ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA
Nós espíritas, acreditamos que a partir do momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, surgindo o embrião, inicia-se uma reencarnação, ou seja, um Espírito é ligado ao organismo em desenvolvimento, com a supervisão de técnicos da Espiritualidade. Então, a sexualidade deveria ser exercida com responsabilidade. Porque, para nós, o aborto provocado é sempre um crime contra a vida, e dos mais lamentáveis, mesmo no caso de fetos defeituosos (ex.: os anencéfalos).
QUE FAZER QUANDO A VIDA DA MÃE ESTÁ EM JOGO? Há exceção quando se trata de aborto terapêutico, cujo objetivo é salvar a vida da mulher-mãe, porque sendo ela poupada, outra oportunidade terá.
E O ABORTO CLANDESTINO? Querem justificar dizendo que, quando o aborto for legalizado, a onda de crimes se fará muito menor. Quem pensa assim, está equivocado. Em países onde o aborto foi legalizado, as estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-se em risco a vida da mulher.
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS? O espírito abortado poderá voltar-se contra a responsável por sua infelicidade (a mãe), tornando-se seu obsessor. Ainda que o filho assassinado seja de índole pacífica, disposto a afastar-se sem rancor, ela se situará em estado latente de desajuste, que se refletirá em seu psiquismo na forma de angústias e depressões, favorecendo o assédio de Espíritos obsessores que exploram as fraquezas humanas. Além disso, o aborto criminoso gerará desajustes perispirituais na mulher. Estes desajustes, mais cedo ou mais tarde, na existência atual ou futura, darão origem a enfermidades e limitações que se fixarão nos órgãos correspondentes à natureza de seu crime. Exemplo: esterilidade, tumores, infecções renitentes, etc.
E QUANDO A MULHER ENGRAVIDA CONTRA SUA VONTADE, COMO NO CASO DO ESTUPRO? O Espiritismo, em qualquer caso, entende a maternidade como digna e nobre. Além do mais, não sabemos se essa criatura, recebida em circunstâncias tão sofridas, não será o amparo e o amigo de que a mulher terá mais tarde em outras condições, quem sabe não menos dolorosas. Receber nos braços um filho que a vida nos enseja é sempre uma bênção. O estuprador apenas produziu um corpo carnal, o espírito que irá se vincular àquele corpo e dará vida a ele é um filho de Deus. Caso a mulher não queira conviver com o "filho de Deus", dê esta criança para adoção, mas não mate.
E O LIVRE ARBÍTRIO DA MULHER? Há quem defenda o livre arbítrio da mulher. Mas, quem defende o livre arbítrio do feto? O aborto, como o suicídio, é um dos maiores crimes que se podem perpetrar, porquanto a vítima do aborto não tem oportunidade de defesa. Já a gravidez pode ser prevenida. Abortar para fugir da responsabilidade, geralmente livremente aceita, nunca! O sexo deve ser exercido com responsabilidade, é natural se arque com as conseqüências. No caso, o filho. A mulher deveria considerar que o filho que está a caminho, sejam quais forem as circunstâncias em que venha ao mundo, ainda que represente para ela sacrifícios e lutas, é alguém enviado por Deus para oferecer-lhe a mais elevada de todas as funções, a mais nobre de todas as missões. As mulheres são COLABORADORAS DO CRIADOR NA OBRA DA CRIAÇÃO.
E O CONTROLE DA NATALIDADE? É uma medida muito válida. Entre programarmos a prole, mantendo a harmonia familiar e deixarmos que venhamos a derrapar pelo aborto, o planejamento familiar, do ponto de vista espiritista, é profundamente ética.
E OS QUE INDUZEM OU AUXILIAM A MULHER NO ABORTO? Todos aqueles que induzem ou auxiliam a mulher na eliminação do nascituro possuem também a sua culpabilidade no ato criminoso: maridos ou namorados que obrigam as esposas; médicos que estimulam e o realizam; enfermeiras e parteiras inconscientes. Para a justiça humana, não há crime, nem processo, nem punição, na maioria dos casos, mas para a JUSTIÇA DIVINA todos os envolvidos no ato criminoso sofrerão as conseqüências sombrias, imediatas ou em longo prazo, de acordo com o seu grau de culpabilidade.
QUE DEVE FAZER A MULHER QUE FEZ ABORTO E ARREPENDEU-SE? Demonstra a Doutrina Espírita que a mulher comprometida no crime do aborto pode superar o remorso ajudando filhos que perderam suas mães, em obras assistenciais. Há muito serviço em creches, berçários, hospitais, casas de sopas, lares de infância, que esperam por corações generosos e mãos dispostas a servir. Se a dor é a moeda com a qual a justiça divina cobra nossos débitos, o Bem é inestimável valor alternativo, com o qual a divina misericórdia nos permite abreviar nossos padecimentos exercitando tarefas redentoras. Portanto, qualquer pessoa de mediana capacidade de discernimento, sabe que O ABORTO É CRIME. Podem legalizá-lo um milhão de vezes, mas nunca o moralizarão. O fato de ser legal não implica em ser moral.
COMPILAÇÃO DE RUDYMARA
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