Élzio Souza
Comecemos com uma análise sobre o pensamento de Allan Kardec. Ele estabeleceu uma concepção tríplice acerca do homem, que seria formado pelo espírito, pelo perispírito e pelo corpo físico. Erroneamente, muitos proclamaram esta concepção como genuinamente espírita, enquanto que o codificador, reconhecendo sua anterioridade, fazia questão de lembrar a existência de antecedentes históricos que a confirmavam como um elemento presente nas mais variadas culturas. Ao seu ver, este fato constituía uma prova da universalidade do espiritismo. Kardec não se limitou aos antecedentes oriundos das culturas orientais, mas trouxe a doutrina de Paulo de Tarso, que registrava a concepção tríplice e foi explorada por Watchman Nee, pensador protestante. Para Paulo, o conceito de alma não é de
espírito encarnado, como consta em O Livro dos Espíritos, ou de princípio inteligente, como propôs Kardec, mas corresponde ao de perispírito, intermediário entre o espírito e o corpo físico. É interessante destacar que o codificador não reinvindicava prioridades para o Espiritismo. Ao estudar comparativamente as filosofias religiosas, procurava demonstrar que a verdade nele contida estava no fundo dos tempos.
Durante a revelação espírita, foram recebidas várias mensagens e realizados experimentos que indicavam uma pluralidade de corpos espirituais, correspondendo aos vários “sharitras” ou “koshas” (corpos) das doutrinas hinduístas. O dr. Antônio J. Freire registra uma comunicação mediúnica obtida pelo coronel Albert de Rochas e ditada pelo espírito Vincent. Apresentando-se como um espírito extraterrestre, dizia que “o perispírito é constituído por uma série de invólucros mais ou menos eterizados, dos quais os habitantes do mundo astral vão se desfazendo sucessivamente, à medida que se elevam na escala de evolução, não sendo embutidos uns sobre os outros, como os tubos de um telescópio, mas se interpenetrando em todas as suas partes”. As investigações dos grandes magnetizadores levaram à admissão dessa pluralidade de corpos espirituais.
Os corpos sutis na obra de Kardec Ao definir o perispírito em O Livro dos Espíritos, Kardec o descreveu como sendo
um laço que liga o espírito ao corpo físico. Afirmou ser este constituído de eletricidade, de fluido magnético animalizado, de fluido nervoso, de matéria inerte, semimaterial, “matéria elétrica ou de outra tão sutil quanto esta”. É evidente que tais palavras não são sinônimas e que Kardec procurava abarcar mais amplamente a natureza
do perispírito, dando a entender a existência de uma constituição plúrima, como se pode deduzir da assertiva de se tratar de um fluido nervoso. Se o perispírito também se constitui de fluido nervoso, o espírito o conduziria, quando desencarnado, para o mundo espiritual? É evidente que não, pois o espírito terá que se desvencilhar dele ao abandonar o corpo. Se o perispírito é formado também por matéria inerte, é justo pensar que esta não acompanharia o corpo físico. Segundo o espírito Erasto, o fluido vital é um apanágio exclusivo do encarnado. O espírito impele e dirige o fluido vital fornecido pelo médium no fenômeno mediúnico.
Se Kardec considerou essa terminologia, então, deve se entender que, de alguma forma, ele reconhecia um compósito na natureza do perispírito enquanto encarnado ao afirmar, no item 77 de O Livro dos Médiuns, que ele é formado por fluido vital, o elemento que é apanágio do homem. Sendo este elemento que animaliza a matéria,
desfazendo-se após a morte do corpo, constituinte do perispírito e transmissível em parte entre os indivíduos, devemos identificá-lo como a substância que, exteriorizada, chamamos de ectoplasma. O Fluido Vital. Portanto, Erasto não estava se referindo ao fluido vital no sentido empregado algumas vezes por André Luiz, ou seja, como fluido de espíritos desencarnados, pertencente ao corpo astral, de acordo com a terminologia que adota para se referir aos
colaboradores mediúnicos do mundo invisível. Atentando-se para esse elemento que nasce com o homem e desaparece logo após a morte, podemos deduzir que ele constitui o duplo etérico, ao qual os grandes
magnetizadores, os teosofistas e as doutrinas orientais também se referem. Na época, não se empregava o termo duplo etérico, mas quando Kardec escreveu que o perispírito é constituído de matéria sutil, nervosa e inerte, é evidente que ele estava se referindo ao perispírito como um corpo complexo, não de natureza única. Outro indício dessa complexidade surge quando Kardec se refere à evolução do perispírito. No capítulo IV de O Evangelho
Segundo o Espiritismo, o espírito São Luiz afirma que “o próprio perispírito sofre transformações sucessivas, eterizando-se cada vez mais até a depuração completa, que constitui os espíritos puros”. Segundo o codificador, “sabemos que, quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea, de onde se segue que
a influência material diminui à medida que o espírito progride, isto é, conforme o perispírito mesmo se torna menos grosseiro”. Em O Livro dos Médiuns, disse ainda que “sua natureza se eteriza à medida que ele se depura e eleva na hierarquia”. É claro que, para a compreensão dos textos, existem duas hipóteses: o perispírito tornar-se-ia mais leve, os fluidos ficariam menos grosseiros, porém, a natureza seria idêntica, não sendo necessária a referência
a um corpo complexo; a eterização do perispírito é de tal ordem que ele abandona determinadas camadas, próprias de certas zonas invisíveis, quando é elevado na hierarquia espiritual, passando a viver em esferas mais altas. Neste caso, teríamos indicações de uma natureza complexa para o perispírito nas referências. As duas hipóteses
de compreensão não se excluem, pois as mensagens espirituais que têm sido recolhidas e a própria vidência deixam claro que o perispírito se mostra mais diáfano e luminoso à medida que o espírito se eleva. O que se coloca como questão é se o espírito conserva um corpo espiritual da mesma natureza ao se elevar para zonas mais próximas da Terra ou se realmente há uma mudança em sua estrutura, necessária para a nova ambientação, levando à admissão
de uma complexidade em sua organização. Em outras palavras, a evolução do perispírito não seria mais do que a própria modificação dos corpos espirituais. Kardec apenas ensaiava o estudo do perispírito e, portanto, não poderia conhecer tudo o que lhe dizia respeito. Os próprios espíritos não foram muito expressivos, seja porque preferiam dosar o ensino (como, aliás, sempre advertiram), porque a linguagem humana lhes assinalava óbvias restrições
ou porque faltava conhecimento mais preciso do assunto para muitos dos comunicadores, decorrente da relatividade
dos próprios espíritos, conforme Kardec assinalou tantas vezes. No entanto, devemos recordar que, no Ensaio Teórico da Sensação nos Espíritos, presente no item 257 de O Livro dos Espíritos, o codificador deu mostras de sua larga
visão. Partindo da eterização do perispírito (“quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea”), ele concluiu que as sensações do ambiente terreno seriam inacessíveis para espíritos muito elevados, o que só poderia ocorrer se sua natureza fosse completamente diferente.
A visão de André Luiz - Podemos agora tecer algumas considerações a respeito do problema dos corpos espirituais na obra de André Luiz, psicografada pelo médium Chico Xavier, procurando esclarecer alguns detalhes que parecem bastante importantes. A partir de seu primeiro livro, Nosso Lar, no qual relata suas primeiras experiências
no plano espiritual, André Luiz faz referência a vários corpos espirituais: duplo etérico, corpo astral, corpo mental e corpo causal. Inicialmente, devemos lembrar que ele utiliza o termo perispírito em sentido estrito, para significar apenas o segundo corpo após o organismo físico, que sobreviverá a este com algumas diferenças. Ele usa os termos corpo astral, corpo espiritual e psicossoma como sinônimos. Para os outros corpos, utiliza vocábulos consagrados entre os magnetizadores e espiritualistas (duplo etérico, corpo mental e corpo causal). Ele não se refere à existência de outros corpos que correspondessem aos denominados corpos moral, intuitivo e consciencial, isto é, os Aerossomas V, VI e VII da classificação de Charles Lancelin. A divergência pode se tornar uma simples questão de palavras se encararmos o perispírito como sendo um corpo complexo, formado, por assim dizer, de “camadas”, sintetizando todos os corpos espirituais. Para o dr. Antônio J. Freire, a concepção clássica do ternário humano não implica necessariamente a homogeneidade do perispírito. As palavras pouco importam aos espíritos, competindo ao homem formular uma linguagem que elimine controvérsias.
Duplo Etérico - No primeiro volume de Doutrina e Prática do Espiritismo, Leopoldo Cirne (1870- 1941) já deduzia, das experiências de materialização, a existência de um corpo invisível no ser encarnado, distinto do perispírito,
que poderia subsistir por algum tempo depois da morte física, mas que não permaneceria ligado ao espírito desencarnado. Ele o denominou como corpo etéreo, duplo astral, corpo astral, que seria responsável pela possibilidade de materialização dos espíritos. Depois, em O Homem Colaborador de Deus, publicado após sua morte,
Cirne manteve seu ponto de vista sobre a existência de um corpo não-físico durante a vida. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz diferencia o perispírito (tratado por ele também como corpo astral, corpo
espiritual e psicossoma) do duplo etérico, cuja natureza ele esclarece ser “um conjunto de eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, (...) formado por emanações neuropsíquicas que
pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal por ocasião da morte renovadora”.
