse momento de harmonia e concentração para realizar a prece final. Oremos:  Mestre Jesus amigo,  que vieste na mais difícil das missões nos dar as diretrizes das leis naturais através de seu doce Evangelho, agradecemos essa oportunidade, esse espaço, a presença dos amigos usuários desse canal. A oportunidade de esclarecer, orientar, consolar, ler o pensamento dos nossos irmãos escrito na tela do mIRC. Tu que ensinaste com figueiras, troncos, água, pão e peixe, És o educador por excelência, dá-nos também a inspiração necessária para continuarmos o nosso trabalho de divulgação do Espiritismo. Agradecemos por nossa saúde e disposição, pela oportunidade de aprender sempre mais e expressar nosso conhecimento, e pela amizade dos companheiros de mIRC o que é muito importante. E pensando naqueles que não tem acesso a esses recursos,  vibremos para que encontrem também a paz num ombro amigo, na oração, na fé e na esperança. Na leitura e escuta do teu Evangelho de luz que ecoa em cada esquina para que todos tenham acesso a esse saber. Graças a Deus (t)

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