PROGRAMA IV
ROTEIRO 9
OS ESPÍRITOS
DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS:
ESCALA ESPIRITA
OBJETIVOS PRINCIPAIS
Justificar o método adotado na classificação dos Espíritos.
Enumerar as diferentes ordens da escala espirita, caracterizando-as.
IDÉIAS PRINCIPAIS
"A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta.
"(...) 0s Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes divisões. Na ultima, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela propensão para o mal. 0s da segunda se caracterizem pela predominância do Espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espiritas. A primeira, finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau Supremo da perfeição. (...) (2)
FONTES DE CONSULTA
01 - KARDEC, Allan. Dos Espíritos. In: - . O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 57. ed. Rio de Janeiro, FEB , 1983 Parte 2ª. Item 100, p. 87.
02 - Op. Cit. p. 88.
03 - 0p. Cit. p. 89.
ESCALA ESPIRITA E PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS
Existe entre os Espíritos diferentes ordens, de acordo com o grau de perfeição que tenham alcançado. Esse grau de perfeição pode ser maior ou menor, dependendo das qualidades que os Espíritos já adquiriram e das imperfeições de que ainda não se despojaram.
Como não há linhas de demarcação definidas entre essas diferentes ordens, o seu numero e ilimitado, podendo ser aumentado ou diminuído, conforme o critério adotado.
Considerando-se, todavia, os caracteres gerais dos Espíritos, pode-se classifica-los em três ordens principais, a saber.
Primeira Ordem :Espíritos puros - os que já chegaram à perfeição;
Segunda Ordem. : Bons Espíritos.- aqueles nos quais o desejo do bem é predominante;
Terceira Ordem : Espíritos Imperfeitos - aqueles em que predomina a ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso.
Esta classificação geral pode desdobrar-se em nuances que variam ao infinito. Existem, contudo, caracteres bem definidos que permitem agrupar os Espíritos de acordo com suas tendências e aptidões, constituindo-se numa escala ou num quadro que, no dizer do Codificador, "(...) e, de certo modo, a chave da ciência espirita, porquanto só ele pode explicar as anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo-nos acerca das desigualdades intelectuais e morais dos Espíritos. (...)" (3)
Com base nessas considerações, Kardec subdividiu as três ordens supra citadas em dez classes, como segue:
TERCEIRA ORDEM: ESPÍRITOS IMPERFEITOS
Caracteres Gerais : predomínio da matéria sobre o Espirito; propensão ao mal; têm a intuição de Deus, mas não o compreendem; apresentam idéias pouco elevadas.
Esta ordem apresenta cinco classes principais:
Decima Classe : Espíritos Impuros - o mal é o objeto de suas preocupações; sua linguagem é grosseira e revela a baixeza de suas inclinações;
Nona Classe : Espíritos Levianos - são ignorantes e inconseqüentes, mais maliciosos do que propriamente maus; linguagem alegre, irônica e superficial; ~.
Oitava Classe : Espíritos Pseudo-sábios - possuem grande conhecimento, mas julgam saber mais do que sabem; sua linguagem tem caráter serio, misturando verdades com suas próprias paixões e preconceitos;
Sétima Classe : Espíritos Neutros - apegados às coisas do mundo, não são bons o suficiente para praticarem o bem, nem maus bastante para fazerem o mal;
Sexta Classe : Espíritos Batedores e Perturbadores - podem pertencer a todas as classes da Terceira Ordem; sua presença manifesta-se por efeitos sensíveis e físicos, co mo pancadas e deslocamento de .corpos sólidos; são agentes dos elementos do globo; deles se servem os Espíritos Superiores para produzir esses fenômenos físicos do planeta.
SEGUNDA ORDEM: BONS ESPÍRITOS
Caracteres Gerais : predomínio do Espirito sobre a matéria; desejo do bem; compreendem Deus e o infinito' mas ainda terão de passar por provas; uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais adiantados juntam ao seu saber as qual idades morais.
Esta ordem apresenta quatro classes principais:
Quinta Classe : Espíritos Benevolentes - seu progresso realizou-se mais no sentido moral do que no intelectual; a bondade e a qualidade dominante;
Quarta Classe : Espíritos Sábios - amplitude de conhecimentos aplicados em beneficio dos semelhantes; tem mais aptidão para as questões cientificas do que para as morais;
Terceira Classe : Espíritos de Sabedoria - elevadas qualidades morais e capacidade intelectual que lhes permitem analisar com precisão os homens e as coisas;
Segunda Classe : Espíritos Superiores - reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade; buscam comunicar-se com os que aspiram à verdade; encarnam-se na Terra apenas em missão de progresso e caracterizam o tipo de perfeição a que podemos aspirar
PRIMEIRA ORDEM .: ESPÍRITOS PUROS
Caracteres Gerais: Nenhuma influência da matéria; superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos Espíritos das outras ordens.