O duplo etérico não é mais do que o corpo vital, também denominado de corpo ódico e corpo ectoplásmico, exatamente o que cede o ectoplasma para a produção de efeitos físicos. Nas ocorrências de materialização, por exemplo, ele pode se desdobrar a partir do corpo físico, permitindo ao espírito comunicante uma sobreposição, quando a manifestação acontece com apropriação por parte daquele, ou apenas ceder o ectoplasma disforme, que
possibilita ao espírito construir um corpo. No primeiro caso, o espírito materializado guarda uma certa semelhança com o médium, proporcionando aos críticos apressados a alegação de fraude. No entanto, sua função em relação à mediunidade não se limita a esses fenômenos, dizendo respeito a toda espécie de fenômeno mediúnico. Tendo perdido o duplo etérico ou corpo vital, constituído dos fluidos vitais aos quais Kardec se referia, ao se desligar do corpo físico pelo desencarne, o espírito dele necessita modo pelo qual se recupera parcialmente o elemento perdido, possibilitando-lhe agir sobre a matéria. Quando o médium se desdobra sem muita prática, faz com que o duplo etérico seja levado para fora do corpo físico, aparecendo ao vidente como se fosse um duplo do indivíduo, porém, com deformações. Por isso, ele não poderá ficar mais do que cinco ou dez metros longe do corpo físico, pois a ultrapassagem desse campo causaria sua morte. Por outro lado, pode surgir ao vidente como um fantasma, com cores diferentes do lado direito e esquerdo, às vezes, também com a cor azul. Nas experiências realizadas pelo coronel Albert de Rochas com Eusápia Paladino em estado de hipnose, a médium descreveu o surgimento de um fantasma de cor azul, de cuja substância o espírito de John se servia durante as reuniões. O fato confere com as explicações fornecidas pelo espírito Katie King e constantes no relatório de Florence Marryat, que abordavam a existência de um corpo do qual se servia, mas que lhe apresentava tamanha resistência passiva que não era possível evitar os traços de semelhança com o médium durante as materializações. A vidente Prevorst denominou esse
corpo de “espírito de nervos” ou “princípio de vitalidade nervosa”, cuja função seria permitir a ligação do espírito com o corpo. Uma sonâmbula do reverendo Werner também se referiu a um “fluido nervoso” que seria indispensável para que a alma entrasse em relação com o corpo. Durante suas experiências de magnetização dos sensitivos, Albert de Rochas, Hector Durville, H. Baraduc e outros verificaram que estes descreviam o desdobramento de um “fantasma ódico” que tinha uma cor alaranjada à direita e azulada à esquerda, estando ligado ao corpo físico por um cordão fluídico fixado na região esplênica. Deformidades na exteriorização Descrevendo o desdobramento de um médium, André Luiz nos oferece alguns dados que permitem uma comparação. “O médium, assim desligado do veículo carnal,
afastou-se dois passos, deixando ver o cordão vaporoso que o prendia ao campo somático. Enquanto o equipamento fisiológico descansava imóvel, Castro, tateante e assombrado, surgia junto a nós em uma cópia estranha de si mesmo, porquanto, além de maior em sua configuração exterior, apresentava-se azulada à direita e alaranjada à esquerda”. O espírito esclarece ainda que, quando foi submetido a um médium para renovar as operações magnéticas, Castro teria recuado o duplo etérico até o corpo físico, que engoliu instintiva mente certas faixas de força, e se apresentado normalmente fora da matéria densa a partir desse instante. Essa deformidade existente na
exteriorização do duplo etérico foi observada por Mircea Eliade. “Eu vi o corpo do médium, não o físico, mas o fluídico. Estava sentado, porém, tinha uma grande diminuição dos membros inferiores, as pernas se apresentavam curtas e disformes, projetando-se para um lado. Era uma parte distorcida, como se visse uma sombra na parede que, ao movimentar o corpo, tomasse a forma com distorção. A cor era esbranquiçada, como um duplo do médium”,
contou. A clarividente verificou que aplicaram uma espécie de “máscara”, parecida com a utilizada em combates de esgrima, antes da tela final de proteção, algo branco que dava a impressão de ser acolchoado, tomando parte da testa até mais ou menos a boca. Ajustada essa máscara, o duplo etérico começou a tomar proporções corretas, reajustando-se todo o corpo fluídico. Porém, é de se notar que, ao invés de uma figura
maior, o médium teve os membros diminuídos.
Só que em outro registro, ela anotou
que viu “todo o rosto do médium ondulando
como uma imagem desfocada, com coloração
inicialmente esbranquiçada”.
Comparando-se a descrição de André
Luiz com as referidas acima, no que tange
à coloração com que se apresenta o duplo
etérico, notamos a divergência com relação
à localização das cores azul e laranja (ou
avermelhada). Em nosso grupo de trabalho,
também tinha sido observada a
luminosidade avermelhada à direita e
azulada à esquerda, o que não só coincidia
com aquelas observações, mas também
com as de Shaffica Karagulla, registradas
durante as pesquisas feitas sobre os pólos
do ímã com a clarividente Diana.
Segundo seu registro, o campo de energia
da mão direita (avermelhada) e o pólo
30
sul do ímã (com uma névoa de cor
avermelhada) se repeliam, enquanto que,
ao segurar o mesmo pólo com a mão esquerda
(azulada), ocorria uma atração entre
os dois campos. Com o pólo norte, que
apresentava uma névoa azulada, aconteceu
exatamente o contrário, criando um campo
de atração com a mão direita e de repulsão
com a esquerda.
As cores dos pólos do ímã correspondem
à descrição feita pelo barão
Reinchenbach acerca de uma experiência
realizada com a senhorita Nowstuy, em
abril de 1774, na cidade de Viena, Áustria:
pólo sul, amarelo-avermelhado; pólo
norte, azul. Correspondem também às experiências
do dr. Luys. Então haveria uma
contradição com a descrição de André
Luiz? É bem verdade que o próprio dr. Luys
apurou também que alguns dos sensitivos
percebiam o lado direito com uma coloração
azul (violeta nos histéricos) e o esquerdo
emitindo eflúvios vermelhos, o que
31
coincide com o registro de André Luiz.
A solução dessa aparente contradição é
dada pelo próprio dr. Luys. Ele esclarece que,
muitas vezes, os sensitivos invertem as colorações
que atribuem aos fluídos, isto é, existem
aqueles que vêem o vermelho no lado
direito e o azul no esquerdo. Quando isso
acontece, fazem sempre do mesmo modo,
apresentando-se as cores dos pólos do íma
igualmente alteradas, ou seja, invertidas.
O duplo etérico também aparece à evidência
de modo distinto, como se a “pele”
que o reveste fosse retirada e se pudesse
enxergá-lo interiormente. Há muito tempo,
tivemos a ocasião de observar, ao lado de
um médium que expressava a comunicação
de um espírito sofredor, um duplo formado
por finos fios, com uma luminosidade semelhante
a tubos de neon. Parecia uma
múmia, com a particularidade de que os
fios eram finíssimos. Outros médiuns também
realizaram observações desse tipo. “Comecei
a ver o lado direito do médium, era
32
como se estivesse todo cheio de fios, que
pareciam nervos, feitos de uma substância
alva, prateada. Eu não via o médium, somente
os fios”, relatou Mircea Eliade. A
descrição coincide com a fornecida por
Karagulla, ou seja, “para o clarividente, o
corpo etérico parece uma teia luminosa de
linhas finas e brilhantes”.
O perispírito
Já destacamos o fato de que André Luiz
utiliza o termo perispírito em um sentido
estrito, como sinônimo de corpo astral. No
livro Entre a Terra e o Céu, ele o descreve
como sendo formado de matéria rarefeita,
“intimamente regido por sete centros de
força que se conjugam nas ramificações dos
plexos e que, vibrando em sintonia uns com
os outros, ao influxo do poder diretriz da
mente, estabelecem, para o nosso uso, um
veículo de células elétricas que podemos
definir como sendo um campo eletromagnético,
no qual o pensamento vibra em cir33
cuito fechado”. Em regiões destinadas à renovação
espiritual, como a colônia Nosso
Lar, o perispírito é o veículo de manifestação
para as atividades do espírito.
Segundo André Luiz, o corpo espiritual
é o “santuário vivo no qual a consciência
imortal prossegue em manifestação incessante
além do sepulcro, formação sutil
urdida em recursos dinâmicos e extremamente
porosa e plástica, em cuja tessitura
as células, em outra faixa vibratória, face
ao sistema de permuta visceralmente renovado,
são distribuídas mais ou menos à feição
das partículas colóides, com a respectiva
carga elétrica, comportando-se no espaço
segundo a sua condição específica e
apresentando estados morfológicos conforme
o campo mental a que se ajusta”. Ele
possui uma estrutura eletromagnética e se
encontra algo modificado em relação ao
corpo físico, no que se refere a fenômenos
genésicos e nutritivos, sob a direção da
mente que o rodeia. Quando o espírito re34
encarna, desfaz dos elementos próprios do
plano astral. André Luiz refere-se mesmo ao
fenômeno da “segunda morte” ou morte do
perispírito, que ocorreria em três situações
distintas: quando os ignorantes e maus se
pervertem adensando a mente e gravitando
em torno de paixões infelizes (formas
“ovóides, verdadeiros fetos ou amebas mentais”);
quando se verificam as operações redutoras
para renascimento na carne; quando
os espíritos enobrecidos conquistam os
planos mais altos. Para maiores informações
sobre o assunto, consulte o livro Evolução
em Dois Mundos.
Na segunda hipótese, quando o Espírito
reencarna obrigatoriamente, o processo
de restrição verifica-se em pavilhões de
restringimento, sendo ele transformado em
sêmen espiritual, “Reduzido a um dimunto
corpo ovalado, onde estão preservados os
seus centros de força”, “lembrando uma
pastilha”. Segundo informação de Francisco
Cândido Xavier, os despojos são enter35
rados num cemitério (ibidem). Na terceira
hipótese, o Espírito, passando a viver em
região superior, não pode levar instrumento
útil na inferior – “o tipo de veículo utilizável
se modifica. Utiliza-se então de outro
corpo – o mental.
Corpo Mental
Ao descrever suas primeiras experiências
no mundo espiritual, André Luiz permite
que se deduza a existência de um outro
corpo ligado ao corpo astral. Quando
sua mãe o visitou, estando ele em tratamento
no Ministério do Auxílio, necessário foi lhe
passar pelos Gabinetes Transformatórios do
Ministério da Comunicação. Por outro lado,
como vivesse ela em zona superior, só pode
visitá-la durante o sono, e, para tanto, teve
que aproveitar o ensejo do repouso após o
serviço nas Câmaras de Retificação, quando
se desprendeu em outro corpo (mental),
amparados por espíritos amigos: “O sonho
não era propriamente qual se verifica na
36
Terra. Eu sabia perfeitamente que deixara o
veículo inferior no apartamento das Câmaras
de Retificação, na colônia espíritual
Nosso Lar, e tinha a absoluta consciência
daquela movimentação em plano diverso”.
André Luiz faz uma referência expressa ao
corpo mental em Evolução em dois Mundos,
afirmando que o perispírito ou corpo
espiritual “retrata a si o corpo mental que
lhe preside a formação”, isto é, “o envoltório
sutil da mente”. Esclareceu André Luiz que,
na falta de terminologia adequada, ficava
impossibilitado de defini-lo com maior
amplitude de conceituação, além da que
tem sido utilizada pelos pesquisadores.
Corpo Causal
André Luiz reporta-se ainda ao corpo
causal, como sendo a “roupa imunda”,
“tecida por nossas mãos, nas experiências
anteriores “. Assim sendo, verificamos que
o corpo causal é o ponto de registro, o banco
divino, onde se encontram os nossos
37
“débitos” e os nossos “créditos”, e que se,
presentemente, é ainda roupa imunda. Isto
ocorre por desídia nossa, pois a tarefa
reencarnatória se destina a “nos purificarmos
pelo esforço da lavagem”, tarefa que,
na maior parte das vezes, não empreendemos.
As explicações são do espírito Lísias,
visitador dos serviços de saúde: “Imagine,
explica Lísias, que cada um de nós, renascemos
no planeta, somos portadores de um
fato sujo, para lavar no tanque da vida humana.
Essa roupa é o corpo causal, tecido
por nossas mãos nas experiências anteriores”.
Os hindus denominam-no Kâranakosha
(corpo causal) ou Anandamaykosha (corpo
de bem-aventurança) , o corpo de luz, naturalmente
porque se reportam a ele devidamente
depurado.
Essa pluralidade de corpos invisíveis
corresponde ao que sabemos a respeito através
de outra religiões e filosofias. A seqüencia
de rarefação dos corpos torna-se compreensível,
se atentarmos para a adversidade de
38
planos espirituais , bem como para o fato de
que as zonas espirituais devem ser formadas
de distintas matérias e os corpos devem ser
compatíveis com elas. A questão que se coloca
é a de saber o motivo pelo qual André
Luiz teria preferido utilizar o termo perispírito
para designar só um desses corpos, sem
dar um sentido amplo para o mesmo. Provavelmente,
porque o que se designa por perispírito
é exatamente o corpo astral que se
revela nos lances da clarividência, e por ser
essa matéria sutil com a qual o espírito se
individualiza após a perda do corpo físico
nas zonas mais próximas à Terra. Qualquer
que seja a preferência na utilização da terminologia,
é preciso estar atento para essa
particularidade na leitura de André Luiz, bem
como deixar claro o significado do termo
em qualquer exposição.
