Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

JESUS PERCORRE A GALILÉIA

JESUS PERCORRE A GALILÉIA

Mat. 9:35-38

35 Jesus circunvagava por todas as
cidades e aldeias deles, ensinando na
sinagoga deles, pregando a boa-nova
do reino o curando todas as doenças
e enfermidades.
36 E, vendo ele as turbas, se comovia de
compaixão por elas, porque estavam
escorchadas e arrasadas, como
ovelhas que não têm pastor.
37 Então disse a seus discípulos: "Na
verdade a seara é grande, mas os
trabalhadores são poucos;
38 rogai, pois, ao Senhor da seara, que
envie trabalhadores para sua seara".

Marc. 6:6b
6b ...Ele perambulava pelas aldeias
circunvizinhas, ensinando


Ao sair de Nazaré, depois de atravessar a multidão enfurecida que repentinamente emudecera
ao vê-Lo voltar-se e sair calmamente, Jesus se reúne à Sua comitiva, que ficara de fora, e
empreende um giro pelas aldeias vizinhas, ensinando nas sinagogas.
Mateus conserva-nos a impressão que Jesus tivera das massas populares dos lugares por
onde passara. São trechos de conversas amigáveis, mantidas durante a marcha na poeira das
estradas. O Mestre via a população como "ovelhas sem pastor", desorientada pela falta de mestres
seguros que as alimentassem com a Verdade Divina. Então, "se compadeceu" ( esplagchnísthê, que
exprime a compaixão profunda que chega até as entranhas, comovendo emocionalmente ); e a razão
dada é que os humildes estavam "escorchados" (eskulménoi, ou seja, com a pele arrancada) e
"arrasados' (errimménoi, isto é, jogados ao chão, lançados por terra) -
[76] Anota, então, o ensino dado aos discípulos: "a seara é grande, mas os trabalhadores são
poucos: pedi ao Senhor da seara que envie mais trabalhadores".
É o que até hoje vemos: a massa abandonada por falta de verdadeiros pastores, de qualquer
agrupamento religioso: dirigentes espíritas, pastores evangélicos, sacerdotes católicos, suâmis
orientais, rabinos israelitas, numa palavra todos os pregadores de espiritualismo, pensam mais em si,
em seus interesses. no domínio político e até na exploração financeira de suas ovelhas, do que no
Amor que se sacrifica e se dá desinteressadamente. Além disso, o próprio ensino ministrado por
todos é puramente teórico, sem o calor do exemplo vivido com esquecimento de si e de seus
interesses, e que teria o dom de fazer frutificar e amadurecer as palavras proferidas. Até hoje as
ovelhas estão sem pastores, porque os verdadeiros e desinteressados são pouquíssimos e não
chegam para atender às necessidades prementes e inadiáveis e substanciais.
Todos os que se sintam inflamados de Amor pelos pequenos abandonados (de qualquer idade
física, porque  falamos da infância  "espiritual"), são  convidados a  orar ao  Pai  para.  com suas
vibrações mentais e sua ação, propiciarem ambiente favorável à reencarnação em massa dos
mestres de grande evolução.
O aviso serve para despertar as individualidades que, de modo geral, não querem cuidar
desses problemas mais materiais. Teoricamente caberia a todos os que atingiram esse grau,
oferecer-se como "médiuns de materialização" para a vinda desses espíritos missionários, realizando,
em prece, os contatos físicos indispensáveis à formação de seus corpos purificados.
No entanto, justamente os que mais mergulham na espiritualidade, menos querem pensar
nesses problemas físicos de sexo. E os missionários permanecem aguardando oportunidades de
encarnação que não chegam ou, se o conseguem, é em ambientes precários de famílias humildes,
complicadas por dificuldades financeiras e culturais
Lógico que todos temos que, primeiramente, receber aqueles que a nós estão carmicamente
ligados. Mas ao atingirmos determinados graus evolutivos, a via torna-se mais acessível. A prece que
pode fazer que cheguem missionários para a seara de pouco valerá, se não for coadjuvada pela ação
efetiva de propiciar os meios para a encarnação deles. E neste ponto esbarram os homens - máxime
os mais evoluídos - nas barreiras dos preconceitos humanos. Quanto mais espiritualizado, mais seSabedoria do Evangelho     Dr. Carlos Tôrres Pastorino
Volume 3 pág. 49/126
vêem cerceados pelos falatórios e pela condenação das criaturas, que lhes constrangem a liberdade
de agir.
Se alguém é considerado "mestre" ou “ líder" religioso e realiza qualquer união com o objetivo
de permitir a descida de um espírito desse alto teor vibratório, todos os que se dizem seus sequazes
e discípulos o abandonam, porque só compreendem o que está dentro das "leis" criadas pelos
homens, julgando imoral o que tiver sido realizado fora do "casamento legal".
Dessa forma, a força de Vida que busca fazer evoluir a humanidade se vê coagida a não agir, e
os seareiros continuam poucos, insuficientes para o serviço.
Quando terá a humanidade bastante evolução para compreender o problema e saber
solucioná-lo, sem que se sinta amarrada pelas convenções e preconceitos? Quando chegar esse dia,
os missionários poderão descer numerosos, premiando assim a coragem e o desassombro dos
homens de boa-vontade, que obedecem mais às leis divinas que às humanas.

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