Estudando o Espiritismo

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domingo, 9 de dezembro de 2012

DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS: AS PROVAS DA RIQUEZA E DA MISÉRIA


DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS:
AS PROVAS DA RIQUEZA E DA MISÉRIA
 A igualdade das riquezas não é possível: “(...) A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.(...)” (01)
 Os homens não são iguais. Uns são mais previdentes, outros menos.
 Uns mais egoístas, outros menos. Uns mais inteligentes, ativos e trabalhadores, outros
menos. Logo, se fosse “(...) a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela
mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo
estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e
durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos
os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade;
que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos
pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
(...)” (04)
 Deus concedeu as provas da riqueza a uns, e da pobreza a outros, “(...) para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos
próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com freqüência.” (02)
 “Uma das provas mais difíceis é a da pobreza, quanto o é a da riqueza.
 Na primeira, pode sofrer o Espírito a tentação da revolta.
 Na segunda, a do abuso dos bens da vida, deturpando-lhes os augustos objetivos.(...)
 Espíritos realmente evoluídos, ou simplesmente esclarecidos sobre a Lei de Causa e
Efeito, podem solicitar a prova da pobreza, como oportunidade para o acrisolamento de qualidades ou a realização de tarefas.
 Algumas vezes, o mau uso da riqueza, em precedente existência, leva o Espírito a pedir a condição aposta, com o que espera ressarcir abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas
tentações, para as quais não se sinta convenientemente forte. (...)
 O livre-arbítrio do homem pode levá-lo à pobreza, sem que se avoquem precedentes
espirituais, causas ligadas ao pretérito. (...)” (08). Como, por exemplo, a falta de estímulo
para enfrentar os problemas da vida, a preguiça, a imprevidência, que são fatores que podem
conduzir o homem ao estado de dificuldades econômicas.
ESDE
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa III
Unidade 8
Sub-unidade 3  “(...) A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação. (...)” (04)
 “Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem,
conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não
segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de
perdição, sem apelação nenhuma, idéia que repugna à razão. Sem dúvida. pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce riqueza constitui
uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. (...)” (05)
 Quando Jesus disse: “É mais fácil que um camelo passe pelo buraco de uma agulha,
que entrar um rico no reino dos céus” (MATEUS, 19:24; MARCOS, 10:25; LUCAS, 18:25)
estava se referindo aos males, às tentações a que a riqueza pode conduzir o homem. É errô-
neo interpretar que o rico não alcança a perfeição; não foi o que Jesus anunciou. “(...) Se a
riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao
homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual. (...)” (06)
 Pela riqueza pode o homem melhorar a situação material do Planeta onde vive, melhorar a produção através da relação entre os povos; criar maiores e melhores recursos sociais
através do estudo, pesquisa e trabalho. “(...) Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso.” (07)
 A riqueza favorece as maiores tentações, por isso ser difícil ao rico o acesso ao reino
os céus, mas não impossível, pois ele dispõe de inúmeros meios de fazer o bem. “(...) Mas, é
justamente o que nem sempre faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. (...)“ (3) È por
esses fatos que a prova da riqueza, apesar de tão difícil quanto a da pobreza, é mais perigosa
para o progresso moral do homem.
*  *  * FONTES DE CONSULTAS
01 - KARDEC, Allan. Da Lei da Igualdade. In:_. O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon
 Ribeiro. 76. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1995, Perg. 811, pág. 378.
02 - Perg. 814, pág. 379.
03 - Perg. 816 e comentário. Págs. 379-380.
04 - Não Se Pode Servir a Deus e a Mamon. In:_. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
 Trad. de Guillon Ribeiro. 112. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1996. Item 8, págs. 259-260.
05 - Item 7, pág. 257.
06 - Item 7, pág. 258.
07 - Item 7, pág. 258.
08 - MARTINS PERALVA. Espiritismo e Pobreza. In:_. O Pensamento de Emmanuel. 5.
 ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1994. Pág. 50.

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