Correspondências
Sabemos que os fenômenos psicológicos
exigem uma base física no organismo
39
humano, isto é, eles se produzem em nosso
nível de ação ancorados pelo sistema
nervoso central e periférico. Do mesmo
modo, existem nos vários corpos espirituais
sistemas próprios equivalentes que sustentam
esses fenômenos. Registrando as
palavras do assistente espiritual Calderaro,
André Luiz descreve: “Todo campo nervoso
da criatura constitui a representação das
potências perispiríticas, vagarosamente conquistadas
pelo ser, através de milênios e
milênios “. O sistema nervoso é o ponto de
contato entre o perispírito e o corpo físico.
Ele “mais não é do que a representação de
importante setor do organismo perispirítico”.
É no sistema nervoso e no sistema
hemático que possuimos as duas grandes
âncoras do organismo perispiritual com relação
ao físico. Não há de causar admiração
o fato de haver, no perispírito, sistemas
correspondentes aos do organismo físico,
desde que, afinal, aquele é que modela este.
“(...) o nosso corpo de matéria rarefeita está
40
intimamente regido por sete centros de força,
que se conjugam nas ramificações dos
plexos e que, vibrando em sintonia uns com
os outros, ao influxo do poder diretriz da
mente, estabelecem para nosso uso, um
veículo de “células elétricas”, que podemos
definir como sendo um campo eletromegnético,
no qual o pensamento vibra em circuito
fechado”.
André Luiz descreve o perispírito como
sendo formado de matéria rarefeita,
intimamente regido por sete centros
de força que se conjugam nas
ramificações dos plexos e que
vibram em sintonia
41
A concepção tríplice do Homem (Espiritismo):
Espírito – Perispírito – Corpo.
Nesta visão, o perispírito representa toda
a gama de corpos sutis (corpo astral e mental e causal)
ensinados nas demais doutrinas espiritualistas
42
Para os hindus, o chacra esplênico não é considerado um dos sete
principais. É um chacra secundário
43
Os chacras
A palavra chakra, de origem sânscrita,
quer dizer “roda” ou “pires” que, em seus
movimentos vorticosos, forma uma depressão
no centro; portanto, seu significado
etimológico é “disco giratório”.
Os chacras (como é escrito em português)
do duplo etérico estão situados à sua
superfície, distando de 5 a 6 milímetros da
periferia do corpo físico e se apresentam
como espécie de vórtices, turbilhões ou redemoinhos,
verdadeiros discos giratórios
etéricos em alta velocidade, com movimento
contínuo e acelerado.
Chacras são pontos de conexão ou
enlace pelos quais flui a energia de um
corpo a outro.
Os chacras são entradas e saídas de
energias onde estes fluxos se chocam formando
vórtices energéticos.
Por Edvaldo Kulcheski
44
As energias entram tanto pelo perispírito
quanto pelo duplo etérico e passam
para o organismo físico.
Os chacras do duplo etérico são responsáveis
pela vitalização do corpo físico.
Os chacras do duplo etérico são órgãos
semimateriais, responsáveis não só pela
comunicação, mas, sobretudo, pela reciclagem
das energias perispirituais para o corpo
físico e vice-versa.
A coluna cervical (medula) é o grande
canal condutor de energia.
O duplo etérico é o canal por onde o
Espírito alojado no Perispírito, exerce seu
controle sobre o Corpo Físico, tomando
conhecimento de suas sensações.
Os desencarnados e os videntes podem
julgar o grau da capacidade espiritual do
indivíduo pela simples visão da transparência,
do colorido e da extensão do diâmetro
de cada chacra de seu corpo etérico.
Os chacras comunicam-se uns com os
outros, através de condutos conhecidos
45
Os chacras
46
como meridianos (ou nadhis), por onde flui
a energia vital por eles modificada. (Nadhis
– canais, espécie de veias que conduzem
energias ao invés de sangue).
O tamanho dos chacras depende do
desenvolvimento espiritual e das vibrações
que emitimos
A quantidade de giro é proporcional,
quanto mais elevada maior é a absorção de
energias.
Nas pessoas espiritualmente desenvolvidas,
eles são amplos, brilhantes e translúcidos
podendo atingir até 25 cm de raio.
Nas pessoas mais materializadas, de vibrações
mais baixas ou primitivas, apresentam-
se opacos e com diâmetro reduzido.
No primeiro caso, canalizam maior
quantidade de energia vital, facilitando o
desenvolvimento das faculdades psíquicas
do homem.
No segundo caso, absorvem menos
energia espiritual, recebem praticamente
somente energias vitais.
47
Leadbeater considera o chacra esplênico, ao
invés do sexual, como um dos sete principais
48
Para que o médium assimile ou perceba
mais o plano espiritual é necessário acelerar
a velocidade do chacra correspondente
a sua mediunidade.
Alguns médiuns têm normalmente o
chacra acelerado e mesmo em estado normal
vêem e ouvem espiritos.
Quanto mais baixo o chacra mais lento
ele gira e tem menos “subdivisões”.
Os chacras,
na visão de
Leadbeater
49
Chacras do duplo etérico
e do perispírito
Existem dois tipos de chacras: os do perispírito
e os do duplo etérico. Praticamente
em toda a literatura que trata do assunto, nos
deparamos com as seguintes terminologias:
Chacras para os vórtices que se encontram
no duplo etérico e Centros de Força para os
vórtices que se encontram no perispírito.
Os centros de força do perispírito captam
as vibrações do espírito e as transferem
aos chacras do duplo etérico, que as filtram
e as remetem para as regiões dos plexos
correspondentes na matéria física.
Os chacras do duplo etérico e os centros
de força do perispírito, estão intimamente
ligados uns aos outros em contato
energético, atuando diretamente sobre os
plexos nervosos do corpo físico.
Os chacras do duplo etérico são temporários,
existindo enquanto este existir. Os centros
de força do perispírito são permanentes,
mas, sutilizam-se conforme o perispírito.
50
O centro coronário do perispírito, por
exemplo, é um fabuloso órgão sem analogia
entre nós, sede das mais avançadas decisões
do Espírito Imortal, ao passo que o mesmo
chacra coronário do duplo etérico é tão-somente
um elo de conexão, uma ponte viva
sensibilíssima, mas sem autonomia, unindo
o mundo divino perispiritual com o mundo
humano da criatura em desenvolvimento.
O funcionamento dos chacras
O movimento giratório vorticoso dos
chacras resulta do choque ou contato turbilhonante
das energias etéricas sutilíssimas
descidas do Alto, com forças etéricas primárias,
agressivas e vigorosas que sobem da
Terra carregadas de impurezas próprias do
mundo animal instintivo (éter físico).
Esse fenômeno é algo semelhante às
correntes de ar frio que descem de nuvens
carregadas de água e entram em choque com
as correntes de ar quente que sobem da crosta
terráquea, resultando nos conhecidos fe51
nômenos atmosféricos dos ciclones, tufões
ou redemoinhos de vento.
Os chacras, quando observados de perfil
em seu veloz funcionamento giratório,
se assemelham a verdadeiros “pratos” ou “pires”
de energias turbilhonantes com uma
concavidade característica no centro; quando
vistos de frente, lembram o movimento
acelerado e vertiginoso das hélices dos aviões
em alta velocidade, porém emitindo
cintilações de cores devidas à absorção de
fluido vital ou vitalidade, que os irriga e
neles se decompõe em cores, como a luz
solar ao incidir num prisma de vidro.
Embora cada chacra do duplo etérico
possa apresentar diversos matizes de cores
ao mesmo tempo, e que diferem entre si pelos
tons mais belos, mais límpidos ou mais
feios e sujos, há sempre uma tonalidade de
cor predominante sobre os demais, que revela
o tipo vibratório ou energia útil que
ativa este ou aquela sistema de órgão do
corpo físico, em sua absorção fluídica.
52
Existem três tipos de energias que ocorrem
nos chacras e que os fazem “girar”.
Os três tipos de energias não se misturam
porque têm freqüência diferentes:
1ª
Éter Cósmico ou Energia Espiritual
(Energias sutis)
Sua principal entrada é o chacra coronário,
depois o Frontal/Cerebral e após o
laríngeo, demais chacras podem absorver
quando estes estiverem bloqueados.
As energias são absorvidas pelos
chacras e distribuídas para os demais. Teremos
mais energias se a absorção for feita
pelo chacra principal correspondente a estes
tipos de energias (coronário).
2ª
Prâna ou Energia Vital
A principal entrada é o chacra esplênico,
depois o gástrico, mas os demais chacras po53
dem absorver o prana quando estes estiverem
bloqueados.
As energias são absorvidas pelos
chacras e distribuídas para os demais, teremos
mais energias se a absorção for feita
pelo chacra principal correspondente a estes
tipos de energias (esplênico).
3ª
Éter Físico, Energia Física ou Kundaline
(Energia primária)
Sua principal entrada é o chacra Básico/
Genésico; os demais chacras podem absorver
quando estes estiverem bloqueados.
As energias são absorvidas pelos
chacras e distribuídas para os demais. Teremos
mais energias se a absorção for feita
pelo chacra principal correspondente a estes
tipos de energias (básico/genésico).
54
Filtro dos chacras
Existe uma relação muito estreita entre
os chacras do corpo espiritual e os correspondentes
chacras do duplo etérico, e
interpenetrando-os existe uma tela ou filtro.
O filtro é uma proteção proporcionada
pela natureza, a fim de impedir a abertura
prematura da comunicação entre os
planos espiritual e físico.
Sem esse filtro, poderiam chegar à consciência
física todas as experiências espirituais,
acumuladas pelo cérebro perispiritual,
de existências físicas anteriores, o que ocasionaria
certamente os mais diferentes danos.
55
A qualquer momento uma entidade
espiritual poderia introduzir forças que o
indivíduo comum não estaria preparado
para enfrentar, ou que excedessem à sua
capacidade de controle.
Tal indivíduo estaria sujeito à obsessão
por qualquer entidade espiritual que
deseja se apossar de seu veículo. O filtro
atômico é uma defesa eficaz contra estas
possibilidades indesejáveis.
Serve também para impedir que chegue
a consciência do cérebro físico a lembrança
de nossas atividades durante o sono.
Esta tela pode ser lesionada.
A lesão pode produzir-se de diferentes
maneiras:
– Toda emoção violenta, ou de caráter
maléfico, que provoque no corpo espiritual
uma espécie de explosão, pode produzir
uma lesão que rompa esta delicada membrana,
e então, enlouquecer o indivíduo
afetado.
– Um susto enorme;
56
– Um acesso de cólera/ira, pode produzir
efeito semelhante;
– Quando o indivíduo procura “abrir”
os chacras de forma desequilibrada e prematura,
pode igualmente romper a membrana,
abrindo as portas que a natureza pretendia
manter fechadas;
– Certas drogas, bebidas, narcóticos, tabaco,
contêm matéria que, ao desagregar-se,
volatiza-se e, então, uma parte passa do plano
físico para o espiritual queimando a tela,
com isso abrem a porta à toda classe de energias
bastardas e influências malignas.
