Estudando o Espiritismo

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sábado, 12 de janeiro de 2019

A LEI DO AMOR - Leda

http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=460

O Evangelho Segundo o Espiritismo  |  Amar o Proximo como a Si mesmo   |  Capitulo XI   | 

A LEI DO AMOR - PARTE I

Novamente Lázaro, o “ressuscitado” por Jesus, irmão de Marta e Maria, traz-nos uma mensagem sublime sobre a Lei Maior, a Lei Do Amor.

“O amor resume toda a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos”.

Nessas frases, Lázaro resume de uma forma simples e sábia, toda a lei de evolução espiritual do homem, que muitos e muitos, instruídos e ignorantes, ainda não a aceitam.

O homem primitivo, Espírito encarnado, também primitivo, vindo dos chamados reinos inferiores, iniciando o desenvolvimento da razão e da sensibilidade, traz em si, todos os instintos básicos, necessários ao seu processo evolutivo.

À medida que vai evoluindo, através dos milênios, esses instintos vão se manifestando, juntamente com a inteligência, com a vontade e com a liberdade.

O homem passa a viver na busca das sensações que lhe trazem prazer, desprezando as que lhe são desagradáveis, ainda presos às percepções físicas.

E só bem mais tarde, começa a desenvolver uma sensibilidade espiritual, que lhe permite desenvolver sentimentos em relação ao próximo, não mais só em busca do prazer, dos seus interesses, mas também desejando oferecer algo bom e prazeroso ao outro.

Assim, os instintos, no decorrer de um longo processo evolutivo, atingirão um ponto em que estarão, nos Espíritos puros, totalmente sublimados, porque o Amor pleno, “o requinte do sentimento” se constituirá no Guia racional e sensível de todas as suas capacidades intelectuais e morais.

O homem caminha da animalidade para a angelitude, no “autoburilamento, libertando-se das paixões e adquirindo experiências superiores, sublimando as expressões do instinto no tempo em que desenvolve a inteligência e penetra nas potencialidades transcendentes da intuição.” *

O amor, não no sentido vulgar do termo, “esse sol interior, que reúne e condensa, em seu foco ardente, todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais.”

A expressão “substitui a personalidade” deve ser entendida pela substituição do “eu” para “nós”, do egoísmo para o altruísmo, pelo “querer aos outros somente o que se quer para si”, numa “fusão”, integração, que levam os seres que amam a sentir as necessidades e os valores dos outros, dos amados.

Esse amor, que é a marca dos Espíritos puros, o qual estamos desenvolvendo em nós, ainda numa fase muito incipiente, quando estiver mais presente em maior número de pessoas da humanidade terrena, transformará a Terra em um mundo melhor, sem misérias, sem exclusão social, econômica, educacional e moral.

O autor escreve sobre a felicidade do que ama, verdadeiramente, “porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo”, visto que não pensa em si, mas nos que ama. “Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo.”

“Quando Jesus pronunciou essa palavra divina – amor – fez estremecer os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo”.

O autor continua, esclarecendo que “o espiritismo, por sua vez, veio pronunciar a segunda palavra do alfabeto divino”: reencarnação. Essa não conduz aos suplícios, mas “à conquista do seu ser, elevado e transfigurado”, porque mostra ao homem todo o seu patrimônio intelectual e moral.

Não fomos criados ao nascer, nem herdamos dos pais o patrimônio intelectual e moral. Renascemos como nos fizemos em vidas passadas, e aqui estamos, para continuar nossa evolução espiritual, retificando nossos erros, burilando-nos, reeducando nossos sentimentos, nossas emoções, aprendendo a usar no bem a nós, aos que conosco convivem e aos demais, essas qualificações intelectuais e morais, que estamos desenvolvendo.

Tudo isso - e muito mais - podemos fazer, graças à lei divina das vidas sucessivas, que evidencia e prova o amor, a justiça e a misericórdia de Deus.

Todos nós, habitantes da Terra, encarnados e desencarnados, estamos distantes do alvo a ser atingido, que é conquistar em si, o amor, o “requinte do sentimento”, mas estamos indo, em direção a essa conquista.

