O Casamento na visão Espírita
Sem dúvida um dos assuntos mais procurados na página tem sido problemas conjugais e se isso pode ser motivado pro influências espirituais. Bem : sim e não.
Sabemos que o casamento é uma lei de evolução e progresso da natureza como listado na pergunta:
695. O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres é contrária à lei da Natureza?
— É um progresso na marcha da Humanidade.
Logo entendemos que o casamento é uma das formas de crescermos e evoluirmos espiritualmente de forma a entender nossas qualidades e nossos defeitos junto de um outro ser que escolhe a nossa companhia como a do espírito afim de se evoluir conjuntamente.
Existem casamentos missionários, onde o par é de espíritos amigos e que realmente se amam e buscam o aperfeiçoamento de suas habilidades, rever seus débitos e quita-los a fim de se desprender dos laços materiais que nos atrasam em busca de uma evolução.
E existem os casamentos onde são prioritariamente de provas e espiações. Onde reside a necessidade urgente de se estabelecerem laços, reverem problemas do passado e ajustar-se perante a lei universal.
Muita gente se pergunta: “qual seria o meu tipo de casamento?”. Bom, isso é difícil se precisar, visto que inúmeros fatores corroboram para o tipo de relação entre os espíritos numa encarnação. Uma coisa é fato, nada acontece atoa e tudo tem uma necessidade de ser. Se você está com alguém agora é porque isso estava no seu plano reencarnatório e – bom ou ruim – era uma necessidade da sua vivência. Desde que nos envolvemos num relacionamento com uma pessoa criasse um laço espiritual. Normalmente esses laços são programados pela agenda reencarnatória do indivíduo, mas existem casos em que isso é modificado durante a vida ou até mesmo adiado ou adiantado.
A questão mais importante é talvez a de diferenças entre o casal que levam normalmente a brigas e a acumulações de débitos. Segundo os espíritos o casamento é o que nos agrega valores emocionais e espirituais e nos difere dos animais na questão de reprodução e vivência. Nós com nossa capacidade intelectual somos capazes de nos compreender, viver e aprendermos juntos. O ser humano é com certeza um indivíduo que nasceu para viver em sociedade e conforme esta evolui, esse se torna melhor devido à troca de experiencias e sensações, elevando nosso acumulo espiritual de experiencias diversas.
Como-lidar-com-a-crise-na-vida-a-doisEstou com o relacionamento em crise, o que fazer?
Bom como todo espírita sabe, ante a qualquer problema devemos orar e pedir serenidade acima de tudo para as resoluções de nossas provações. Muitos de nossos problemas são meras criações de nossas ansiedades em busca de alguma paixão ou sentido. Esquecemos porém dos sentimentos envolvidos em um relacionamento seja ele de qual teor for e , no caso, um casamento que é a união entre dois espíritos a fim de crescer mutuamente numa jornada difícil seria um crime grave agir por egoísmo de forma a violentar o sentimento alheio. Pede-se que existe respeito antes de tudo e que a admiração nunca sesse durante os anos de convivência.
Neste ponto chegamos a um fator que influenciou a criação deste artigo: a influência espiritual. Bem inúmeros casos de influência espiritual tem nos mostrado que em qualquer questão de nossa vida estamos sempre sendo influenciados pelos espíritos e pelos outros. Certamente obsessores ou espíritos mais atrasados tentando de certa forma frear a nossa evolução moral podem nos colocar ideias de medo, raiva, rancor ou criar até mesmo mecanismos obsessivos mais pesados a fim de nos desviar do caminho do bem. Isso tudo pode ocorrer e não há como fugir de certa forma estamos todos fadados a receber essas influências. Podemos apenas nos proteger disso frequentando casas espíritas, mantendo o ambiente no lar sadio e com o padrão vibratório alto. Focar nas qualidades é dever de todo casal que pretende estar junto.
É claro também que nem tudo que nos acontece é somente espiritual e podemos estar passando por dúvidas intimas que não seriam “culpa” de nenhuma espiritualidade a não ser a de nós mesmos. Neste caso necessitamos ouvir a voz do coração, que seria nossa alma se comunicando conosco, através do silêncio em prece nos alertando e enviando sinais do como proceder nas questões aflitivas de ordem matrimonial.
Uma boa metáfora é a da balança. Sempre que estiver com um problema que envolva atitudes de outrem busque pesar numa balança um bloco no lado esquerdo para o mal e o outro no direito para o bem. Cada bloco será uma atitude boa (direito) ou ruim (esquerdo) que você colocará nesta balança. Se fizermos isso com raiva ou rancor perceberás que esqueceremos sempre as coisas boas e lotaremos o lado ruim de “blocos”. Mas se fizermos de forma equilibrada teremos a balança mais próxima do real possível e isso poderia ser uma forma de pensarmos todas as nossas mazelas físicas e espirituais. SERENIDADE é a palavra chave ante as dificuldades enfrentadas.
E quem não quer casar ou pretende viver sozinho?
Mas há quem diga que não nasceu para viver com outras pessoas ou que prefira viver sozinho. O livro dos espíritos de Allan Kardec nos fala na pergunta:
698.0 celibato voluntário é um estado de perfeição, meritório aos olhos de Deus?
— Não, e os que vivem assim, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam a todos.
699.O celibato não é um sacrifício para algumas pessoas que desejam devotar-se mais inteiramente ao serviço da Humanidade?
— Isso é bem diferente. Eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.
Comentário de Kardec: Deus não se contradiz nem considera mau o que ele mesmo fez. Não pode, pois, ver um mérito na violação de sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, já não se dá o mesmo quando constitui, pela renúncia às alegrias da vida familiar, um sacrifício realizado a favor da Humanidade. Todo sacrifício pessoal visando ao bem e sem segunda intenção egoísta eleva o homem acima da sua condição material.
Nesse trecho, Kardec e os espíritos nos esclarecem que não existe mérito em viver uma vida solitária e egoísta e que fugir do casamento por meros caprichos seria uma afronta a lei natural. Mas ressalta que há casos em que o celibato é dado por motivo nobre e muito altruísta o que eleva esta atitude a uma doação de sí para a humanidade ou para o progresso geral.
Como proceder então em um casamento de forma que estejamos aplicando a lei de Deus?
cccAntes de qualquer coisa : Com amor. o Amor não possessivo, mas o amor que liberta. O amor que entende as aflições alheias e busca a evolução e não a paixão. Entendamos que o espiritismo é contra o divórcio até o ponto em que a união já não tenha mais respeito e que manter-se unido o que pode levar a riscos a um dos dois será preferível que se separe o que pode acabar muito mal. Mas nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: “Moisés, pela dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres”? Isto significa que, desde os tempos de Moisés, não sendo a mútua afeição o motivo único do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Mas acrescenta: “ no princípio não foi assim”, ou seja, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e orgulho, e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, fundadas na simpatia recíproca e não sobre a vaidade ou a ambição, não davam motivo ao repúdio.
Seja qual for os problemas que atravessem em seus casamentos, se eles irão terminar ou não, se buscarão a mudança ou não. Meus amigos lembrem-se de uma coisa somente, segundo Jesus, tudo pode ser vencido apenas repetindo 3 atitudes simples porém muito difíceis para nós:
AMA, PERDOA E CONFIA!
Muita paz!
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