Esta destruição pode-se dar de duas
maneiras diferentes:
– No primeiro tipo, o afluxo da matéria
que se volatiza queima literalmente a tela e
suprime, assim, a barreira natural. Quando
esta volatização se produz, os elementos em
questão se precipitam através dos chacras em
direção contrária à que deveriam tomar. À
força de seguir este caminho, rompem e, finalmente,
destróem a delicada tela.
57
No segundo tipo, estes elementos voláteis
endurecem o átomo, dificultando e
paralizando suas pulsações, a ponto de ele
não poder mais canalizar o tipo especial
de fluido vital, que o cola à tela. Esta então
se ossifica, por assim dizer. Em conseqüência,
a transmissão de um plano a
outro, que era abundante, torna-se absolutamente
insuficiente.
Facilmente se reconhecem estes dois
tipos de lesão:
– No primeiro, produzem os casos de
delirium-tremens, de obsessão, de certas
formas de alienação mental;
– No segundo, muito mais freqüuente,
verifica-se uma espécie de embotamento
geral das qualidades e sentimentos superiores,
que leva ao materialismo, à brutalidade,
à animalidade e à perda de domínio de
si mesmo.
É sabido que as pessoas que fazem uso
excessivo de narcóticos, como o fumo, persistem
muitas vezes nesse hábito, embora
58
saibam muito bem que seus vizinhos estão
sendo molestados, a tal ponto fica embotada
a sensibilidade dos fumantes.
O desenvolvimento dos chacras
O desenvolvimento dos chacras se dá
de forma natural e progressiva à medida que
o homem promove o seu próprio crescimento
espiritual.
O melhor método consiste em atualizar
gradativamente as potencialidades superiores
do fogo serpentino e introduzi-los
sucessivamente em todos os chacras.
Esta atualização das potencialidades
superiores do fogo serpentino necessita de
um deliberado e perseverante esforço de
vontade
Para pôr o chacra em plena atividade é
preciso avivar as camadas internas do fogo
serpentino, e uma vez vivificado, o chacra
fundamental vivifica com sua formidável
energia todos os demais
Dando como resultado o transporte à
59
consciência física das faculdades atualizadas
pelo despertar de seu chacra espiritual
correspondente.
Como vimos, os chacras mais importantes
do duplo etérico podem ser acelerados,
desenvolvidos ou “despertos” através
de certos rituais e de certas disciplinas, mas
é aconselhável que isso seja feito em
concomitância com o aperfeiçoamento
moral e o controle mental do ser.
De todos os chacras, o mais perigoso
de ser “desperto” prematuramente é o chacra
básico, sede da energia Kundalini (ou fogo
serpentino).
Pelo que tenho pesquisado, acredito
que sem a garantia de uma boa graduação
espiritual, o homem que o “abrir” perderá
o seu domínio ante o primeiro descontrole
emotivo ou mental em desfavor alheio,
pois sua ira, desejo de vingança ou maus
pensamentos serão quase que imediatamente
concretizados sobre as vítimas em
mentalização.
60
A kundalini
A energia Kundalini é uma energia poderosa
extravasada do Sol, violenta e agressiva,
embora criadora, que embebe e se
mistura à força telúrica do planeta terráqueo,
e flui do centro da Terra numa ondulação
retilínea que lembra uma serpente de fogo;
daí sua denominação de “fogo serpentino”.
Os clarividentes observam que esse fluxo
energético, se assemelha a uma torrente
de fogo líquido que aflui pelo chacra básico
do duplo etérico, situado na base da
coluna vertebral do homem, sobe pela medula
espinhal e depois lhe ativa as energias
instintivas ou inferiores, próprias do mundo
animal, acelerando a rotação dos demais
chacras.
Desenvolver a Kundalini significa romper
os filtros ou tela etérica que impede a
subida do éter físico, com isto os chacras
superiores ficam irrigados com energia física,
tendo algumas percepções acentuadas
(vidência, intuição, etc).
61
Yin Yang
62
A principal função da kundalini, quanto
ao desenvolvimento oculto do homem, é
que ao passar pelos chacras etéricos ela os
aviva e converte em mais eficazes pontos de
conexão entre os corpos físicos e espiritual.
No homem comum, o kundalini está latente
no chacra fundamental, sem que em toda
a sua vida terrena ele note ou lhe suspeite
a presença.
E muito melhor é que permaneça assim
latente até que o homem tenha feito
definidos progressos morais, com vontade
bastante forte para dominá-lo e pensamentos
insuficientes puros para arrastar sem
dano sua atualização.
O “fogo serpentino” ou Kundalini é
força adormecida, primária e hostil, aviva o
poder primário do homem e proporciona a
libertação do ser, quando habilmente controlado
pelo chacra básico.
Quando esse despertar é efetuado por
espírito equilibrado, sem vícios e paixões
perigosas, despreocupado dos tesouros e
63
poderes das vaidades do mundo carnal, o
médium torna-se o senhor da energia.
Entretanto, quando os tolos, os fracos
de vontade, os ambiciosos e os imorais, de
posse de tal energia incomum, tornam-se
vítimas de sua própria imprudência, se tornam
escravos e joguetes de uma força que
os massacra sem poder controlá-la por lhes
faltar a força moral superior.
Devido à condição moral que nos encontramos,
normalmente o despertar da
Kundalini causa um desequilíbrio psíquico.
Quando, em vez da fronte, atinge o
coração sem o devido controle espiritual
emotivo, termina por avivar-lhe os maus sentimentos,
dando-lhe força e estímulo para
a dureza de sentimentos.
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65
Os chacras/centros de força
São sete os chacras mais importantes,
embora existam outros centros de forças
menores em desenvolvimento nas criaturas,
porém de menos importância nas relações
entre o mundo oculto e o plano
físico.
Chacra Básico ou Genésico
Situa-se na base na espinha dorsal,
sobre a região sacra. Possui 4 raios,
materialmente tem relação com os plexos
hipogástricos e sacral. Responsável pelos
órgãos de reprodução e das emoções sexuais.
Atua sobre a coluna vertebral, sistema
central e periférico, todo aparelho urinário
e aparelho reprodutor.
Este chacra é o responsável pelo fluxo
das energias poderosas que emanam do Sol
e da intimidade da Terra. Os clarividentes
66
observam que esse fluxo energético, provindo
do âmago da Terra em simbiose com
as forças que descem do Sol, assemelha-se
a uma torrente de fogo líquido a subir pela
coluna vertebral do homem, por isso esta
energia é denominada de “Fogo Serpentino
ou Kundalini”.
O movimento giratório vorticoso dos
chacras resulta do choque ou contato turbilhonante
das energias etéricas sutilíssimas
descidas do Alto, com a energia Kundaline,
que é força etérica primária, agressiva e vigorosa
que sobe da Terra. Esse fenômeno é
algo semelhante às correntes de ar frio que
descem de nuvens e entram em choque com
as correntes de ar quente que sobem da crosta
terráquea, resultando nos conhecidos
fenômenos atmosféricos dos ciclones, tufões
ou redemoinhos de vento.
Este chacra é o mais primitivo e singelo
de todos em sua manifestação, um dos
principais modeladores das formas e dos estímulos
da vida orgânica.
67
O indivíduo que abrir o chacra básico
prematuramente, dará entrada a uma torrente
de energia tão poderosa que irá lhe alimentar
todas as paixões e todos os desmandos,
o orgulho poderá explodir e o recalque sensual
domina-lo-á de modo a realizar os piores
caprichos e ações sobre o próximo. O
chacra em desequilíbrio pode levar o homem
à loucura, pois sua ação muito forte
acirra o desejo sexual, semeando a satisfação
aberrativa.
Quando essa energia descontrolada
sobe pela medula e irriga o centro frontal
de um homem inferior, alimenta-lhe o orgulho
da personalidade terrena. Quando,
em vez da fronte, atinge o coração sem o
devido controle espiritual emotivo, termina
por avivar-lhe os maus sentimentos, dando-
lhe força e estímulo para a dureza de
sentimentos.
No entanto, a Kundalini disciplinada
sob a direção moral superior em criatura
evangelizada, termina por ativar-lhe os cen68
tros de força do perispírito e faculta o desenvolvimento
mais breve da mediunidade.
Quando a energia Kundalini é controlada
e desviada de sua ação agressiva e
ativadora da sexualidade inferior pelo homem
que tem discernimento espiritual, então
o fluxo vitalizante sobe, em proporção
benfeitora, pela coluna vertebral até o cérebro,
irrigando-o energeticamente acelerando
o desenvolvimento do intelecto e até faz redobrar
as atividades mentais do mundo superior.
Torna o homem lúcido e dinâmico.
A energia vitalizante que não for utilizada
nas emoções sexuais superiores e no
desenvolvimento do intelecto, para não
causar distúrbios sexuais inferiores e não
ativar maus sentimentos, deve ser aproveitada
na pratica de esportes.
São vários os estudos sobre os chakras,
alguns autores dividem os chacras inferiores
em dois, chamando-os de chacra
genésico e de chácra básico, assim distribuindo
suas funções:
69
Chacra básico ou fundamental - Possui
força vitalizadora conhecida como
kundaline; essa força revigora o sexo e também
pode ser transformada em vigor mental,
alimentando outros centros.
Chacra genésico - localiza-se na região
dos órgãos genitais; recebe influência direta
do básico; regula as atividades ligadas
ao sexo.
Chacra Umbilical ou Gástrico
Situa-se à altura do umbigo, pelo
lado direito. Possui 6 raios. Materialmente
tem relação com o plexo solar.
Esse chacra, de natureza rudimentar, é
responsável pela assimilação e metabolização
dos alimentos ingeridos pelo homem.
Responsável pelo funcionamento do aparelho
digestivo, pela assimilação de elementos
nutritivos e reposição de fluidos em
nossa organização física. Principal função
é ativar o processo metabólico, vitaliza o
esôfago, estômago, pâncreas, fígado, ve70
sícula, intestinos (todos os órgãos do
aparelho digestivo), com exceção do baço.
Quando este chacra é muito desenvolvido,
o homem aumenta sua percepção das
sensações alheias, pois adquire um tato instintivo
ou sensibilidade espiritual incomum,
que o faz aperceber-se das emanações hostis
existentes no ambiente onde atua, e também
as vibrações afetivas que pairam no ar.
Portanto este chacra ativa as percepções e
sensibilidades de identificar energias.
Chacra Esplênico
É um chacra secundário, mas
Leadbeater, ao contrário do
hinduísmo e dos sistemas de yoga,
o considerou no lugar do chacra sexual.
Situado à altura do baço. Possui 10 raios.
Materialmente tem relação com o plexo
mesentérico e o baço. Principal entrada da
energia vital (prânica). Regula a distribuição
e a circulação dos recursos vitais, e a
formação e reposição das defesas orgâni71
cas através do sangue. É o principal centro
energético de vitalização de todo o corpo
físico. Abastece o baço, órgão purificador
do sangue. Quando nos desvitalizamos,
sentido-nos fracos, é porque este chacra esta
com mal funcionamento.
