Estudando o Espiritismo

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domingo, 4 de setembro de 2011

Influência dos espíritos - O mansageiro


Idéias Principais:
Os Espíritos influem tanto em nossos pensamentos que, de ordinário, são eles que nos dirigem.
Há, entre os Espíritos que se encontram, uma comunicação de pensamento, que dá causa a que duas pessoas se vejam e compreendam sem precisarem dos sinais ostensivos da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam entre si a linguagem dos Espíritos.
Pressentimento “é o conselho íntimo e oculto de um Espírito que vos quer bem. Também está na intuição da escolha que se haja feito. É a voz do instinto. Antes de encarnar, tem o Espírito conhecimento das fases principais de sua existência, isto é, do gênero das provas a que se submete. Tendo estas caráter assinalado, ele conserva, no seu foro íntimo, uma espécie de impressão de tais provas e esta impressão que é a voz do instinto, fazendo-se ouvir quando lhe chega o momento de sofrê-las, se torna pressentimento”.
Síntese do Assunto:
Os Espíritos exercem tamanha influência sobre os nossos pensamentos e atos que amiúde somos por eles dirigidos.
Isto se dá, porque os Espíritos povoam os mesmos espaços em que vivemos, acompanham-nos em nossas atividades e ocupações, vão conosco aos lugares que freqüentamos intervindo em nossas reuniões, seguindo-nos, ou evitando-nos, conforme os atraímos ou repelimos. Estamos cercados por Espíritos, independentemente de sermos ou não médiuns produtivos, e a sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles.
Nessa convivência entre encarnados e desencarnados, a influência às vezes é tão sutil que não conseguimos estabelecer uma separação entre o que nos é próprio e o que é dos Espíritos. Portanto, entre as nossas idéias e imagens mentais podem estar disseminadas idéias e desejos de outros Espíritos, sem que disto nos apercebamos.
Analisando a influência dos Espíritos sobre os nossos pensamentos e atos, passamos a entender melhor o fenômeno vulgarmente denominado telepatia.
“A telepatia consiste essencialmente na ocorrência de uma impressão psíquica intensa que se manifesta em geral inopinadamente, numa pessoa normal, seja durante o estado de vigília, seja durante o sono, impressão que – como se observa – está acorde com um acontecimento desenrolado a distância”.
A telepatia é a transmissão do pensamento de um ser para outro. “Há, entre os Espíritos que se encontram, uma comunicação de pensamento, que dá causa a que duas pessoas se vejam e compreendam sem precisarem dos sinais ostensivos da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam entre si a linguagem dos Espíritos”. No fenômeno de telepatia sempre há alguém que é mais apto para transmitir o pensamento, como existe outro com mais predisposição para ser receptor.
O estudo da telepatia data dos anos de 1825 quando, na França, se fizeram as primeiras experiências magnéticas. Foi, só muito mais tarde, que se encarou a telepatia com seriedade cientifica.
O termo telepatia foi proposto por Frederic W. H. Myers em 1882 e adotado nos trabalhos da Society Psychical Research. Myers assim o definiu:
“Entendo por telepatia a transmissão do pensamento e das sensações feita pelo Espírito de um individuo sobre outro sem que seja pronunciada uma palavra, escrito um vocábulo ou feito um sinal”.
A telepatia, ou projeção a distância do pensamento e mesmo da imagem do manifestante, faz-nos subir mais um degrau na escala da vida psíquica. Aqui, achamo-nos na presença de um ato poderoso da vontade. As manifestações telepáticas não comportam limites. O poder e a independência da alma nelas se revelam soberanamente, porque o corpo nenhum papel representa no fenômeno. É mais um obstáculo do que um auxílio. Produzem-se, por este motivo, ainda com maior intensidade, depois da morte.
A telepatia pode ser espontânea ou experimental.
a) Telepatia espontânea – Subdivide-se em:
1. Relativa a um acontecimento futuro iminente – Casos de pressentimentos, premonições, visões premonitórias e aparições de moribundos.
2. Relativa ao presente ou a um passado recente - Casos de visões nítidas ou de adivinhação de acontecimentos afastados (no estado normal). Casos de aparições de moribundos. Casos de aparições de vivos. Com freqüência, o fenômeno diz respeito a uma pessoa unida ao percipiente por laços de afeição mais ou menos fortes.
