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Estudando o Espiritismo
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Prova e Expiação: Qual a diferença?
Vamos antes, entender as definições de duas palavras:
expiar
v. tr.
1. Remir (culpas ou delitos) pelo cumprimento de pena ou penitência.
2. Sofrer as consequências de.
3. Purificar.
4. Cumprir (a pena que reabilita).
provar
v. tr.
1. Estabelecer a verdade de.
2. Indicar, dar provas de.
3. Submeter a prova.
4. Padecer.
5. Comer ou beber em pequena quantidade.
6. Experimentar (uma peça de vestuário) antes de o alfaiate a concluir, para que este lhe corrija os defeitos.
Uma expiação é sempre uma prova, mas uma prova nem sempre é uma expiação.
Não deve se crer, entretanto, que todo sofrimento por que se passa neste mundo seja necessariamente o indício de uma determinada falta: trata-se, frequentemente, de simples provas escolhidas pelo Espírito, para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a expiação serve sempre de provas, mas a prova nem sempre é uma expiação. Mas provas e expiações são sempre sinais de uma inferioridade relativa, pois aquele que é perfeito não precisa de ser provado. Um Espírito pode, portanto, ter conquistado um certo grau de elevação, mas querendo avançar mais, solicita uma missão, uma tarefa, pela qual será tanto mais recompensando, se sair vitorioso, quanto mais penosa tiver sido a luta. Esses são, mais especialmente, os casos das pessoas de tendência naturalmente boas, de alma elevada, de sentimentos nobres inatos, que parecem nada trazer de mau de sua precendente existência, e que sofrem com resignação cristã as maiores dores, pedindo forças a Deus para suportá-las sem reclamar. Podem-se, ao contrário, considerar como expição as aflições que provocam reclamações e levam o homem à revolta contra Deus.
O sofrimento que não provoca murmurações pode ser, sem dúvida, uma expiação, mas indica que foi antes escolhido voluntariamente do que imposto; é a prova de uma firme resolução, o que constitui sinal de progresso.
O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap V, item 9
Quando retornamos, reencarnamos, escolhemos provas e expiações para cumprir durante a nossa vida. E os escolhemos unicamente para nossa evolução. Vimos, na mensagem, que um Espírito perfeito não precisa der submetido a nenhuma prova, no entanto, a fim da busca de um grau mais elevado, solicita uma missão, uma tarefa, uma prova. Se falhar não regridirá, pois na Doutrina Espírita não há regresso de evolução do Espírito.
Nem as provas, nem as expiações são impostas. São escolhas nossas. Nós escolhemos as expiações para nosso melhoramento, para nossa evolução.
Uma coisa é certa, sempre que o sofrimento provoca reclamações e nos leva a revoltarmos contra Deus, trata-se de uma expiação. Pois é a dor máxima de nossa alma.
Um dos admiráveis personagens da história da Doutrina Espírita, Paulo de Tarso é um forte exemplo de prova e espiação.
O apóstolo Paulo de Tarso, cujo nome original era Sha'ul ("Saulo") (Tarso, c. 9 — Roma, c. 64) é considerado por muitos cristãos como o mais importante discípulo de Jesus ("Yeshua") e, depois de Jesus, a figura mais importante no desenvolvimento do Cristianismo nascente.
Paulo de Tarso foi um apóstolo diferente dos demais, por ter dado maior ênfase aos irmãos gentios, pois seu chamado era destinado a eles que estavam espalhados pelo mundo (Atos 13:47). Paulo, assim comos os outros Verdadeiros Apóstolos, também teria visto Jesus Cristo (Atos 9:17, I Coríntios 15:8, dentre outros textos). Paulo era um homem culto, pois era fariseu seguidor de rabi Gamaliel. Destaca-se dos outros apóstolos pela sua cultura, considerando-se que em sua maioria era de pescadores. A língua materna de Paulo era o grego. É provavel que também dominasse o aramaico.
Educado em duas culturas (grega e judaica), Paulo fez muito pela difusão do Cristianismo entre os gentios e é considerado uma das principais fontes da doutrina da Igreja. As suas Epístolas formam uma secção fundamental do Novo Testamento. Alguns afirmam que ele foi quem verdadeiramente transformou o cristianismo numa nova religião, e não mais uma seita do Judaísmo.
(Wikipédia)
Paulo como um dos principais difusores do criastianismo, foi também perseguido. Há uma passagem que fala justamente nessa expiação de Paulo: Atos 20: 17-36 ; Atos 21: 27-40 e Atos 22: 1-30. São passagens de grande prova e expiação desse personagem bíblico. Diferente de todos os apóstolos de Cristo, por não ter convivido com Ele.
Uma vez encarnados, nossas escolhas, nossas provas e expiações são esquecidas. Isso porque o livre arbítrio deve prevalecer. É ele nossa prova maior.
Tereza Morais
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