O ponto de vista sob nova Dimensão.
O ideal de JESUS, vistos com os olhos de um mundo mais maduro, que entra na era da inteligência, que não pensa mais com base nos impulsos instintivos do subconsciente, isto é, por sentimentos, por fé ou por influência da supremacia biológica, mas pensa consciente e controlado, seguindo a razão e o conhecimento. Faz nascer uma atitude, um estilo que não é de conformismo, mas de crítica. Exponho assim, ao leitor, variadas maneiras para apresentar-lhe depois a solução. Submeterei o "ponto de vista" a esta crítica, mas, para melhor compreender e não para destruir, para chegar ao essencial e não para denegrir, para encontrar o consistente que não cai com o tempo, e se cair será, para reconstruir mais aderente à realidade.
Esta minha franqueza a seguir, poderá perturbar as velhas e arcaicas formas mentais submersas nos porões do tempo, sei disso, mas quero dar inicio a uma nova e mais substancial interpretação do "ponto de vista". Que poderá em alguns pontos parecer para alguns, inaplicáveis no seu mundo moderno e ser assim, liquidado como doutrina inútil à vida. É necessário, pois, distinguir antes de proceder indiscriminadamente a uma condenação. É natural que, uma vez chegadas a uma fase mais avançada, as precedentes formas inferiores não sejam mais necessárias. Procuro dessa forma não ser julgado como ortodoxo, mas colocar-me no momento histórico atual, que impõe em todos os campos, uma renovação mental capaz de identificar e sentir as dimensões da Lei na sua mais perfeita manifestação.
A revelação da verdade há de ser proporcionada à capacidade de compreendê-la, por isso, não deve ser concedida levianamente quando pode ser prejudicial às massas. Será este o novo modo de caminhar em direção a Deus. É por isso que muitos ainda resistem à atual necessidade de redimensionar sua forma mental, libertando-a dos liames do passado. Assim, enquanto o mundo está voltado a tudo contestar e destruir, aqui procuro levar avante, o trabalho positivo. Sem à força de contestar, corro o risco, de permanecer no vazio, sem as diretrizes, que são, contudo necessárias à vida, ou ficar somente com as deploráveis sub-regras das diretrizes tradicionais, o que significa retrocesso evolutivo em vez de progresso.
Trata-se de dois sistemas, cada um situado em diferentes níveis de evolução, os quais se negam reciprocamente e não podem evitar o choque quando pretendem atuar simultaneamente no campo experimental de nossa vida. Outrora se usava o método do autoritarismo e da aquiescência, hoje tende se ao da liberdade e responsabilidade.
O Evangelho que foi dirigido ao homem na sua infância há de ser relido e entendido para ser vivenciado hoje com a mente do homem adulto, situado perante problemas, que não são mais os mesmos. Nisso, consiste a ordem na forma de uma mentalidade excepcional para quem vive no nível comum. A cada nível de evolução a vida é defendida por um diverso e apropriado tipo de forças. O indivíduo que vive "pontos de vistas" é débil, porque vive desgastado pelo atrito de seu próprio egoísmo com o dos outros.
Ele fica isolado de todos. O indivíduo que aceita e vive a forma "Dimensão", pelo contrário, cria uma unidade incindível em todos os outros, porque, as forças de cada um se somam em vez de se dividirem. O indivíduo do "ponto de vista" é anárquico e se revela um centralizador, contra todos os outros indivíduos, que, limitando-o nisso se põem contra ele.
O indivíduo da "Dimensão" é ordenado, e disciplinado assim, cada elemento colabora apoiando o outro. Ele conhece os limites dos seus direitos e deveres, respeitando os de seus semelhantes. O ser do "ponto de vista" não conhece outros limites ao seu egoísmo invasor, fora, da resistência que lhe é oposta pelos outros egoístas, que constituem seu único freio. No segundo caso goza-se de segurança e paz, no primeiro sofre-se de desconfiança e luta numa angustia corrosiva no caos.