b) Telepatia experimental – Esses casos traduzem uma impressão psíquica produzida a distância sobre uma pessoa; e isso por outra pessoa, e simplesmente pela ação e força da vontade.
É, de qualquer modo, imperioso reconhecer que a telepatia experimental encontra-se longe de ser estabelecida de modo tão nítido quanto a espontânea.
Abordaremos agora um outro tipo de influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos: o pressentimento.
O pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que lhes permite entrever as conseqüências das coisas atuais e a filiação dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicações ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados.
Nota-se que neste último caso, ou seja, o pressentimento como conseqüência de uma comunicação oculta, quem geralmente se comunica é um Espírito amigo e bondoso. É, do dizer dos Espíritos Superiores, “o conselho íntimo e oculto de um Espírito que vos quer bem”.
Existem inúmeros exemplos de telepatia e de pressentimento na literatura espírita. Relataremos resumidamente alguns escolhidos ao acaso:
“Minha mãe tinha dois tios clérigos; um era missionário na China, o outro, cura na Bretanha; tinham uma irmã já de idade avançada, residente nos Vosges. Um dia esta pessoa estava ocupada em sua cozinha a preparar o repasto da família, quando se abriu a porta, e ela viu no limiar seu irmão missionário de quem estava há longos anos separada: - É o irmão Francisco! – gritou ela e correu para ele, a fim de abraçá-lo. Mas, no instante em que chegava perto dele não o viu mais, o que lhe causou um grande medo”.
“No mesmo dia, à mesma hora, o segundo irmão, que era cura na Bretanha, lia seu breviário, quando ouviu a voz do irmão Francisco que lhe dizia: - Meu irmão, vou morrer. Depois, ao cabo de um momento: - Meu irmão, eu morro. E enfim, alguns minutos depois: - Meu irmão, morri”.
“Alguns meses mais tarde, receberam eles a notícia da morte do missionário, verificada no mesmo dia em que tinham recebido tão estranhos avisos”. (O Desconhecido e os Problemas Psíquicos – Camille Flammarion).
Este é um exemplo de comunicação telepática espontânea dada por um moribundo.
Eis um caso de telepatia experimental, em que uma moça chamada Maria é magnetizada (hipnotizada) e passa a agir conforme as ordens do seu magnetizador:
“Quando despertardes, ireis procurar um copo, nele derramareis algumas gotas de água de Colônia, trazendo-mo em seguida”.
“Ao despertar, ela se acha visivelmente preocupada, não pode estar parada e vem por fim colocar-se à minha frente e me diz: - Ora, pois! Em que pensais? E que idéia pusestes em minha cabeça!”.
“- Porque me falais assim?
- Porque a idéia que tenho não pode provir senão de vós, e eu não quero obedecer!
- Não obedeçais, se assim o quiserdes; mas exijo que me digais imediatamente o que pensais.
- Muito bem! Cumpre-me ir buscar um copo, enchê-lo dágua com algumas gotas de Colônia e trazer-vo-lo: é realmente ridículo!
A minha ordem havia sido, pois, perfeitamente compreendida”. (O Desconhecido e os Problemas Psíquicos, Camille Flammarion).
O pressentimento pode manifestar-se através de uma vaga lembrança que o Espírito tem de provas ou acontecimentos a que deverá submeter-se; pode, no entanto, ser produto da comunicação de um Espírito amigo. Pressentir a hora da desencarnação, por exemplo, tem sido uma ocorrência até certo ponto comum em muitas pessoas. E alguns pressentem a sua desencarnação, porque foram avisados por parentes ou amigos em sonhos; em outros, porém, a convicção se dá sem que saibam explicar o porquê.
Existem inúmeros outros pressentimentos ocorridos no dia-a-dia do encarnado. Relataremos apenas um exemplo extraído da mesma obra de Camille Flammarion:
“Tive, um dia, certo pressentimento. Dirigindo-me, certa manhã, para o Hospital Lariboisière, de que eu era externo, tive por um momento a idéia de que ia encontrar, na porta do Hospital, o Senhor P., que só uma vez tivera ocasião de ver, oito meses antes, em uma casa amiga e que, desde essa data, jamais voltara a ocupar meu pensamento. Não me enganara de todo: à porta do Hospital encontrei o Senhor P., que vinha com a intenção de visitar, não o cirurgião em apreço, mas o chefe do serviço de obstetrícia. G. Mesley, Estudante de Medicina, rue de 1, Entrepôt, 27”.

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