Recebe diretamente as energias do
chacra básico/genésico. É um dos três
chacras principais (básico/genésico, esplênico
e coronário). A conhecida “aura da
saúde”, é constituída pela exsudação de
Fluido Vital residual, anteriormente penetrado
através do chacra esplênico.
As criaturas, cuja aura da saúde é pródiga
de energismo, com sua simples presença,
fortalecem, reanimam, vitalizam e
beneficiam terapeuticamente os outros, pois
nelas as partículas do Fluido Vital utilizado
em seu corpo físico alimentam-se de um
magnetismo muito intenso.
A pessoa que tem este chacra embotado
é muito nervosa, se incomoda com tudo,
irritada, é um vampiro de energia, porque
72
não consegue se energizar sozinho.
Ele é muito importante para os médiuns
que dão passe magnético, porque,
durante o passe, parte dos fluidos vem da
nossa vitalidade e outra parte vem do plano
espiritual. O médium desvitalizado rouba
energia de quem possui, a parte espiritual
vitaliza os dois, mas a energia vital não
é espiritual, é neste momento que o médium
suga do paciente.
A pessoa que tem este chacra muito
desenvolvido pode trabalhar com cura, ou
seja, é um médium curador.
Certas árvores como o pinheiro, o
eucalipto e o cedro absorvem do ambiente
o Fluido Vital adequado ao próprio homem.
Portanto, andar no mato, banho de cachoeira,
de mar, areia, sol revitalizam
este chacra.
Chacra Cardíaco
Situa-se à altura do coração, à esquerda e
acima. Possui 12 raios. Materialmente tem
73
relação com o plexo cardíaco.
É o centro responsável pelo equilíbrio,
pelo intercâmbio e controle da emotividade.
Sua função é permitir o fluxo das informações
do sentimento e emoções; sofre a influência
do chacra Umbilical, que responde
pelas emoções fazendo o meio de campo
entre as energias etéreas e físicas. Com o chacra
equilibrado a pessoa consegue ser muito lúcida
em seus sentimentos e emoções.
Quando ele é bem desenvolvido favorece
à consciência ou à percepção instantânea
das emoções e intenções alheias.
O chacra cardíaco recebe eficiente contribuição
vital do chacra esplênico, cujo
Fluido Vital, ao atingi-lo, penetra no sangue
pela via cordial e vitaliza-o, especialmente
para que atenda à função cerebral.
Para isso, esse fluido, partindo do cardíaco
se eleva até atingir o chacra coronário, no
alto do crânio, do que então resulta a consciência
dos sentimentos ou das emoções,
confirmando a velha tradição de que o sen74
timento e a emoção são geradas no coração
do homem.
Chacra Laríngeo
Situa-se à altura da garganta. Possui
16 raios. Materialmente relaciona-se com
o plexo cervical.
É o responsável pela saúde da área de
fonação e audição (garganta, cordas vocais e
sistema auditivo), vias respiratórias (boca,
nariz, traquéia e pulmões) e de certas glândulas
endócrinas (timo-tireóide e paratireóides).
Esta situado na perpendicular do fluxo
energético do fluido vital para o chacra frontal
(do qual também recebe certa cooperação).
Sua mais importante função é sustentar e controlar
as atividades vitais, o funcionamento
das glândulas timo-tireóide e paratireóides,
estabilizando definitivamente a voz da criatura
depois da época da puberdade.
É um órgão muito importante, pois
carreia a vitalidade que deve suprir o mecanismo
vocal e o dispêndio energético no
75
falar e, por isso, é um órgão muito ativo e
brilhante nos grandes cantores, poetas célebres,
oradores e homens que revelam o
dom incomum da palavra.
Um dos chacras responsáveis pela percepção
de sons provindos do mundo físico
e da auscultação dos sons do mundo espiritual.
Este chacra também é um dos que permitem
pelos seus canais que os espíritos
possam transmitir mensagens psicofônicas.
É um chacra que influi muitíssimo nos
demais centros de forças e nos plexos nervosos
do organismo humano, porque o ato
da materialização das idéias através da
fonação é um fenômeno que concentra todas
as forças etéreo-magnéticas do perispírito,
atuando em vigorosa sintonia com os
demais centros energéticos reguladores das
funções orgânicas.
Chacra Frontal
Situado na fronte entre os olhos.
Possui 96 raios. Materialmente tem relação
76
com os lobos frontais do cérebro e a
hipófise pituitária.
É o chacra dos sentidos, atuando diretamente
sobre a hipófise e também na área
do raciocínio e da visão.
Por isso é dito que este é o chacra responsável
direto pelo funcionamento dos
centros superiores intelectivo, bem como do
sistema nervoso central (visão, audição,
tato, etc). Este também é um dos chacras
responsáveis pela vidência e intuição no
campo da mediunidade. Através dele emitimos
nossa energia mental, portanto, é
neste chacra que possuímos o comando dos
poderes psíquicos.
O chacra frontal se encontra intimamente
ligado com o correspondente centro de
forças do perispírito.
Quando abundante de Fluido Vital e
em boa atividade com os outros chacras,
confere ao homem encarnado, e também
ao desencarnado, a faculdade de aumentar
ou diminuir o seu poder visual.
77
Chacra Coronário
Situado no alto da cabeça. O
nome Coronário vem de coroa.
Conhecido entre os hindus por “lótus de
mil pétalas”, possui 960 raios principais e
um centro menor em turbilhão colorido,
apresentando 12 ondulações ou raios. Materialmente
relaciona-se com a Epífise.
É o chacra mais importante, porque nos
liga ao plano espiritual, através dele captamos
as energias Espirituais; esse chacra recebe
primeiramente os estímulos do Espírito.
É o elo, a ponte entre a mente do perispírito
e o cérebro físico, sendo o responsável
pela sede da consciência do Espírito encarnado.
Quando desenvolvido mantém todos
os demais em pleno equilíbrio. Só deve ser
desenvolvido com o controle moral, intelectual
e espiritual.
Este chacra comanda os demais, embora
vibrem interdependentes. Este chacra
é o centro de forças mais importante do
78
ser humano, de maior potencial e radiações,
responsável pela sede da consciência
do espírito.
Chacras em desequilíbrio
Quando os chacras estão em equilíbrio,
desfrutamos de ótima saúde física e psíquica.
Caso contrário, nos tornamos vulneráveis
aos distúrbios, e se o desequilíbrio
persistir, o corpo pode adoecer.
Para nos mantermos sadios, captamos
a energia vital do sol, da água da terra do ar
e dos alimentos.
Quando estamos saudáveis, nossos
chacras giram com ritmo e sincronia.
No organismo doente, o ritmo se acelera
ou se torna lento demais, as rodas com dificuldade,
provocando perda de energia vital.
A saúde está no equilíbrio, que pode ser
conseguido através de dieta saudável, rica em
verduras, legumes e frutos; exercícios físicos
moderados, com acompanhamento médico;
respeito às horas de descanso, práticas religi79
osas, meditação e relaxamento. Enfim tudo o
que propicie a harmonia interior.
O passe, a irradiação, a água fluida ajudam
a ativar os chacras. Chacra bloqueado
não é causa, é conseqüuência.
Chacra bloqueado
Chacra desfigurado
Chacra com vórtice desviado
80
Efeitos de bloqueios
nos chacras
Básico ou genésico: Falta de equilíbrio
emocional, de ânimo, de força, desgaste físico,
a pessoa fica “no mundo da lua”.
Gástrico ou umbilical: A pessoa fica
sem estrutura para se identificar, fecha-se no
mundo, vive no passado, sem alegria, sem
satisfação.
Chacra esplênico: Perda de apetite, rancor,
raiva, ódio e medo. A pessoa perde o
amor-próprio, não acredita em mais nada.
Chacra cardíaco: Palpitação, angústia,
desespero, medo, pânico. A pessoa fica totalmente
sem controle e não consegue mais
separar a razão da emoção.
Chacra laríngeo: Falta de criatividade,
dificuldade de expressão. A pessoa se fecha,
não consegue se livrar da angústia.
Chacra frontal: Causa perda de perspectiva
e direcionamento. A pessoa fica sem
objetivos e não vê nada a sua frente.
81
Chacra coronário: A pessoa se anula
para a vida, perde o contato com a realidade
e não consegue idealizar mais nada.
Rearmonizando os chacras
O passe, a prece, a irradiação, a água
fluidificada ajudam, servem de apoio para
a recuperação, mas não são a base real para
o equilíbrio, alinhamento ou rearmonização
dos chacras/centros de força.
Lembre-se, chacra bloqueado não é
causa, é conseqüência.
A causa do desequilíbrio dos chacras/
centros de força são nossos pensamentos,
sentimentos, emoções, palavras, desejos e
ações de baixos teores vibratórios, tais como
pessimismo, mágoa, rancor, inveja, egoísmo,
orgulho, vingança, ódio, etc. e ainda
nossos vícios.
A condição essencial para que a pessoa
se rearmornize energeticamente é que
se moralize e abandone seus vícios.
82
Portanto, para reamornizar nossos
chacras/centros de força, necessitamos nos
reformar moralmente, agindo de maneira
cristã em todos os momentos da vida.
Mas, como isso não é comum às nossas
ampliadas comodidades, a nós, falíveis
espíritos devedores, nos cabe exercitar por
possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e
pela compreensão, ajudando, socorrendo
e, sobretudo, orando por nosso próximo.
Dessa forma vibraremos em ondas de
mais elevado teor moral, fazendo valer nosso
centro coronário como captador das boas
energias espirituais para distribuir o equilíbrio
devido aos demais centros, assim
espiritualizando nossa matéria.
83
Sistema nervoso
É o mais complexo no que se refere às
funções e às atividades. Coordena todas
as atividades orgânicas, conduzindo sensações
e idéias para o espírito e do espírito,
serve como elemento adaptador do organismo
às condições do momento.
Glândulas endócrinas
Glândulas são órgãos que apresentam
como características a produção de secreções
fluidas chamadas de hormônios.
As glândulas que lançam o seu produto
diretamente na corrente sanguínea são
chamadas de glândulas endócrinas.
Quando lançam seu produto através de
camadas excretoras na superfície do corpo
ou no interior dos órgãos, são chamadas
O sistema nervoso
e as glândulas endócrinas
84
de glândulas exócrinas (suor, lágrimas, salivas,
suco gástrico etc).
São classificadas como glândulas
endócrinas: A Hipófise, Epífise, Tireóide,
Paratireóides e Adrenais (Supra-renais).
As glândulas endócrinas com seus
hormônios inundam praticamente todo o
organismo e, através de mecanismos extremamente
complexos, comandam o funcionamento
dos órgãos.
Esse comando endócrino, se entrosa, se
entrelaça com a atuação do sistema nervoso.
Nos diz André Luiz: “Enquanto o nosso
companheiro se aproveitava da organização
mediúnica, vali-me das forças magnéticas
que o instrutor me fornecera, para
fixar a máxima atenção no médium. Quanto
mais lhe notava as singularidades do cérebro,
mais admirava a luz crescente que a
A Glândula Pineal
85
86
epífise deixava perceber. A glândula minúscula
transformara-se em núcleo radiante e,
em derredor, seus raios formavam um lótus
de pétalas sublimes”.
A Epífise ou Glândula Pineal é pouco
conhecida pela ciência acadêmica, embora
já tenha sido descrita desde a antigüidade
grega.