No segundo caso a disciplina é confiada ao sentido de responsabilidade do indivíduo, no primeiro, a reação do próximo em contínuo estado de guerra. Neste trajeto o homem está a caminho, isto é, de um processo de transformação, que vai de uma posição de grau inferior à outra superior. Ele é forçado a viver para seu crescimento no inevitável conflito entre dois extremos contemporâneos entre os quais se encontra. O que está em baixo por princípio de inércia, conserva o passado e o que está no alto, por princípio de movimento ascensional, vai em direção ao futuro. O primeiro possui tudo, mas morre de tédio devido a não saciedade, pois, está preso em um circulo fechado pelo seu "ponto de vista" e é absolutamente incapaz de fazer uma revolução construtiva, porque, está demasiadamente desequilibrado. Os seres primitivos, não sabem fazer outra coisa senão uma guerra que nada constrói e resolve.
Cada um destes dois ambientes tem as suas leis, e fazer descer o alto até em baixo é um acontecimento que pode produzir efeitos opostos aos desejados. Esta mudança rotacional não só é possível, é a exigência do progresso imposta pela própria lei da vida que é a lei de movimento, da ação, do saltar constante para outras dimensões acima e abaixo. O homem se ufana em apontar suas verdades como inalteráveis, mas inalterável é apenas o princípio da sua contínua transformação. Sendo assim "ponto de vista" dá lugar a "Dimensão", que na vida, analisadas sob um ângulo de 360 graus do mesmo aspecto, do mesmo ponto de partida, leva nos, a sairmos da vida tradicional, porque novos tempos são diferentes e um novo modo de pensar está se generalizando.
Não vivemos mais na época em que uma coisa era verdadeira porque assim tinha falado quem possuía autoridade. Usar tais métodos hoje, para quem deseja ser ouvido, é contraproducente. Falar claro, com sinceridade e convicção é a melhor maneira para convencer. Nascerão assim dúvidas e contrastes, porque esta exposição não segue apenas numa única dimensão, não colimando para uma só conclusão preconcebida. Poderão assim, verificar um choque entre diferentes modos de ver, com efeito, é este meu ideal, "Movimento" nascido numa época de lutas, feito para não descansar, mas sim para pensar. É assim que o esforço da resposta aos quesitos para a solução dos problemas é muitas vezes deixado ao leitor, para que a verdade alcançada seja o efeito, de sua laboriosa quão merecida conquista, e não apenas uma dádiva gratuita. Num clima de revolução como o atual, que invade todos os campos, o conformismo resolve-se em contestação e o não-conformismo na disciplina e na obediência para alcançar a mais completa visão possível da Lei. E é mais que oportuno, ouvir também as vozes discordantes. É assim que neste escrito, não apresento a figura do "ponto de vista" na sua forma clássica convencional de preferência, mas o da substituição dimensional do discutido "ponto de vista" da contestação, pela lógica "Dimensão".
Prossigamos por ordem e comecemos por nos orientar, pois é possível acelerar o ritmo mental e alcançar variadas nuances, transitando entre várias outras, sem, contudo, perder o contato consciente com a que estamos. A criação realizada neste ritmo é, portanto, constituída por um sistema crescente de elementos hierarquicamente coordenados, dependentes da mente e vontade, permanecendo no centro do sistema com funções diretivas. Este pensamento é também executivo, porque é constituído também pelas forças que levam a sua atuação. Assim o regulamento da existência, permanece codificado por princípios estabelecidos pela Lei, que resulta constituir-se, por aquele pensamento e por sua vontade de realização. Estamos vemos sempre esta Lei em ação entre nós, o que nos mostra a presença de Deus. Ele permaneceu sendo o centro de tudo.
A criatura com a sua revolta, aprisiona-se ao "ponto de vista" só consegue embaraçar-se na sua própria teia. E a presença de Deus, através da sua Lei, lhe dirige a evolução, assim como constitui também, seu reequilíbrio, isto é, o caminho inverso na própria interiorização, saindo do mundo das formas e vivendo nas variadas dimensões da vida.
