Por Antônio Moris Cury
Jesus, o Cristo, o ser mais perfeito que até agora habitou o planeta Terra, nosso Mestre, irmão e amigo de todas as horas, com admirável e especialíssima capacidade de síntese, presente, aliás, em todos os Seus pronunciamentos, inclusive naqueles em que utilizou parábolas, perguntado por um doutor da lei [com a indisfarçável intenção de provocá-lO] sobre qual era o mandamento maior da lei, ofereceu, de imediato, a seguinte resposta: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22:34 a 40)
Trata-se da milenar, sintética e célebre sentença que contém, em resumo, toda a lei e os profetas e que foi pronunciada há cerca de dois mil anos [a propósito, interessante registrar: como Jesus começou a pregar quando tinha aproximadamente trinta anos de idade e com trinta e três foi crucificado, pode-se concluir que a veneranda sentença completará dois mil anos apenas quando a Terra estiver por volta do ano de 2030, talvez um pouco mais, depois de Cristo – O Mestre, como bem o sabemos, dividiu a História da Humanidade em antes e depois de Cristo].
Entendemos que se pode concluir também que quem ama ao próximo como a si mesmo estará, exatamente por este motivo, por esta razão, amando a Deus sobre todas as coisas.
E, ainda, amar ao próximo como a si mesmo é fazer a ele o que gostaríamos que ele nos fizesse.
Entretanto, há uma indeclinável premissa para amar ao próximo como a si mesmo: é absolutamente indispensável amar-se. E para amar-se é preciso conhecer-se.
Não é à toa que o autoconhecimento, o conhecimento de si mesmo é a chave do progresso individual (questão 919 de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental do Espiritismo).
Pode parecer difícil, mas não é. Devagar, aos poucos, vamos nos conhecendo e, com isto, vamos nos ajustando, alterando, corrigindo e melhorando nossa postura, nossa compostura, nosso comportamento, de modo continuado e permanente. Sempre podemos melhorar, buscar nosso aperfeiçoamento, intelectual e moral. Nunca é tarde, uma vez que agora pode ser o momento exato de começar ou de recomeçar. E não perder de vista que a própria natureza não dá saltos…
Um bom começo é procurar enxergar no próximo um irmão e fazer a ele o que gostaríamos que ele nos fizesse. Enxergar no próximo alguém que também está a caminho, que tem origem divina, que é um ser espiritual, um ser pensante da Criação, que é imortal, indestrutível e que, por isso mesmo, viverá para sempre, no corpo físico ou fora dele. Alguém que, um dia, igualmente alcançará a perfeição relativa.
Além deste que é o principal, ainda poderemos expressar o nosso amor servindo, sendo úteis, onde quer que nos encontremos, oferecendo o melhor sempre.
E, sem a menor sombra de dúvida, sendo pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, estaremos expressando o nosso amor de maneira magnífica, facilmente perceptível, sabendo-se, como se sabe, que o amor é fundamental na vida de todos. Como se não fosse suficiente, cumpre relembrar que fazer o Bem faz bem, torna-nos pessoas melhores, mais confiantes, mais felizes [e não tem qualquer contraindicação].
O Espírito José Lopes Neto, no livro Em nome de Deus, pela psicografia do incansável, valoroso e ínclito médium Raul Teixeira, aconselha: Nunca te canses de desenvolver teus valores, os recursos que iluminarão e que nortearão teu rumo, evolução afora. Rejubila-te diante dos ensejos de agir, conscientemente, em prol do amor, em favor da alegria e da paz. (1ª edição Fráter, 2007, página 38)
Procuremos, pois, observar e cumprir a Lei de Amor, a lei maior da Vida, capaz de nos tornar melhores e mais felizes agora e aqui mesmo na Terra.
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