Estudando o Espiritismo

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sábado, 10 de maio de 2014

A vida futura

Jesus falou com veemência sobre a vida futura como sendo o objeto das principais preocupações do homem sobre a Terra.
Sem a vida futura, a maior parte dos Seus preceitos morais não teria nenhuma razão de ser. Mas, na realidade, poucos se preocupam com essa vida, perdem-se nos desejos de consumo da vida física, acreditam nos prazeres e nas conquistas da matéria e lutam para alcançar posição de destaque no mundo dos encarnados, geralmente a qualquer preço.
Esquecem-se que o dia do retorno chegará infalivelmente para todos, acreditando ou não. Mas nesse dia estaremos prontos para seguir em direção ao Criador?
Todos nós ambicionamos a paz. Mas, erroneamente, sempre pensamos que os outros é que devem nos proporcionar a tão sonhada paz. Se realmente quisermos viver e usufruir da tranqüilidade e do equilíbrio devemos olhar para dentro de nos mesmos, mergulhar no nosso interior e perceber quem somos na verdade, qual a nossa postura frente à vida e, principalmente, frente a Deus.
A resposta é de cada um de nós. Somos herdeiros de nós mesmos. Os anos passam e, apesar de recebermos lições da vida a cada momento, de repente percebemos que nada sabemos sobre o amanhã porque sempre vivemos distraídos e não conseguimos perceber que a vida futura é real, e será lá, nesse mundo, que iremos encontrar nossas respostas, nos defrontar com tudo o que fizemos enquanto encarnados e a partir daí ocupar o lugar que merecermos.
Os homens sem fé, sem amor ao próximo, que não sentem compaixão pelo sofrimento alheio, vivem como se nunca fossem morrer e, não raro, morrem como se nunca tivessem existido. A maior herança que deixamos é o bem que praticamos.
Na vida futura não se usa máscara. Acreditar nessa vida depois de amanhã, que chegará para todos com absoluta certeza, não faz de ninguém um tolo. Ao contrário, tolo é o que mente e finge que não escuta as propostas do bem e do amor para não ter que se modificar. Deus coloca em nosso caminho pessoas que, de uma forma ou de outra, nos ajudam a encontrar a direção segura, pessoas que acreditam na Liberdade, Fraternidade e Igualdade, e lutam bravamente para viver dentro desse conceito.
As palavras de Jesus estão se misturando, se perdendo nas atitudes enganosas de falsos profetas. Isso nos faz crer que todos estão surdos, o egoísmo só escuta o que lhe convém, o orgulho nos cega e não nos deixa perceber que as sete maravilhas do mundo estão dentro de nós mesmos.
Quais são elas? Alguém as definiu com sabedoria: ver, ouvir, tocar, sentir, rir, se expressar e, a maior de todas, ter a capacidade de amar com a mesma força que Jesus nos ensinou. Mas, para que isso aconteça, necessário se faz querer.
Devemos falar de amor o mais que pudermos. E ter muito cuidado com a palavra "depois" porque ela significa fora do tempo ou tarde demais. Preencher nossa mente com conteúdo, não cair na tendência de julgar os outros e entender que tudo podemos colorir, até nossa dor, quando entendemos o significado dela. O choro manso, sem revolta ou ira, nos é permitido porque ele ajuda a limpar a nossa alma e impede o homem de explodir.
Muitas vezes devemos ser o silêncio para calar a voz que atordoa o coração e, nesse silêncio, entender que o perdão e o esquecimento das ofensas nos tornam mais jovens, apesar das marcas do tempo em nosso rosto, e mais felizes mesmo sendo alvo das aflições.
Necessário se faz acordar do orgulho excessivo, do egoísmo, da preguiça, da intolerância e da imprudência antes que não tenhamos mais nada a perder, porque muitas vezes o que perdemos torna-se impossível de reaver.
Quem se prepara para esta vida, mas não para a vida eterna, é sábio por um momento, mas tolo para sempre, disse São Mateus. E Emmanuel completa que "encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre".
João Evangelista, o apóstolo do amor, disse para aqueles que o acompanhavam:
"Ninguém pode amar sem perdoar...
Ninguém pode perdoar sem entender...
Ninguém pode entender sem analisar...
Ninguém pode analisar com bom senso sem sentir no coração a fraternidade que se transforma para os outros em variadas modalidades do bem".
Que o Divino Mestre ilumine nosso coração.
Fontes:
www.omensageiro.com.br;
Editora Lúmen, por Sônia Tozzi.

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