Esses conceitos permanecem através do tempo, mas desmaterializando-se de seu aspecto físico e purificando-se no aspecto "Dimensão". É triste ver quão forte importância teve nas religiões do passado, o "ponto de vista", quanto seja difícil livrar-se da lembrança de métodos tão ferozes para aproximar-se de DEUS. Eles se refinaram, mas ainda não se cancelaram, embora tendam a purificar-se até desaparecer com a evolução espiritual do homem.
Há demasiada distância entre as dimensões dos dois termos. Para que possamos uni-los, não existe nenhuma ponte capaz de permitir, uma conjunção tão completa entre a natureza absolutamente moderna e aquela qual se revelou no feroz nível bestial do primata. Este o fato, sobre o qual se baseia o "ponto de vista" e nos mostra do que é capaz o homem, no atual nível em que se encontra, o qual se pretende com DEUS parecer. Tudo isso faz pensar, que semelhante humanização não seja senão um produto do subconsciente, que por orgulho instintivo teria levado a divinização do homem. Pergunto então: que valor espiritual pode ter tal massacre usando as armas do "ponto de vista?" Que ensinamento poderá desprender-se de semelhante espetáculo? Que estímulo de índole moral, poderá o mesmo constituir, exprimindo como exprime, sobretudo os piores instintos do homem? E o mesmo é apontado como exemplo para que todos o vejam da mesma posição mental. Constituirá porventura, algo a imitar quando exprimo o triunfo das forças do próprio EU? A vitória do Anti sobre tudo que está além do seu ponto de "vista"? Um tal modelo estaria situado fora do processo evolutivo, enquanto no caso em questão era necessária à presença de um ser que a conhecesse, por tê-la percorrido, antecipadamente a mesma via crucis da evolução, que cumpre ao homem trilhar, e sobre a qual, aliás, já se encontra no caminho.
O não se sujeitar a esta disciplina não passaria de uma tentativa de evasão da linha estabelecida pela Lei, voltando, a ver tudo sob o "ponto de vista" acanhado e arraigado com o qual se tem duramente convivido. Com efeito, salvo algum lento melhoramento devido à evolução o qual não significa que a humanidade continua sendo substancialmente lenta. Aconteceu, pois, que de fato, o sacrifício de JESUS deixou intacta como devia a lentidão do processo evolutivo, sem perturbar a ordem fixada pela Lei de Deus. Nem o resultado podia ser outro, porque a Lei não comporta violações tal qual se teria dado, se tivesse inserido o "ponto de vista" como parâmetro. E mediante um súbito salto para frente, fosse suprimida aquela lenta, mas profunda elaboração que toda a verdadeira evolução implica e exige. Todavia, "Dimensão" como figura mental é mais racional, e, portanto, mais aceitável pela mente moderna, pois descentraliza o ego primitivo e amplia a visão no conjunto da LEI.
Trata-se de princípios, que apesar de se desenvolverem em diferentes graus, permanecem verdadeiros em todos os níveis. Há uma constante tendência à superação, a espiritualização, ao amor recíproco que facilita a convivência social e o progredir em direção ao estado de coletividade organizada. É por isso, bem provável que esta seja a representação que o homem fará no futuro. Não só, mas, considerando bem, posso desde já afirmar que ela não diminui minimamente a grandeza do diálogo construtivo, pois, é a negação do eu egocêntrico. Pergunto: Quem tem o conhecimento por ter sabido compreender e empreender o trabalho de conquistá-lo, não deveria guiar o aprendizado do irmão menor? Quem enfrentou a fadiga de reconstruir a sua perfeição através das laboriosas experiências, não terá mais responsabilidade? Quem despertou em si a síntese do conhecimento divino e imortal, não vê mais? Quem conhece apenas as vias do bem permanecendo na posição originária, ou, quem além das vias do bem, conheceu também as do mal, e, em vez de permanecer estacionário, percorreu todo o ciclo e soube reintegrar-se na sua posição de origem?
