Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS !

AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS !

         Rio Branco-Acre, 30/03/2002...                

        De uns dias para cá passei a refletir no ENSINAMENTO “Amai-vos e Instruí-vos”, os dois, expressos na Doutrina Espírita, mais precisamente no Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap.VI, nº 5). Lá está prescrito: “Espíritas! Amai-vos, eis o Primeiro Ensinamento;  Instruí-vos, eis o Segundo”.

         É bom que observemos que o primeiro ENSINAMENTO refere-se ao AMAI-VOS, ponto pacífico e básico de todo Cristão, e que independe de definição, em estrita ligação com o também estabelecido: “Fora da Caridade não há Salvação” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV).

         Na prática e no dia-a-dia, o Segundo Ensinamento:  “INSTRUÍ-VOS”, vem ocorrendo quase que em primeiro plano, por cerca de 70% (setenta por centos) das pessoas, dentro e fora das Casas Espíritas, esquecendo-as do Primeiro ENSINAMENTO: O “Amai-vos”, de caráter imperativo, e que precede qualquer um outro ensinamento, talvez por confundirem os termos Instrução e Educação.

         Instrução – É um termo específico, e comumente abrange algumas áreas de conhecimento;

         Educação – É um termo geral, e que deve abranger todas as áreas de conhecimento .

-         Kardec diz com muita propriedade na questão 685a de  O Livro dos Espíritos:

“(...) Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral (...)” que pode servir para enfrentar a crueldade e a imprevidência.

 A educação, hoje, tem essa abrangência, não é apenas a instrução, como durante um bom período foi considerado que educar era instruir.

Hoje, educar é instruir e criar hábitos, hábitos saudáveis, convenientemente moralizadores. A nós cabe essa tarefa da educação como primordial.

Nossas reuniões são de educação moral, de educação espiritual, de criação de novos hábitos, quais o hábito da fraternidade, o hábito do perdão, que hoje é terapia “ (Divaldo P.Franco/ Conversa Fraterna -FEB / 2001, perg. nº 11, pág.75).

Conclusão: No Meio Social como no Meio Espírita há também três tipos de Pessoas:

1)   A Instruída,  mas não Educada –  Conhecimento Intelectual;

2)   A Educada, mas não Instruída –  Conhecimento Moral;

3) A Educada e Instruída – Conhecimento Intelectual e Moral

O INSTRUÍ-VOS  como Educação é necessário e inquestionável no nosso dia-a-dia

(LE-785...), sem esquecermos, em primeiro plano,  do AMAI-VOS. Só assim seremos Cristãos; Só assim seremos um bom Espírita (Cap. XVII, nº 3 e 4 do Evangelho Segundo o Espiritismo).

         O Instruí-vos usado apenas como instrução machuca, dói na alma, atropela a boa-fé e a dignidade dos nossos Irmãos e Companheiros de Caminho e Trabalho!

         É bom que reflitamos melhor nos Ensinamentos  “AMAI-VOS e INSTRUÍ-VOS”, a fim de que ambos sejam usados com homogeneidade, por todos nós, na hora certa e no lugar certo, pois, só assim, viveremos em paz  com Deus, com o nosso próximo e com a nossa própria consciência!

         Amar, sim, na hora de amar ; Instruir, sim, na hora de instruir,  ou, primeiro amar e depois instruir ! Tal é a Lei; É um princípio Divino; É uma regra geral ! Evidente,  se assim aprendemos como teoria, assim também deverá ser feito na prática. Ao contrário, é um engodo, é pura demagogia; Não é também cristianismo, é falso  Espiritismo.

         O Instruí-vos dito impensadamente  na maioria das vezes  machuca, machuca muito uma pessoa, um Colega, um Amigo, um Companheiro, um  Irmão, feito na maioria das vezes em um total desacordo com o “AMAI-VOS”, estabelecido pelo Consolador prometido por Jesus, o Cristo!

         O “Instruí-vos” ou seja: O Conhecimento em si, transmitido ou aplicado com amor é pura CARIDADE; sem AMOR, é pura humilhação!

Não sou contrário ao “ESTUDO” na “CASA ESPÍRITA”, se o estudo for para melhor compreensão e aplicação do AMOR ( Amor: Ato de desenvolver dentro de si o sentimento do Bem); Sou contrário, sim,  ao “estudo” na “Casa Espírita” se o mesmo for para ser usado, por algumas pessoas ou dirigentes, como arma para humilhação de Visitantes ou de seus Trabalhadores.

         É assim que eu penso!

         Clodomiro Rodrigues do Nascimento

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Um comentário:

  1. Concordo plenamente, as pessoas que assim são aquelas que ainda carregam o orgulho e a vaidade de saber mais que o outros, e isto tem afastado muitas pessoas dos CENTROS ESPIRITAS, principalmente aquelas que não tem estudo, pois estas são as que mais precisam de acolhimento, e que na maioria das vezes são bem melhores que nós, que temos conhecimento da Doutrina, e dos ensinamentos do cristo.

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