Escreve o autor que os homens que agem dominados pelos instintos, estão mais próximos do ponto de partida do que do de chegada.

Para prosseguir em direção ao alvo determinado por Deus, mas, de responsabilidade de cada um, segundo seu livre-arbítrio, necessário é vencer os instintos em favor dos sentimentos, ou seja, "aperfeiçoar estes, sufocando os germes latentes da matéria.”

Não é tarefa fácil, mas necessária, intransferível a outros, imprescindível à paz, à felicidade e ao progresso do ser.

“Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem consigo o progresso, assim como a bolota oculta o carvalho. Os seres menos adiantados são os que, libertando-se, lentamente, de sua crisálida, permanecem subjugados pelos instintos”.

Desenvolver os sentimentos nobres deve ser o objetivo de todo espiritualista, que confia na lei da evolução intelectual e moral, compreendendo que esse alvo depende do esforço atual, no aproveitamento maior que se possa fazer nesta existência.

Assim, o momento melhor para iniciar ou continuar nosso desenvolvimento moral, que é o crescimento do sentimento do amor em nós, é agora, é o momento presente, sempre.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Julho / 2009

Bibliografia:
KARDEC, Allan -“ O Evangelho Segundo o Espiritismo” * Angelis, Joanna- Estudos Espíritas, cap. 8, 1º§, médium D.P.Franco

 O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste centro.



A LEI DO AMOR - PARTE II
Fénelon, do qual existem no estudo 49, alguns dados biográficos, também escreve sobre o amor, neste capítulo.

Ele inicia dizendo que esse sentimento “é de essência divina”, visto que todos os homens possuem “a centelha desse fogo sagrado” em si. Lembra que o mais abjeto dos homens, o mais criminoso, sente uma afeição, freqüentemente, “atingindo alturas sublimes”, por alguém, por algum objeto.

Cita também, as pessoas, que dispensam todo o amor que já desenvolveram em si, aos animais, às plantas e até mesmo a objetos materiais, mas resistem a dispensá-los às pessoas que lhe estão próximas, que é a tendência natural da alma. Todavia, não conseguirão “sufocar o germe vivaz que Deus depositou em seus corações, no ato da criação”.

O sentimento do amor cresce no homem, com o desenvolvimento da moralidade e da inteligência, apesar de ser, freqüentemente, “oprimido pelo egoísmo”, constituindo-se na ”fonte das santas e doces virtudes que constituem as afeições sinceras e duradouras, e que os ajudam a transpor a rota escarpada e árida da existência humana.”

Muitos há que resistem à afeição por pessoas, por já terem sofrido desilusões por não terem sido correspondidas. É preciso reconhecer que não se pode exigir, de outros, sentimentos que devam vir de dentro do ser, simplesmente, porque os sentimos em nós.

Outros buscam amar somente a um círculo de parentes ou de amigos, muitas vezes exigindo que esses também o façam, sentindo-se ofendidos, enciumados, quando alguém demonstra simpatia por outros, fora desse círculo.

Esse amor em desenvolvimento está sendo oprimido pelo amor a si mesmo, que é o egoísmo, que torna as pessoas, além de exigentes e intolerantes, infelizes e insatisfeitas, precisando ser combatido, com persistência e disciplina.

Isso só se consegue com a vontade firme de querer desenvolver o amor, que se dá, que se doa, e não o que se quer receber, só para si ou sem nada doar de si.

O amor ao próximo como a si mesmo, determinismo divino, deve ser o objetivo de quem quer a verdadeira felicidade, e a verdadeira paz interior.

Cita Fénelon, a objeção que algumas pessoas fazem à reencarnação, pela idéia de outras pessoas participarem da afeição das que lhe são caras.

Desconhecem os que assim pensam que o amor, sendo o sentimento por excelência, o que resume todos os demais, contraria a lei matemática, pois, quanto mais se dá, quanto mais se divide, mais cresce e se sublima nos corações humanos.

Não tenhamos medo de amar, de abrir nossas mentes e corações, nossos braços para envolver todos os que de nós se aproximam, a fim de que, um dia, sejamos capazes de amar, seja quem for, como a nós mesmos.