A primeira coisa que salta aos olhos de um atento observador é a sua coragem viril, sua revolucionária potência inovadora, sua capacidade de arrastar as massas. Ele se comporta como consciente das conseqüências e desafia os poderosos desse nível, tanto no campo da religião, no filosófico como no científico e deve ser tratado assim por merecimento, mesmo que se faça pela coroa de espinhos e sob a cruz da ignorância temporária de cada dimensão. Sua paciência em suportá-las e seu espírito de sacrifício, oferecendo-se qual cordeiro expiatório, o que lhe conferiu a qualificação de irmão mais velho. Ora, é evidente, que a um indivíduo que se oferece como cordeiro, num mundo como o nosso, baseado sobre princípios de luta entre "pontos de vistas" e uma sociedade em franca decadência, não possa ter outra sorte, senão a de ser trucidado e liquidado. E deverá ser, pois, nesta dimensão, só se tornará sentido e percebido quando ele se for.
Num ambiente em que a lei que vale, é a do mais forte, que esperto vence o mais fraco com a supremacia do "ponto de vista", não pode ocorrer outra coisa. Hoje esta velha forma mental, está se desmoronando para dar lugar a outras. Cada período histórico representa uma fase de desenvolvimento, e pode imaginar-se como uma faixa contendo um preponderante numero de exemplares de um determinado tipo psíquico. Nos tempos de Roma e das invasões bárbaras prevaleceu o guerreiro, primeiro para construir o Império, depois para invadi-lo. Na Idade Média temos a era dos santos, posteriormente no Renascimento, a dos literatos e dos pintores; no século XIX a dos músicos. Hoje a vida atravessa a faixa da ciência. Esta estabelece o predomínio da ordem positiva, erguendo uma forma mental prática e construtiva em cada campo distanciando mais ainda do "ponto de vista".
O Evangelho, nela se expressa numa outra dimensão, diferente da humana usual, regulada por outras leis, adaptadas a outras posições psíquicas e morais de outros modos de comportamento. Mas então, se este outro tipo existe em que consiste ele? E por qual Lei é regulado? Procuremos então, estudar o fenômeno, a fim de compreendê-lo. Pois JESUS quer imprimir novo sentido dimensional e ensinar a enfrentar a luta em nosso caminho evolutivo no tempo, apontando-nos outro e bem mais alto no aspecto da vida e com significado mais profundo, consistente na supremacia do espírito sobre a matéria em seu gradativo aperfeiçoamento. De tudo isso, o mundo e seus "pontos de vistas" nada compreenderam. Este viu em JESUS um Rei vencido, pois confundiram a posição de irmão mais velho, e o desprezou. De um lado as paixões humanas, de outro a Lei, a mente popular não raciocina assim, ao contrario, exige e assim cria para si uma imagem que mais a satisfaça, o que, aliás, é justo, porque este é o alimento do qual ela se nutre.
Assim, ela construiu para si uma idéia a seu modo, de fundo físico, sem pôr em evidência o fato espiritual que é a parte mais importante do "ponto de vista". Com a dinâmica mutação mental, a vida, quer alcançar seus fins em cada nível e o faz com a forma apropriada ao caso. O primitivo vive no plano emotivo e não ainda no plano racional. O jogo é entre estas duas psicologias demasiado diversas. Cada qual age a seu modo. O primeiro com seus interesses, o segundo com sua respectiva forma dimensional não egocêntrica. Nesse choque entre os dois métodos, um ao lado do outro, os que se mostrarem mais evidentes no momento da transição, se verifica dolorosamente na hora. São dois mundos, dois modos de existir que naquele momento se tocam. Astúcia, mentira, prepotência, injustiça, ignorância e ferocidade de um lado. Sinceridade retilínea, bondade, justiça, sabedoria, amor, do outro. Nessa hora, pode-se ver como age o homem quando escravizado ao "ponto de vista" e o que ele é capaz de fazer, quando ainda preso as posições arcaicas.
