Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

JUSTIFICATIVAS DO ESQUECIMENTO DE PASSADO


PROGRAMA IV
ROTEIRO 26

PLURALIDADES DAS EXISTÊNCIAS
JUSTIFICATIVAS DO ESQUECIMENTO DE PASSADO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Justificar as principais causas do esquecimento do passado.
Identificar nas tendências instintivas as reminiscências do passado. ~
Dizer se, nos mundos mais adiantados, as criaturas recordam o passado

IDÉIAS PRINCIPAIS.
O esquecimento do passado geralmente ocorre porque o homem não pode, "(...) nem deve, saber tudo. (...) Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si. " (02)
"(...) Gravíssimos inconvenientes teria o nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos, em conseqüência, o livre-arbítrio (...)" (04)
"(...) Não temos, (...) durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado (...)" (03)
Nos Mundos Superiores "~...) onde só reina o bem, a reminiscência do passado nada tem de dolorosa. (...)" (04)

FONTES DE CONSULTA

BÁSICAS

01 - KARDEC, Allan. Bem-Aventurados os Aflitos. In: - . O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro. 81. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1983. Item 11, p. 109.
02 - Da Volta do Espírito ã Vida Corporal. In: . O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 57. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1983. Parte 2ª, questão 392, p. 214-215.
03 - Op. Cit., questão 393, p. 215-216.
04 - Op. Cit., questão 394, p. 216-217.
05 - Pequena Conferencia Espirita. In: - . O que é o Espiritismo, 19. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1977. p. 114.
06 - Op. Cit., p. 116-117.

COMPLEMENTARES

07. DELANNE, Gabriel. Conclusão. In: A Reencarnacão. Trad. de Carlos Imbassahy. 5. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1979~. p. 305-306.
08..A Memória e as Personalidades Múltiplas. In: A Evolução Anímica. Trad. de Manoel Quintão. 4. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1976. p. 175.
09. DENIS, León. Objeções. In: Depois da Morte. Trad. de João Lourenço de Souza. 11. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1978. Parte 2a, p. 145.
10. As Vidas Sucessivas. Provas Experimentais. Renovação da Memória. In: O Problema do Ser. do Destino e da Dor. 10. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1977. Parte 2ª, p. 182.
11. Objeções. In:_ . Depois da Morte. Trad. de João Lourenço de Souza. 11. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1978. Parte 2ª, p. 146.

JUSTIFICATIVAS DO ESQUECIMENTO DO PASSADO
"(...) Como pode o homem aproveitar da experiência adquirida em suas anteriores existências, quando não se lembra delas (...)"? (05)
O esquecimento do passado é considerado a mais séria das objeções contra a reencarnação. E prosseguem os antagonistas do esquecimento das pretensas vidas passadas:
"(...) Pois que, desde que lhe falta essa reminiscência, cada existência e para ele qual se fora a primeira; deste modo, está sempre a recomeçar. (...)" (05)
"(...) Se o homem já viveu, pergunta-se: por que não se lembra de suas existências passadas? (...)" (10)
"(...) Uma dificuldade subiste, uma forte objeção ergue-se contra (...)" a Doutrina dos Espíritos. "(...) Se já vivemos no espaço, dizem, se outras vidas precederam ao nascimento, por que de tal perdemos a recordação? (...)" (09)
Allan Kardec, em 0 Livro dos Espíritos, nos apresenta em linguagem clara e concludente, uma explicação lógica:
"(...) Não temos, e´ certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores." (03)
- "(...) No esquecimento das existências anteriormente transcorridas, sobretudo quando foram amarguradas, não há qualquer coisa de providencial e que revela a sabedoria divina? Nos mundos superiores, quando o recordá-las já não constitui pesadelo, e que as vidas desgraçadas se apresentam à memória. (...)" (04)
"(...) Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido. (...)
Alias, o esquecimento ocorre apenas durante a vida corpórea. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado; nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono (...)"(10)
"(...) Livre da reminiscência de um passado importuno, viveis com mais liberdade; é para vós um novo ponto de partida; vossas dividas anteriores estão pagas, cumprindo-vos ter cuidado de não contrair outras. (...)
Suponhamos ainda - o que é um caso muito comum - que, em vossas relações, em vossa família mesmo se encontre um indivíduo que vos deu, outrora, muitos motivos de queixa, que talvez vos arruinou, ou desonrou em outra existência, e que, Espirito arrependido, veio encarnar-se em vosso meio, ligar-se a vós pelos laços de família, a fim de reparar suas faltas para convosco, por seu devotamento e afeição; não vos achareis mutuamente na mais embaraçosa posição, se ambos vos lembrásseis de vossas passadas inimizades? Em vez de se extinguirem, os ódios se eternizariam.
Disso resulta que a reminiscência do passado perturbaria as relações sociais e seria um tropeço ao progresso. (...) (06)
León Denis esclarece-nos as razões de ordem científica pelas quais as lembranças do passado não podem ocorrer, ao se dar a nova encarnação do Espírito:
"(...) Em conseqüência da diminuição do seu estado vibratório, o Espírito, cada vez que toma posse de um corpo novo, de um cérebro virgem de toda a imagem, acha-se na impossibilidade de exprimir as recordações acumuladas das suas vidas precedentes. (...) (10)
Gabriel Delanne nos confirma as declarações acima, em A Evolução Anímica:
"(...) Podemos agora compreender a impossibilidade de recordar as existências pregressas, visto que o perispírito, conjugado à forca vital, tomou, ao encarnar, um movimento vibratório assaz fraco para que o mínimo de intensidade necessário ã renovação de suas lembranças, ou seja a sua passagem ao estado consciente, possa ser atingido. (...)" (08)
"(...) A objeção mais comumente feita ã Palingenesia é o esquecimento quase geral das existências anteriores.
Pareceria ilógico, do ponto de vista da justiça, fazer-nos expiar em uma existência faltas cometidas nas vidas passadas, de que tivéssemos perdido a lembrança. £ bom observar, desde logo, que o conhecimento da mesma seria para muitos um fardo insuportável e uma causa de desanimo, o que nos tiraria a forca de lutar para o nosso soerguimento.
Se a renovação do passado fosse geral, ela perpetuaria os dissentimentos e os ódios, que foram a causa das faltas anteriores, e se oporia a qualquer progresso. (....)" (07)
"(...) A vida terrestre e, algumas vezes, difícil de suportar; ainda mais o seria se, ao cortejo dos nossos males atuais, acrescesse a memória dos sofrimentos ou das vergonhas passadas.
A recordação de nossas vidas anteriores não estaria também ligada à do passado dos outros? (...)" (11)

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