É uma tarefa difícil, mas são a coisas difíceis que trazem as maiores vitórias e as maiores recompensas.

“Deus o quer, e a lei do amor é o primeiro e o mais importante preceito da vossa doutrina, porque é ela que deve um dia matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além do egoísmo pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade”.

Quando Jesus disse “Amai o vosso próximo como a vós mesmos”, não estabeleceu qualquer limite. “Qual é o limite do próximo? Será a família, a seita, a nação?”

O próximo constitui, para nós, a humanidade da Terra, todos os encarnados e desencarnados, conforme o exemplo de Jesus, que, por amor, deixou os páramos celestiais, para viver em um mundo material, atrasado e conviver com homens ainda muito ignorantes e imperfeitos, somente, para ensinar o caminho da perfeição e da felicidade, sabendo o quanto seria incompreendido, e que seria levado à morte na cruz.

Sabia também que sua vinda ficaria como exemplo e seus ensinos acabariam por ser entendidos, não importando quando, porque tudo no universo tende ao progresso e à perfeição.

Jesus nos deu o exemplo maior de amor ao próximo!

Fénelon escreve: “Nos mundos superiores, é o amor recíproco que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam. E o vosso planeta, destinado a um progresso que se aproxima, para a sua transformação social, verá seus habitantes praticarem essa lei sublime, reflexo da própria Divindade”.

Se concordamos com isso, temos de compreender que “os efeitos da lei do amor são o aperfeiçoamento da raça humana e a felicidade durante a vida terrena.”

Embora ainda seja a Terra um lugar de dores e sofrimentos, pela imperfeição dos seus habitantes, os que se esforçam por viver essa lei, já percebem alegrias e felicidade em seu viver, que lhes permitem avaliar a felicidade de toda a humanidade, quando essa lei imperar na grande maioria dos homens. Então, a minoria se renderá a ela também, ou será encaminhada a um mundo inferior, para aprender a amar.

E o mal desaparecerá da Terra, porque, todos seguirão o “Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam, mas fazei, pelo contrário, todo o bem que puderdes”.

“Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano, que cederá, mesmo de malgrado, ao verdadeiro amor. Este é um imã a que ele não poderá resistir, e o seu contato vivifica e fecunda os germes dessa virtude, que estão latentes em vossos corações”.

 Acreditemos, pois, na perfectibilidade de todos os homens, por piores que alguns ou muitos, se apresentem na atualidade.

Busquemos fazer o melhor que pudermos em favor do bem, desenvolvendo o amor dentro de nós, no esforço de usar o que já temos em benefício dos nossos próximos, porque, somente, quando muitos viverem em direção dessa meta, é que a Terra se transformará em um mundo melhor.

Lembremo-nos de João, o Evangelista, que, diz-nos o autor dessa mensagem: “quando a doença e a velhice interromperam o curso de sua pregações, ele repetia apenas essas doces palavras :” Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros.!”

Leda de Almeida Rezende Ebner
Agosto / 2009


A LEI DO AMOR - PARTE III
SANSON foi membro da Sociedade Espírita de Paris, tendo desencarnado em 21 de abril de 1862, “após mais de um ano de sofrimentos cruéis”.

Em 27 de agosto de 1860, conforme consta na Revista Espírita de Allan Kardec, maio de 1862, ele enviara uma carta a Allan Kardec, como presidente da referida Sociedade, lembrando o pedido que fizera há cerca de um ano: o de ser evocado, “o mais imediatamente possível” e tantas vezes quanto Kardec julgasse conveniente,” para que, membro muito inútil de nossa Sociedade, durante minha presença na Terra, para algo lhe possa servir no além- túmulo, dando-lhe os meios de estudar fase por fase, nessas evocações, as diversas circunstâncias que se seguem ao que o vulgo chama a morte, mas que, para nós, espíritas, não passa de uma transformação sob as vistas impenetráveis de Deus, mas sempre útil ao fim que se propõe.”