Os métodos se revelam no modo de comportar-se do Sinédrio de Pilatos, a multidão dos Saduceus e dos Fariseus, que assistiam ao julgamento sob o império do "ponto de vista" dos grandes. Pois JESUS não passava de um subversivo político. Mas, perante este bando de indignos, quanta evidência de um comportamento equilibrado em sua dimensão. JESUS, em cada momento de Sua passagem sobre a Terra, dá ênfase a este principio, que embora não visto nem sentido com as palavras e com a ação dos métodos que os caracterizam, nos mostrou com grandeza, que podia entender aqueles homens? Assim JESUS foi tratado como um louco. E quando ele explicou a Pilatos, que o seu Reino não era deste mundo e que Ele tinha vindo para testemunhar a Verdade, Pilatos, não sentindo a dimensão em que Ele se colocava, soube apenas distraidamente, perguntar-lhe o que seria aquilo.
Eles não podiam dialogar, JESUS dizia que o seu reino não era deste mundo e que Ele havia nascido para testemunhar a Verdade. Mas para Pilatos, o seu "ponto de vista" sobre a Verdade, era apenas um problema acadêmico cheio de sofismas, de bizantismos que não levavam a nada. Como poderia ele entender? Nem mesmo sobre o conceito de justiça, podia haver entendimento comum entre os dois. Para Pilatos no seu "ponto de vista" ela correspondia a uma formulação positiva, inflexível, como era a forma mental de ver dos Romanos, para quem a justiça, era uma regulamentação codificada em leis específicas, com efeitos concretos, de realização imediata. Era um fato limitado dentro das dimensões humanas.
Para Pilatos, a verdade de JESUS, era um ideal longínquo dimencionalmente inalcançável, uma coisa vaga e incontrolável, um princípio que abstraía da realidade da visão, e na qual, portanto, não se podia confiar. Para JESUS que conhecia a Lei de Deus, sua verdade era uma realidade em ato, uma coisa próxima, um princípio que Ele via funcionar com toda simplicidade, no qual, portanto é possível e útil confiar. Mas os outros não podiam pensar assim, pelo contrário, estavam longe de compreender e compreende-se, Pilatos quando leva em conta, o fato de que ele tinha que resolver o problema imediato deste mundo perante o povo Hebreu e perante a Roma do imperador Tibério, a quem devia prestar contas, enquanto JESUS vivia com a mente dimencionalmente fixada, em problemas de um outro mundo perante a Lei e o Pai.
O próprio conceito de autoridade diverge nos dois casos. Para Pilatos e para o mundo a autoridade é o Estado, o Chefe, o grupo que detém a força, faz as leis e impõe a ordem social sob seus "pontos de vistas". Para JESUS esta é uma autoridade secundária, enquanto a verdadeira, a que comanda realmente, é a autoridade da Lei, que se vive diferentemente em cada dimensão em que se estagia, a qual, todos estão igualmente sujeitos. Quando Pilatos diz: "-Não sabes que eu tenho o poder de te libertar ou de te crucificar?" Ele lhe responde: "-Não terias sobre mim nenhum poder se não fosse dado pelo Alto". Está aqui, claramente definida a posição subordinada as dimensões de cada um, do poder humano perante o poder da LEI. Situado nesta posição conflitante, o homem instintivamente resolve os problemas, pela via da menor resistência, a da hipocrisia. Quando se mobiliza pessoas que se empenham em disputar a vida sob "pontos de vistas" vê-se que eles se movem em série, numa única direção, como movidos sob um único impulso. Mas depois do fato consumado, parecem dar-se conta da gravidade do ato cumprido, a convulsão dos ânimos se transmite a todos, e a agitação se revela também no plano mental. O céu obscurece, a terra treme, o solo se abre e a fenda chega até o último desabafo revelador do "ponto de vista" e de sua natureza destrutiva. Esbarra contra os próprios limites que o definem e se detém. Entra então, em ação a força oposta, a dinâmica criadora fonte de vida, que gera o equilíbrio: DEUS.
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