Segundo o conhecimento científico,
não passaria de glândula inibidora do sexo,
princialmente no período infantil.
A revelação espiritual informa ser a
Epífise a glândula da vida mental e elo com
a espiritualidade. Ela acorda as forças criadoras
no organismo do homem, na puberdade,
aos quatorze anos, aproximadamente
e, em seguida continua a funcionar, como
o mais avançado laboratório de elementos
psíquicos da criatura terrestre.
A glândula pineal reajusta-se ao concerto
orgânico e reabre seus mundos maravilhosos
de sensações e impressões na esfera
emocional.
87
Ela preside aos fenômenos nervosos da
emotividade, como órgão de elevada expressão
no corpo etéreo.
A glândula pineal segrega “hormônios
psíquicos” ou “unidades forças” que vão
atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras.
A glândula pineal conserva ascendência
em todo o sistema endocrínico.
Ligada à mente, através de princípios
eletromagnéticos do campo vital, que a ciência
comum ainda não pôde identificar,
comanda as forças subconscientes sob a
determinação direta da vontade.
As redes nervosas constituem-lhe os
fios telegráficos para ordens imediatas a todos
os departamentos celulares, e, sob sua
direção, efetuam-se os suprimentos de energias
psíquicas a todos os armazéns autônomos
dos órgãos.
A epífise desempenha papel mais importante
em qualquer modalidade de exercício
mediúnico. Através de suas forças
88
equilibradas, a mente humana intensifica
o poder de emissão e recepção de raios
peculiares à esfera espiritual.
André Luiz, Missionários da Luz, cap. II; Entre a Terra e o
Céu, cap. XX.
89
Bioenergia
Por Wagner Borges
90
91
Bioenergia é o princípio vital que
interpenetra e nutre a todas as coisas do Universo
Interdimensional. É aparentemente onipresente
e impessoal, permeando praticamente
todos os planos de manifestação. Podemos,
então, dizer que existe uma energia densa
(etérica), astral (etérea) e mental. Einstein,
na verdade, parece que partiu desse princípio
quando demonstrou a substancial identidade
entre a energia e a matéria, e a possibilidade
de transformar uma em outra: a matéria
é energia em estado de condensação; a
energia é matéria em estado radiante.
A nomenclatura sobre a energia é bastante
diversificada, variando de filosofia para
filosofia. Ex.: Luz Astral (Cabala), Prana
(Yoga), Mana (Kahunas), Força Ódica (Barão
Von Reichenbach), Energia Orgônica
(Wilhelm Reich), Telesma (Hermes Trismegisto).
A palavra Energia é derivada do grego
“Energes” (ativo) que, por sua vez, deriva de
“Ergon” (obra). Logo, etimologicamente significa
“Atividade”; “Movimento”. A palavra
92
Prana, como a energia é mais conhecida na
Índia, pátria original do Yoga, é derivada do
sânscrito “Pra” e de “An” (respirar, viver).
Logo, etimologicamente significa “Sopro Vital”.
No Japão, a energia é conhecida como
“Ki”. Na China, é conhecida como “Chi”.
As energias que os seres vivos absorvem
e metabolizam são oriundas de fontes variadas:
o sol, o espaço infinito, o próprio planeta...
Os ocultistas orientais dividiram essas
energias em três grupos distintos: 1. Fohat (eletricidade):
energia conversível em calor, luz,
som, movimento, etc; 2. Prana (vitalidade):
energia integrante que coordena as moléculas
e células físicas e as reúne num organismo
definido; 3. Kundalini (fogo serpentino):
energia primária, violenta, estruturadora das
formas. É oriunda do centro do planeta.
Energia consciencial ou pessoal
É a energia cósmica que a consciência
absorve e emprega nas suas manifestações
gerais. Essa energia consciencial é chama93
da em geral de energia anímica ou magnetismo
pessoal. Ao ser metabolizada pela
consciência, a energia cósmica deixa de ser
impessoal e assume as características pessoais
da criatura.
Fontes básicas de energia vital
1. Ar atmosférico, através do aparelho
respiratório e da pele; 2. Alimentação de
sólidos e líquidos, através do aparelho
digestório; 3. Absorção de energia pelos
chacras; 4. Sono, através da descoincidência
dos veículos de manifestação da consciência;
5. Projeção da consciência, através da
absorção energética no plano astral.
Ativação energética
A consciência pode ativar as suas energias
conscienciais de três maneiras:
1. Circulação Energética (circulação fechada;
estado vibracional); 2. Absorção Energética
(recepção energética); 3. Exteriorização
Energética (Irradiação energética).
94
Propriedades da energia cósmica
1. É acumulável por um sujeito devidamente
treinado; 2. É transmissível (podese
energizar qualquer coisa); 3. Tem polaridade
positiva e negativa (YIN e YANG); 4.
Pode ser dinamizada pelo campo energético
humano através da vontade; 5. Pode
acumular qualidades específicas, mesmo
quando é inespecífica em si mesma; 6. Pode
formar parte da atmosfera de um planeta
(energia telúrica, aérea, aquática e ígnea);
7. É uma degradação de energia mental cósmica;
8. Pode adotar uma diversidade de
manifestações, dependendo do ambiente
onde interpenetra; 9. Tem três atividades
básicas no campo energético humano: recepção,
exteriorização e circulação fechada
(estado vibracional); 10. A matéria é
energia condensada (luz capturada gravitacionalmente);
a energia é matéria em estado
radiante. Logo, tudo é manifestação, em
graus variados, de uma mesma energia.
95
O Fluido Vital
e o Duplo Etérico
Perguntas e respostas
Entrevista com dr. Ricardo D Bernardi
Por Paulo P. L
96
O fluido vital forma uma estrutura especial
em nós?
Ele forma um “corpo”, de certa forma, sim.
Constitui o chamado corpo vital, também
conhecido como corpo etérico.
São sinônimos ? Há outros sinônimos equivalentes
?
Sim. Ei-los: Duplo Etérico, Corpo Vital (Kardec),
Corpo Prânico, Veículo do Prana, Corpo
Bioplásmico, Corpo Biocósmico, Corpo
Energético, Primeiro corpo de Energia,
Corpo Diáfano, Corpo Efêmero, Veiculo da
Vitalidade, Corpo da Vitalidade, Casca Luminosa,
Reflexo do Corpo Físico,
Aerossomai, Armadura Energética, Contracorpo,
Cópia Vital Humana, Corpo Aiterico,
Corpo Bardo (tibetanos), Corpo Lepto-
Hilico, Corpo Leptomerico, Corpo Ódico,
Corpo Unificador, D Jan, Kosha, Reboque
Energético, Umbra, Veiculo Semi-Físico, Véu
do Corpo Humano, Véu Etérico, Ponte Corpo
Humano-Psicossoma, Pranamaya-Kosha.
97
Corpo etérico... é o mesmo que perispírito,
corpo astral ou psicossoma ?
O corpo etérico ou corpo vital é que liga o
corpo físico ao perispírito. É uma estrutura
ou “corpo” intermediário entre o corpo material
e o perispírito .
Fluido vital é o mesmo que bioenergia?
Sim.
Então o corpo etérico ou corpo vital tem
importância nas terapias energéticas?
Sim. É o fluido vital ou bioenergia que é
mobilizado nestas terapias energéticas.
Poderia nos dar uma definição melhor de
corpo etérico ou duplo etérico?
O duplo etérico é um invólucro energético,
vibratório, luminoso, vaporoso e provisório,
que coexiste estruturalmente com
o corpo físico e o envolve. Está ligado à
doação ou exteriorização de energias, pois,
no duplo etérico é que se situam os
chacras.
98
Qual a situação anatômica?
É o agente intermediário entre o corpo físico
e o perispírito (corpo astral).
Este corpo etérico é então composto de
energia ou fluido vital, certo?
É constituído por fluido vital (Energia Vital
ou Prana), daí a denominação corpo vital.
Este fluido é originado do Fluido Cósmico
Universal. Absorvido pelas moléculas orgânicas
confere o atributo da vida.
O corpo etérico faz a ligação entre perispírito
e corpo físico. No entanto, ele sai dos
limites do corpo material ?
Os limites do corpo humano são ultrapassados
em cerca de 1 cm pelo corpo etérico.
Qual é a consistência deste corpo etérico?
Textura típica dos elementos fluídicos, mais
densa nos indivíduos primitivos e mais sutil
e delicada nos seres humanos espiritualmente
evoluídos.
99
Qual a forma deste corpo etérico?
Humanóide, com grande elasticidade. Lembra
o “Gasparzinho” ou um fantasminha.
Uma massa de fluido vital que toma a forma
do corpo, mas enquanto ocupa este espaço.
Quando desencarnamos, esta massa
de fluidos volta (quase toda) para o fluido
cósmico universal.
Teria cor?
Branca (nos espíritos encarnados mais sutis)
ou acinzentado, nos menos evoluídos.
Diz-se corpo etérico, mas teria órgãos como
há no perispírito ?
Não possui órgãos como o corpo astral. Possui
regiões denominadas chacras, que captam
energia cósmica distribuindo-as para o
corpo físico (rebaixamento vibratório) e para
o perispírito (ou corpo astral).
Os chacras são interligados por nádis
ou meridianos que permitem circular as
energias.
100
Há alguma importância prática em sabermos
que existem estes canais ou nádis?
O passe energético sobre o chacra coronário,
pelos nádis (canais), chega ao local
necessitado, não havendo, portanto,
necessidade do passe ser sobre o local enfermo
ou em desequilíbrio. Ou seja, basta
impor as mãos sobre a cabeça (coronário)
que a energia chega lá, onde requer
o paciente, pelos canais. Eis aí uma importância
prática.
Afinal, os chacras estão no perispírito ou
no corpo etérico ?
Ficam no perispírito também (centros
de força), e cada um deles se apresenta
igualmente no corpo etérico. São cópias.
No mundo extrafísico ou colônias espirituais,
também há mediunidade e inclusive
realizam sessões mediúnicas. Daí a necessidade
(há outros motivos) da existência
destes centros de força no corpo dos
espíritos.
101
Explique: qual é a função principal ou a
função básica do duplo etérico ?
Função básica: o corpo etérico é o veículo e
a reserva da nossa energia vital, absorve o fluido
vital e o distribui pelo corpo humano além
de o transformar em fluidos sutis, enviandoos
ao corpo astral (perispírito).
Função 2 – produção de ectoplasma: o
corpo etérico é o principal responsável pela
elaboração do ectoplasma, portanto, participa
diretamente na mediunidade de efeitos
físicos e materialização dos espíritos.
Função 3 – exteriorização de energias
nos processos de irradiação, passes magnéticos
e similares. Há projeção de energia vital
do corpo etérico em direção ao paciente,
magos, médiuns, paranormais, feiticeiros etc.
Usam (conscientemente ou não), a projeção
do seu corpo etérico com finalidade terapêutica
ou criminosa.
Função 4 – programação do tempo de
vida: o duplo etérico traz, em si, a programação
do tempo de vida física do indiví102
duo; o duplo etérico possui um “quantum”
de energia vital.
Função 5 – fixação do corpo astral ao
corpo físico.
