Estudando o Espiritismo

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domingo, 9 de dezembro de 2012

Servir a Deus e a Mamon




INTRODUÇÃO.
Jesus nos deixou orientações para todos os setores da nossa vida, para que pudéssemos nos conduzir nesta caminhada evolutiva na terra, e com os esclarecimentos da doutrina, essas orientações se ampliam ainda mais.Neste capitulo Servir a Deus e a Mamon, fala sobre bens materiais. Jesus utilizou varias parábolas para exemplificar. O bom uso e o mau uso do dinheiro, o apego excessivo ao material, a utilidade da riqueza, as desigualdades, etc.
 PERGUNTAS AOS ESPÍRITOS
“712. Com que fim Deus fez atrativos os gozos dos bens materiais? 
— Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e também para prová-lo na tentação. 
712-a. Qual o objetivo dessa tentação? 
— Desenvolver a razão que deve preservá-lo dos excessos. 

Deus na sua infinita sabedoria colocou o atrativo do prazer na posse e no uso dos bens materiais, para estimularmos ao cumprimento da nossa missão. Para que o planeta possa evoluir é necessário que os seus habitantes se esforcem intelectualmente e fisicamente para progredir e também Deus quis prová-lo pela tentação, que o arrasta ao abuso, do qual a sua razão deve se esforçar para livrá-lo.

AS PARÁBOLAS
Salvação dos rico 
Quando Jesus disse ao jovem: “Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me”.
Esclarecimento:
Ele não quis dizer que devemos nos livrar de tudo o que temos para entrar no reino de Deus. Foi para exemplificar que podemos ser honestos, não fazer mal a ninguém, não maldizer o próximo, não ser inconseqüente nem orgulhoso, respeitar seus pais e, ainda assim, não ter a verdadeira caridade, porque sua virtude não vai até o desapego dos bens materiais. Em outras palavras, que fora da caridade não há salvação.

Guardai-vos da Avareza: 
Um homem pede a Jesus que faça com que seu irmão divida seus bens com ele. Jesus diz a ele que não era sua função, e conta-lhe uma parábola. O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos e teve a idéia de fazer celeiros maiores para armazenar para que tivesse provisões para muitos anos, Jesus diz: Homem bobo que a morte pode vir buscá-lo e para quem ficará tudo isso que juntou?
Entendimento:
Duas lições:
• É comum as pessoas aproximarem-se do espiritismo para que os espíritos ofereçam soluções para seus problemas, favorecendo facilidades e privilégios. E não é esse o objetivo da doutrina.
• Quem amontoa coisas com certeza perderá pelo excesso ou irá se prender a eles, mas um dia, a vida o obrigará a deixar tudo o que acumulou. 

Jesus em casa de Zaqueu: 
Para escândalo de todos, principalmente de seus discípulos, ao chegar a Jericó, Jesus oferece-se para se hospedar em casa de Zaqueu, homem rico e ainda publicano; dois motivos bastante fortes para que o cobrador de impostos fosse o último dos habitantes daquele lugar onde Jesus se hospedaria, segundo entendimento da época. Pensava-se que os possuidores de bens materiais estavam irremediavelmente condenados ao sofrimento eterno, devido ao apego à matéria, considerada a fonte do mal. 
Mas Ele foi muito bem recebido por Zaqueu, que, feliz, após expor os benefícios que a sua fortuna proporcionava a várias famílias da região, propôs-se a distribuir parte de seus recursos financeiros e a ressarcir generosamente a aqueles que porventura houvesse prejudicado.
Esclarecimento
Allan Kardec afirma que “a riqueza é, sem dúvida, uma prova mais arriscada, mais perigosa que a miséria, em virtude das excitações e das tentações que oferece, da fascinação que exerce. É o supremo excitante do orgulho, o egoísmo e da vida sensual”.
A riqueza não é, em si, boa ou má. Mau, é o homem que dela abusa. A riqueza bem aproveitada traz muitos benefícios, gera empregos a muitas pessoas, realiza muitas obras para a melhoria do nosso planeta, Todo esse trabalho exige pesquisa, que desenvolve a inteligência, expande a capacidade humana de resolver problemas. Sem dúvida, é poderoso elemento de progresso. Por isso, cabe ao homem extrair dela todo o bem possível. 

