Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Provas da Reencarnação


Provas da Reencarnação

Em princípio, o esquecimento das existências anteriores é uma das conseqüências da reencarnação. Todavia, esse esquecimento não é absoluto. Entre muitas pessoas, o passado se encontra sob a forma de impressões, senão de lembranças precisas. Essas impressões influenciam por vezes os nossos atos que não provêem nem da educação, nem do meio, nem da hereditariedade. Nesse número podemos classificar as simpatias e as antipatias súbitas, as intuições rápidas, as idéias inatas. Basta nos interiorizarmos, estudarmo-nos com atenção, para reencontrarmos em nossos gostos, nossas tendências, nos traços de nosso caráter, numerosos vestígios desse passado. Infelizmente, poucos entre nós, se entregam a esse exame de uma maneira metódica e atenta.
Há mais. Pode-se citar, em todas as épocas da história, um certo número de homens que, graças a disposições excepcionais de seu organismo psíquico, conservaram lembranças de suas vidas passadas. Para eles, a pluralidade das existências não é uma teoria; é um fato diretamente percebido.
É um fato bem conhecido que Pitágoras lembrava-se de pelo menos três de suas existências e dos nomes que tinha em cada uma delas: ele declarava haver sido Hermotine, Euphorbe e um dos Argonautas. Júlio, dito o Apóstata, tão caluniado pelos cristãos, mas que foi, em realidade, uma das grandes figuras da história romana, se recordava de haver sido Alexandre da Macedônia. Empédocles afirmava que, quanto a ele, "se lembrava de haver sido sucessivamente rapaz e moça.
Na Idade Média, encontramos esta faculdade em Jérôme Cardan.
Entre os modernos, Lamartine declarou, em sua Viagem ao Oriente, haver tido reminiscências bastante nítidas de um passado distante.
Às reminiscências de homens, ilustres nas maior parte, é preciso acrescentar aquelas de um grande número de crianças.
Aqui, o fenômeno se explica facilmente. A adaptação dos sentidos psíquicos ao organismo material, a partir do nascimento, se opera lenta e gradualmente. Ela não está completa senão aos sete anos; mais tarde ainda em certos indivíduos.
Até essa época, o espírito da criança, vive ainda, em certa medida, a vida do espaço. Ele desfruta de percepções, visões que impressionam por vezes o cérebro físico com clarões fugidios. É assim que pudemos recolher de certas bocas juvenis alusões às vidas anteriores, descrições de cenas e de personagens que não tinham nenhuma relação com a vida atual desses jovens seres.
Essas visões, essas reminiscências se esvanecem geralmente com a idade adulta, quando a alma da criança entra em plena posse de seus órgãos terrestres. Então, é em vão que se interroga sobre essas lembranças fugazes. Toda transmissão das vibrações perspirituais cessaram; a consciência profunda se tornou muda.
Entretanto, a despeito das dificuldades materiais, vê-se produzir em certos seres, desde idades bem tenras, faculdades de tal modo superiores e sem nenhuma relação com as de seus ascendentes, que não se pode, malgrado todas as sutilezas da casuística materialista, relacioná-las a alguma causa imediata e conhecida.
Freqüentemente temos citado o caso de Mozart, executando uma sonata ao piano com quatro anos e, aos oito, compondo uma ópera. Paganini e Teresa Milanollo, ambos crianças, tocavam violino de maneira maravilhosa. Liszt, Beethoven e Rubinstein foram aplaudidos aos dez anos. Miguel Ângelo e Salvador Rosa revelaram, repentinamente, terem talentos improvisados. Pascal, aos doze anos, descobriu a geometria plana, e Rembrandt, antes de saber ler, desenhava como um grande mestre.
Henri de Heinecken, nascido em Lübeck em 1721, fala quase ao nascer. Aos dois anos, sabia três línguas. Aprendeu a escrever em poucos dias e logo se exercita para pronunciar pequenos discursos. Aos dois anos e meio, se submeteu a um exame de geografia e história, antiga e moderna. Vivia apenas do leite de sua ama de leite; tentou-se desmamá-lo, ele se depauperou e faleceu em Lübeck no dia 27 de junho de 1725, no curso de seus cinco anos, afirmando suas esperanças na outra vida. "Ele estava, dizem as Memórias de Trevoux, delicado, enfermo, freqüentemente doente." Este jovem fenômeno teve a plena consciência de seu fim próximo. Falava com uma serenidade pelo menos tão admirável quanto a sua ciência prematura, e queria consolar seus pais dirigindo-lhes encorajamentos retirados de suas crenças comuns.
O professor Ian Stevenson, diretor do departamento de psicologia da Universidade de Charlotesville (Estado de Virgínia) levantou mais de 1600 casos de regressão a vidas anteriores. Os vinte mais flagrantes entre eles foram reportados em sua obra : 20 casos sugerindo o fenômeno da Reencarnação.
A possibilidade de trazer à consciência de um indivíduo em transe as lembranças anteriores ao nascimento foi assinalada pela primeira vez no Congresso Espírita de Paris, em 1900. O coronel de engenharia A. de Rochas, antigo administrador da Escola Politécnica, se ocupou bastante desse gênero de experimentação; ver em seu livro: As Vidas Sucessivas.

Vale anotar:

  • Pode-se citar como provas da reencarnação : as reminiscências e as lembranças, as reconstituições das vidas anteriores sob hipnose e as faculdades incríveis dos pequenos « gênios ».

Para saber mais:

  • La Réincarnation de Gabriel Delanne (ch. XIII, Vue d’ensembles des arguments qui militent en faveur de la Réincarnation)
  • O Problema do Ser e do destino Léon Denis (2ª parte, cap. XIV, As Vidas sucessivas. Provas experimentais. Renovação da memória)
  • O Problema do Ser e do destino Léon Denis (2ª parte, cap. XV, As Vidas sucessivas. As crianças prodígios e hereditariedade)
  • Spiritualisme vers la lumière de Louis Serré (Vivons-nous plus d’une vie ?, page 106)
  • Les Cathares et la Réincarnation du Dr Guirdham
  • 20 cas suggérant le phénomène de la réincarnation de Ian Stevenson
  • Les vies successives de A. de Rochas

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