Função 6 – vitalização das formas pensamento:
a mente cria formas de pensamento
que se mantém pelo fluido vital que doamos
e alimenta as formas-pensamento. Dá
vida temporária a estados formas. Veja o
nome: fluido vital... Formas-pensamentos são
emanações mentais nossas ou de desencarnados
que são vivificadas por massas de fluido
vital. Também conhecidas como “Cascões
Astrais” na Teosofia.
Por serem vitalizadas mantêm-se com
vida vegetativa temporária.
As formas-pensamento ou criações
ideoplásticas são formas criadas pelo pensamento
(corpo mental) que existem transitoriamente
e que são vitalizadas (alimentadas
com fluido vital) provindas do corpo etérico.
Em nosso grupo mediúnico, os médiuns desdobrados
(projetados) vêem muito isto.
103
O corpo etérico tem lucidez? Expressa-se
com pensamentos ou algo assim?
Não. O corpo etérico não é veículo da consciência.
Não possui “órgãos” como o perispírito
(corpo astral) que tem um cérebro
(paracérebro). O corpo etérico não atua como
veículo separado, individual, para manifestação
da consciência, nem está apto para
captar informações por não ter paracérebro,
ao contrário do corpo astral (perispírito).
O corpo etérico, sendo composto de fluido
vital, se desgasta? Repõem-se este fluido
vital? Como?
Sim, há um desgaste natural durante a vida,
no entanto, há reposição deste fluido, chamado
também de energia vital, prana ou
bioenergia.
Formas de reposição:
a) Respiração, em especial pela respiração
com mentalização ou respiração
prânica, que é um técnica de absorção desta
energia vital do cosmos.
104
b) Reposição pela alimentação. Ao se
ingerir alimento orgânico, sempre se absorve
energia vital. Se você come uma maçã,
está ingerindo energia vital além da composição
química que compõe a maçã.
c) Pode-se repor este fluido vital quando
se recebe passe ou irradiação.
d) Absorção pelo chacra esplênico, neste
caso se absolve diretamente da massa de
fluidos do universo.
Há desgastes precoces deste fluido vital?
Sim! Os vícios podem levar a desgastes mais
rápidos da bioenergia. A obsessão espiritual
ou vampirização energética por espíritos
desequilibrados, as doenças e o suicídio,
que seria o exemplo maior deste desgaste
súbito.
O suicida sofre, moralmente, por transgredir
a Lei de Deus?
Sim, mas analisemos também sob o ponto
de vista científico: não havendo o esgota105
mento dos órgãos, há retenção de fluido vital
nestes órgãos e o perispírito pode permanecer
ligado ao cadáver pelo duplo etérico.
Como se forma o corpo etérico em nós, ou
seja, seria desde o início da encarnação?
De onde vem "a matéria-prima"?
Desde o início da encarnação, o fluido vital
do óvulo já fixa as energias perispirituais
do reencarnante.
Na fecundação, milhões de espermatozóides
excedentes (não fecundantes) fornecem
a energia vital excedente para a constituição
inicial do corpo etérico, o qual fixará
o corpo astral ao embrião.
Como entender a questão morte e fluido
vital?
Com as enfermidades e o falecimento dos
órgãos, não há mais fixação do fluido vital.
O desprendimento progressivo do mesmo
determina a morte, ou seja, o desligamento
do corpo astral do corpo físico.
106
Quantos seriam os chacras no corpo astral
ou corpo etérico ?
São vários. Sete ou oito principais (depende
do sistema de análise), dezenas de outros
menores e milhares muito pequenos,
formando os pontos de acupuntura.
Centros de força, de André Luiz, são os
mesmos chacras?
Sim, e vale acrescentar que se relacionam
entre si e se correspondem em seus diferentes
corpos (corpo astral, etérico e físico, através
dos plexos nervosos).
Você pesquisou algum tempo com fotos
Kirlian e parece-me que em um congresso
demonstrou que as fotos antes e depois da
sessão mediúnica têm alterações importantes.
É fato ?
Sim. As fotos, após a sessão mediúnica demonstram
ganho de energia significativo.
Após duas horas de doação energética, as
fotos crescem seu campo energético.
107
Mas se houve doação, como aumentaram?
É dando que se recebe... Lembra?
Ao se receber um passe, se recebe fluido
vital, correto? Se é assim, como esta energia
entra e como vai para o perispírito e
corpo físico?
Considero que a energia vital doada (passe)
é captada pelo corpo etérico, sofre uma
aceleração vibratória e "sobe" ao corpo astral
(perispírito), bem como sofre um rebaixamento
ou desaceleração vibratória e "desce"
para o corpo físico. Em resumo, entra
pelo corpo etérico (vital) e vai para o perispírito
e corpo físico.
Quando vai em direção ao perispírito, vai
pelos chacras?
Sim.
Ao invés de doação, existe o roubo de energia
vital por espíritos vampiros. Poderia explicar
como isto ocorre?
108
São espíritos ditos endoparasitas, isto é, que
se fixam “dentro” (endo) do obsedado no
seu chacra esplênico, sugando o fluido vital.
São os "vampiros ".
Quando alguém doa energia vital, no passe,
por exemplo, após o trabalho sente-se
fraco, inclusive por amor chega a chorar
de emoção no passe, de compaixão do
paciente. Como se explica que saiu fraco ?
Ao se envolver emocionalmente, pela compaixão,
chegando a chorar, mobiliza o
chacra gástrico ao invés do cardíaco. No
cardíaco nos relacionamos com o amor, no
gástrico com a paixão, o sentimentalismo.
Isto é ruim, não é evolução. Já pensou se
os grandes cirurgiões chorassem na cirurgia?
Uma amiga do meu filho, ao voltar da praia,
onde fez topless, voltou com dor de cabeça.
Disseram-me que seria por captação de
energias vitais, concorda com isto ?
Explicando: a garota, sem a parte superior
109
do biquíni, ficou durante horas recebendo
a carga energética dos rapazes sobre seu
chacra genésico. As energias ascendiam pelos
nádis (canais de energia entre os chacras),
isto porque ela não sintonizava com as energias
agressivas dos rapazes. Esta energia doada
por eles ascendia ou subia até o chacra
coronário (no topo da cabeça) para ser transformada
ou sublimada. O acúmulo desta
energia (horas) gerou dor de cabeça. Não
esqueça que pode ser só um resfriado ... ou
outra causa mais natural.
A obsessão de espíritos sobre a parte sexual
pode sugar fluido vital? O que causaria?
Sim, pode sugar fluido vital pelo chacra
genésico. Pode causar frigidez ou exacerbação
sexual, ou ainda desvio dos padrões
de forma muito acentuada, pelas características
dos obsessores.
A desarmonia da energia vital ou fluido vital
provoca em nós doenças, certo? Como
110
isto ocorre?
Se o espírito pensa mal, reflete na freqüência
da energia vital, pelo perispírito. O corpo
físico reage se fragilizando e tornandose
suscetível às doenças.
111
Lei de Causa e Efeito
(Karma)
112
Os centros de força, que são fulcros
energéticos, são influenciados pelas energias
originárias das vidas pretéritas da alma
que, na nova encarnação, imprime às células
a especialização extrema na formação
do corpo denso do homem, especialização
que todos detemos no corpo espiritual em
recursos equivalentes. Essas células obedecem
às ordens do espírito, diferenciandose
e adaptando-se às condições por ele criada,
procedendo do elemento primitivo,
comum, de que todos provimos em laboriosa
marcha no decurso dos milênios. É assim
que “A enfermidade, como desarmonia
espiritual, sobrevive no perispírito”. Pois tal
seja a viciação do pensamento, tal será a
desarmonia no centro de força, que reage
nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos
mentais, uma vez que toda a mente
é dínamo gerador de força criativa. Quando
a nossa mente, por atos contrários à lei
divina, prejudica a harmonia de qualquer
um desses fuIcros de forças, a nossa alma
113
naturalmente se escraviza aos efeitos da
ação desequilibrante obrigando-se ao trabalho
de reajuste. E é assim que, muitas
vezes, numa nova encarnação, encontramos
pessoas com problemas mentais ou de paralisias
físicas, “apresentando estado
morfológico conforme o campo mental a
que se ajusta”.
A zona de remorso
A recordação dessa ou daquela falta
grave, principalmente daquelas que repousam
recalcadas no espírito, sem que o desabafo
e a corrigenda funcionem por válvulas
de alivio às chagas ocultas do
arrependimento, cria na mente um estado
anormal que podemos classificar de “zona
de remorso”, em torno da qual a onda viva
e contínua do pensamento passa a enrolarse
em circuito fechado sobre si mesmo, com
reflexo permanente na parte do veículo
fisiopsicossomático ligada à lembrança das
pessoas e circunstâncias associadas ao erro
114
de nossa autoria. Isso é bem exemplificado
por André Luiz no livro Entre a Terra e o
Céu, onde ele relata a questão de Júlio, que,
em uma existência, teria aniquilado o veículo
físico tomando uma grande quantidade
de corrosivo e, mesmo sobrevivendo à
intoxicação, fez uma nova tentativa de aniquilar
o corpo físico lançando-se à funda
corrente de um rio, nela encontrando o afogamento.
Na oportunidade seguinte que lhe
foi dada, reencarnou junto das almas com
as quais se mantinha associado para a regeneração
do pretérito, mas infelizmente encontrou
dificuldades naturais para recuperar-
se, desencarnando ainda menino, vítima
de um novo afogamento. E quando chegou
o momento de um novo renascimento,
para que pudesse se reajustar dentro das leis
divinas e recuperar-se mentalmente, equilibrando
o “centro laríngeo”, reencarnou, dessa
vez, com o corpo fisiológico deficiente,
sofrendo do órgão vocal que se caracterizou
por fraca resistência aos assaltos
115
microbianos e que, de algum modo, lhe
retratou a região lesada. Nesse exemplo, observamos
que estabelecida a idéia fixa sobre
“o nódulo de força mental desequilibrado”,
foi indispensável que houvesse
acontecimentos reparadores para que Júlio
se sentisse redimido perante a lei, mudando,
portanto, seu campo mental.
Somos todos responsáveis
Não podemos esquecer que a imprudência
e a ociosidade se responsabilizam
por múltiplas enfermidades, como sejam os
desastres circulatórios provenientes da gula,
os quadros infecciosos pela ausência da
higiene comum, os desequilíbrios nervosos
da toxicomania e o depauperamento decorrente
de vários excessos. De modo geral,
porém, as doenças perduráveis, que
destróem o corpo físico, têm suas causas
no corpo espiritual, pois as energias na
nossa alma expressam as chamadas dívidas
cármicas, por serem conseqüências das cau116
sas infelizes que nós mesmos plasmamos, e
são transferíveis de uma existência para
outra, uma vez que é a nossa mente, através
da energia do nosso pensamento, que,
de forma inconsciente, muitas vezes, nos
cobra ou nos absolve das faltas cometidas,
lançando-nos ou tirando-nos da “zona de
remorso”. Existem casos em que, mesmo em
estado de recuperação perispirítica, a presença
de pessoas desafetas responsáveis por
essas zonas pode levar a violentos choques
psíquicos, com o que as emoções se lhe
desvairam afastando-se da necessária harmonia.
