Apresentamos nesta edição o tema no 42 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.
Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões para debate
1. Que significa para nós, humanos, a família?
2. Quem são as pessoas que se encarnam numa mesma família?
3. Quantas espécies de família existem?
4. Quais as características dos verdadeiros laços de família?
5. Que diz o Espiritismo acerca das famílias unidas somente pelos laços corporais?
Texto para leitura
A família é abençoada escola de educação moral
1. A vida familiar deve merecer a mais ampla atenção de todo homem integrado na unidade social denominada família. Esta palavra – família – pode ser compreendida num sentido mais restrito, em que se consideram apenas os familiares consangüíneos, como num sentido mais amplo, em que se levam em conta também os grupamentos de Espíritos afins, quer intelectualmente, quer moralmente.
2. A família é abençoada escola de educação moral e espiritual, oficina santificante onde se lapidam caracteres, laboratório superior em que se caldeiam sentimentos, estruturam-se aspirações, refinam-se idéias, transformam-se mazelas antigas em possibilidades preciosas para a elaboração de misteres edificantes.
3. A família é, pois, o mais prodigioso educandário do progresso humano. Sua importância não se mede apenas como uma fonte geratriz de seres racionais, mas como oficina de onde se projetam os homens de bem, os sábios, os benfeitores em geral.
4. A família é mais do que um resultante genético. São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas, as árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.
O corpo procede do corpo, mas a alma não procede da alma
5. Quando a família periclita, por essa ou aquela razão, sem dúvida a sociedade está a um passo do malogro. A vida em família, para que atinja suas finalidades maiores, deve ser vivenciada dentro dos padrões de moralidade, compreensão e solidariedade, porque sua finalidade precípua consiste em estreitar os laços sociais, ensejando-nos o melhor modo de aprendermos a amar-nos como irmãos. Por isso, a vida em família é, talvez, de todas as associações, a mais importante em virtude da sua função educadora e regenerativa.
6. Existem duas espécies de família e, em conseqüência, duas categorias de laços de parentesco: as que procedem da consangüinidade e as que procedem das ligações espirituais.
7. Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este já existia antes da formação do corpo que o serve. Não é o pai que cria o Espírito de seu filho. Ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, porém, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.
8. Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são as mais das vezes Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena.
As famílias espirituais são duráveis e se perpetuam
9. Pode, contudo, acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros os Espíritos que se encarnam numa mesma família, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores que se traduzem, na vida terrena, por mútuo antagonismo, que lhes serve de provação.
10. É fácil entender que não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família, mas sim os da simpatia e da comunhão de pensamentos, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.
11. As famílias unidas por laços espirituais são duráveis, fortalecem-se pela purificação dos Espíritos, e se perpetuam no mundo espiritual, através das várias migrações da alma.
12. As famílias unidas apenas por laços corporais são frágeis como a matéria, extinguem-se com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente já na atual existência.
Respostas às questões propostas
1. Que significa para nós, humanos, a família? R.: A família é abençoada escola de educação moral e espiritual, oficina santificante onde se lapidam caracteres, laboratório superior em que se caldeiam sentimentos, estruturam-se aspirações, refinam-se idéias, transformam-se mazelas antigas em possibilidades preciosas para a elaboração de misteres edificantes. A família é, pois, o mais prodigioso educandário do progresso humano.
2. Quem são as pessoas que se encarnam numa mesma família? R.: Os que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são as mais das vezes Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas pode acontecer que sejam completamente estranhos uns aos outros os Espíritos que aí se encarnam, afastados entre si por antipatias anteriores que se traduzem, na vida terrena, por mútuo antagonismo, fato que lhes serve de provação.
3. Quantas espécies de família existem? R.: Existem duas espécies de família e, em conseqüência, duas categorias de laços de parentesco: as que procedem da consangüinidade e as que procedem das ligações espirituais.
4. Quais as características dos verdadeiros laços de família? R.: Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família, mas sim os da simpatia e da comunhão de pensamentos, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.
5. Que diz o Espiritismo acerca das famílias unidas somente pelos laços corporais? R.: As famílias unidas apenas por laços corporais são frágeis como a matéria, extinguem-se com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente já na atual existência.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, item 774.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 14, item 8.
As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, pág. 115.
Vida e Sexo, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pág. 13.
Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pág. 176.
Após a Tempestade, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pág. 33.
Bastante fácil entendimento, simples e de conteúdo completo.
ResponderExcluirMuito bom!