A carta prossegue, bastante interessante, revelando uma fé firme nos princípios do espiritismo e uma humildade e sinceridade, sem receio de “desnudar-se”, diante dos companheiros, desde que servisse para o estudo e aprendizado, que se fazia, quanto à situação dos homens, após o desencarne.

Allan Kardec revela que, uma hora antes do enterro, na câmara mortuária, em presença do corpo, evocaram-no, com dois objetivos: o de satisfazer a vontade de Sanson e “o de observar, uma vez mais, a situação da alma, num momento tão próximo da morte – e isto num homem eminentemente inteligente e esclarecido, profundamente imbuído das verdades espíritas.”

Segue-se o diálogo entre o recém-desencarnado e Kardec, o discurso desse e uma mensagem psicografada, durante a cerimônia no cemitério, e referência a mais duas conversas mediúnicas com Sanson em 25 de abril e 2 de maio, publicadas na Revista Espírita de junho de 1862.

Kardec diz no seu discurso, dentre outras muitas coisas, que Sanson possuía “um coração eminentemente reto, de uma lealdade a toda prova; sua vida foi a de um homem de bem em toda a extensão do vocábulo.” *

“Era dotado de uma inteligência pouco comum e de uma grande justeza de apreciação, ainda mais desenvolvida por uma instrução variada e profunda”. 
“... Era um desses homens que jamais se aborrecem porque sempre estão pensando em algo de sério”. Diz que ele estava sempre contente com o que tinha, sem se atormentar nunca pelo que não tinha.

Suas qualificações nobres foram fortalecidas pelo espiritismo, que o ajudou “a suportar, longos e cruéis padecimentos com uma paciência e uma resignação muito cristãs”.

“Ah! É que a fé espírita dá, nesses momentos supremos, uma força da qual só se dá conta quem a possui. E o Sr. Sanson a possuía em grau supremo.”

Iniciemos o estudo da mensagem desse Espírito sobre o amor.

Com humildade, diz que os Espíritos presentes falam pela sua voz: “Amai muito para serdes amados”.

Todos os Espíritos, encarnados ou desencarnados, aspiram ser amados, queridos, mas nem todos pensam ou sabem que antes de receber é preciso dar. Logo, quem quer ser amado preciso, antes de tudo, amar. Quem não busca amar não merece ser amado. O amor é força que atrai. Sem esse imã, como atrair amor?

Por outro lado, se todos desejam ser amados e para isso é necessário que amem, tal fato é prova de que o amor existe em todos os Espíritos, iniciado seu desenvolvimento nos animais superiores, embora esses não tenham consciência disso.

Portanto, quem se sente sozinho, sem amores, que se abra aos que lhe sejam seus próximos, e procure interessar-se por eles, por seus valores, por seus sonhos, por suas necessidades, a fim de que o amor crescendo dentro de si, se expandindo na direção de outros, atraia o amor dos outros para si.

No esforço de amar-se o próximo, “de tal maneira vos elevareis acima da matéria, que vos espiritualizareis antes mesmo de despirdes o vosso corpo terreno”.

O espiritismo ampliou a visão da vida futura, mostrando-a com uma continuação da vida na Terra, dando a certeza da progressão contínua em direção a Deus, à perfeição possível, à paz e à felicidade, provando que podemos sonhar com o melhor para todos nós, porque temos todas as condições, as possibilidades e o determinismo divino de consegui-lo.

Lembra-nos Sansão que também devemos elevar-nos bem alto, sem as restrições da matéria, buscando a visão de toda a trajetória do Espírito imortal, dirigindo nossos pensamentos a Deus, antes de julgarmos os outros. Isso é um ato de amor ao próximo.

“Amar, no sentido profundo do termo, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros aquilo que se deseja para si mesmo”.

Para isso é preciso olhar para o outro como a um irmão, um ser igual a si próprio, com qualidades, defeitos, sonhos de felicidade... É ver o outro como membro de uma grande família, a humanidade, caminhando todos os seus membros para se elevarem em direção a planos mais puros e sublimes.