Esta ordem apresenta apenas uma única classe:
Primeira Classe. Classe Única -" Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição que é susceptível a criatura, não têm mais que sofrer provas nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. "Livro dos Espíritos", questão 113)
ROTEIRO 10
OS ESPÍRITOS
DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS
ESCALA ESPÍRITA E PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS(1ª)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar como os Espíritos, criados simples e ignorantes, poderão chegar a perfeição espiritual.
Ressaltar a importância do trabalho na progressão dos Espíritos. -
IDÉIAS PRINCIPAIS
. "(...) Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto e, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarece-los e de os fazer chegar progressivamente À perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição e que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe e que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. (...)" (3)
. "(...) As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto e, sem conhecimentos nem consciência do bem e do mel, porem, aptos para adquirir o que lhes falta. O trabalho e o meio de aquisição, e o fim que é a perfeição - é para todos 0 mesmo. Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços todos tem os mesmos degraus a franquear, o mesmo trabalho a concluir. (...)" (1)
. "(...) São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada." (2)
"(...) O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espirito adquire a consciência de si mesmo. (...) (4)
FONTES DE CONSULTA
BÁSICAS
01 - KARDEC, Allan. Os anjos. In: O Céu e o Inferno. Trad. de Manuel Justiniano Quintão. 29. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1982. Parte 1ª. Item 12, p. 112 - 113.
02 - Dos Espíritos. In: - . O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 57. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1953. Parte 2ª. Item 114, p. 95.
03 - Op. cit., questão 115, p. 95-96.
04 - Op. cit., questão 122, p. 97-98.
ESCALA ESPÍRITA E PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS(1ª)
Todos os Espíritos que povoam o Universo foram criados por Deus, simples e ignorantes, sem nenhum conhecimento e são destinados à perfeição. É nesse estado de perfeição que eles encontram a pura e eterna felicidade, decorrente do pleno conhecimento das leis que regem a vida e de sua plena vivência.
Entre estes dois extremos, a criação e a desatinação, existe um caminho que cabe a todos os Espíritos trilhar e que representa a conquista gradativa desses conhecimentos. Deus propicia ~ todos os meios necessários para essa conquista, criando, inclusive, necessidades aos Espíritos que, para atendê-las, precisam agir. através dessa ação que os Espíritos progridem, conquistam os conhecimentos e desenvolvem os sentimentos, adquirindo, assim, gradativamente, as virtudes que lhes propiciarão chegar ao estado de perfeição.
Vê-se, assim, que essa ascensão do Espirito, do estado de ignorância para o estado de sabedoria, depende tão somente do seu trabalho. E é importante destacar este aspecto, já que o trabalho e a parte que lhe cabe e que e intransferível, uma vez que os recursos necessários Deus propicia a todos, em igualdade de condições.
"(...) Deus não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto e justo, e, visto serem todos seus filhos, não tem predileções.
Ele lhes diz: Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem, tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis árbitros da vossa própria sorte Conseguintemente, Deus não criou o mal; todas as suas leis são para o bem, e foi o homem que criou esse mal, divorciando-se dessas leis; se ele as observasse escrupulosamente, jamais se 'desviaria do bom caminho." (01) ; Por aí se observa a lei de liberdade regendo o progresso dos Espíritos. Através de seu trabalho e com o uso do livre-arbítrio o Espírito vai, de forma voluntária e consciente, conquistando as virtudes que não possui e desfazendo-se das suas imperfeições. É o que esclarecem os Espíritos Superiores: "(...) O livre - arbítrio se desenvolve à medida que o Espirito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por causa independente da vontade do Espirito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. o que se contem na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam a tentação, outros resistiram. (...)" (4)
E quando Kardec pergunta se as influências dos Espíritos imperfeitos só se exerce sobre o Espirito em sua origem, os Espíritos Superiores respondem com clareza: "(...) Acompanha-o na sua vida de Espírito, ate que haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistem de obsidiá-lo." (4) Como se vê, só através da evolução moral e intelectual e que os Espíritos, encarnados e desencarnados' se distanciam da influencia negativa dos Espíritos inferiores.
Conclui-se, dai, que a plena e eterna felicidade está à nossa espera quando chegarmos a condição de Espíritos puros. Os meios de alcançá-la, Deus no-los oferece. depende apenas de nós, através do trabalho e do adequado uso do livre-arbítrio, abreviar essa chegada.
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