Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Doutrina espírita — filosofia com bases científicas e consequências morais

Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal

Tendo aparecido numa época de emancipação e madureza intelectual, em que o homem queria saber o porquê e o como de cada coisa, o espiritismo surgiu não somente como as revelações anteriores, através de um ensino directo, mas também como fruto do trabalho da pesquisa e do livre exame, deixando ao homem o direito de submeter tudo ao cadinho da razão.
Pelo método aplicado na observação dos factos, pelas respostas que oferece às profundas indagações do espírito humano, com reflexos inevitáveis no modo de proceder das pessoas, salienta-se que o espiritismo é uma doutrina de tríplice aspecto: científico, filosófico e moral.
No livro "O que é o Espiritismo", Allan Kardec diz-nos que «o espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.»

SUMÁRIO

1. Ciência - método científico

Os fenómenos mediúnicos, tão antigos quanto o homem à face da terra, sempre chamaram a atenção para a realidade da vida espiritual.
O espiritismo, surgindo numa época de emancipação e madureza intelectual, procedeu, na sua elaboração, da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental.
O espiritismo experimental estudou as propriedades dos fluidos espirituais e demonstrou a existência do perispírito.
A parte experimental do espiritismo está contida em «O Livro dos Médiuns», editado em Paris, França, em 1861.

2. Filosofia - novos campos para o conhecimento

As grandes questões da alma permaneceram por muito tempo encobertas pelo véu do mistério e do dogma.
A libertação do conhecimento, nos tempos modernos, permitiu ao homem questionar os princípios filosóficos dogmáticos, incapazes de resistirem ao mínimo critério de lógica.
A filosofia espírita está consubstanciada em «O Livro dos Espíritos», editado em 1857.
As bases da doutrina espírita foram estabelecidas por Allan Kardec, através da análise e selecção das comunicações dos espíritos, usando o critério da universalidade e concordância do ensino dos espíritos à luz da razão.
O espiritismo propugna pela fé raciocinada.
Os pontos fundamentais do espiritismo são: Deus; o espírito e a sua imortalidade; comunicabilidade dos espíritos; a reencarnação; pluralidade dos mundos habitados; leis morais.

3. Moral - aperfeiçoamento interior

O homem primitivo, não podendo explicar os fenómenos naturais, atribuía-os a uma potência superior, que ele passou a reverenciar, surgindo as formas primitivas de culto.
O espiritismo não tem formas exteriores de adoração, nem sacerdotes, nem liturgia.
A parte moral do espiritismo está contida em «O Evangelho Segundo o Espiritismo», editado em 1864.

ANOTAÇÕES E INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

  • (1) Allan Kardec, "A Génese", cap. 1, n.º 12 a 14 e 39, 13.ª edição, FEB
  • (2) Allan Kardec, "O que é o Espiritismo", Preâmbulo, 11.ª edição, 1955, FEB
  • (3) Allan Kardec, "O Livro dos Médiuns", Frontespício
  • (4) "Enciclopédia do Estudante", volume 2, Editora Abril Cultural
  • (5) Allan Kardec, "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Introdução, 5.ª edição, FEB
  • (6) Camille Flamarion, "Deus e a Natureza", Introdução, FEB
  • (7) Emanuel, "O Consolador", psicografado por Francisco Cândido Xavier, Terceira Parte, questão n.º 260, 4.ª edição, FEB
  • (8) Allan Kardec, "Obras Póstumas", 1.ª parte, Manifestação dos Espíritos, 11.ª edição, FEB.

Um comentário:

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    abraços

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