Em assim vendo e compreendendo, os homens serão capazes de somente fazer aos outros o que desejam para si, buscando aliviar os sofrimentos alheios, no combate ás causas que os provocam e dirigindo-se aos sofredores com palavras de ajuda e esperança.

Sansão escreve que a máxima “Amai muito para serdes amados” é revolucionária, indicando uma rota firme e invariável, o que se percebe na própria história dos homens, que, na atualidade, já progrediram muito, sendo muitos e muitos capazes de aceitar, sem repulsas, idéias sobre a liberdade e a fraternidade que, em um passado, rejeitaram.

Ele cita a melhoria dos que o ouvem, que estão melhores do que há cem anos, mais abertos às novas idéias que o Espiritismo traz de liberdade e fraternidade, rejeitadas antes, afirmando que, de então a mais cem anos, esses que o ouvem, serão capazes de aceitar, com a mesma facilidade, as idéias que, naquele momento, não conseguiam entender e aceitar.

Pode ser que, nesse trecho, o autor se refira a pessoas que rejeitaram, ou não souberam entender os ideais de liberdade e fraternidade, que culminaram na Revolução Francesa, na França, no século anterior, reencarnados e aceitando essas idéias, na doutrina espírita, na importância do livre-arbítrio, na liberdade com responsabilidade, gerando o sentimento de fraternidade entre todos, no entendimento da justiça e na renovação que se dá através dos tempos.

Penso nessa possibilidade, devido ele falar em cem anos antes e cem anos depois, e também, dirigir-se a “Mas vós, que já haveis progredido, vós que me escutais: sois infinitamente melhores do que há cem anos”.

De qualquer maneira, ele demonstra, nesse parágrafo, o progresso que é realizado pelos homens, através das reencarnações, favorecendo-lhes sempre o desenvolvimento dos raciocínios e da sensibilidade espiritual.

“É que estais preparados por uma semeadura fecunda: a do último século, que implantou na sociedade as grandes idéias do progresso. E como tudo se encadeia, sob as ordens do Altíssimo, todas as lições recebidas e assimiladas resultarão nessa mudança universal do amor ao próximo. Graças a elas, os Espíritos encarnados, melhor julgando e melhor sentindo, dar-se-ão as mãos até os confins do vosso planeta. Todos se reunirão, para se entenderem e se amarem, destruindo todas as injustiças, todas as causas de desentendimento entre os povos.”

Isso acontecerá um dia, talvez, neste milênio, porque depende do trabalho dos próprios homens.

Busquemos, pois, fazer a nossa parte, em nosso campo de ação, fazendo o melhor no esforço de amarmos a todos, cada vez mais, com esse amor incondicional, que nada exige e tudo dá a quem quer que seja, pois, dentro de nós, ele já existe, esperando apenas, a nossa vontade e o esforço em desenvolvê-lo.

* Neste livro, que estudamos, no capítulo XVII, item 3, está o que Kardec considerava um homem de bem.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Setembro / 2009

4 comentários:

  1. Fénelon, do qual existem no estudo 49, alguns dados biográficos, também escreve sobre o amor, neste capítulo. Como faço para localizar o estudo número 49?

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    1. Eu não encontrei o estudo de número 49 também, mas encontrei algo que pode nos ajudar com relação à biografia de Fénelon. Veja neste link: https://correio.news/quem/quem-e-fenelon

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  2. Eu também gostaria de localizar esse estudo 49 sobre a biografia de Fénelon... Como podemos encntrar?

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  3. Gostaria de enviar meu agradecimento ao espírito de Leda Ebner, esta pessoa maravilhosa que não conheci em vida, mas que nos deixou um legado maravilhoso, com explicações riquíssimas dos evangelhos espíritas. Oro a Deus que a abençoe sempre, que ela possa receber todas as bênçãos de paz e de luz no plano espiritual! Agradeço também ao Centro Espírita Batuíra que compilou este material maravilhoso que tanto tem me auxiliado nas preparações dos evangelhos que apresento na Casa Espírita onde trabalho, na minha cidade de Santa Bpárbara do Sul- RS. Deixo aqui registrado o meu agradecimento e o meu carinho a todos! Paz e luz!

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