Parábolas do talento: 
Essa é mais conhecida, um senhor vai viajar entrega dinheiro a cada um dos seus servos, para que cada um dispusesse da forma que bem entendesse, mas quando chegasse, eles deveriam prestar contas do que tinha feito com o que receberam, dois deles devolveram mais do que haviam recebido, demonstrando assim, que empregaram bem o dinheiro, e o outro por medo de perder, enterrou o dinheiro, e o senhor, não se mostrou nada satisfeito com mau uso empregado do seu dinheiro.
Entendimento
As aptidões e virtudes que se temos são os nossos talentos, são ferramentas com as quais devemos trabalhar para o nosso próprio bem e o bem geral de todos.
Todos possuem talentos para alguma coisa, para as artes, para a administração, para o esporte, para o comércio, para a política, para a religiosidade, para o ensino ou outros ramos quaisquer das atividades humanas. São todas ferramentas que, se bem utilizadas, multiplicam-se, em nós.
Produzem em âmbito geral: elevação de sentimentos nas artes, disciplina na administração, estímulos no esporte, fartura no comércio, justiça na política, elevação espiritual na religiosidade e capacitação no ensino. 
Por isso não devemos enterrar os talentos que recebemos, por medo, por preguiça, temos que colocá-los em pratica, para assim progredirmos, e melhorarmos ainda mais o que recebemos, e isso só conseguindo, através de esforços e muito trabalho.

“Disse-lhes o Senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei.”
Desse modo, considerando que pela Lei da Reencarnação o ser sempre progride, os ricos de hoje poderão receber no futuro novas incumbências de realizações que necessitem administradores experientes, bem assim, os que falharam em suas provas poderão ser convidados a se submeterem a novo estágio, renascendo como aprendizes, administrando poucos recursos que lhes serão concedidos como objeto de novo aprendizado.

DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS
811-“Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas”?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.” 
811-a) “Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito?” 
“São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja. Não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras.”

É impraticável, portanto, a igualdade das riquezas entre os homens. Se toda a riqueza fosse igualitariamente distribuída, todos ficariam impossibilitados de realizações em favor da coletividade e utilizariam a pequena parte que lhes pertencessem apenas para si mesmo. Esse fato anularia a possibilidade de conviver com a experiência de caridade, e de desenvolver a razão que alerta para os abusos, e também a motivação, causando o estacionamento da evolução natural tanto do homem quanto do planeta.
Além disso, em pouco tempo, as aptidões e os caracteres individuais, fariam com que essa igualdade se desfizesse. Os mais aptos, os mais trabalhadores, os mais destemidos, os empreendedores, se diferenciaria dos demais, e com certeza iriam adquirir mais.

CONCLUSÃO:
Todos nós temos conhecimento da postura materialista que domina este mundo, isso se dá devido ao atraso espiritual da maioria dos espíritos que aqui habitam. Mas para aqueles que acreditam numa vida futura melhor, como Jesus nos disse; não podemos encarar a vida da mesma forma do que todos os homens.
Os Espíritos superiores nos alerta a termos domínio sobre o mundo material e não a sermos escravos dele, como ocorre largamente.

E resumindo o que aprendemos com as parábolas:
• Ter desapego as coisas materiais, aproveitá-las para o nosso bem e de todos, pois nada é nosso, tudo, ficará aqui quando partirmos.
• Tudo que se tem em excesso, e, é mal aproveitado se perde, se estraga, isso nos exalta a caridade, doemos aquilo que temos em excesso, e que às vezes nem utilizamos mais, pode ser útil a alguém.
• Lembremos que ter não é mal, mas que devemos dar uma utilidade boa a tudo, e não nos tornarmos egoístas e avarentos.
• E não enterremos nossos talentos, por medo ou por preguiça, para que possamos quando voltar, mostrar a Deus que utilizamos o máximo o que tínhamos, para fazer nossa parte e melhorar este mundo.

“O senhor não te identificará pelos tesouros que ajuntaste, pelas bênçãos que retiveste, pelos anos que viveste no corpo físico. Reconhecer-te-á pelo emprego dos teus dons, pelo valor de tuas realizações e pelas obras que deixaste, em torno dos próprios pés”.

Vale colocarmos limites nos excessos materiais; vale o sacrifício; vale a disciplina; vale o esforço em participar, na educação das crianças, na dos jovens, nas causas ecológicas, na defesa dos animais, vale a pena estarmos aqui, tudo vale a pena, para nos melhorar e ajudar este mundo, a também ficar melhor.

Que Jesus ilumine todos nós.

Palestra feita no Grupo Espírita Familia Cristã - 26/05/10

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