Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

A DOUTRINA ESPÍRITA - Aspectos Filosófico e Científico



            O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimana dessas mesmas relações.

            Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. Em vista disto, a Doutrina Espírita apresenta três aspectos: o filosófico, o científico e o religioso.

            Quando o homem pergunta, interroga, cogita e quer saber o “como” e o “porquê” das coisas, dos fatos, dos acontecimentos, nasce a FILOSOFIA.

            O caráter filosófico do Espiritismo está portanto, no estudo que faz do Homem: de seu Espírito, seus problemas, sua origem e destinação. Esse estudo leva ao conhecimento do mecanismo das relações dos homens que vivem na Terra, com aqueles que já se despediram dela, temporariamente, pela morte. Estabelece as bases desse permanente relacionamento, demonstrando a existência inquestionável de algo que tudo cria e tudo comanda inteligentemente -DEUS.

            Definindo as responsabilidades do Espírito - quando encarnado (Alma) e também quando desencarnado, o Espiritismo é Filosofia, regra moral que visa o comportamento dos seres da Criação, dotados de sentimento, razão e consciência.

            O Espiritismo passa de Filosofia à Ciência, quando confirma, pela experimentação, os conhecimentos filosóficos, que prega e dissemina.

            Como Filosofia, trata do conhecimento frente à razão; indaga dos princípios e das causas; perscruta o Espírito e interpreta os fenômenos. Como Ciência, prova-os.

Os fatos ou fenômenos espíritas, isto é, produzidos por Espíritos desencarnados, são a substância da Ciência Espírita e seu objetivo é o estudo e o conhecimento desses fenômenos, para a fixação das leis que os regem.

No seu aspecto Científico e Filosófico, a Doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade.

A Doutrina Espirita apresenta três aspectos: o filosófico, o cientifico e o religioso. 
No aspecto filosófico do Espiritismo, enquadra-se o estudo dos problemas da origem e da desatinação do homem, bem como o da existência de uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. 
No aspecto cientifico, demonstra experimentalmente a existência da alma e sua imortalidade, principalmente através do intercâmbio mediúnico entre os encarnados e os desencarnados. 
O Espiritismo não se constitui em uma religião a mais, visto que não tem cultos, nem ritos, nem cerimoniais e que entre seus adeptos nenhum tomou ou recebeu o título de sacerdote. Podemos, porem, considera-los em seu aspecto religioso, quando estabelece um laço moral entre os homens, conduzindo-os a uma ascensão espiritual em direção ao Criador, através da vivência das máximas morais do Cristo. 
O Espiritismo é, pois, "(...) a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as relações com o mundo corpóreo, (...)'' (1) "(...) É ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica (...)", compreendendo "todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações" (2) 
Através dos ensinamentos espíritas pode-se fazer uma diferença entre Religião, propriamente dita, e religiões no sentido de seitas humanas. "Religião, para todos os homens, deveria compreender-se como sentimento divino que clarifica o caminho das almas e que cada espirito aprenderá na pauta do seu nível evolutivo. Neste sentido, a Religião é sempre a face angusta e soberana da Verdade; porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões como se a fé também pudesse ter fronteiras (...) 
'"(...) A Religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador. As religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios; dignas de todo o acatamento pelo sopro de inspiração superior que as faz surgir, são como gotas de orvalho celeste, misturados com os elementos da Terra em que caíram. (...)'' (8)

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