Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Salvação segundo a Doutrina Espírita


Estudando a Doutrina Espírita, compreendemos que Jesus não morreu por ninguém ou para salvar alguém do Inferno. Sua morte não significa a nossa salvação, e nem o perdão “adiantado” dos erros que cometemos.

Jesus, o Espírito mais evoluído que já esteve na Terra, encarnou e viveu neste Mundo por amor a nós, para exemplificar o amor, o perdão, a caridade, a fé, sendo “o modelo e guia, o tipo de perfeição moral a que se pode aspirar na Terra”, definição essa contida na questão 625 de O Livro dos Espíritos.

“Pelas obras é que se reconhece o cristão”, pois se apenas a fé salvasse o indivíduo, de que valeria a caridade, a reforma íntima, o trabalho no bem? Qualquer um que se arrependesse de seus erros antes de morrer seria salvo e iria para o Céu, mesmo se tivesse sido um ladrão ou assassino? E onde estaria, nesse caso, a justiça de Deus, que oferece tempo para alguns se arrependerem, enquanto que a outros arrebata do corpo físico sem a oportunidade de repensarem suas atitudes?

Quando tomamos consciência do cometimento de uma falta, o arrependimento é importante, porém, ele não necessita de um rótulo religioso, mas sim ser complementado pela expiação e pela reparação do erro cometido.

Expiação são os sofrimentos físicos e morais consequentes do erro; e a reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal, apagando assim os traços da falta e suas consequências.

A Doutrina Espírita elucida que a salvação de cada um – entendida como evolução espiritual, que é destino de todos os Espíritos criados por Deus - depende exclusivamente de si mesmo, e ocorre a partir da transformação moral, pois “fora da caridade não há salvação”. Assim, somente através da reforma íntima é possível salvar-se do comodismo, da indiferença, da omissão, da descrença, transformando a fé e a confiança em Deus em obras de amor e paz.

Sendo o Céu um estado íntimo, construído pela consciência tranquila, e não um lugar de ociosidade e contemplação, o Céu de cada um só pode ser construído por ele mesmo, através de pensamentos, palavras e atitudes que revelem seu estado íntimo de constante aprimoramento espiritual, esforçando-se por tornar-se cada vez mais solidário, mais caridoso, mais parecido com Jesus.

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