Estudando o Espiritismo

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domingo, 11 de maio de 2014

Na Casa de meu Pai há muitas moradas...


Observando o céu estrelado, em uma noite sem nuvens, não há quem, com um mínimo de imaginação, não se interrogue a respeito da possibilidade de vida em outros mundos disseminados pelo Cosmo. É sugestivo um diálogo de Jesus com seus apóstolos, registrado no Evangelho de João (14:1-3): "Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas...".

As confissões religiosas têm dado interpretação equivocada a esta passagem evangélica. O Espiritismo, entretanto, como o Consolador prometido por Jesus, e que estaria destinado a esclarecer todas as coisas e a nos recordar o que Ele nos ensinou (João 14:15-17 e 26) elucida essa questão. Allan Kardec, reserva o capítulo III de O Evangelho Segundo o Espiritismo a esse assunto, classificando os orbes em cinco categorias, de acordo com o grau de evolução dos Espíritos que neles habitam.

A Terra foi incluída na segunda se eram habitados todos os globos que se movem no espaço, assim lhe respondeu o Espírito de Verdade: "Sim, e o Homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo." Essa resposta foi dada a Kardec há 140 anos, em uma época de racionalismo extremado e de humanismo ególatra.

Nas últimas décadas, a ciência vem desenvolvendo ingentes esforços na busca de provas ou indícios de vida ou seres inteligentes extraterrestres. Mas o caminho é longo e as dificuldades imensas. Apesar de tudo, temos a convicção íntima de que a Humanidade não está só no Universo. Essa convicção é robustecida pelo que nos informa a Doutrina dos Espíritos, que como um farol, ilumina o caminho do homem, que segue aos tropeços e apalpadelas, pleno de incertezas e dúvidas, mas também de sonhos, muitas vezes grandiosos.

(Condensado do artigo "A questão da vida extraterrestre" de Paulo de Tarso São Thiago - Revista Reformador-setembro/96)

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