Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Desigualdade das Riquezas

Desigualdade das Riquezas

Sérgio Biagi Gregório


1) O que se entende por riqueza?

É o conjunto de bens, materiais ou imateriais, exteriores ao homem, que contribuem para o seu bem-estar, individual ou coletivo.

2) O que se entende por desigualdade?

O que não é igual. Desigualdade das riquezas significa que umas pessoas são mais ricas do que outras. Umas possuem bastante, outras quase nada. Este é um dos grandes problemas da igualdade social.

3) Como evoluiu o conceito de que seres humanos são iguais entre si?

Por muito tempo a ideia de que os seres humanos são fundamentalmente iguais entre si ficou somente no campo da religião. Nos séculos XVIII e XIX este ideal estendeu-se aos direitos iguais diante da lei e de participação na política. No século XX, pelo menos em teoria, esses tipos de igualdade já eram dados como certos. Presentemente, a atenção se concentrou numa nova exigência: a igualdade social.

4) Dinheiro é riqueza?

Até o limiar da época moderna, riqueza era a posse de bens materiais (casas, terras e certos objetos úteis). Com a propagação das atividades comerciais, o dinheiro adquiriu o estatuto de riqueza, pois pode ser acumulado. Contudo, ele em si mesmo, é apenas um meio de troca.

5) É possível a igualdade absoluta? Ela já existiu?

Para aclarar o problema da igualdade absoluta, valhamo-nos da utilidade marginal da renda. Esta não implica rendas iguais. Importa apenas a maximização da utilidade social. Isso significa que cada um de nós, por sermos diferentes, precisamos de diferentes níveis de renda. Para que quer renda o eremita no deserto?

6) Por que todos os homens não são igualmente ricos?

Não o são por uma razão muito simples: é que eles não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem moderados e previdentes para conservar. Aliás, é um ponto matematicamente demonstrado que a fortuna, igualmente repartida, daria a cada qual uma parte mínima e insuficiente; que, supondo-se essa repartição feita, o equilíbrio estaria rompido em pouco tempo, pela diversidade de caracteres e das aptidões'' (Kardec, 1984, cap. 16, it. 8, p. 210).

7) Qual das provas é mais difícil: a da pobreza ou a da riqueza (pergunta 815 de O Livro dos Espíritos)?

Tanto uma quanto a outra. A miséria provoca a lamentação contra a Providência.. A  riqueza, porém, é mais difícil porque a sua posse leva a todos os excessos.

8) Relacione riqueza e reencarnação.

De acordo com a Doutrina Espírita, todos nós deveremos experimentar a prova da pobreza e da riqueza. Suponha que hoje sejamos extremamente pobres. O que se pode deduzir? Que em outras encarnações já fomos ricos. Pode-se acrescentar: como não soubemos utilizar a riqueza em favor do próximo, tivemos que nos exercitar novamente na prova da pobreza e, assim, equilibrar nossas ações na prática do bem.

9) Que atitude adotar com relação ao dinheiro?

Tomemos como base a citação evangélica: “Porque a paixão do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” Paulo. (I TIMÓTEO, 6:10)

Disto resulta o seguinte: se encarceramos o dinheiro, ele nos encarcerará. Se o libertarmos, ele nos libertará. O problema não está na posse, mas na cobiça e no apego à posse.

10) Mais tópicos para reflexão:

Quem nunca teve cobertor não lhe sente a falta.
Largar tudo para conquistar o Reino de Deus.
O dinheiro traz a felicidade?
Só os pobres entrarão no Reino dos Céus?
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Polis - Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado. Lisboa/São Paulo, Verbo, 1986.

BOULDING, K. E. Princípios de Política Econômica. São Paulo, Meste Jou, 1967.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.

(Reunião de 17/09/2011)

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