A mente desorientada perde o controle
da organização perispirítica e dos elementos
fisiológicos, assumindo condições
excêntricas, dispersando as energias que lhe
são peculiares. Essas energias passam a
atritar-se e a emitir radiações de baixa freqüência,
aproximadamente igual à de que
lhe incide o pensamento das vítimas, trazendo,
conseqüentemente, as mais variadas
repercussões no corpo somático. Devemos
117
também lembrar que não apenas os pensamentos
voltados para nossas ações pretéritas
mantêm-nos presos a esse circuito fechado
do pensamento do qual falamos. O pensamento
é muito mais amplo do que a nossa
consciência pode alcançar. Subsistem
aqueles (o pensamento) em que se fazem
inconscientes em nossa mente, também trazidos
por lembranças das faltas por outros
cometidas, que nos atingiram, deixando
marcas no nosso corpo espiritual e que,
hoje, ao depararmo-nos em um novo reencontro,
sentimos no corpo carnal os efeitos
desses males, efeitos estes apresentados
muitas vezes na forma de simples sintomas
ou mesmo de uma enfermidade instalada.
O pensamento, como uma modalidade
de energia sutil atuando em uma forma
de onda, com velocidade muito superior
à da luz, quando de passagem pelos lugares
e criaturas, situações e coisas que nos
afetam a memória, agem e reagem sobre si
mesmos, em circuito fechado, trazendo118
nos, assim, de volta as sensações desagradáveis
hauridas ao contato de qualquer
ação desequilibrante. Isso tudo acontece
porque, quando nos rendemos ao desequilíbrio
ou estabelecemos perturbações
em prejuízo dos outros, plasmamos nos
tecidos fisiopsicossomâticos determinados
campos de ruptura na harmonia celular, criando
predisposições mórbidas para essa ou
aquela enfermidade e, conseqüentemente,
toda a zona atingida torna-se passível
de invasão microbiana.
Reforma íntima
Quando é desarticulado o trabalho
sinergético das células nesse ou naquele
tecido, intervêm as unidades mórbidas,
quais o câncer, que nessa doença imprime
acelerado ritmo de crescimento a certos
agrupamentos celulares, entre as células sãs
do órgão em que se instalam, causando
tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-
se, porém, que a mutação no
119
início obedeceu à determinada distonia,
originária da mente, cujas vibrações sobre
as células desorganizadas tiveram o efeito
das projeções de raios x ou de irradiações
ultravioletas, em aplicações impróprias.
Quando o doente adquire um comportamento
favorável a si mesmo, num crescente
de humildade, paciência, devotamento ao
bem, num profundo processo de renovação
moral, as forças físicas encontram sólido
apoio nas radiações de solidariedade e
reconhecimento que absorve de quantos
lhe recolhem o auxílio direto ou indireto,
conseguindo conter a disfunção nos
neoplasmas benignos que ainda respondem
à influência organizadora dos tecidos adjacentes.
Devemos, portanto, reconhecer o
quanto é importante o equilíbrio de nossa
mente, pois com as aquisições e observações
da psicopatologia, podemos observar
a intervenção dos fatores internos ou
psicogênitos em todas as atividades do organismo
físico.
120
O aparelho cerebral
André Luiz, no livro No Mundo Maior,
falando sobre o sistema nervoso, observa
em preciosa síntese que: “No sistema nervoso,
temos o cérebro inicial, repositório
dos movimentos instintivos e sede das atividades
subconscientes. Na região do córtex
motor, zona intermediária entre os lobos
frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido,
consubstanciando as energias
motoras de que se serve a nossa mente para
as manifestações imprescindíveis no atual
momento evolutivo do ser. Nos planos dos
lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação
científica do mundo, jazem materiais
de ordem sublime, que conquistaremos
gradualmente, no esforço de ascensão,
representando a parte mais nobre do nosso
organismo divino em evolução. Não podemos
dizer que possuímos três cérebros simultaneamente.
Temos apenas um que se
divide em três regiões distintas, onde, no
primeiro, situamos a “residência de nossos
121
impulsos automáticos”, simbolizando o
sumário vivo dos serviços realizados; no
segundo, localizamos o “domicílio das conquistas
atuais”, onde se erguem e se consolidam
as qualidades nobres que estamos edificando;
no terceiro, temos a “casa das noções
superiores”, indicando as eminências
que nos cumpre atingir. Num deles, moram
o hábito e o automatismo. No outro, residem
o esforço e a vontade; e, no último,
moram o ideal e a meta superior a ser
alcançada. E assim distribuímos o subconsciente,
o consciente e o superconsciente.
Como vemos, possuímos em nós mesmos o
passado, o presente e o futuro”.
O corpo é um reflexo da mente
Podemos então concluir que, diante de
tudo quanto já abordamos, é compreensível
dizer que a quebra da harmonia cerebral, em
conseqüência de compulsoriamente se arredarem
das aglutinações celulares do campo
fisiológico os princípios do corpo espiritu122
al, essas aglutinações ficam, então, desordenadas
em sua estrutura e atividades normais,
podendo surgir tumores e hemorragias conseqüentes
de fenômenos mórbidos assediando
a mente, porque o cérebro é o instrumento
que traduz essa mente, manancial de
nossos pensamentos, e é por isso que a dor
do remorso não permite fácil acesso à esfera
superior do organismo perispírito, onde se
erguem as manifestações da consciência divina.
O cérebro real é aparelho dos mais complexos,
em que nosso “eu” reflete a vida.
Examinando o organismo que modela as
manifestações do campo físico, reconheceremos
que a célula nervosa é entidade de
natureza elétrica que, diariamente, se nutre
de combustível adequado. Há neurônios
sensitivos, motores, intermediários e reflexos.
Existem os que recebem as sensações exteriores
e os que recolhem as impressões da
consciência. Em todo o cosmo celular agitam-
se interruptores e condutores, elementos
de emissão e de recepção. A mente é a
123
orientadora desse universo microscópico, em
que bilhões de corpúsculos e energias
multiformes se consagram a seu serviço. Dela
emanam as correntes da vontade, determinando
vasta rede de estímulos, reagindo ante
as exigências da paisagem externa, ou atendendo
às sugestões das zonas interiores.
Colocada entre objetivo e subjetivo, é obrigada,
pela lei divina, a aprender, verificar,
escolher, repelir, aceitar, recolher, guardar, enriquecer-
se, iluminar-se, progredir sempre.
Ainda que permaneça aparentemente estacionária,
a mente prossegue seu caminho,
sem recuos, sob atuação das forças visíveis
ou invisíveis.
Lembremos que toda a energia gerada
tem que se manter de forma bem equilibrada,
porque tanto o bloqueio do fluxo de
energia quanto o excesso desse fluxo podem
produzir desequilíbrios e, conseqüentemente,
uma doença física.
Hoje, ainda não encontramos na medicina
tradicional os recursos necessários
124
para esse entendimento, mas felizmente, surgem
na atualidade novas opções terapêuticas,
tanto no campo da psicologia como
na chamada medicina alternativa, com estudos
que comprovam a cura de determinadas
patologias através dessas novas abordagens,
como é o caso das técnicas de regressão
de memória.
Assim sendo, observemos a necessidade
de nos reunir cada vez mais para estudar
sob esta nova visão, pois somente quando
os homens da ciência se permitirem, com
mais flexibilidade, atravessar a porta do
entendimento do amor, como homens comuns
e de fé, é que conseguiremos chegar
mais rapidamente à solução de enfermidades
que até os dias atuais a ciência não
consegue equacionar.
125
Antes de mais nada, eleve o pensamento
ao Alto e abra o coração na sintonia da
fraternidade. Pense no bem de todos os seres.
Imagine que o seu corpo é todo feito
de água. No alto da sua cabeça, no chacra
coronário, pingam gotas luminosas vindas
do Alto.
Quando essas gotas tocam o seu “corpo
d’água”, elas reverberam nele como
quando jogamos pedrinhas em um lago de
águas calmas. E essas everberações luminosas
vão se expandindo suavemente para
além da extensão de seu corpo e alcançando
seus familiares, as pessoas de suas relações
e expandindo-se para toda a humanidade.
Essas reverberações seguem carrega-
Trabalhando as energias
de forma positiva
Por Wagner Borges
Leia mais no site www.ippb.org.br
126
das de puro sentimento e vão melhorando
as pessoas que são tocadas por elas.
Visualização criativa
Posição física: deitado em decúbito
dorsal, com as mãos relaxadas e voltadas
para cima.
Perspectiva psíquica: consciência aberta,
coração generoso e vontade de ser pacífico
e feliz.
Objetivo: simplesmente soltar-se no fluxo
natural das energias e afrouxar a tensão
psicofísica.
Resultado: inspiração, alegria interna,
relaxamento, aumento da criatividade e
descanso mental.
1. Leve a atenção pacificamente para a
planta do pé esquerdo e visualize ali o
surgimento de uma rosa amarela em botão.
Suavemente, vá desabrochando até abri-la
completamente.
2. Faça a mesma coisa na planta do pé
direito.
127
3. Permaneça carinhosamente prestando
atenção nessas duas rosas abertas nas
plantas dos pés por cerca de 1 minuto.
4. Leve a atenção para as palmas das
mãos e também visualize nelas a abertura
de duas rosas amarelas. Fique assim por 1
minuto.
5. A seguir, visualize mais duas rosas
amarelas desabrochando, dessa feita, nos
dois ouvidos. Fique assim por 1 minuto.
6. Leve a atenção para o chacra coronário
(situado no meio do alto da cabeça)
e visualize surgindo de dentro dele apenas
uma imensa flor amarela. Ela desabrocha no
alto da cabeça, mas o seu talo está baseado
na glândula pineal (epífise), situada no
interior da cabeça, logo abaixo dos dois
hemisférios cerebrais. Fique assim por cerca
de 2 minutos.
7. Finalmente, leve a atenção para o
centro do peito (chacra cardíaco) e também
faça surgir ali uma imensa rosa amarela.
Enquanto ela desabrocha, pense ternamen128
te em amor, luz, alegria e paz para todos os
seres de todas as dimensões. Fique assim
por vários minutos.
8. Sinta-se bem e agradeça silenciosamente
aquele Amor Onipresente que
permeia a tudo e a todos.
9. Por favor, e por amor, faça isso com
simplicidade, lucidez e alegria. Não deixe
seu ego capturar seu bom humor no alçapão
da ansiedade. Trabalhe com serenidade
e exonere carinhosamente suas angústias
internas.
Viver aqui na Terra não é fácil. Mas, é
possível entrarmos na sintonia da harmonia
íntima usando as flores de nossos pensamentos
criativos a favor da paz, de nós e
de todos! Faça essa prática simples todos
os dias. Seja feliz, pois, apesar dos problemas
diários, viver (aqui, no astral ou no
mental) ainda é uma maravilha. Precisamos
seguir e sorrir...
Dentro ou fora do corpo, somos imortais!
Isso é motivo de uma grande alegria.
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Alguém pode assassinar ou atropelar nosso
corpo, mas continuaremos vivos, em frente,
sempre... Que essa simples prática possa
ser em você a síntese de PAZ e LUZ em
todos os seus pensamentos, sentimentos e
energias.
Sem mais palavras:
AMOR, AMOR, AMOR...
Esta prática pode ser feita sentado, desde que
as plantas dos pés não estejam aderidas ao
chão e as mãos estejam com as palmas livres.
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