Estudando o Espiritismo

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domingo, 9 de dezembro de 2012

Parábola dos Talentos


Parábola dos Talentos

Sérgio Biagi Gregório
1) Que é uma parábola?

Parábola é uma figura de linguagem que evoca paralelismo e comparação. Diz-se uma coisa para se entender outra. Conta-se uma história para se ter um desfecho de ordem moral. As parábolas contadas por Jesus mostravam a realidade terrestre, mas o seu objetivo era chamar a atenção para a realidade espiritual.

2) Qual o conceito de talento?

a) Peso e moeda da antiga Grécia e Roma. O talento era uma moeda de conta ou imaginária usada na Grécia, valendo 60 minas, e a mina 100 dracmas, o que computava o talento em 6.000 dracmas.

b) Grau de aptidão de uma pessoa, que é capaz de adquirir conhecimentos, facilmente, em certos setores do conhecimento.

c) Para Kant, o talento é "uma superioridade da faculdade conhecedora, que não provém do ensino mas da aptidão natural do sujeito".

3) Como está expressa a "Parábola dos Talentos"?

A Parábola dos Talentos (Mateus, cap. 25, vv. 14 a 30) retrata a situação de um homem que, ao ausentar-se para longe, chamou seus servos, e entregou-lhes os seus bens. Ao primeiro deu cinco talentos, ao segundo, dois e ao terceiro, um. Os dois primeiros negociaram os talentos recebidos e devolveram, respectivamente, dez e quatro talentos. O terceiro devolveu apenas o que havia recebido. Os que multiplicaram seus talentos ganharam novas intendências. Mas o que o guardou, até este o amo lhe tirou, dizendo: "Porque a todo o que já tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem". (Kardec, 1984, p. 207)

4) O que se deduz do texto acima?

A distribuição do trabalho foi feita de acordo com a vocação e capacidade de cada um. Bastava que eles fossem fiéis ao estabelecido. O que enterra o talento atrofia a sua personalidade.

5) O que se entende por "tirar-se-lhe-á até o que parece que tem"?

Deus não tira nada de ninguém. Porém, tudo o que não for usado, atrofia-se. É o artista que não usa o palco, o pintor que não usa o pincel, o escritor que não usa a caneta. Parece que lhe foi tirado o talento, mas este apenas está em desuso, tornando-se inútil para o cômputo geral da sociedade.

6) Como o Irmão X ilustra esta parábola?

O Espírito Irmão X, no livro Estante da Vida, psicografado por F. C. Xavier, interpreta a parábola nos seguintes termos: ao primeiro o senhor dera Dinheiro, Poder, Conforto, Habilidade e Prestígio; ao segundo, Inteligência e Autoridade; ao terceiro, o Conhecimento Espírita. O primeiro acrescenta Trabalho, Progresso, Amizade, Esperança e Gratidão; o segundo, Cultura e Experiência; o terceiro devolve intacto. Em vista do ocorrido, o senhor ordena que se tire o Conhecimento Espírita desse último e o dê aos dois primeiros. (Xavier, 1974, cap. IV)

7) Como interpretar metaforicamente esta parábola?

Metaforicamente, esta parábola refere-se à responsabilidade na multiplicação dos bens recebidos. Se o Criador houve por bem ofertar-nos a luz do Conhecimento Espírita, não podemos ocultá-lo com receio de represálias e dissabores. Espargindo a luz da verdade vamos iluminar os detentores do Poder, do Dinheiro, da Inteligência etc. Com isso, ajudaremos a construir um mundo mais justo e mais fraterno.

8) Relacione a "Parábola dos Talentos" e a riqueza.

A "Parábola dos Talentos" tem intima relação com a riqueza. Tanto é verdade que está inserida no capítulo XVI – Não se Pode Servir a Deus e a Mamon –, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. A riqueza, segundo o Espiritismo, é uma prova bem mais difícil do que a da pobreza, em virtude dos desejos e prazeres envolvidos com o dinheiro. O Espiritismo não condena a riqueza e, sim, o apego aos bens materiais. Lembremo-nos do jovem que interrogou Jesus sobre os meios de ganhar a vida eterna. Jesus lhes respondeu: "Desfazei-vos de todos os vossos bens e segui-me". O jovem recua ante esta ordem. Jesus, porém, não queria que o jovem se despojasse de todos os seus bens para que obtivesse a sua salvação. Ele queria apenas mostrar que o apego aos bens terrestres é um obstáculo à salvação.

9) O que se pode concluir desta parábola?

Deus, às vezes, nos dá uma única intendência. Cabe-nos, assim, fixar a nossa atenção e a nossa concentração nesse ponto, nesse norte. Qualquer desvio é uma grande perda para a evolução de nossa alma imortal. Empenhemo-nos em propagar o nosso talento para que toda a Humanidade possa usufruir dele também.

Bibliografia Consultada

XAVIER, F. C. Estante da Vida, pelo Espírito Irmão X. 3. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1974.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.

Novembro/2006

Apresentação em PowerPoint: http://www.sergiobiagigregorio.com.br/powerpoint/doutrina/parabola-dos-talentos.ppt

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por Sérgio Biagi Gregório

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